Minas Tênis Clube – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Filipe: “Muita gente duvidou, mas mostramos que continuamos no topo” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/28/filipe-muita-gente-duvidou-mas-mostramos-que-continuamos-no-topo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/28/filipe-muita-gente-duvidou-mas-mostramos-que-continuamos-no-topo/#respond Mon, 28 Jan 2019 08:00:00 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15747

Sada Cruzeiro, de Filipe: 33 títulos em 43 campeonatos disputados desde 2010 (Cristiano Andujar/Inovafoto/CBV)

Capitão do Sada Cruzeiro, o ponteiro Filipe tem se alternado com Rodriguinho nos jogos da equipe ao longo desta temporada. Na final da Copa Brasil, por exemplo, ele entrou no fim do segundo set por conta de um momento de instabilidade do companheiro de equipe e não saiu mais, fazendo pontos importantes para a conquista do tetracampeonato.

Para o jogador, o título serviu para mostrar que o espírito do time é o mesmo, ainda que o elenco desta temporada esteja reformulado, o que provocou altos e baixos nos últimos meses.

“Nosso time passou por grandes mudanças nesta temporada, mas a sede de vencer e a vontade de estar no primeiro lugar do pódio permanecem. Este título é resultado do trabalho do grupo, que se supera a cada dia. A equipe toda está de parabéns, muita gente duvidou do nosso time, por todas as mudanças que tivemos, mas mostramos que continuamos no topo. Pra mim é maravilhoso saber que essa equipe continua vencedora, batalhadora e cada um que passa por aqui sente um pouco dessa energia”, afirmou Filipe.

Já na visão do técnico Marcelo Mendez, que soma 33 títulos desde que assumiu o comando da equipe em 2010, a concentração foi fundamental para mais uma conquista.

“Nós sabíamos que ia ser um jogo disputado, pelo que o Minas vinha fazendo nas últimas partidas, eliminando duas fortes equipes pra chegar na final. Mas todos do nosso time fizeram um bom trabalho, entraram muito concentrados, e vamos levar este importante troféu para casa. Estão todos de parabéns”, analisou.

MINAS SE ORGULHA DO VICE-CAMPEONATO

Do lado do vice-campeão Minas, o sentimento era de orgulho com a medalha de prata, já que o time não estava cotado entre os favoritos ao pódio.

“Saímos de oitavo lugar na classificação inicial do torneio e chegamos, aqui, em segundo lugar. Hoje, fomos a segunda melhor equipe do país. É um balanço muito positivo de superação, mas sabemos que, ainda, temos um caminho longo para chegar no nível que queremos chegar. Mas, isso, é passo a passo e estamos no caminho. Na partida de hoje, particularmente, a equipe fez um bom jogo, mas cometeu alguns erros e pagamos o preço. Saímos de cabeça erguida e vamos com tudo para o segundo turno da Superliga, competição que a gente vem em uma boa crescente”, avaliou o técnico Nery Tambeiro.

O levantador Marlon, por sua vez, disse em entrevista ao canal “SporTv” que a mudança na estratégia do saque celeste impactou o Minas, que passou a ter dificuldades para executar suas principais jogadas. “O flutuante deles nos incomodou e tirou nossa primeira bola (…) O desequilíbrio do sistema ofensivo nos causou problemas”, comentou.

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Superioridade dos times mineiros marca primeiro turno da Superliga feminina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/17/superioridade-dos-times-mineiros-marca-primeiro-turno-da-superliga-feminina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/17/superioridade-dos-times-mineiros-marca-primeiro-turno-da-superliga-feminina/#respond Thu, 17 Jan 2019 08:00:59 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15648

Ao lado de seu arquirrival estadual, o Dentil Praia Clube aparece como o grande candidato ao título da Superliga (Foto: Gisa Alves)

Dentil/Praia Clube, 30 pontos. Minas Tênis Clube, 29. Na sequência, um vazio que só encontra o terceiro colocado Hinode Barueri distante, com 22 pontos. Justificando em quadra o investimento pesado feito na última janela do mercado, os dois representantes mineiros da Superliga feminina de vôlei mostraram no primeiro turno da principal competição de clubes do país que são os grandes favoritos ao título da edição 2018/2019.

O que, claro, não quer dizer que os integrantes da final estejam praticamente assegurados, como acontecia no auge da rivalidade Osasco x Rio de Janeiro. O jogo de encerramento da primeira metade da fase classificatória, onde o Barueri, de José Roberto Guimarães, acabou com a invencibilidade das comandadas de Stefano Lavarini com um 3 a 2 disputado na noite desta terça (15) é a prova disso. As dificuldades impostas pelo Sesc-RJ na derrota por 3 a 1 para a equipe de Uberlândia na sexta (11) é outra amostra de que os mineiros não podem bobear caso queiram protagonizar uma decisão “caseira”.

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Atual campeão brasileiro e com apenas uma derrota em 11 jogos (perdeu justamente para o Minas), o Praia se aproveitou da manutenção de sua espinha dorsal formada pela oposta norte-americana Nicole Fawcett e pela ponta Fernanda Garay, que aparecem nas estatísticas como a quarta e a quinta maiores pontuadoras, com 162 e 157 pontos respectivamente. E ainda há espaço para melhora, já que a central Fabiana ainda se recupera de uma lesão no joelho e a levantadora norte-americana Carli Lloyd tem apresentado dificuldades no entrosamento, especialmente nas bolas rápidas com as centrais. Caso o técnico Paulo Coco consiga trabalhar bem este aspecto, aumentando a força do ataque, a tendência do time é chegar longe mais uma vez.

Também com 10 vitórias no torneio, o Minas se destacou no aspecto tático, fruto do trabalho do técnico italiano Stefano Lavarini, que faz sua segunda temporada em Belo Horizonte. Tendo as ponteiras Gabi e Natália como peças-chave no elenco, a equipe já colheu um surpreendente resultado alcançando a prata no Mundial de clubes, com direito à vitória sobre o poderoso e (e rico) Eczacibasi na semifinal. O Minas ainda conta com o poderio ofensivo da oposta Bruna Honório e, principalmente, da meio-de-rede Carol Gattaz, dona do segundo melhor aproveitamento de ataque na competição (com 65% de eficiência), além da habilidosa levantadora Macris.

Equipe do Minas poderá crescer ainda mais na competição se puder contar com a ponteira Natália em plenas condições físicas (Foto: Orlando Bento/Minas Tênis Clube)

O sinal amarelo, porém, acende com os problemas físicos de Natália, que vem sendo poupada nas últimas rodadas, expondo a fragilidade do banco de reservas azul. É perceptível que a maioria das suplentes não está no mesmo nível técnico das titulares, o que poderá fazer alguma diferença lá na frente, no momento em que Lavarini precisar efetuar substituições que mudem o rumo de confrontos decisivos do returno e dos playoffs.

Correndo por fora e em outro patamar da competição, aparece o já mencionado Barueri. Em ascensão, a equipe da Grande São Paulo não está no mesmo nível dos mineiros, mas pode complicar a vida dos favoritos – assim como fez com o próprio Minas – e tem na oposta Katarzyna Skowronska a sua principal arma ofensiva. A polonesa é a maior pontuadora desta edição da Superliga, com 241 acertos (somente no duelo contra o time de Belo Horizonte, a atacante colocou 23 bolas no chão, fez 2 pontos de bloqueio e 1 de saque).

Skowronska (camisa 17) poderá ficar sobrecarregada no ataque de Barueri (Foto: Divulgação/ Hinode Barueri)

No entanto, apesar das atuações também consistentes das centrais Milka e Thaísa – que vem subindo de produção após seu retorno efetivo às quadras – nesta primeira fase, falta à experiente Dani Lins e à ótima reserva Juma opções seguras de ataque pela entrada de rede. A experimentada Amanda, por exemplo, não é uma derrubadora de bolas e ainda peca na recepção. Este quadro pode acabar sobrecarregando Skowronska em duelos decisivos do torneio.

Quarto colocado com 21 pontos, o Sesi Bauru começou a temporada de forma arrasadora, derrotando o tradicional Osasco Audax na final do Campeonato Paulista. Contratou a oposta italiana Valentina Diouf – terceira maior pontuadora da competição, com 146 acertos – para formar com Tiffany, improvisada na ponta, um ataque poderoso pelas extremidades. Assim, a equipe do técnico Anderson Rodrigues tem potencial para beliscar um lugar no pódio. Precisa, porém, de mais regularidade, como mostram as derrotas para o próprio Osasco e para o Sesc, equipes que estão fazendo campanhas bem abaixo do esperado. A instabilidade tanto no passe quanto na virada de bola é outro problema. Destaque individual da última Superliga, Tiffany já está mais estudada pelos rivais e precisa variar mais seus golpes, deixando de apostar apenas na força.

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Maiores protagonistas da história do torneio, Sesc e Osasco estão, nesta temporada, abaixo do que a tradição manda. Economicamente bastante enfraquecidos em função da perda de seus patrocinadores e sem o mesmo brilho de outrora, as equipes de Bernardinho e Luizomar de Moura ocupam respectivamente a quinta e sexta colocações e precisarão crescer bem mais na competição se quiserem voltarem à final. O time carioca acumula 4 revezes e o conjunto osasquense perdeu 5 jogos em 11 partidas, incluindo derrotas em sets diretos para o próprio Sesc, o Minas e o Praia.

