seleção sérvia – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quais foram as melhores jogadoras de 2019? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/27/quais-foram-as-melhores-jogadoras-de-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/27/quais-foram-as-melhores-jogadoras-de-2019/#respond Fri, 27 Dec 2019 09:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19584

Às vésperas da Olimpíada de Tóquio, o Saída de Rede aponta quais atletas se destacaram no ano (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com a Olimpíada de Tóquio logo ali, 2019 foi um período de incertezas para algumas jogadoras – especialmente em função das lesões e, ainda, do baixo rendimento nos clubes e/ou nas seleções – e de consolidação para outras. Na escolha das melhores, o Saída de Rede levou em consideração a incrível regularidade e o momento de afirmação destas atletas que vêm, ano a ano, dominando as competições que disputam no cenário mundial. Na opinião do blog, ninguém jogou tanto quanto ou mais do que elas neste ano. Confira:

Paola Egonu

Egonu foi um dos grandes nomes do vôlei neste ano de 2019 (Fotos: Divulgação/FIVB)

Um dos maiores fenômenos do vôlei mundial, a italiana Paola Egonu já teve um 2018 espetacular. Para quem não lembra, a jogadora se sagrou vice-campeã mundial com a Azzurra, levou o prêmio de melhor oposta do campeonato e, com os 45 pontos marcados na semifinal contra a campeã olímpica China, se tornou a maior pontuadora de todos os tempos nas competições da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

Em 2019, Egonu não deixou por menos. Com a camisa do italiano Novara, ganhou a Champions League na temporada 2018/2019, batendo na final o Conegliano, seu atual clube. Ela marcou 27 pontos e terminou como a MVP do torneio. Já na seleção, exerceu papel decisivo na classificação italiana para a Olimpíada do ano que vem, sendo, novamente, a maior pontuadora em todas as partidas do Pré-Olímpico – ela pontuou 25 vezes somente contra a Holanda.

Com os seus 21 anos recém-completados, voltou a brilhar no final do ano, sendo o maior destaque na conquista do título inédito de campeão mundial de clubes do Conegliano. Além de ter anotado 38 pontos na semifinal contra o tricampeão VakifBank, ela também teve uma atuação de gala na decisão diante do Eczacibasi, outra potência turca, ao colocar 33 bolas no chão. Terminou o campeonato como MVP e, seguramente, deverá ser uma das grandes estrelas dos Jogos de Tóquio.

E mais:

Para o bem e para o mal: os fatos que marcaram o vôlei em 2019

O ano ruim do vôlei feminino brasileiro no Mundial de Clubes

Tijana Boskovic

Boskovic é o maior nome da seleção sérvia na atualidade

Considerada uma das melhores jogadoras do planeta, a oposta Tijana Boskovic também não tem do que reclamar neste ano. Vice-campeã olímpica em 2016 e campeã mundial no ano passado, a atleta, que assustou o mundo ao desbancar, aos 17 anos, a talentosa Jovana Brakosevic na seleção sérvia, é outra que não cansa de derrubar recordes e acumular prêmios individuais.

Aos 22 anos, Boskovic é mais do que uma realidade. Eleita a melhor jogadora do campeonato turco na temporada 2018/2019, segue como uma peça indispensável no esquema do técnico Zoran Terzic. Com rendimento excepcional tanto no ataque quanto no saque, foi determinante no Pré-Olímpico para que sua equipe se garantisse nos Jogos, e ainda ajudou o time dos Bálcãs a se sagrar tricampeão europeu (bi consecutivo), vencendo a aguerrida Turquia na decisão.

Boskovic anotou 23 pontos na final, levou o troféu de MVP da competição pela segunda vez (já havia conquistado em 2017) e silenciou a multidão que empurrava a seleção da casa na capital Ancara. Já no Mundial de Clubes, o seu Eczacibasi terminou com o vice-campeonato, mas, ainda assim, ela pontuou 27 vezes contra o Conegliano. Como a rival Egonu, a oposta tem tudo para se consagrar na Olimpíada do Japão.

Você concorda? Discorda? Na sua opinião, quem foram as melhores jogadoras do ano? Deixe seu recado na caixa de comentários!

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Para o bem e para o mal: os fatos que marcaram o vôlei em 2019 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/23/para-o-bem-e-para-o-mal-os-fatos-que-marcaram-o-volei-em-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/23/para-o-bem-e-para-o-mal-os-fatos-que-marcaram-o-volei-em-2019/#respond Mon, 23 Dec 2019 09:00:20 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19562

O italiano Civitanova ganhou os títulos mais importantes em 2019 (Foto: Divulgação/FIVB)

Taubaté campeão da Superliga masculina pela primeira vez, Lube Civitanova no topo do mundo, França decepcionando de novo, Itambé Minas dominando o cenário nacional, Earvin Ngapeth preso, Sérvia triunfando na Europa…

Qual foi “o assunto” do vôlei em 2019? Sem dúvida, assim como em outros anos, foram vários os acontecimentos que movimentaram as redes sociais e mobilizaram os fãs da modalidade. O Saída de Rede fez uma seleção dos fatos mais relevantes.

Confira o sobe e desce do vôlei neste ano em ordem alfabética:

SOBE

Civitanova

Equipe do levantador Bruno fechou o ano com a conquista do Mundial de Clubes, em Betim (MG) (Foto: Divulgação/FIVB)

Considerado por muitos a melhor equipe de vôlei masculino da atualidade, o italiano Lube Civitanova soube angariar tamanho prestígio ao longo do ano. Afinal, não foi pouco o que o time comandado pelo experiente Ferdinando De Giorgi realizou em 2019. Com jogadores do naipe dos brasileiros Bruno e Leal, além de Juantorena e Simon em sua “linha de frente”, o Civitanova ganhou o Scudetto pela quinta vez em sua história e, uma semana depois, conquistou o segundo troféu da Liga dos Campeões da Europa, o mais importante torneio interclubes do continente.

Somando 11 vitórias em 11 jogos na competição, os italianos venceram o Zenit Kazan na final, equipe que se tornou o maior papa-títulos recente da Europa, interrompendo uma hegemonia de quatro anos da equipe russa. Foi uma façanha e tanta, uma vez que o último clube daquele país que conseguiu vencer a Champions League foi o Trentino nas temporadas 2008/2009, 2009/2010 e 2010/2011. Como se não bastasse, o Civitanova fechou o ano com chave de ouro ao colocar em sua galeria o único troféu que ainda faltava: o de campeão mundial.

Itambé Minas

A equipe mineira ganhou praticamente tudo na temporada 2018/2019 (Foto: Orlando Bento/FIVB)

A temporada 2018/2019 foi, seguramente, uma das mais vitoriosas da história do brasileiro Itambé Minas. Um dos nossos mais tradicionais clubes, o Minas sempre teve a sua importância valorizada no cenário nacional, mas, nos últimos anos, vinha sendo aquele time que apenas participava da mais relevante competição interclubes do país.

Com a chegada de reforços de peso, como as ponteiras Gabi e Natália, além da manutenção de outras jogadoras fundamentais, como Carol Gattaz e Macris, e do técnico italiano Stefano Lavarini, o grupo ganhou o Campeonato Mineiro, a Copa Brasil, o Sul-Americano e, depois de um jejum de 17 anos, a Superliga feminina.