Bem abaixo nesta temporada, Osasco Audax luta para se manter competitivo (Foto: Divulgação/Osasco)

Sem dúvida, o que se viu no primeiro turno foram dois times de camisa pesada lutando contra problemas físicos e técnicos com o objetivo de se manterem competitivos. As duas equipes enfrentam graves problemas na recepção que vêm minando a confiança das atletas. Das contratações estrangeiras para a temporada, Tatiana Kosheleva tem se sobressaído mais na entrada de rede carioca do que Destinee Hooker pela saída em Osasco. O returno será fundamental para percepção do crescimento, mas a perspectiva de momento é que ambos parecem não ter fôlego para brigar pelo título. Nunca, porém, duvide da capacidade estratégica de Bernardinho nos mata-matas, assim como do peso da camisa das paulistas, capaz de se transformar em uma força coletiva apoiada por sua fanática torcida.

Fechando a lista de classificados para a disputa da Copa Brasil, Fluminense e Curitiba Vôlei estão na sétima e oitava posições. O Tricolor carioca, que soma 6 revezes na competição, já mostrou ser uma equipe capaz de dar trabalho aos times de maior investimento – no próprio jogo contra o Minas, as comandadas de Hylmer Dias tiveram a chance de levar a partida para o tie-break, mas faltou personalidade e poder de decisão nos momentos determinantes. O Fluminense carece de regularidade e estabilidade tanto na virada de bola quanto no passe, e os “apagões” têm atrapalhado a equipe de bom nível técnico que ainda contratou a ponteira Pri Daroit e a oposta Joycinha para esta temporada. Isto deverá ser corrigido para o decorrer do campeonato.

As quedas de rendimento durante as partidas têm prejudicado o Fluminense (Foto: Divulgação/Fluminense)

A despeito do mesmo número de derrotas do Fluminense, o Curitiba, estreante na elite do vôlei nacional, surpreendeu no início do campeonato pela boa campanha. O time do técnico Clésio Prado chegou a estar na terceira posição da tabela, vendendo caro, por exemplo, a derrota para o Praia Clube por 3 sets a 2. Por outro lado, a equipe acabou perdendo pontos diante de rivais diretos na tabela, como o Osasco Audax. Contudo, se conseguir manter a competitividade no returno, poderá alcançar seu objetivo de chegar aos playoffs, um resultado e tanto para um estreante.

COPA BRASIL

Conforme apontado, com o fim do primeiro turno da Superliga feminina, foram definidos os 8 primeiros colocados que disputarão, a partir de 22 de janeiro, a Copa Brasil. O atual campeão da competição é o Osasco Audax.

Os confrontos serão Dentil Praia Clube (MG) x Curitiba Vôlei (PR), Minas Tênis Clube (MG) x Fluminense (RJ), Hinode Barueri x Osasco Audax (SP) e Sesi Bauru (SP) x Sesc RJ.

A fase final que será disputada em Gramado, no Rio Grande do Sul, nos dias 1 e 2 de fevereiro.

Confira a tabela:

Dentil Praia Clube x Curitiba Vôlei, às 19h30, no ginásio do Praia Clube, em Uberlândia (MG)

Minas x Fluminense, às 20h, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG)

Barueri x Osasco, às 19h30, no José Correa, em Barueri (SP)

Sesi Bauru x Sesc RJ, às 19h30, no Ginásio Neusa Galetti, em Marília (SP)

*Colaborou Carolina Canossa

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Em ascensão, central Mayany deseja crescer no Minas e sonha com a seleção http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/11/em-ascensao-central-mayany-deseja-crescer-no-minas-e-sonha-com-a-selecao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/11/em-ascensao-central-mayany-deseja-crescer-no-minas-e-sonha-com-a-selecao/#respond Fri, 11 Jan 2019 08:00:10 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15606

Um dos destaques do vice-campeonato do Minas no Mundial de Clubes, Mayany tem se sobressaído também na Superliga (Foto: Divulgação/FIVB)

Aos 22 anos de idade, ela vem se sobressaindo no Minas Tênis Clube, atual vice-líder da Superliga feminina de vôlei, e tem sido elogiada pelos apaixonados torcedores do tradicional clube de Belo Horizonte. Na última partida, por exemplo, quando o time venceu o carioca Fluminense, ela foi a maior pontuadora (com 18 acertos) e levou o Troféu Viva Vôlei para casa. Estamos falando de Mayany, talentosa meio-de-rede nascida em Resende, cidade localizada no sul do estado do Rio, onde foi descoberta pela ex-jogadora Kely Kolasco, medalhista de bronze com a seleção feminina nos jogos de Sidney, em 2000. Em entrevista ao Saída de Rede, ela fala sobre o início da carreira, a caminhada no Minas e o sonho de jogar na seleção principal.

Disputando a Superliga pela segunda vez, Mayany foi descoberta por acaso em sua cidade natal pela ex-central Kely, sua primeira treinadora no projeto Pro-vôlei Resende, em 2013. “Tinha acabado de sair da escola e estava andando na rua com a minha mãe e irmã. A Kely passou, nos viu e convidou para jogar vôlei. Joguei em Resende, no Botafogo e em São José dos Campos. De lá eu fui para o Minas”, conta a meio-de-rede, que chegou ao clube mineiro em 2016. Segundo ela, que tem 1,85cm, foi a ex-treinadora quem a incentivou a atuar na posição de central.

Tendo como ídolo no vôlei a central bicampeã olímpica Fabiana, do grande rival estadual Dentil Praia Clube, Mayany foi um dos destaques da campanha do vice-campeonato de sua equipe no último Mundial de Clubes. “Foi muito bom, uma experiência incrível. Tanto como atleta quanto para o clube. Deixamos o nosso máximo no Mundial”, salienta, mencionando que espera colaborar ainda mais para o crescimento do Minas nesta Superliga. “Ano passado eu já vinha entrando bastante para jogar. Nesse eu espero ter novas oportunidades”.

Ao fazer 18 pontos na vitória de seu time contra o Fluminense, Mayany foi eleita pelo público a melhor jogadora em quadra e levou o Troféu Viva Vôlei (Foto: Gisa Alves)

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O italiano Stefano Lavarini, técnico da equipe, fala sobre a relevância de todo o plantel para o atual momento que o Minas atravessa no campeonato, lançando luz sobre as qualidades da central para o esquema. “A importância da Mayany é a mesma de todas as jogadoras do elenco. Desde a primeira até a última, das que jogam mais às que jogam menos. (…) Ela tem uma qualidade física muito importante e é uma jogadora que salta bastante. (…) Tem uma sensibilidade, um tempo de bloqueio e uma qualidade neste fundamento que dão a ela grande eficiência”, explica.

Ainda de acordo com o treinador, a meio-de-rede tem muito potencial e precisa de experiência e rodagem para se desenvolver mais. “Como atacante, é uma jogadora com grande qualidade até porque tem essa vantagem de saltar muito. Mas isso precisa ser melhorado, treinado com continuidade. Porque a experiência é algo que vai colocá-la em condições de atacar bolas mais difíceis e resolver situações de jogo também mais complicadas que não sejam somente quando a bola está na mão da levantadora ou em circunstâncias mais confortáveis. Ela é uma jogadora com uma perspectiva bem importante que está merecendo ficar na quadra mais tempo”, elogia Lavarini.

E, como toda atleta, Mayany também deseja alçar voos mais altos em sua embrionária carreira. Pela seleção brasileira sub-23, ela foi campeã do Sul-Americano de 2016, em Lima, no Peru, recebendo, assim como no Mundial de Clubes, o prêmio de uma das melhores centrais da competição. Assim, neste momento em que a equipe verde-amarela necessita tanto passar por um processo de renovação, atuar na seleção principal, para ela, é um sonho. “Jogar na seleção é o sonho de toda jogadora, seja nas categorias de base ou na adulta. Tenho muita coisa para evoluir ainda, mas seria ótimo”, finaliza a central.

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Mesmo com altos e baixos, Minas vence Fluminense e se mantém invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/08/mesmo-com-altos-e-baixos-minas-vence-fluminense-e-se-mantem-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/08/mesmo-com-altos-e-baixos-minas-vence-fluminense-e-se-mantem-invicto/#respond Tue, 08 Jan 2019 23:44:29 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15580

Apesar de ter permitido a reação carioca a partir do terceiro set, Minas conseguiu a vitória por 3 sets a 1 (Foto: Orlando Bento/Minas Tênis Clube)

Único invicto e buscando a liderança na Superliga feminina de vôlei, o Minas Tênis Clube, então vice-líder do torneio, enfrentou o Fluminense, quinto colocado, no ginásio da Hebraica, no Rio de Janeiro, em jogo atrasado válido pela quinta rodada da competição. Após bater o arquirrival Dentil Praia Clube na casa do adversário, o time manteve a invencibilidade ao derrotar o Tricolor carioca por 3 sets a 1 (21-25, 11-25, 27-25 e 23-25). Com o triunfo, a equipe chegou aos 25 pontos, com nove vitórias em nove jogos. O time, entretanto, não assumiu a ponta da tabela porque o Praia Clube se recuperou e bateu o Sesi Vôlei Bauru pelo mesmo placar, alcançando 27 pontos e um jogo a mais que o segundo colocado. As cariocas, por outro lado, permaneceram com 16 pontos na classificação geral.

Para a partida, o técnico Stefano Lavarini escalou a mesma equipe que atuou contra o Praia Clube: Macris na armação, Lana e Gabi na entrada de rede, Carol Gattaz e Mayany pelo meio, Bruna Honório na saída e Leia como líbero. Já o treinador Hylmer Dias optou pela levantadora Giovana, as ponteiras Thaisinha e Pri Daroit, as centrais Lara e Letícia Hage, a oposta Joycinha e a líbero Sassá.

Sem a contribuição de Natália, que ainda sente a lesão no joelho, a equipe de Belo Horizonte conseguiu vencer a partida alternando bons e maus momentos. Apesar das oscilações, para tanto, o time contou com um saque eficiente, um sistema defensivo bem ajustado, a força de seu ataque e a incrível velocidade do jogo de sua levantadora Macris. Pressionando a recepção do time da casa com um serviço variado e encaixado, o Minas tirou o passe das mãos da armadora Giovana, que teve grandes problemas para armar as jogadas com suas atacantes. Em dificuldades, a levantadora recorreu às bolas afastadas da rede e, ainda, às bolas altas para a ponteira Thaisinha – “caçada” no passe – e para a oposta Joycinha, facilitando o bloqueio mineiro (foram 13 pontos neste fundamento, sendo 9 somente da central Mayany).

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A armadora Macris, em oposição, jogou praticamente toda a partida com o passe nas mãos e imprimindo incrível velocidade tanto nas bolas de meio e na “china” – com Mayany e Carol Gattaz, respectivamente – quanto nas bolas aceleradas pelas extremidades. Com isso, no começo do duelo, a equipe minastenista se saiu muito bem na virada de bola e nos contra-ataques. Com imensa superioridade técnica, o time de Belo Horizonte esteve concentrado e equilibrado em todos os fundamentos, comandando os dois primeiros sets (para se ter uma ideia, na segunda parcial, a equipe visitante chegou a fazer 23 a 9).

O destaque negativo do Minas foi a queda de rendimento a partir da terceira parcial. Cometendo mais erros de ataque e de saque, e aparentemente desconcentrado em função da pouca resistência oferecida pela equipe mandante nas duas primeiras parciais, o time se desmobilizou e permitiu a reação do Fluminense, que evoluiu bastante tecnicamente com as mudanças efetuadas pelo técnico Hylmer Dias (principalmente com a entrada da levantadora Ju Carrijo e da central Larissa). Com isso, no final da parcial, apesar de ter conseguido encostar no placar, o Minas não teve fôlego para virar o jogo. Assim, bem mais consistente no ataque e participativo na defesa, o Tricolor carioca fez o seu melhor set no confronto, equilibrando mais a partida também no quarto set.

Entretanto, apesar do crescimento, pesou contra o Tricolor carioca o número de erros cometidos em momentos cruciais – somente no primeiro set, o time cedeu 11 pontos de graça ao adversário. Sobretudo na quarta parcial, quando a equipe demonstrou capacidade para vencer e levar o duelo para o tie-break, faltou poder de decisão. Vale mencionar, ainda, a importância do sistema defensivo do time vice-campeão mundial, sobretudo com a líbero Léia, que defendeu bolas fundamentais em ralis que quase sempre foram convertidos em pontos para a equipe. A meio-de-rede Mayany, em grande atuação, saiu do duelo como a maior pontuadora, com 18 acertos no total. Outro destaque foi a oposta Bruna Honório, com 17 bolas no chão. Pelo lado carioca, as jogadoras que se saíram melhor no ataque foram Joycinha, Pri Daroit e Thaisinha, que marcaram 14 pontos cada.

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Em jogo emocionante, Gabi brilha e Minas vence o líder Dentil Praia Clube http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/05/em-jogo-emocionante-gabi-brilha-e-minas-vence-o-lider-dentil-praia-clube/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/05/em-jogo-emocionante-gabi-brilha-e-minas-vence-o-lider-dentil-praia-clube/#respond Sat, 05 Jan 2019 02:25:24 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15528

Com a vitória sobre o líder, Minas Tênis Clube se tornou a única equipe invicta na Superliga (Foto: Divulgação Minas Tênis Clube)

Um clássico emocionante e bastante aguardado entre as duas equipes ainda invictas na Superliga feminina abriu a temporada 2019. Em partida válida pela décima rodada do primeiro turno, o líder Dentil Praia Clube recebeu, nesta sexta-feira (4), o seu grande adversário estadual e vice-líder Minas Tênis Clube para um confronto que, além de toda a rivalidade, ainda valia a primeira colocação na classificação geral. Para seguir na ponta, o time de Uberlândia precisava de uma vitória por qualquer placar. A equipe de Belo Horizonte, por outro lado, necessitava bater o rival em três sets diretos. E a equipe visitante se saiu melhor na tarefa ao conseguir vencer o Praia Clube por 3 sets a 2, com parciais de 26-24, 17-25, 25-22, 23-25 e 15-13.

Apesar de não ter assumido a liderança da competição – a equipe do técnico Stefano Lavarini se manteve em segundo lugar, chegando aos 22 pontos, dois a menos do que o adversário, que foi a 24 -, a vitória serviu para dar moral ao time no decorrer do torneio, já que as minastenistas agora são as únicas invictas da Superliga.

O atual campeão nacional começou o confronto com a levantadora Lloyd, as centrais Carol e Fran (que entrou no lugar da titular absoluta Fabiana, com uma lesão no joelho direito), as ponteiras Fernanda Garay e Rosamaria, a oposta Fawcett e a líbero Suellen. No entanto, em um lance de fatalidade, a meio-de-rede Fran sofreu uma torção no joelho esquerdo durante o ataque ainda no início do duelo e acabou também sendo substituída pela jovem Gabriela Rocha. Como o rival, o vice-campeão mundial também iniciou o jogo com um desfalque de peso: a ponteira Natália, que sentiu o joelho e foi poupada. O técnico Lavarini, então, escalou Macris na armação, Mayany e Carol Gattaz pelo meio, Lana e Gabi na entrada de rede, Bruna Honório na saída e a líbero Léia.

Como esperado, o primeiro set começou bastante equilibrado com os times se alternando na liderança do placar. Contudo, a partida se perdeu um pouco tecnicamente em função das falhas de ambas as equipes. As visitantes cederam, somente na primeira parcial, 12 pontos em erros ao adversário. Por outro lado, se saíram bem melhor no side out, anotando 14 pontos contra 8 das donas da casa. As comandadas de Paulo Coco, além de terem deixado a desejar nas ações ofensivas, erraram bastante na recepção, dificultando a distribuição da levantadora Lloyd que, sem o passe nas mãos, recorreu às bolas marcadas que favoreceram o bloqueio minastenista. Vale salientar que a linha de passe das vice-campeãs mundiais também se mostrou inconsistente em boa parte do confronto.

Time de Uberlândia foi derrotado em casa, no Ginásio Praia Clube, por 3 sets a 2 (Foto: Divulgação/Praia Clube)

Com um saque mais efetivo, o Praia Clube mostrou mais segurança na virada de bola e comandou o placar em praticamente todo o segundo set. A armadora Lloyd, ainda enfrentando dificuldades com as bolas de meio, optou por concentrar as jogadas nas extremidades, acionando mais a oposta Fawcett e as ponteiras Rosamaria e Fernanda Garay. Mais atento no sistema defensivo, o time salvou várias bolas importantes que geraram contra-ataques bem aproveitados. Para exemplificar, o ponto decisivo da parcial para as donas da casa levantou a torcida: a líbero Suellen fez uma ótima defesa do ataque rival, a levantadora Lloyd recuperou a bola nas placas e Garay jogou a bola para o outro lado. A equipe do Minas, sem esperar que a bola voltasse, desperdiçou o contra-ataque cometendo um erro de combinação que fez com que as mandantes fechassem a parcial.

Com a mesma estratégia de saque forçado, as equipes se revezaram no marcador, equilibrando o terceiro set. No entanto, as falhas dos dois times em momentos decisivos também colaboraram para que nenhuma equipe se sobressaísse. O Minas, entretanto, conseguiu abrir uma margem maior na reta final da parcial (24 a 21), aproveitando os contra-ataques e, ainda, contando com a entrada da central Mara (no lugar de Mayany), que fez bloqueios importantes. A vitória das visitantes no set também teve a “ajuda” das donas da casa, que cometeram erros cruciais de ataque, desperdiçando chances preciosas de virar o jogo.