O único título que restou foi o do Mundial de Clubes 2018, onde ficou com uma valorosa medalha de prata. A equipe perdeu algumas peças para a temporada 2019/2020 e está passando por um processo de reconstrução. No Mundial deste ano, alcançou o 5º lugar.

Já nesta Superliga pré-olímpica, o representante mineiro, hoje liderado por Nicola Negro, manteve a talentosa levantadora Macris e ainda conta com nomes, como a central bicampeã olímpica Thaísa, que vem retornando ao melhor de sua forma. A equipe está na vice-liderança do campeonato, somando 8 vitórias em 8 partidas.

Renan Dal Zotto

Renan teve um 2019 especial tanto no clube quanto na seleção (Foto: Divulgação/FIVB)

Homenageado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) pelo segundo ano consecutivo como o melhor técnico do país, Renan também teve um 2019 especial. Ele levou a seleção masculina de vôlei à conquista do 32º título do Campeonato Sul-Americano, classificou o Brasil para a Olimpíada de Tóquio no Pré-Olímpico – a competição mais importante da temporada, vencida de forma dramática em Varna, na Bulgária –, e, de quebra, ainda faturou a Copa do Mundo de maneira invicta.

Renan também brilhou na temporada de clubes 2018/2019. O treinador assumiu o EMS Taubaté Funvic, uma das mais prestigiadas equipes da Superliga masculina, em fevereiro. Repleto de estrelas e selecionáveis, o time patinava na competição e enfrentava uma crise interna motivada por discordâncias entre o plantel e o técnico argentino Daniel Castellani que, demitido, foi interinamente substituído por Ricardo Navajas, supervisor técnico do clube.

No comando, Renan não apenas mudou a forma da equipe atuar, construindo uma base titular e um padrão de jogo muito mais estável, como ainda levou o representante do Vale do Paraíba a ganhar um inédito título nacional.

Sérvia

Seleção sérvia chegará forte nos Jogos de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

A Sérvia dominou completamente a Europa neste ano de 2019. Campeã mundial em 2018 e medalhista de prata na Rio 2016, a seleção feminina já vem fazendo um ciclo olímpico de encher os olhos. Liderada por Zoran Terzic, se sagrou campeã europeia pela terceira vez ao vencer a perigosa Turquia, do técnico italiano Giovane Guidetti, na casa do rival.

Para tanto, contou com o brilho da oposta Tijana Boskovic, uma das melhores jogadoras do mundo, e de sua “coadjuvante de luxo”, a forte ponteira Brankica Mihajlovic, além da talentosa levantadora Maja Ognjenovic. Trata-se de mais uma demonstração de que a equipe é uma das fortes candidatas ao ouro na Olimpíada do ano que vem.

Equipe masculina se redimiu depois de ter caído no Pré-Olímpico diante da seleção italiana (Foto: Divulgação/FIVB)

A seleção masculina, usualmente instável, não decepcionou desta vez. Cerca de duas semanas após a conquista feminina, os homens também levaram o tri na competição, derrotando a ascendente Eslovênia na final em Paris (França). O grupo teve o auxílio de um novo comandante, o técnico Slobodan Kovac, que substituiu Nikola Grbic logo após o torneio Pré-Olímpico.

O oposto Aleksandar Atanasijevic, que costuma “pipocar” nos grandes torneios com a Sérvia, foi o grande destaque ao lado do habilidoso ponteiro Uros Kovacevic. O título, sem sombra de dúvida, dá mais confiança e credencia o representante dos Bálcãs entre os favoritos à conquista da vaga olímpica na concorrida repescagem continental de janeiro.

Taubaté

Taubaté venceu a mais importante competição interclubes do país pela primeira vez (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)

A temporada 2018/2019 da Superliga masculina ficou marcada pelo aparecimento de um novo campeão. Mas, o começo dos trabalhos em Taubaté foi bastante alvoroçado. Com orçamento alto, a equipe formada por jogadores da categoria de Lucarelli, Conte, Rapha e Lucão, entre outros, não engrenava e os títulos não apareciam.

O Campeonato Paulista parecia muito pouco para um elenco tão poderoso. Por isso, a quarta colocação na experimental Libertadores do vôlei, disputada em casa, acabou sendo o estopim para a demissão do argentino Castellani.

A vinda de Renan Dal Zotto, entretanto, mudou tudo. Para ganhar a Superliga pela primeira vez, o grupo do Vale do Paraíba interrompeu uma sequência de seis títulos do multicampeão Sada Cruzeiro, batendo o time celeste na semifinal, e ainda venceu o disciplinado Sesi na decisão inédita.

O título acabou representando ainda uma espécie de redenção para o campeão olímpico Lucarelli, que depois de permanecer cerca de oito meses parado se recuperando de uma lesão no tendão da Aquiles, voltou a jogar e foi uma peça indispensável na exitosa temporada taubateana. Tanto que saiu como MVP do torneio.

DESCE

Earvin Ngapeth

Ngapeth foi preso em Minas Gerais após flagrante por importunação sexual (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos melhores jogadores do mundo na atualidade, o ponteiro Earvin Ngapeth não cansa de se envolver em confusões e polêmicas fora das quatro linhas. Após a final do Mundial de Clubes masculino, disputado em Betim (MG), o atleta, uma das estrelas da seleção francesa e do time russo Zenit Kazan, foi a uma boate de Belo Horizonte acompanhado de outros colegas e, após dar um tapa nas nádegas de uma frequentadora do local, acabou preso em flagrante pelo crime de importunação sexual.

Detido durante quase dois dias no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, Ngapeth foi solto após pagamento de fiança no valor de R$50 mil e responderá ao processo em liberdade. Cabe lembrar que não é a primeira vez que o nome do ponteiro é destaque nas páginas policiais.

Entre outros eventos, ele foi preso em 2015 ao agredir um funcionário de uma estação de trem de Marselha, na França, e perdeu a carteira de habilitação em 2017 por dirigir alcoolizado e provocar um acidente em Modena, na Itália.

Seleção francesa

Seleção francesa não consegue ganhar um título de grande expressão (Foto: Divulgação/FIVB)

Enquanto o seu principal astro não para de causar problemas fora das quadras, a seleção francesa de vôlei, uma das mais técnicas do mundo, segue colecionando fracassos. Assim como na Rio 2016, no Europeu de 2017 e no Campeonato Mundial de 2018, os “bleus” voltaram a decepcionar.

A primeira queda foi no torneio Pré-Olímpico, quando a equipe foi facilmente batida pela campeã mundial Polônia e perdeu a chance de se garantir antecipadamente na Olimpíada de Tóquio.

O segundo tombo no ano foi ainda mais doloroso. Disputando a fase final do Campeonato Europeu em casa, algo que a Federação local via como uma oportunidade para promover o vôlei no país, a seleção foi eliminada na semifinal pela equipe sérvia, que se sagraria campeã posteriormente, calando os 12 mil torcedores que lotaram a Arena Paris, na capital francesa.

Em baixa no cenário internacional, o grupo, que tem atletas para lá de respeitáveis, como o central Le Roux e o líbero Jenia Grebennikov, precisará buscar forças para se reconstruir e encarar o duríssimo classificatório continental para os Jogos de Tóquio.