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Na quarta parcial, as vice-campeãs mundiais chegaram a abrir 5-1 no placar. Mesmo sem o passe nas mãos em diversos momentos, a levantadora Macris novamente se destacou. Conseguindo fazer uma ótima armação, ela distribuiu bem o jogo pelas extremidades – com a oposta Bruna Honório e as atacantes de entrada Gabi e Lana (que desempenhou relativamente bem o seu papel, apesar de um início nervoso ao substituir Natália) – e pelo meio, com a meio-de-rede Mara, que entrou muito bem pontuando no ataque, no saque e no bloqueio, e a sempre eficiente Carol Gattaz, que teve grande atuação. O time praiano, por outro lado, passou a parcial correndo atrás do marcador e desperdiçou contra-ataques fundamentais. No entanto, mostrou força e concentração ao reverter uma diferença de 17 a 12 para o rival, contando principalmente com a atuação de Fernanda Garay, que comandou o time no ataque.

No set decisivo, a recepção voltou a comprometer o side out das duas equipes. No entanto, a ponteira Gabi, que fez uma partida espetacular, se destacou em todos os fundamentos e assumiu a responsabilidade também na virada de bola da última parcial. E foi justamente pressionando a recepção praiana que o Minas conseguiu quebrar o passe, forçar o erro adversário e impor o seu jogo para vencer o duelo. Destaque para a grande atuação de Gabi, a maior pontuadora do jogo, com 23 acertos, e para a central Carol Gattaz, que terminou o confronto com 17.

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Os fatos que marcaram o vôlei brasileiro e mundial em 2018 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/29/os-fatos-que-marcaram-o-volei-brasileiro-e-mundial-em-2018/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/29/os-fatos-que-marcaram-o-volei-brasileiro-e-mundial-em-2018/#respond Sat, 29 Dec 2018 08:00:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15472

A conquista do primeiro ouro da seleção sérvia no Mundial feminino foi um dos grandes acontecimentos de 2018 (Foto: Divulgação/FIVB)

Sérvia campeã mundial, Minas Tênis Clube de volta ao topo, França decepcionando mais uma vez, Sada Cruzeiro sucumbindo no cenário internacional, VakifBank colecionando troféus, seleção brasileira feminina vivendo o pior ano desde 2003, Trentino pentacampeão mundial de clubes…

Com o ano já no fim, é chegada a hora dos balanços e avaliações daquilo que deu certo e do que não funcionou no vôlei em 2018. Assim, o Saída de Rede realizou uma retrospectiva dos fatos que consideramos mais relevantes neste ano. Para alguns, 2018 provavelmente deixará saudades. Para outros, este certamente é um ano em que não há muitas razões para comemorar.

Confira o sobe e desce do vôlei neste ano em ordem alfabética:

SOBE

Equipes europeias

Liderada em quadra pela ótima levantadora Maja Ognjenovic, que voltou à sua seleção apenas para a disputa do Mundial, e pela jovem e excelente oposta Tijana Boskovic, que saiu como MVP da competição, a Sérvia se sagrou campeã mundial pela primeira vez neste ano. Terceiro colocado no Mundial de 2006, o time dos Bálcãs levou a medalha de prata na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, mas foi campeão do Europeu no ano passado. Além de Boskovic, a equipe ainda contou com atletas do nível da meio-de-rede Milena Rasic e da ponteira Brakica Mihajlovic para conquistar o título inédito.

Com uma seleção extremamente jovem, a Itália fez uma grande campanha no Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)

Vice-campeã mundial, a tradicional Itália fez uma surpreendente competição, mostrando que poderá chegar aos jogos de Tóquio como uma das favoritas ao ouro. Com uma seleção repleta de jovens e promissores valores oriundos, em sua maioria, do Club Italia – projeto da Federação Italiana para produzir novos talentos –, a equipe de Paola Egonu, Miriam Sylla e Ofelia Malinov é mais um exemplo de que vale a pena investir na base e realizar um trabalho de longo prazo. Mesmo que este processo custe a ausência em pódios durante um bom tempo.

Mineiros

Vice-campeão mundial, Minas Tênis Clube voltou ao topo neste ano (Foto: Divulgação/FIVB)

Com uma importância incontestável para a história do voleibol brasileiro, o Minas Tênis Clube teve um ano em que voltou definitivamente ao topo. Sob a liderança do italiano Stefano Lavarini, o time foi campeão sul-americano pela terceira vez ao bater o Sesc-RJ. Com o título, a equipe de Belo Horizonte conquistou o direito de disputar o Mundial de Clubes, conquistando novamente o vice-campeonato. Além disso, ao encerrar o ano em segundo lugar na classificação geral da Superliga, o Minas deixou evidente que tem plenas condições de ir ainda mais longe, ganhando o troféu da competição nacional.

Apesar de não ter se saído bem no Mundial de Clubes, o Dentil Praia Clube também tem o que festejar em 2018. Afinal, foi no primeiro semestre deste ano que a equipe de Uberlândia conquistou o troféu da Superliga pela primeira vez, quebrando a histórica hegemonia do Sesc-RJ. A fim de repetir a dose, o time manteve a mesma base, com jogadoras como Fernanda Garay, Nicole Fawcett e Fabiana, e se reforçou com nomes como a levantadora Carli Lloyd e a meio-de-rede Carol. Ainda em busca do entrosamento ideal, já assumiu a liderança do campeonato, com 23 pontos. Com esta campanha, o Praia mostra que tem potencial para brigar pelo segundo título consecutivo.

Seleção masculina

Contrariando a expectativa de muitos, seleção masculina chegou à quinta final consecutiva no Campeonato Mundial (Foto: Guilherme Cirino)

Em seu segundo ano no comando da seleção brasileira masculina de vôlei, o técnico Renan Dal Zotto passou por um teste de fogo. O Brasil começou a temporada patinando com uma campanha bastante sofrível na recém-criada Liga das Nações. Sob desconfiança por parte da torcida e da imprensa por ter terminado o torneio na quarta colocação com um desempenho repleto de altos e baixos, a equipe verde-amarela, que precisa urgentemente dar espaço a outros novos valores além daqueles já testados por Renan, chegou ao Mundial masculino, disputado na Itália e na Bulgária, sem o status de favorita.

Contudo, demonstrando força e incrível capacidade de superação, o time soube driblar dificuldades, como o inesperado revés para a seleção holandesa logo na primeira fase, e teve um desempenho fantástico quando foi exigido, como no caso da impressionante virada contra a Rússia na terceira etapa do torneio. Deste modo, a seleção brasileira fez história ao chegar, pela quinta vez consecutiva, a uma final de Mundial.

Assim, apesar do gosto amargo deixado pela medalha de prata, por ter sido batida pela Polônia na final por eloquentes 3 sets a 0, o saldo da seleção masculina é positivo. A possibilidade de convocação do brasileiro naturalizado Yoandy Leal, que estará à disposição a partir de abril, tem animado ainda mais os torcedores. No entanto, é preciso salientar que o ponteiro, sozinho, não será a solução dos problemas do Brasil. O próximo ano será uma ótima oportunidade para Renan fazer mais testes, pois não teremos grandes torneios. É óbvio que há muito o que fazer neste ciclo se a equipe quiser continuar no pódio na Olimpíada de Tóquio, em 2020. Mas, mesmo com muita dificuldade, o Brasil se manteve entre os melhores do mundo e tem o que comemorar neste final de ano.

Seleção polonesa

Em dívida com seus apaixonados torcedores desde a conquista do Mundial de 2014, equipe polonesa teve uma atuação de gala na final, faturando o tri (o segundo consecutivo) (Foto: Divulgação/FIVB)

Até o Campeonato Mundial, era bastante inusitada a situação da seleção polonesa. É que após a conquista da primeira medalha de ouro no Mundial em casa, em 2014, a Polônia pouco mostrou de consistente no cenário internacional. Na Olimpíada do Rio a equipe alcançou o quinto lugar; já no Campeonato Europeu do ano passado, os poloneses terminaram na décima colocação e na Liga das Nações os europeus chegaram novamente em quinto.

Com a contratação do belga Vital Heynen, no entanto, os apaixonados fãs poloneses puderam ver sua seleção se tornar tricampeã mundial, vencendo novamente (e de forma categórica) a equipe brasileira. Para tanto, o treinador apostou em uma mescla de jovens promissores, como o ponteiro Artur Szalpuk, com jogadores mais experientes, como o talentoso passador Michal Kubiak e o oposto Bartosz Kurek, que levou o prêmio de MVP da competição. Investindo muito na base, a Polônia parece decidida a se manter entre as grandes seleções do mundo e promete chegar forte nos jogos de Tóquio.

Trentino

Apesar de não ter chegado ao Mundial de Clubes como favorito, Trentino cresceu na competição e levou o penta (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos mais tradicionais times de voleibol do mundo, o italiano Trentino não chegou ao Mundial de Clubes na condição de candidato ao título. Mas, contando com jogadores de peso para esta temporada, como o extraordinário líbero Jenia Grebennikov, os excelentes ponteiros Aaron Russell e Uros Kovacevic e o ótimo central Srecko Lisinac, a equipe de Trento virou o jogo e, fazendo jus à sua imensa tradição na competição, ganhou o pentacampeonato ao derrotar o badalado Lube Civitanova, de Leal, Bruninho, Simon e Juantorena, por 3 sets a 1.

Com isso, a equipe de Angelo Lorenzetti se tornou o maior vencedor de toda a história do torneio, mantendo a incrível marca de nunca ter perdido uma final. Em segundo lugar na tabela do Campeonato Italiano, o time também fecha muito bem o ano de 2018.