Vôlei russo

Rússia corre o risco de não participar da Olimpíada de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

Há tempos sob suspeita – e perdendo credibilidade em função disso –, o esporte russo sofreu um baque neste final de ano. O país foi banido pela Agência Mundial Antidoping (WADA) das competições internacionais pelos próximos quatro anos, incluindo a Olimpíada do ano que vem. A decisão, obviamente, afetou diretamente o tradicional e vitorioso vôlei russo, detentor de inúmeros títulos, incluindo quatro medalhas de ouro olímpicas com os homens.

A propósito, o atual time composto por jogadores do naipe de Maxim Mikhaylov, Egor Kliuka e Dmitry Volkov, era considerado um dos candidatos ao pódio em Tóquio. Não é de hoje, entretanto, que atletas da seleção masculina vêm sendo citados em relatórios da WADA sob a suspeita de terem feito uso de substâncias proibidas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) manifestou pleno apoio à Agência, mas o caso ainda será julgado em última instância pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês). Já a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) se pronunciará apenas ao final do processo.

Zenit Kazan

Zenit Kazan teve um desempenho muito ruim no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos clubes mais vencedores do voleibol mundial, o russo Zenit Kazan não viveu uma boa jornada neste 2019. Os problemas, entretanto, não começaram este ano. A queda precoce no Mundial de Clubes do ano passado foi um indicativo de que a equipe estava passando por turbulências.

Vale lembrar que o clube perdeu o astro polonês Wilfredo León e o norte-americano Matt Anderson, jogadores que formavam a espinha dorsal do time e que ajudaram a transformá-lo em uma potência mundial.

A perda do título nacional (após cinco conquistas) para o surpreendente Kuzbass Kemerovo e da Champions League para o Civitanova foi a confirmação de que o grupo precisaria se reconstruir. Com Ngapeth e Sokolov como titulares, além de Mikhaylov improvisado na ponta, o conjunto, no entanto, ainda parece buscar a identidade perdida.

O fiasco da participação no Mundial de Clubes, em Betim, é uma demonstração disso. A equipe teve atuações tecnicamente muito ruins, desinteressadas e preguiçosas. Mas, ainda assim, garantiu a medalha de bronze, sendo beneficiado pelo formato do campeonato formulado pela Federação Internacional, que teve apenas quatro competidores. O brasileiro Sada Cruzeiro ficou com o vice e o catari Al-Rayyan em quarto.

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Sérvia vence a Eslovênia e se sagra campeã europeia também no masculino http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/29/servia-vence-a-eslovenia-e-se-sagra-campea-europeia-tambem-no-masculino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/29/servia-vence-a-eslovenia-e-se-sagra-campea-europeia-tambem-no-masculino/#respond Sun, 29 Sep 2019 20:34:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18554

A Sérvia dominou a Europa em 2019 (Fotos: Divulgação/CEV)

O domínio sérvio na Europa é incontestável. Neste domingo (29), cerca de duas semanas após a conquista do título no naipe feminino, a seleção masculina pôs fim ao jejum de oito anos e se sagrou tricampeã continental – já havia vencido as edições de 2001 e 2011 – de forma invicta ao derrotar, em Paris, a ascendente Eslovênia de virada por 3 sets a 1, com parciais de 19-25, 25-16, 25-18 e 25-20.

Comandado por Slobodan Kovac, que assumiu a comissão técnica no lugar de Nikola Grbic depois do torneio Pré-Olímpico, o time dos Bálcãs começou a partida sofrendo com a incrível intensidade do jogo esloveno, que já havia feito vítimas de respeito nas fases anteriores deste Campeonato Europeu.

Confira mais:

Ouça o episódio #7 do Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

Melhor líbero do mundo, Grebennikov fala com exclusividade sobre os desafios da seleção francesa

Para começar, nas quartas de final, a Eslovênia despachou ninguém mais do que a poderosa Rússia com uma vitória por 3 a 1 (25-23, 25-22, 21-25 e 25-21). Vale lembrar que a equipe do finlandês Tuomas Sammelvuo, detentora de 14 troféus no torneio, defendia o título com uma seleção que contava com suas grandes estrelas, entre elas, o oposto Mikhaylov e o central Muserskiy, além dos ponteiros Kliuka e Volkov.

Depois disso, em uma partida épica disputada em seus domínios, na capital Ljulbjana, a equipe liderada pelo italiano Alberto Giuliani garantiu a vaga na final ao impor outro 3 a 1 (25-23, 24-26, 25-22 e 25-23) sobre a atual bicampeã mundial Polônia com León, Kubiak e companhia em quadra.

Na final, contudo, os eslovenos se depararam com uma Sérvia que já chegou à decisão com a moral bastante elevada. Afinal, o time calou os 12 mil torcedores que lotaram a Accor Arena ao vencer na semi o badalado conjunto francês, dono da casa, em um duelo emocionante, decidido apenas no tie-break (23-25, 25-23, 25-21, 17-25 e 15-7).

Vice-campeã, Eslovênia mostrou que está crescendo no cenário internacional ao fazer uma campanha surpreendente

A ótima Eslovênia começou a partida melhor, se impondo na virada de bola e no bloqueio. No entanto, os sérvios assumiram o controle do jogo a partir do segundo set, quando minaram a recepção e a confiança adversárias com um saque extremamente agressivo. A relação bloqueio-defesa também foi estabelecida à risca pelos sérvios, que chegaram a fazer 8 pontos de bloqueio somente na segunda parcial (ao total, foram 14 acertos no fundamento).

Assim, com muito volume de jogo e autoridade, os sérvios alcançaram o terceiro título continental. O oposto Aleksandar Atanasijevic foi o grande destaque da partida com 22 pontos, seguido de perto por seu companheiro de equipe, o habilidoso ponteiro Uros Kovacevic, que anotou 20. Do outro lado, Klemen Cebulj colaborou com 15 bolas no chão. Com o resultado, a Eslovênia ganhou a segunda medalha de prata no torneio – já havia sido vice-campeã em 2015, quando perdeu a decisão para a França.

Seleção polonesa, de León e Kubiak, levaram o bronze para casa

A Polônia acabou ficando com o bronze ao superar novamente os franceses em sets diretos (26-24, 25-22 e 25-21). Nesta temporada, os representantes do Leste Europeu já haviam batido o adversário por este placar no Pré-Olímpico de agosto. Sem dúvida, o resultado negativo no Europeu aumenta ainda mais a agonia francesa, uma vez que a seleção vem acumulando fracassos ao longo das últimas competições.

Além disso, tanto os atletas quanto a Federação local alimentavam esperanças de que uma conquista, em casa (o torneio foi co-sediado por França, Bélgica, Holanda e Eslovênia, e Paris recebeu a fase final), poderia servir para alavancar o vôlei no país.

O drama francês, contudo, parece estar longe de acabar. Para carimbar o passaporte rumo aos Jogos Olímpicos de 2020, a seleção terá que competir em um pré-olímpico continental em janeiro que promete ser um dos mais difíceis dos últimos anos. Entre outras equipes, estarão na disputa por uma vaga em Tóquio a Sérvia, a Eslovênia e a Bulgária.

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Sérvia bate Turquia na casa do adversário e é campeã europeia http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/08/servia-bate-turquia-na-casa-do-adversario-e-e-campea-europeia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/08/servia-bate-turquia-na-casa-do-adversario-e-e-campea-europeia/#respond Sun, 08 Sep 2019 19:56:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18263

Jogadoras da Sérvia comemoram a conquista do terceiro título europeu na história (Fotos: Divulgação/CEV)

Atual campeã mundial e medalhista de prata na Rio 2016, a seleção feminina de vôlei da Sérvia deu, neste domingo (08), mais uma amostra do seu poderio ao faturar o Campeonato Europeu. Diante de uma ascendente Turquia, que contou com o apoio de 13 mil torcedores no Ankara Sport Hall, o time do técnico Zoran Terzic se sagrou campeão com um placar de 3 sets a 2, parciais de 21-25, 25-21, 25-21, 22-25 e 15-13.

Este é o terceiro título continental da seleção dos Balcãs, que também havia subido no ponto mais alto do pódios nas edições de 2017 e 2011 do Europeu. À Turquia, que também havia sido vice-campeã em 2003, sobrou mais uma vez o gostinho do “quase”, mas a certeza que o trabalho do técnico Giovanni Guidetti está sendo bem feito.

Ouça no nosso podcast: Brasil mantém a hegemonia no Sul-americano feminino

Em quadra, o que se viu foram dois times com características parecidas: muita agressividade no ataque/bloqueio e seguidas falhas na recepção. No final, pesou a maior tranquilidade das sérvias, que chegaram a estar três pontos atrás no tie-break antes de conseguir a virada através de seguidas bobeadas turcas na defesa e também na recepção, além de uma boa passagem no saque da ponteira Bianka Busa.

Oposta Boskovic foi a maior pontuadora da partida, com 23 pontos

Destaque ainda para as boas atuações individuais das principais atacantes da Sérvia, a oposta Tijana Boskovic (23 pontos) e a ponta Brankica Mihajlovic (22) – apesar disto, o excesso de bolas levantadas para ambas nas extremidades pela levantadora Maja Ognjenovic por pouco não comprometeu o resultado a partir do quarto set, quando as turcas acertaram a marcação do bloqueio nas extremidades. Pelo time da casa, a maior pontuadora foi Meryem Boz (16 pontos), mas a entrada de Ebrar Karakurt na quarta parcial incendiou o jogo tanto no aspecto emocional, já que a atacante vibra muito, como no técnico, uma vez que ela virou 56% das bolas que recebeu.

A terceira posição no campeonato ficou com a Itália, que bateu a Polônia em sets diretos (25-23, 25-20 e 26-24)  na disputa pelo bronze.

Vale destacar que a Sérvia mal terá tempo de comemorar a conquista, já que, a partir de sexta-feira (13) disputa a Copa do Mundo no Japão, torneio que vale pontos no ranking mundial e, consequentemente, é importante na montagem dos grupos da Olimpíada de Tóquio. O adversário de estreia será justamente o Brasil, em duelo programado para 5 horas da manhã (horário de Brasília).

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Pré-Olímpicos: quem mostra força e quem está devendo rumo a Tóquio? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/05/pre-olimpicos-quem-mostra-forca-e-quem-esta-devendo-rumo-a-toquio/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/05/pre-olimpicos-quem-mostra-forca-e-quem-esta-devendo-rumo-a-toquio/#respond Mon, 05 Aug 2019 09:00:36 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17950

Classificada, seleção brasileira precisa evoluir nesta reta final de ciclo olímpico (Fotos: Divulgação/FIVB)

As seis seleções classificadas para Tóquio-2020 foram definidas nos torneios qualificatórios realizados em várias cidades do mundo na última semana. Sérvia, China, EUA, Brasil, Rússia e Itália se juntaram ao Japão (país-sede). As cinco vagas restantes para a competição serão disputadas nas repescagens continentais que acontecem em janeiro.

Assim, o Saída de Rede resolveu fazer uma análise das equipes, destacando, pela ordem dos grupos, quem teve mais dificuldades e quem mostrou estar em um estágio mais avançado de preparação para a briga por medalhas.

SÉRVIA

Time dos Bálcãs promete chegar forte aos Jogos em busca de sua segunda medalha

A seleção principal da Sérvia atuou pela primeira vez este ano no torneio Pré-Olímpico. De olho em Tóquio, o técnico Zoran Terzic deixou suas principais jogadoras de fora da Liga das Nações, o primeiro torneio da temporada, terminando na décima terceira colocação. Logo, já contando com a espetacular oposta Tijana Boskovic, a ótima levantadora Maja Ognjenovic, a potente Brankica Mihajlovic e outras titulares, a equipe dos Bálcãs, atual campeã mundial e vice olímpica, assegurou a vaga pela quarta vez consecutiva jogando na chave A, na cidade polonesa de Wroclaw, contra Porto Rico, Tailândia e as donas da casa, para quem perdeu o único set do torneio.

A falta de ritmo apontada por algumas atletas após a conquista acabou driblada pela performance novamente contundente especialmente de Boskovic, que fez 75 pontos nos três duelos. Uma das forças do vôlei mundial na atualidade, o time certamente chegará aos Jogos em plenas condições de levar mais uma medalha para casa.

CHINA

Seleção chinesa é uma das favoritas ao ouro em Tóquio

Terceira colocada na Liga das Nações, a atual campeã olímpica China disputou o quadrangular classificatório em seus domínios, na cidade de Ningbo, deixando escapar apenas um set contra a seleção alemã. Sob o comando da treinadora Lang Ping, o time garantiu a presença em Tóquio atropelando a República Tcheca e a perigosa Turquia, de Giovanni Guidetti, por 3 a 0.

Para tanto, contou com o retorno e a eficiência da estrela Ting Zhu, a promissora Yingying Li e a regular Xiangyu Gong, entre outras. Com o resultado, as asiáticas provaram que estão no páreo para a conquista do quarto ouro – o segundo consecutivo – em Jogos Olímpicos.

ESTADOS UNIDOS

Bastante competitivas em nível mundial, americanas ainda lutam para ganhar a primeira medalha de ouro olímpica

Bicampeãs da Liga das Nações e campeãs no Mundial de 2014, as norte-americanas nunca ganharam um ouro olímpico (somam três medalhas de prata e duas de bronze). O terceiro lugar conquistado recentemente na Rio-2016, no entanto, serve de estímulo para uma seleção que tem na atualidade um dos elencos mais fartos (e fortes) do mundo. Tão farto que o técnico Karch Kiraly vem utilizando desde o início da temporada peças distintas com o objetivo de dar rodagem e experiência às atletas mais jovens, entre elas, a central Dana Rettke e a oposta Jordan Thompson, ainda universitárias.

Neste Pré-Olímpico disputado em casa, no estado da Louisiana, contudo, sua seleção passou grande sufoco diante da Bulgária, derrotada somente na quinta parcial. As americanas chegaram a estar perdendo por 2 sets a 1 mas conseguiram a virada. Por outro lado, derrotou com facilidade em sets diretos a Argentina e o Cazaquistão. Entretanto, apesar da dificuldade contra as europeias, com nomes de peso como as ponteiras Jordan Larson, Kelsey Robinson e Kimberly Hill, entre outras, os EUA prometem entrar na briga direta pelo ouro em Tóquio.