VakifBank

Mais uma vez, VakifBank teve um ano extraordinário (Foto: Divulgação/FIVB)

A mais temida equipe do voleibol mundial feminino na atualidade, se tornou quase “chover no molhado” falar sobre o poderoso VakifBank, da Turquia. Com uma imensa coleção de troféus que conta, entre outros, com 10 títulos da liga turca e 4 taças da Champions League, a mais prestigiosa competição de clubes da Europa, o grupo comandado pelo polêmico italiano Giovanni Guidetti fechou o ano com mais uma grande conquista: o Mundial de Clubes, pela terceira vez (a segunda consecutiva), ao vencer o brasileiro Minas Tênis Clube por 3 sets a 0 na final.

Uma máquina de produzir títulos, o time de Istambul tem em seu plantel algumas das melhores jogadoras do mundo em suas respectivas posições, entre elas, a espetacular ponteira chinesa Ting Zhu, a central sérvia Milena Rasic e a oposta holandesa Lonneke Slöetjes. Além disso, fazem parte do elenco as promissoras turcas Cansu Ozbay (levantadora), Ebrar Karakurt (oposta) e Zehra Gunes (meio-de-rede).

DESCE

Giba

Novo integrante do Hall da Fama do vôlei mundial, Giba teve um começo de ano difícil (Foto: Divulgação/FIVB)

Logo no início do ano, uma notícia surpreendeu os fãs do vôlei e do ex-ponteiro da seleção brasileira integrante do Hall da Fama como um dos maiores jogadores da história: a justiça decretou prisão de 60 dias para Giba pelo não pagamento de pensão dos seus filhos com a também ex-jogadora Cristina Pirv. A ordem, entretanto, não chegou a ser executada uma vez que, antes da expedição do mandado, seu advogado conseguiu uma liminar que suspendeu a decisão até a realização da audiência entre as partes envolvidas.

Giba se defendeu com uma nota oficial em suas redes sociais, alegando não ter recursos para pagar os valores estabelecidos pela Justiça. Sua ex-mulher também se pronunciou, negando os argumentos expostos pelo ex-jogador, em uma queda de braço que gerou muita polêmica e arranhou a imagem de um dos maiores astros da modalidade no mundo. Após o imbróglio, o atleta pagou o que devia e Cristina Pirv se mudou para a Europa com os filhos.

Polêmicas da seleção masculina fora de quadra

Imagem gerou muita polêmica entre os fãs brasileiros (Foto: Divulgação/FIVB)

Se dentro da quadra a seleção masculina conseguiu se destacar neste ano com o vice-campeonato mundial, fora das quatro linhas o grupo viveu algumas situações polêmicas. A primeira delas foi logo após as vitórias contra o Egito, na estreia do Mundial, e contra a França na segunda rodada da competição: em duas imagens publicadas no Instagram da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e no site da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), os jogadores Wallace e Maurício Souza apareceram fazendo sinais com as mãos que formavam o número do então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).

Nas redes sociais, as imagens causaram uma grande celeuma e os fãs do vôlei se dividiram entre os que defendiam o direito de manifestação política dos atletas e aqueles que acreditavam que na seleção não deveria existir espaço para isso. A CBV divulgou nota oficial afirmando que “não compactua com manifestações políticas” e que a “gestão da seleção [iria] tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas”.

Além disso, durante a disputa do Mundial, a FIVB suspendeu o técnico Renan Dal Zotto por aquilo que considerou “conduta inapropriada” na partida histórica do Brasil contra a Rússia na terceira fase. O lance que levou à punição do treinador aconteceu quando o Brasil vencia os europeus por 14 a 11 no tie-break. Enquanto o time russo detinha a posse de bola e construía o ataque, uma bola apareceu subitamente no lado verde-amarelo. A entidade alegou que Renan jogou a bola propositalmente na quadra para atrapalhar o ataque adversário. Com a suspensão, o treinador não pôde estar no banco de reservas na partida em que a seleção já entrou classificada contra os EUA.

Sada Cruzeiro e Zenit Kazan no Mundial

Sada Cruzeiro teve uma campanha decepcionante no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

Dois times que dominaram o Mundial de Clubes nos últimos anos, o brasileiro Sada Cruzeiro e o russo Zenit Kazan tiveram quedas estrondosas na última edição do torneio, saindo da disputa ainda na primeira fase ao somarem duas derrotas cada um. A equipe brasileira, que passa por um processo de reformulação com a incorporação de novas peças, sofreu uma desclassificação histórica, já que foi a primeira vez que a Raposa não conseguiu passar da primeira fase. Os brasileiros caíram diante do Asseco Resovia, modesto time polonês que vinha fazendo uma pífia campanha na competição local, e do Trentino, tradicional clube italiano que cresceu no torneio e acabou levando o troféu.

O Zenit, por outro lado, assim como o Cruzeiro, também sofreu uma baixa fundamental na temporada com a saída de Wilfredo León, talvez a sua maior estrela, para o Perugia, atual líder do Campeonato Italiano. Foram dois revezes do time na primeira fase do Mundial: para o também russo Fakel Urengoy e o italiano Lube Civitanova. Como se não bastasse o fiasco pela queda, inconformados com a derrota para o time de Bruninho e Leal, o técnico Vladimir Alekno, o ponteiro Ngapeth e o líbero Alexei Verbov ainda criaram confusão em quadra, culpando o árbitro brasileiro Rogério Espicalsky pela desclassificação.

Seleção feminina

Seleção feminina viveu o seu pior ano desde 2003, quando o técnico José Roberto assumiu o cargo. Com isso, 2019 promete ser um ano decisivo para as pretensões da equipe nos jogos de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

O pior ano desde 2003, quando o técnico José Roberto Guimarães assumiu a equipe. Este é o saldo da seleção feminina de vôlei em 2018. A queda desastrosa na segunda fase do Campeonato Mundial representou o ápice negativo de uma temporada onde nada deu certo. Além da eliminação prematura na mais importante competição do ano, em que terminou na sétima colocação, a equipe alcançou apenas o quarto lugar tanto na Liga das Nações quanto no Montreux.

Estes resultados aliados a um desempenho bastante aquém do esperado expuseram as enormes dificuldades que o vôlei nacional enfrenta para se renovar e lançar jovens valores. Vivendo uma grave crise na base, a seleção passa por um período de transição motivado pela saída/aposentadoria de jogadoras importantes, mas não consegue repor as peças com a mesma qualidade de outros tempos.

Prova disso é que o time vem sobrecarregando Tandara justamente por não ter uma oposta reserva à sua altura. Além disso, nesta temporada, a comissão técnica apostou em atletas (algumas já veteranas) que chegaram ao Mundial aos trancos e barrancos, ainda se recuperando de lesões e/ou vindo de um longo período sem atuar. Vale ressaltar, ainda, que não houve qualquer clamor por parte da torcida por algum nome que tenha ficado de fora na convocação.

Assim, enquanto vemos o crescimento de jovens seleções como a da Itália e da Turquia, que têm investido pesado nas categorias de base, a seleção brasileira segue patinando e apostando nas mesmas peças. Em suma, se Renan Dal Zotto terá um árduo trabalho pela frente em 2019, o de José Roberto Guimarães não deverá ser menor se quiser colocar o time de volta à rota de medalhas às quais nos acostumamos.

Seleção francesa

Repleta de talentos, seleção francesa coleciona fracassos (Foto: Divulgação/FIVB)

De todas as seleções do primeiro escalão, a francesa é vista como a que joga o voleibol mais bonito e técnico da atualidade. Fortíssima candidata a ganhar o título em qualquer torneio que dispute, a França tem, sem dúvida, a geração mais prodigiosa de sua história. No entanto, os ‘bleus’ não conseguem converter tanto talento em conquistas e, com isso, colecionam fracassos. Com nomes estrelados de capacidade incontestável, como o ponta Earvin Ngapeth, o meio-de-rede Kévin Le Roux, o líbero Jenia Grebennikov e o promissor oposto Stephen Boyer, entre outros, a equipe europeia decepcionou novamente em 2018.

O time de Laurent Tillie venceu a extinta Liga Mundial em 2015 e 2017. Contudo, neste intervalo, amargou a nona colocação na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, pois sequer conseguiu passar da primeira fase, e fracassou no Campeonato Europeu do ano passado ao ser eliminado nas oitavas-de-final. Além disso, perdeu, em casa, a final da Liga das Nações para a Rússia neste ano.

Como se não bastasse, mais um fiasco: foi eliminada do Mundial masculino na segunda fase, terminando a mais importante competição do ano em sétimo lugar. Vários aspectos são apontados como motivos para tantas quedas, mas os problemas físicos parecem fazer toda a diferença. Esperemos que a França sofra menos com as lesões e possa finalmente desencantar no ano que vem.

Concorda? Discorda? Se lembra de mais algum destaque positivo ou negativo do vôlei no ano que está acabando? Deixe seu recado na caixa de comentários!