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Voleicast: queda na Liga das Nações liga o sinal de alerta da seleção masculina 

BRASIL

Depois de apresentar um desempenho inconstante ao longo da Liga das Nações – competição em que conquistou a medalha de prata de maneira surpreendente com um grupo mesclado –, a expectativa era que a seleção brasileira mostrasse evolução no torneio Pré-Olímpico.

Contudo, o que se viu foi uma equipe repleta de jogadoras abaixo da forma física ideal – entre elas, a ponta Natália, a meio de rede Carol e a oposta Tandara – e que ainda demonstra espantosa incapacidade para manter o padrão tático do jogo durante as partidas. Uma equipe que já iniciou a temporada de forma tumultuada com diversos pedidos de dispensa ao técnico José Roberto Guimarães, e que, mesmo nesta reta final do ciclo olímpico, ainda parece depender do retorno de veteranas.

A fragilidade diante do Azerbaijão e da República Dominicana – contra quem a seleção precisou suar para garantir a vaga “na marra”, evitando um vexame internacional – indica que ainda há muito trabalho pela frente em busca do tricampeonato olímpico ou, pelo menos, de um lugar no pódio em Tóquio, onde o sarrafo estará em patamar bem mais elevado.

RÚSSIA

Último título da seleção russa foi o Mundial de 2010

Ausente do pódio nos torneios internacionais mais recentes, a tradicional Rússia chegará a Tóquio buscando recuperar seu prestígio. A última vez que faturou um título foi no longínquo 2010, quando bateu a seleção brasileira em cinco sets na decisão do Campeonato Mundial. Depois disto, ainda garantiu o vice-campeonato no antigo Grand Prix de 2015. De lá para cá, o time acumula eliminações e frustrações.

Mais bem sucedida equipe em toda a história do vôlei feminino (contando com as conquistas como União Soviética), a Rússia também vem sofrendo para se sustentar no pódio muito em função de um padrão de jogo mais lento e focado nas bolas altas, que se difere do modelo atual.

Para se classificar neste Pré-Olímpico, portanto, o treinador Vadim Pankov contou com o poder de fogo de atletas mais novas, como a talentosa ponteira Irina Voronkova, e reintegrou titulares que não vinham atuando pela seleção, entre elas a oposta Nataliya Goncharova e a levantadora Evgeniya Startseva.

Deu certo: em casa, a equipe passou com tranquilidade por México e Canadá, e bateu a Coreia do Sul (do técnico Stefano Lavarini, ex-Itambé Minas) de virada por 3 a 2, revertendo uma vantagem de 2 sets do rival. Assim, vejamos se o imprevisível selecionado russo será capaz de interromper o longo jejum, beliscando uma medalha.

ITÁLIA

Jovem time italiano demonstra enorme potencial e tem chances reais de subir ao pódio

Sexta colocada na Liga das Nações e atual vice-campeã mundial, a jovem seleção italiana, uma das equipes de maior potencial a ser desenvolvido no cenário internacional, carimbou o passaporte em casa, na cidade de Catania, no grupo F. Em uma demonstração de força, bateu Quênia, Bélgica e Holanda sem perder nenhum set. Paola Egonu, um dos maiores fenômenos da atualidade, colocou 60 bolas no chão nos três confrontos. Curiosamente, apesar de ser uma das mais tradicionais escolas do vôlei mundial, a Azzurra ainda persegue a sua primeira medalha olímpica.

Além disso, o último título de nível mundial das italianas foi a Copa do Mundo de 2011, algo que inegavelmente reflete a acertada opção da Federação local pelo investimento nas categorias de base, resultando em uma ausência em pódios durante um tempo. Com um time cheio de novos e promissores talentos oriundos do Club Italia, entretanto, a Azzurra tem condições de quebrar esta escrita no ano que vem.

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Com recepção irregular, Brasil perde para a Sérvia B na volta de Bruno http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/14/com-recepcao-irregular-brasil-perde-para-a-servia-b-na-volta-de-bruno/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/14/com-recepcao-irregular-brasil-perde-para-a-servia-b-na-volta-de-bruno/#respond Fri, 14 Jun 2019 19:27:06 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17167

Com Bruno de volta, a seleção brasileira perdeu para a Sérvia nesta sexta-feira (14) (Fotos: Divulgação/FIVB)

Em Portugal para as partidas da terceira etapa da Liga das Nações, a seleção masculina de vôlei tentou, mas não conseguiu manter, na tarde desta sexta-feira (14), a invencibilidade na competição. Na cidade de Gondomar, o time de Renan Dal Zotto acabou superado pela desfalcada e aguerrida equipe sérvia por 3 sets a 2 (25-17, 22-25, 25-17, 20-25 e 12-15).

Para o confronto de abertura desta fase, Renan contou com o reforço do levantador Bruno – de volta ao grupo após um breve período de descanso -, que entrou efetivamente no jogo a partir do segundo set no lugar de Cachopa. Pelo lado europeu, o técnico Nikola Grbic escalou uma equipe B, já que vem poupando suas principais estrelas com foco no Pré-Olímpico de agosto e no Campeonato Europeu de setembro.

Estabelecendo bem a relação entre saque e bloqueio, a seleção masculina começou a partida jogando em ritmo de treino contra os reservas da Sérvia. Com um início um pouco confuso e desencontrado na construção de algumas jogadas no primeiro set, a equipe de Renan se estabilizou através de uma performance consistente no bloqueio ao fazer uma leitura adequada dos movimentos do levantador Vud Todorovic (que depois foi substituído por Nikola Jovovic), executando uma boa marcação do ataque rival com as bolas altas pelas extremidades.

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Leal e Lucarelli são trunfos de Renan para o começo da temporada

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Entretanto, aparentemente desconcentrado na segunda etapa, o selecionado nacional teve uma queda significativa e cometeu falhas no ataque, sobretudo com o oposto Wallace. A recepção também se mostrou instável e, na tentativa de dar mais constância ao passe, o técnico Renan escalou Lucas Lóh no lugar de Leal.

Outro fundamento em que o time teve problemas foi o saque, propiciando o crescimento dos europeus. Assim, mesmo cometendo mais erros do que o adversário, o valente time dos Bálcãs endureceu o jogo e venceu a parcial.

O Brasil voltou à quadra mais disposto no terceiro set, buscando compensar a instabilidade na recepção com a força do ataque, especialmente com Lucarelli – maior pontuador do jogo com 20 acertos – e Leal, responsável por 15 acertos.

O sistema defensivo também se sobressaiu em vários momentos do cotejo, principalmente com os líberos Maique e Tales. Apesar da melhora, quase sempre sem o passe A, o armador Bruno precisou se deslocar frequentemente para realizar a melhor distribuição pelas pontas. Isto acabou facilitando a leitura do jogo brasileiro pelo adversário.

Com potencial incontestável no ataque, Leal falhou em diversos momentos na recepção

Enfrentando uma equipe tecnicamente bastante inferior, porém, brigadora, o Brasil, vivendo altos e baixos, viu a Sérvia entrar de vez no jogo na quarta parcial, tendo como principal destaque o oposto Bozidar Vucicevic, terceiro atacante escalado por Grbic no confronto na saída de rede. Vale destacar que o time de Renan também errou demais (ao total, o Brasil cedeu 24 pontos em falhas ao rival e recebeu 27).