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Minas oscila, mas mantém a invencibilidade e impõe nova derrota ao Sesc-RJ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/22/minas-oscila-mas-mantem-a-invencibilidade-e-impoe-nova-derrota-ao-sesc-rj/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/22/minas-oscila-mas-mantem-a-invencibilidade-e-impoe-nova-derrota-ao-sesc-rj/#respond Sat, 22 Dec 2018 02:02:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15404

Mesmo oscilando em alguns momentos da partida, Minas impôs nova derrota à equipe carioca (Foto: Orlando Bento/MTC)

A nona rodada da Superliga feminina de vôlei proporcionou aos adoradores da modalidade uma partida bastante esperada entre dois dos mais tradicionais clubes brasileiros. Antes mesmo do início, o clássico já estava cercado de expectativas, já que tratava-se do jogo entre o Minas Tênis Clube, atual vice-campeão mundial de clubes e segundo colocado na tabela da competição, e o Sesc-RJ que, apesar de não exibir no momento a mesma força de outras temporadas, continua sendo a equipe que levantou 12 vezes o caneco do mais importante torneio do vôlei nacional. E, em um confronto de muitos altos e baixos na Arena Minas, em Belo Horizonte, o time da casa confirmou o favoritismo e venceu a equipe de Bernardinho por 3 sets a 2 (26-28, 25-11, 25-22, 16-25 e 15-13).

Obviamente, além da vitória, outros fatores estavam em jogo na partida. Com o triunfo, o grupo comandado por Stefano Lavarini manteve a invencibilidade e a vice-liderança, com 7 vitórias em 7 jogos, alcançando 20 pontos na classificação geral. O Sesc, por sua vez, caiu para o sexto lugar, com 16 pontos. Além disso, vale ressaltar que o cotejo marcou o reencontro de Gabi com aquele que foi seu time durante seis temporadas.

O técnico Stefano Lavarini começou a partida com o seu time titular, escalando a levantadora Marcris, as ponteiras Natália e Gabi, as centrais Mayany e Carol Gattaz, oposta Bruna Honório e a líbero Léia. Bernardinho também colocou em quadra as atletas que vêm jogando, com Roberta na armação, Peña e Kosheleva na entrada, Mayhara e Juciely pelo meio, Monique na saída de rede e Gabiru como líbero.

O Minas iniciou bem a partida com um saque que prejudicou a instável recepção carioca. O bloqueio e o sistema defensivo também funcionaram de maneira satisfatória, gerando contra-ataques importantes. Com bom volume de jogo e cometendo menos erros do que o rival, as donas da casa intimidaram as visitantes, que apresentaram dificuldades para colocar as bolas no chão. Contudo, a equipe do técnico Bernardinho demonstrou força e poder de reação ao reverter uma vantagem adversária de 5 pontos. Acertando a marcação sobre a ponteira Natália, que anotou 10 pontos somente neste set, o Sesc equilibrou o confronto na reta final. Deste modo, com uma largada no ataque e um bloqueio em cima da oposta Bruna Honório, a passadora russa Kosheleva fechou a parcial.

Inconstante e completamente desconcentrada, a equipe do Rio jogou um segundo set para ser esquecido. Muito mal em todos os fundamentos, o Sesc permitiu que o Minas logo abrisse 7 a 1. Cedendo mais pontos em falhas às mandantes e mostrando grande insegurança em quadra, as comandadas de Bernardinho voltaram a pecar na recepção e no passe, fazendo a armadora Roberta se deslocar em busca do melhor levantamento. Com todos estes problemas, as visitantes chegaram a estar 11 pontos atrás no marcador. A levantadora Macris, por outro lado, trabalhando com um passe mais eficaz, soube tirar proveito da dificuldade adversária, imprimindo um ritmo acelerado que colocou todas as suas atacantes em ótimas condições de ataque (ao total, as minastenistas somaram 12 pontos de ataque contra apenas 6 das rivais no set). As mineiras também bloquearam e sacaram melhor nesta parcial.

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A ponteira Natália, que vinha com uma atuação bastante consistente no confronto, sentiu o joelho e foi substituída por Alana. Contudo, a jogadora acabou voltando para o jogo. Pelo lado carioca, a central Bia, que não vinha atuando por uma contusão abdominal, entrou na reta final da segunda parcial no lugar de Mayhara, permanecendo em quadra.

Alternando bons e maus momentos, o time carioca retornou mais concentrado para a terceira parcial, não deixando as minastenistas deslancharem no placar. Entretanto, não soube se aproveitar da ligeira instabilidade no passe mineiro, com a reserva Alana, cometendo erros seguidos no fundamento. Além disso, no final da parcial, as mandantes abriram e administraram uma margem criada em função de alguns erros de defesa e de ataque do Sesc. Destaque para a central Carol Gattaz, em ótima forma, e para a oposta Bruna Honório, que se sobressaiu e anotou 19 pontos em todo o cotejo. Com isso, em um erro de ataque da ponteira Peña, a equipe vice-campeã mundial fechou o set.

Na quarta parcial, foi a vez do Minas correr atrás do placar para reverter uma vantagem que chegou a ser de 6 pontos do rival (12-6). Com uma atuação contundente da russa Tatyana Kosheleva, que liderou o time fazendo pontos de ataque e de saque, o Sesc administrou bem a vantagem construída no início do set. Sacando melhor e com um bloqueio mais acertado, as cariocas quebraram o passe mineiro, marcando alguns pontos diretos decorrentes de falhas principalmente da líbero Léia (foram 5 contra apenas 1 do Minas neste set), e ainda anularam as ações ofensivas da equipe rival.

No tie-break, apesar de um começo novamente difícil para o time visitante, o confronto voltou a se equilibrar muito em função da performance da atacante Peña, que saiu do jogo como a maior pontuadora, com 24 acertos. No entanto, o ataque potente da dominicana não foi suficiente para dar a vitória às cariocas. Atrás no marcador, as minastenistas voltaram a impor dificuldades à recepção rival através do saque. Com isso, elas empataram o set e acabaram batendo o Sesc com um ponto da central Mara, que entrou na partida na reta final e bloqueou um ataque de Kosheleva. Mesmo com um desempenho irregular, é importante salientar que a equipe carioca poderia ter vencido o confronto, mas errou em momentos cruciais. Quando conseguir atuar de forma mais constante e menos instável, poderá crescer na competição.

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Minas faz história e Praia Clube esbarra na força da nova geração turca http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/08/minas-faz-historia-e-praia-clube-esbarra-na-forca-da-nova-geracao-turca/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/08/minas-faz-historia-e-praia-clube-esbarra-na-forca-da-nova-geracao-turca/#respond Sat, 08 Dec 2018 14:29:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15253

Concentrado, o time do Minas “espantou” as oscilações recorrentes nas outras partidas, soube ser regular e fez um jogo histórico (Fotos: Divulgação/FIVB)

A final da 12a edição do Campeonato Mundial de Clubes de vôlei feminino está definida: o Minas Tênis Clube enfrentará neste domingo (9) o poderoso VakifBank, atual campeão da competição. Atuando em Shaoxing (China), o a tradicional equipe de Belo Horizonte bateu a pujante equipe do Eczacıbası Vitra por 3 sets a 2 (25-22, 24-26, 13-25, 25-23 e 12-15) em uma semifinal espetacular. Já o Dentil Praia Clube caiu diante do time de Giovanni Guidetti por 3 sets a 1, com parciais de 25-21, 25-21, 22-25 e 25-18. A final será às 10h.

O fato é que uma partida histórica abriu as semifinais do Campeonato Mundial de Clubes feminino. Com uma atuação de gala da levantadora Macris, o Minas Tênis Clube, que vinha sofrendo com atuações irregulares e oscilações constantes, derrotou o poderoso e até então favorito Eczacıbası Vitra, da Turquia, conquistando a vaga na final da competição.

Seguindo a mesma toada das partidas anteriores, o Minas começou o jogo buscando se equiparar ao forte time europeu, não permitindo que a equipe deslanchasse no placar. O atual campeão da Supercopa turca, contudo, implementou uma estratégia de saque bastante acelerado, sobretudo com a oposta Boskovic, que quebrou a recepção do time de Belo Horizonte. A linha de passe mineira, contando com as ponteiras Gabi e Natália, e a líbero Leia, apresentou alguns problemas em momentos decisivos do set, impedindo a melhor distribuição das bolas de Macris. Além disso, as brasileiras também encontraram dificuldades na virada de bola e desperdiçaram contra-ataques fundamentais nesta parcial.

No segundo set, o desenvolvimento da partida indicava que o time turco venceria novamente com certa tranquilidade. Apesar de equilibrado, o jogo permanecia mais à feição das turcas, que não perdiam as oportunidades na virada de bola e nos contra-ataques com o estrelado trio de ataque formado por Boskovic, Kim e Larson. Entretanto, tudo mudou na reta final da parcial. Mais concentrado e determinado, o representante brasileiro mudou definitivamente os rumos do confronto ao reverter, de forma espetacular, o placar adverso de 24 a 19 para as europeias. Em uma fantástica passagem da armadora Macris pelo saque, as brasileiras quebraram a recepção rival e impuseram um padrão de bloqueio que intimidou e neutralizou as ações ofensivas da oposta sérvia Boskovic. A ponteira Natália, que vinha fazendo um Mundial abaixo daquilo que pode, começou a jogar e, com isso, o time mineiro venceu com autoridade a parcial. Esta reação foi determinante para a continuidade do duelo.