Com isso, no quinto set, foi justamente a recepção, o fundamento em que os brasileiros mais sofreram, que acabou determinando a vitória europeia no confronto, pois a linha de passe cometeu três falhas consecutivas na reta final da parcial. Outro aspecto negativo do jogo foi o desempenho bem abaixo do oposto Wallace, que marcou apenas 9 pontos.

Sobre a derrota, Renan Dal Zotto disse que há muito o que melhorar. “Nossa linha de passe deixou muito a desejar hoje. (…) Não temos tempo para pensar no passado. Temos que corrigir para vir amanhã com outra pegada. Teremos um jogo importante contra a China. É um time que joga muito rápido e saca bem. Enfim, hoje, pensando rapidamente, o nosso passe precisa dar uma encorpada”, declarou o técnico da seleção masculina.

A seleção brasileira ainda enfrenta a China neste sábado (15), a partir das 12h. Os donos da casa serão os adversários do domingo, às 14h. As partidas terão transmissão do SporTV2.

*Entrevista concedida a Euclides Bomfim Neto

Ouça o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

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Definidos os grupos do Campeonato Europeu masculino de 2019 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/18/definidos-os-grupos-do-campeonato-europeu-masculino-de-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/18/definidos-os-grupos-do-campeonato-europeu-masculino-de-2019/#respond Fri, 18 Jan 2019 08:00:40 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15658

Atual campeã, seleção russa tentará o décimo quinto título no Europeu 2019 (Fotos: Divulgação/FIVB)

Em sorteio realizado em Bruxelas, na Bélgica, foram definidas as quatro chaves com as 24 seleções que participarão do Campeonato Europeu masculino de vôlei nas 4 sedes – França, Eslovênia, Bélgica e Holanda – entre 12 e 29 de setembro.

As seleções participantes foram divididas em 4 grupos de 6 cada. Pelo grupo A jogarão França, Itália, Bulgária, Portugal, Grécia e Romênia. As partidas serão realizadas em Montpellier, cidade francesa. A capital belga Bruxelas receberá os confrontos da chave B, contando com os donos da casa, sérvios, alemães, eslovacos, espanhóis e austríacos.

Já o C terá como sede a cidade de Ljubljana, na Eslovênia. Além dos anfitriões, competirão neste grupo Rússia, Finlândia, Turquia, Macedônia e Bielorrússia. Finalizando, na chave D a Holanda receberá Polônia, República Tcheca, Estônia, Ucrânia e Montenegro em Roterdã e na capital Amsterdã.

Uma das mais tradicionais do vôlei mundial, Itália muda de patamar quando pode contar com Ivan Zaytsev e Osmany Juantorena

Na fase classificatória, todas as equipes se enfrentarão dentro de cada chave e os quatro primeiros colocados avançarão para a etapa eliminatória. De acordo com os cruzamentos, o grupo A jogará contra o C e o B terá pela frente os representantes do D. As semifinais serão disputadas na França e na Eslovênia, enquanto que a grande final acontecerá em Montpellier.

Fazendo uma avaliação preliminar, alguns confrontos bastante interessantes, portanto, já estão programados para a fase de grupos. O duelo entre França e Itália, válido pelo grupo A, certamente será um dos mais aguardados pela rivalidade e por todos os ingredientes que envolvem a seleção francesa, uma das melhores do mundo na atualidade, e a tradicional e atual vice-campeã olímpica Itália.

Liderados pelo fantástico Earvin Ngapeth, os “Bleus” ainda estão devendo nas grandes competições e necessitam conquistar um título de peso que consagre aquela que já é considerada por muitos a mais talentosa geração da história do voleibol francês.

Repleta de estrelas e sempre favorita, seleção francesa luta para quebrar série de fracassos em grandes torneios

Por outro lado, não há dúvida de que a tradicional Itália, com Ivan Zaytsev e Osmany Juantorena à frente, muda de patamar e se torna uma equipe bastante perigosa que concilia bem força física e qualidade técnica. Vale lembrar que a Bulgária, de Tsvetan Sokolov e Rozalin Penchev, é uma equipe que não deve ser menosprezada e, como avançam os quatro primeiros, não deverá ter problemas para também alcançar a classificação.

Pela chave B, destaque para o cotejo entre a talentosa (e instável) Sérvia, de Uros Kovacevic e Aleksandar Atanasijevic, contra a seleção belga, repetindo o jogo que deu a medalha de bronze aos representantes dos Bálcãs no Europeu de 2017. Ainda neste grupo, aparece a jovem Alemanha, treinada pelo ícone italiano Andrea Giani que levou a seleção à inédita conquista da prata na última edição do torneio.

Tricampeã mundial, a Polônia poderá contar com o polonês naturalizado Wilfredo León, estrela que aumentará ainda mais o poder de ataque da equipe

A atual campeã Rússia é a grande favorita do grupo C ao lado da emergente Eslovênia. Comandada pelo técnico Sergey Shlyapnikov, que acumula grande experiência com as equipes de base, a seleção russa vem se renovando e, aos poucos, tem transformado sua forma de jogar voleibol, investindo em um jogo mais acelerado e técnico. A equipe, que conta com nomes do naipe de Maxim Mikhaylov e Dmitriy Muserskiy, além dos promissores Egor Kliuka e Dmitry Volkov, seguirá em busca de seu 15º título na competição – considerando as 11 conquistas da extinta União Soviética e uma da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).

Na última chave da fase de grupos, a tricampeã mundial Polônia não deverá encontrar grandes dificuldades para se classificar. Além do poderio de ataque de Bartosz Kurek, Michal Kubiak e do jovem Artur Szalpuk, o time do Leste Europeu poderá contar já com a força do astro Wilfredo León, o que certamente agitará o cenário internacional do vôlei masculino.

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Quais foram os melhores jogadores de 2018? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/30/quais-foram-os-melhores-jogadores-de-2018/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/30/quais-foram-os-melhores-jogadores-de-2018/#respond Sun, 30 Dec 2018 08:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15497

De jogador pouco confiável a MVP do Campeonato Mundial: 2018 foi o ano de Bartosz Kurek (Fotos: Divulgação/FIVB)

Como era de se esperar, 2018 foi um ano de fortes emoções para os fãs do vôlei. Afinal, foi ano de Campeonato Mundial, competição que, para a modalidade, só perde em relevância para os Jogos Olímpicos. Sua importância é tão grande que na escolha dos melhores jogadores nós levamos em consideração, entre outros critérios, não apenas o resultado, mas também o desempenho de cada atleta no torneio. O ponteiro Douglas Souza, por exemplo, que teve uma performance irregular na temporada 2017/2018 de clubes e na primeira edição da Liga das Nações, campeonato que abriu esta temporada de seleções, desencantou no Mundial e acabou entrando na lista como o único representante brasileiro.

Quer saber quem mais brilhou em 2018? Confira a lista do Saída de Rede em ordem alfabética nos naipes feminino e masculino.

Milena Rasic

Extremamente regular, Rasic é uma das melhores centrais do mundo e foi campeã em 2018 tanto em seu clube quanto na seleção

Milena Rasic é uma das mais prestigiosas (e discretas) centrais da atualidade. Eficiente tanto no bloqueio quanto no ataque, a experiente sérvia de 28 anos está acostumada a frequentar os pódios e ganhar prêmios individuais nos torneios dos quais participa. Pela Sérvia, entre outras conquistas, ela levou a prata na Copa do Mundo de 2015, foi vice-campeã na Olimpíada do Rio, em 2016 – entrando para a seleção dos Jogos Olímpicos como melhor central –, e ganhou a medalha de ouro no Campeonato Europeu do ano passado.

Já pelo VakifBank, clube que defende desde a temporada 2014/2015, a central vem conquistando todos os títulos que disputa. Contudo, Rasic viveu, provavelmente, o melhor ano de sua segura carreira em 2018. Além de ter sido novamente campeã da liga turca, da Champions League e do Mundial de Clubes com o time turco, a meio-de-rede ganhou pela primeira vez o Mundial do Japão com sua seleção.

Paola Egonu

Aos 20 anos, Paola Egonu é um fenômeno do vôlei mundial

Vista como a grande sensação do Mundial do Japão, a oposta Paola Egonu já integra, com apenas 20 anos recém-completados, a lista das melhores atacantes do mundo. Principal estrela da renovada e talentosíssima seleção italiana, Egonu tem um ataque extraordinário e incrível potencial de crescimento em sua incipiente carreira. Com a Azzurra, fez uma campanha espantosa e faturou o vice-campeonato, um resultado inesperado até para os fãs italianos que imaginavam que a jovem equipe fosse “explodir” somente nos jogos de Tóquio.

A Itália, entretanto, mostrou a que veio já nesse ano, batendo seleções experimentadas, como EUA e a China, com Egonu chegando a anotar inacreditáveis 45 pontos somente na semifinal que eliminou a campeã olímpica e levou a Azzurra à final. Com a marca, a jogadora quebrou o recorde de pontuação de todos os tempos nas competições FIVB.  Maior pontuadora do Mundial, com 324 acertos, Paola Egonu ainda saiu do torneio com o prêmio de melhor atacante da saída de rede.

Ting Zhu

Uma das mais valiosas jogadoras do mundo, Ting Zhu voltou a se destacar em 2018

Apontada por muitos como a melhor atleta do vôlei mundial, a chinesa Ting Zhu teve, novamente, um grande ano. Aos 24 anos, a ponta campeã olímpica foi o grande destaque de sua seleção na conquista do bronze no Mundial feminino. Com um ataque implacável – foi a terceira maior pontuadora do torneio, com 227 acertos, e ainda recebeu um dos prêmios de melhor ponteira –, Zhu também vem demonstrado evolução no passe, se tornando uma jogadora cada vez mais completa.

Já pelo seu clube, o multicampeão VakifBank, ela se destacou mais uma vez ao faturar outra Champions League e, no fim de 2018, o Mundial de Clubes batendo o brasileiro Minas Tênis Clube na final. Ignorando bloqueios e defesas adversárias, a atacante saiu do torneio como MVP e maior pontuadora (com 98 anotações).

Os fatos que marcaram o vôlei brasileiro e mundial em 2018

Aaron Russell

Aos 25 anos, o norte-americano Aaron Russell é titular absoluto de sua seleção e teve papel decisivo na conquista do pentacampeonato do Trentino no Mundial de Clubes

Um dos mais técnicos ponteiros da atualidade, o norte-americano Aaron Russell, de 25 anos, vê o seu prestígio crescer a cada nova temporada. Titular absoluto de sua seleção, o atacante da entrada de rede mostrou este ano grande evolução tanto no passe, fundamento em que costumava deixar a desejar, quanto no ataque onde sempre demonstrou um arsenal de golpes que vem sendo cada vez mais aprimorado.

Russell terminou sua participação no Mundial como o quarto maior pontuador, com 153 acertos. Todo o esforço, contudo, não foi suficiente para levar os EUA ao lugar mais alto do pódio, já que, mais uma vez, a equipe fracassou ganhando apenas a medalha de bronze. No entanto, pelo Trentino, sua mais nova “casa”, o norte-americano chegou e já justificou a contratação. Além de ter levado o prêmio de MVP, ele foi o jogador com melhor aproveitamento de ataque (59.62%) no Mundial de Clubes, tendo participação essencial na conquista do penta da equipe de Trento.

Bartosz Kurek

Podemos afirmar que 2018 foi um ano de consolidação da carreira do experiente oposto polonês Bartosz Kurek. Grande estrela de sua seleção, ele nunca desfrutou de um prestígio irrefutável no cenário internacional. É que apesar de bom atacante, Kurek era considerado instável e pouco confiável. Assim como a sua equipe, o atacante teve uma trajetória marcada por oscilações, falhando em momentos decisivos tanto nas competições de clube quanto de seleção. No campeonato polonês, por exemplo, quando foi anunciado como o mais importante reforço do Resovia Rzeszow na temporada 2015/2016, terminou na segunda colocação. Já na Liga dos Campeões da Europa, levou o time a um quarto lugar com uma fraca atuação na fase final.

Pela Polônia, o retrospecto era o mesmo: nas duas Olimpíadas das quais participou (Londres 2012 e Rio 2016), jamais chegou sequer a uma semifinal. Além disso, foi cortado do Mundial de 2014 por indisciplina pelo então técnico da seleção, o francês Stephane Antiga, perdendo a chance de se tornar campeão em casa. Neste ano, entretanto, Kurek não titubeou. Aos 30 anos, ele não apenas assumiu o protagonismo na conquista do tri mundial da Polônia ao terminar o torneio como o maior pontuador – com 171 acertos –, como ainda levou o prêmio de MVP da competição.

Douglas Souza

Criticado em função de sua irregularidade, Douglas Souza deu a volta por cima em 2018 e desencantou no Mundial com a seleção brasileira

Único representante brasileiro na lista do Saída de Rede dos atletas que mais se destacaram no ano, Douglas Souza viveu, aos 23 anos, um ano de afirmação. Ou, como ele mesmo ressalta, o melhor ano de sua carreira. Justamente criticado pelo seu fraco desempenho na temporada 2017/2018 de clubes, quando ainda atuava pelo Sesi-SP, e na seleção durante a Liga das Nações, o hoje ponteiro do EMS Taubaté Funvic superou toda a pressão e desencantou no Campeonato Mundial.

Foi o quinto maior pontuador da competição – com 150 anotações – e se tornou um dos grandes responsáveis pela conquista do surpreendente vice-campeonato mundial da seleção brasileira. Para coroar seu amadurecimento, o jogador campeão olímpico em 2016 foi escolhido o melhor atacante da entrada de rede do Mundial, ao lado do polonês Michal Kubiak, e foi eleito pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) o destaque do vôlei nesse ano, recebendo o Prêmio Brasil Olímpico.

Você concorda? Discorda? Na sua opinião, quem foram os melhores jogadores do ano? Deixe seu recado na caixa de comentários!