Abaladas emocionalmente e com menos confiança, as turcas apenas assistiram a tradicional equipe de Belo Horizonte ter uma atuação de gala na terceira parcial. Jogando o melhor set de toda a temporada, as comandadas de Lavarini fizeram tudo funcionar muito bem: saque, bloqueio, defesa, ataque e contra-ataque. A ponteira Natália, contratada para elevar o nível do Minas nesta temporada ao lado de Gabi, voltou a ser decisiva, dividindo com a sua companheira na entrada de rede o protagonismo nas ações ofensivas. Vale destacar, ainda, a atuação da meio-de-rede Mayany, que substituiu muito bem Mara Leão, virando bolas importantes e se sobressaindo também no bloqueio. Com enorme volume de jogo e um sistema defensivo impecável, o time brasileiro chegou a abrir 20 a 9 nesta parcial. As adversárias não conseguiram jogar e o técnico Marco Aurélio chegou a retirar Boskovic e Kim do confronto, já que as atacantes, pressionadas e hesitantes, não estavam se saindo bem na virada de bola.

O representante turco, contudo, voltou mais concentrado na quarta parcial, equilibrando a partida com as brasileiras que, após abrirem no início do set uma pequena margem no placar em mais uma passagem da levantadora Macris, não conseguiram sustentar a vantagem. Erros bobos de recepção e ataque escoaram a vantagem de 20 a 16, propiciando o empate e a virada através do contra-ataque rival. Assim, na reta final do set, a levantadora reserva Dilik começou a acionar a sul-coreana ponteira Kim na entrada de rede, e ela conseguiu empatar o confronto para o Eczacıbası. No set decisivo, a equipe mineira soube comandar o placar, defendendo bolas fundamentais e se impôs diante das experimentadas jogadoras do time turco, que não conseguiu se recuperar.

Assim, além da levantadora Macris, que teve um brilhante desempenho, vale o destaque para a extraordinária participação de Natália, que saiu do confronto como a maior pontuadora, com 31 pontos, seguida por Gabi, que colocou 19 bolas no chão. Pelo lado rival, a maior anotadora foi a sérvia Boskovic, com 27 acertos.

Buscando afirmação internacional, Minas e Praia estreiam no Mundial

Praia Clube não conseguiu resistir ao poderio de ataque do atual campeão mundial

Pelo grupo B, apesar de ter cedido mais pontos em erros ao rival no primeiro set, o atual campeão mundial não deu muitas chances ao time do Praia Clube. Pressionando bastante a recepção da equipe de Uberlândia, principalmente com o saque acelerado da central Rasic, a equipe turca quebrou a linha de passe brasileira, dificultando muito a distribuição das bolas da levantadora Lloyd. Sem o passe nas mãos, o jogo das campeãs da Superliga ficou lento e previsível, facilitando a marcação e o bloqueio, que quando não marcava pontos diretos, conseguia amortecer bem as bolas. Isso gerava contra-ataques que frequentemente eram decididos pela ponteira chinesa Ting Zhu (que anotou 20 pontos no jogo) e pela oposta holandesa Slöetjes, que tiveram excelente atuação.

Na segunda parcial, a talentosa levantadora Ozbay continuou tendo um desempenho eficiente, variando bem as jogadas pelo meio, com as centrais Rasic e Gunes, e pelas extremidades na entrada e na saída de rede. Para se ter uma ideia da disparidade, o representante europeu chegou a abrir uma vantagem de 8 a 2 no set, impondo dificuldades à virada de bola e aos contra-ataques mineiros. A partir da metade da parcial, entretanto, as comandadas de Paulo Coco começaram a incomodar as europeias no bloqueio e na recepção, com uma estratégia de saque forçado. Além disso, passaram a tocar mais nas bolas, dando volume e consistência ao jogo mineiro. Contudo, sem contar com a importante bola rápida pelo meio (a central Fabiana, tão decisiva, fez apenas 4 pontos de ataque em todo o confronto, anotando 6 ao total), as brasileiras mantiveram um padrão de jogo marcado, voltado para as pontas.

Se valendo da instabilidade do passe e dos erros adversários (foram 24 ao total contra apenas 9 das mineiras), o time do Triângulo Mineiro voltou mais concentrado e abriu 12 a 6 na terceira parcial. Algumas falhas na recepção da equipe verde-amarela acabaram equilibrando o set, mas as jogadoras mantiveram a vantagem e venceram a parcial principalmente através do bloqueio, fundamento que rendeu 14 pontos (somente a central Carol teve 7 acertos).

Na continuidade do duelo, o equilíbrio deu a tônica do quarto set, com o Praia comandando o placar por uma pequena margem de 4 pontos. Destaque para a ponteira Fernanda Garay, que fez 18 pontos em todo o jogo, com um desempenho bastante seguro na parcial. Tudo sugeria que a equipe de Paulo Coco conseguiria levar a partida para o tie-break. No entanto, os erros na recepção, principalmente com a ponteira Rosamaria e a líbero Suellen, e a entrada da oposta Ebrar Karakurt, substituindo a holandesa Slöetjes, minaram a confiança da equipe mineira. A jovem oposta de apenas 18 anos mudou completamente a partida com o seu saque viagem e o ataque potente, freando a reação brasileira. A linha de passe mineira falhou ao receber seu saque, entregando seguidas bolas de graça para o time adversário. Karakurt saiu do confronto com 10 pontos, sendo 8 de ataque e 2 aces.

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Praia x VakifBank e Minas x Eczacıbası serão as semifinais do Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/07/praia-x-vakifbank-e-minas-x-eczacibasi-serao-as-semifinais-do-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/07/praia-x-vakifbank-e-minas-x-eczacibasi-serao-as-semifinais-do-mundial/#respond Fri, 07 Dec 2018 10:53:33 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15235

Time da central Fabiana (em destaque) fez um primeiro set equilibrado com a equipe turca (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com a classificação antecipada das equipes semifinalistas do Campeonato Mundial de Clubes de vôlei feminino, os jogos válidos pela terceira rodada, realizados em Shaoxing (China), nesta sexta-feira (7), foram válidos apenas para apontar o posicionamento em cada grupo e, consequentemente, os confrontos das semifinais. O Dentil Praia Clube, que começou a partida com suas jogadoras titulares e depois utilizou as reservas, foi derrotado pelo Eczacıbası Vitra por 3 sets a 1, com parciais de 27-25, 21-25, 11-25 e 21-25. O Minas Tênis Clube também foi batido pelo VakifBank em sets diretos por 25-23, 30-28 e 25-18. Assim, o primeiro confronto será às 7h entre Praia Clube e VakifBank. Já o segundo duelo será às 10h entre Minas e Eczacıbası neste sábado (8).

Abordando especificamente as partidas desta terceira rodada, é possível afirmar que o jogo do Praia contra o Eczacıbası foi dividido em dois. No primeiro, com a atuação das titulares no primeiro set, ficou a impressão do equilíbrio que poderia ter dado a vitória a qualquer uma das equipes. Para quem apostava em um “passeio” do ainda favorito time turco sobre o representante brasileiro, o que se viu foi um confronto bastante igual.

Se, por um lado, o início devastador do adversário – quando o time de Marco Aurélio Motta abriu 6 a 1 em uma passagem da ponteira norte-americana Larson pelo saque – dava a ideia de que um massacre aconteceria, por outro, a equipe de Uberlândia teve paciência para buscar o jogo se utilizando da mesma arma adversária, o saque, com o objetivo de minar a recepção e as possibilidades de armação das jogadas da levantadora Alikaya. No lado brasileiro, jogando com as extremidades, a levantadora Lloyd, mesmo precisando lidar com alguma instabilidade do passe praiano, obteve sucesso na tentativa de colocar suas companheiras em boas condições de ataque – principalmente a oposta Fawcett, destaque absoluto nesta parcial. Desta forma, com bom volume de jogo e eficiência no sistema defensivo, o Praia ganhou o primeiro set.

A partir da segunda parcial, contudo, o jogo tomou outro rumo, já que o técnico Paulo Coco optou por poupar suas titulares para o confronto da semifinal. Assim, escalou a levantadora Ananda, as ponteiras Ellen e Rosamaria, a central Fran, a oposta Paula Borgo e a líbero Laís. O nível técnico da equipe do Triângulo Mineiro acabou caindo muito em função da falta de ritmo das suplentes, sobretudo na recepção, o que prejudicou a distribuição da armadora Ananda. Deste modo, trabalhando com bolas altas e lentas pelas pontas, a equipe do Praia facilitou o bem ajustado bloqueio rival. A virada de bola, que já não vinha funcionando com tanta excelência na entrada de rede desde a primeira parcial, teve uma queda maior com Ellen e Rosamaria, que não conseguiam colocar a bola no chão e demonstravam também grande dificuldade nos contra-ataques. Ainda assim, no último set, as brasileiras melhoraram o desempenho e se aproximaram no placar. No ataque, as turcas levaram a melhor (55 a 39), contando muito com uma grande atuação da ponteira Larson, maior pontuadora do jogo, com 23 acertos, e a oposta Boskovic, com 17 anotações.

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Pecando em momentos cruciais das partidas, falta à equipe mineira poder de decisão

Pelo grupo A, como as parciais apertadas mostraram, a equipe minastenista, assim como o seu rival mineiro, também fez um jogo equilibrado contra a “seleção mundial” do VakifBank. A grande falha do time de Belo Horizonte, entretanto, foi a intranquilidade nos momentos de definição, já que as comandadas de Stefano Lavarini desperdiçaram várias oportunidades para fechar as duas primeiras parciais. Ambos os times utilizaram bem a estratégia do saque forçado, visando quebrar a recepção adversária no começo do duelo. As mineiras optaram por “caçar” a ponteira Ting Zhu que, enfrentando dificuldades no passe, afetou a distribuição da levantadora Ozbay. Com isso, a armadora acionou apenas uma vez a central Gunes pelo meio no primeiro set, utilizando mais as centrais no decorrer do confronto.

Se no passe a ponteira chinesa não estava fazendo a diferença, nas ações ofensivas a atacante, como de hábito, se sobressaiu sendo o grande destaque com 10 pontos somente na primeira parcial. A virada de bola fluiu naturalmente, sendo pouco incomodada pelo saque mineiro. Quando o serviço causava algum problema, a atual equipe campeã mundial compensava na força do ataque da meio-de-rede sérvia Rasic, que colocou 12 bolas no chão e, obviamente, de Ting Zhu, que saiu do confronto como a maior pontuadora, com 18 anotações.

Faltou ao time brasileiro aproveitar os erros adversários, ter mais consistência na virada de bola e nos contra-ataques, já que a equipe construía uma pequena margem no marcador, mas não conseguia manter a vantagem. Pela entrada de rede, a ponteira Natália, que já não vem fazendo um bom Mundial, falhou em momentos fundamentais, cometendo erros bobos e enfrentando em demasia o bloqueio adversário (foram 10 pontos do rival neste fundamento contra 7 das brasileiras). Por outro lado, vale mencionar o crescimento da sua companheira Gabi que, antes de ser substituída na terceira parcial – quando o técnico Lavarini optou por escalar várias reservas, assim como o seu compatriota Guidetti -, se destacou ao realizar um trabalho eficiente no passe e assumir a responsabilidade na virada de bola (saiu do jogo como a maior pontuadora do time brasileiro, com 14 pontos, seguida pela oposta Bruna Honório, com 9). Deste modo, a equipe do Minas precisa melhorar bastante este aspecto se tiver ambições de chegar à final do campeonato.

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]]> 0 Praia faz seu melhor jogo na temporada e Minas volta a oscilar no Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/05/praia-faz-seu-melhor-jogo-na-temporada-e-minas-volta-a-oscilar-no-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/05/praia-faz-seu-melhor-jogo-na-temporada-e-minas-volta-a-oscilar-no-mundial/#respond Wed, 05 Dec 2018 13:58:18 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15223

Consistente e concentrado, Praia Clube jogou a sua melhor partida desde o início da temporada 2018/2019 (Fotos: Divulgação/FIVB)

Após o triunfo sobre o inofensivo Supreme Chonburi, da Tailândia, na estreia do Campeonato Mundial de Clubes de vôlei feminino, o Dentil Praia Clube voltou a vencer na madrugada desta quarta-feira (5), em Shaoxing, na China. Com uma performance bastante equilibrada e taticamente organizada, o time de Uberlândia bateu o Altay VC, do Cazaquistão, com enorme facilidade por 3 sets a 0, com parciais de 25-14, 25-16 e 25-17. O resultado classificou antecipadamente o representante brasileiro para as semifinais do torneio intercontinental. Já o Minas Tênis Clube superou as donas da casa do Zhejiang pelo placar de 3 sets a 1 (12-25, 25-21, 10-25 e 17-25). Depois do sufoco contra o lutador Volero Le Cannet, a equipe de Belo Horizonte voltou a oscilar, mas, ainda assim, também se classificou com uma rodada de antecedência.

Concentrada, a equipe praiana se portou muito bem em praticamente todo o confronto, com bastante consistência em todos os fundamentos. Juntamente com Fernanda Garay, sua companheira de ataque na entrada de rede, e a líbero Suellen, a ponteira Michelle Pavão se destacou na recepção, entregando as bolas nas mãos da levantadora Carli Lloyd. Assim, a armadora norte-americana conseguiu fazer uma ótima distribuição, colocando todas as suas jogadoras em boas condições de ataque. Sob este aspecto, vale ressaltar a visível evolução técnica da norte-americana nos levantamentos para as centrais Fabiana e Carol, que se sobressaíram nas bolas rápidas de meio e, também, na “china”, algo que não ocorreu com tanta naturalidade na partida de estreia.

Outro aspecto que merece ser destacado na bela vitória do Praia sobre o Altay diz respeito ao volume de jogo. Em um confronto com ótimos ralis, a equipe do Triângulo Mineiro mostrou eficiência e organização no sistema defensivo, salvando bolas importantes principalmente da ponteira Mammadova, grande nome do time adversário. Buscando resolver todos os problemas no saque, o time de Paulo Coco optou por um serviço flutuante bastante acelerado, minando o passe e, consequentemente, o ritmo de jogo da armadora cazaque Sarsenbayeva, que substituiu a titular Akilova. Com o passe “quebrado”, a levantadora rival teve muitas dificuldades para realizar uma distribuição adequada entre suas atacantes.

Cometendo poucos erros (apenas 10 em todo o duelo), a equipe brasileira não tomou conhecimento do time cazaque e fez o seu melhor jogo desde o início da temporada. Além disso, demonstrou larga superioridade no ataque (47 a 30), no bloqueio, anotando 11 pontos contra 5 do rival, e no saque, onde o representante praiano também levou vantagem (7-1). Entre os destaques individuais, a oposta norte-americana Nicole Fawcett foi a maior pontuadora do jogo, com 19 pontos. Além dela, a passadora Fernanda Garay – que, em uma excelente partida, colaborou não apenas na virada de bola, mas também no saque e no posicionamento tático de preparação dos contra-ataques, colocou 14 bolas no chão – e a meio-de-rede Fabiana, com 13, também brilharam. Pelo lado transcontinental, as maiores pontuadoras foram as ponteiras Anarkulova, com 11 anotações, e Mammadova, com 10 acertos.

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Má organização e falta de estrutura fazem Superliga passar vergonha

Mesmo irregular, a equipe minastenista conquistou a vitória e a classificação antecipada para as semifinais

No outro grupo, mais à vontade diante do adversário oriental – que se mostrou desentrosado em todo o jogo por contar com várias jogadoras emprestadas para a disputa da competição -, a equipe do Minas fez um início de partida arrasador. O sistema de recepção, que apresentou tantas falhas no confronto contra o Volero Le Cannet, demonstrou mais segurança, facilitando o trabalho da levantadora Macris, que apostou em uma distribuição variada das bolas. Com isso, as brasileiras deslancharam, chegando a abrir um placar de 17-9 na primeira parcial. A postura agressiva deu a impressão de que o time de Belo Horizonte venceria o confronto com uma performance melhor do que aquela vista na estreia. Entretanto, tudo mudou.

Mesmo desorganizado no sistema defensivo e sem grandes opções no ataque, o Zhejiang reagiu na segunda parcial, tirando proveito da queda assustadora no aproveitamento do time de Stefano Lavarini. Concedendo 25 pontos ao rival em falhas de recepção, saque e ataque (contra 19 do adversário), o Minas voltou desconcentrado para o jogo provavelmente em função da fragilidade exposta pela equipe asiática no início do duelo. Desta maneira, confiantes, as chinesas equilibraram o confronto, ganhando seu primeiro set no Mundial de Clubes.

Em mais uma partida plena em oscilações, as brasileiras retomaram as rédeas do jogo no terceiro set, melhorando em todos os fundamentos. Com bom volume de jogo e aperfeiçoando o sistema defensivo, a equipe minastenista chegou a abrir 19-8 na parcial. O técnico Lavarini, então, aproveitou a vantagem para rodar o time, escalando algumas atletas, como a oposta Malu, que substituiu Bruna Honório. Contudo, a história do jogo mudou novamente na quarta parcial, com as orientais chegando a abrir 6 a 1 no placar.

Correndo atrás no marcador, o time mineiro recuperou o controle da partida com uma estratégia de saque forçado, quebrando a recepção chinesa. Sem falar que o Zhejiang passou a ceder mais pontos em erros ao time brasileiro nesta última parcial. A ponteira Gabi, que teve um desempenho bem abaixo do esperado na estreia, terminou o confronto como a maior pontuadora, com incríveis 28 pontos. Aliás, mesmo errando mais, as comandadas de Lavarini também se saíram infinitamente melhor nas ações ofensivas (foram 63 pontos contra 32 do rival). Sua companheira de ataque na entrada de rede, Natália, foi mais discreta, colocando apenas 11 bolas no chão. Acionada pela levantadora Macris, a meio-de-rede Mara também correspondeu bem, obtendo o mesmo número de acertos de Natália.

Com isso, classificados, tanto o Praia Clube quanto o Minas entrarão em quadra nesta sexta-feira (7), contra os turcos VakifBank e Eczacıbası Vitra, respectivamente, apenas para definir primeiro e segundo colocados em cada chave.

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