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Os fatos que marcaram o vôlei brasileiro e mundial em 2018 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/29/os-fatos-que-marcaram-o-volei-brasileiro-e-mundial-em-2018/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/29/os-fatos-que-marcaram-o-volei-brasileiro-e-mundial-em-2018/#respond Sat, 29 Dec 2018 08:00:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15472

A conquista do primeiro ouro da seleção sérvia no Mundial feminino foi um dos grandes acontecimentos de 2018 (Foto: Divulgação/FIVB)

Sérvia campeã mundial, Minas Tênis Clube de volta ao topo, França decepcionando mais uma vez, Sada Cruzeiro sucumbindo no cenário internacional, VakifBank colecionando troféus, seleção brasileira feminina vivendo o pior ano desde 2003, Trentino pentacampeão mundial de clubes…

Com o ano já no fim, é chegada a hora dos balanços e avaliações daquilo que deu certo e do que não funcionou no vôlei em 2018. Assim, o Saída de Rede realizou uma retrospectiva dos fatos que consideramos mais relevantes neste ano. Para alguns, 2018 provavelmente deixará saudades. Para outros, este certamente é um ano em que não há muitas razões para comemorar.

Confira o sobe e desce do vôlei neste ano em ordem alfabética:

SOBE

Equipes europeias

Liderada em quadra pela ótima levantadora Maja Ognjenovic, que voltou à sua seleção apenas para a disputa do Mundial, e pela jovem e excelente oposta Tijana Boskovic, que saiu como MVP da competição, a Sérvia se sagrou campeã mundial pela primeira vez neste ano. Terceiro colocado no Mundial de 2006, o time dos Bálcãs levou a medalha de prata na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, mas foi campeão do Europeu no ano passado. Além de Boskovic, a equipe ainda contou com atletas do nível da meio-de-rede Milena Rasic e da ponteira Brakica Mihajlovic para conquistar o título inédito.

Com uma seleção extremamente jovem, a Itália fez uma grande campanha no Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)

Vice-campeã mundial, a tradicional Itália fez uma surpreendente competição, mostrando que poderá chegar aos jogos de Tóquio como uma das favoritas ao ouro. Com uma seleção repleta de jovens e promissores valores oriundos, em sua maioria, do Club Italia – projeto da Federação Italiana para produzir novos talentos –, a equipe de Paola Egonu, Miriam Sylla e Ofelia Malinov é mais um exemplo de que vale a pena investir na base e realizar um trabalho de longo prazo. Mesmo que este processo custe a ausência em pódios durante um bom tempo.

Mineiros

Vice-campeão mundial, Minas Tênis Clube voltou ao topo neste ano (Foto: Divulgação/FIVB)

Com uma importância incontestável para a história do voleibol brasileiro, o Minas Tênis Clube teve um ano em que voltou definitivamente ao topo. Sob a liderança do italiano Stefano Lavarini, o time foi campeão sul-americano pela terceira vez ao bater o Sesc-RJ. Com o título, a equipe de Belo Horizonte conquistou o direito de disputar o Mundial de Clubes, conquistando novamente o vice-campeonato. Além disso, ao encerrar o ano em segundo lugar na classificação geral da Superliga, o Minas deixou evidente que tem plenas condições de ir ainda mais longe, ganhando o troféu da competição nacional.

Apesar de não ter se saído bem no Mundial de Clubes, o Dentil Praia Clube também tem o que festejar em 2018. Afinal, foi no primeiro semestre deste ano que a equipe de Uberlândia conquistou o troféu da Superliga pela primeira vez, quebrando a histórica hegemonia do Sesc-RJ. A fim de repetir a dose, o time manteve a mesma base, com jogadoras como Fernanda Garay, Nicole Fawcett e Fabiana, e se reforçou com nomes como a levantadora Carli Lloyd e a meio-de-rede Carol. Ainda em busca do entrosamento ideal, já assumiu a liderança do campeonato, com 23 pontos. Com esta campanha, o Praia mostra que tem potencial para brigar pelo segundo título consecutivo.

Seleção masculina

Contrariando a expectativa de muitos, seleção masculina chegou à quinta final consecutiva no Campeonato Mundial (Foto: Guilherme Cirino)

Em seu segundo ano no comando da seleção brasileira masculina de vôlei, o técnico Renan Dal Zotto passou por um teste de fogo. O Brasil começou a temporada patinando com uma campanha bastante sofrível na recém-criada Liga das Nações. Sob desconfiança por parte da torcida e da imprensa por ter terminado o torneio na quarta colocação com um desempenho repleto de altos e baixos, a equipe verde-amarela, que precisa urgentemente dar espaço a outros novos valores além daqueles já testados por Renan, chegou ao Mundial masculino, disputado na Itália e na Bulgária, sem o status de favorita.

Contudo, demonstrando força e incrível capacidade de superação, o time soube driblar dificuldades, como o inesperado revés para a seleção holandesa logo na primeira fase, e teve um desempenho fantástico quando foi exigido, como no caso da impressionante virada contra a Rússia na terceira etapa do torneio. Deste modo, a seleção brasileira fez história ao chegar, pela quinta vez consecutiva, a uma final de Mundial.

Assim, apesar do gosto amargo deixado pela medalha de prata, por ter sido batida pela Polônia na final por eloquentes 3 sets a 0, o saldo da seleção masculina é positivo. A possibilidade de convocação do brasileiro naturalizado Yoandy Leal, que estará à disposição a partir de abril, tem animado ainda mais os torcedores. No entanto, é preciso salientar que o ponteiro, sozinho, não será a solução dos problemas do Brasil. O próximo ano será uma ótima oportunidade para Renan fazer mais testes, pois não teremos grandes torneios. É óbvio que há muito o que fazer neste ciclo se a equipe quiser continuar no pódio na Olimpíada de Tóquio, em 2020. Mas, mesmo com muita dificuldade, o Brasil se manteve entre os melhores do mundo e tem o que comemorar neste final de ano.

Seleção polonesa

Em dívida com seus apaixonados torcedores desde a conquista do Mundial de 2014, equipe polonesa teve uma atuação de gala na final, faturando o tri (o segundo consecutivo) (Foto: Divulgação/FIVB)

Até o Campeonato Mundial, era bastante inusitada a situação da seleção polonesa. É que após a conquista da primeira medalha de ouro no Mundial em casa, em 2014, a Polônia pouco mostrou de consistente no cenário internacional. Na Olimpíada do Rio a equipe alcançou o quinto lugar; já no Campeonato Europeu do ano passado, os poloneses terminaram na décima colocação e na Liga das Nações os europeus chegaram novamente em quinto.

Com a contratação do belga Vital Heynen, no entanto, os apaixonados fãs poloneses puderam ver sua seleção se tornar tricampeã mundial, vencendo novamente (e de forma categórica) a equipe brasileira. Para tanto, o treinador apostou em uma mescla de jovens promissores, como o ponteiro Artur Szalpuk, com jogadores mais experientes, como o talentoso passador Michal Kubiak e o oposto Bartosz Kurek, que levou o prêmio de MVP da competição. Investindo muito na base, a Polônia parece decidida a se manter entre as grandes seleções do mundo e promete chegar forte nos jogos de Tóquio.

Trentino

Apesar de não ter chegado ao Mundial de Clubes como favorito, Trentino cresceu na competição e levou o penta (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos mais tradicionais times de voleibol do mundo, o italiano Trentino não chegou ao Mundial de Clubes na condição de candidato ao título. Mas, contando com jogadores de peso para esta temporada, como o extraordinário líbero Jenia Grebennikov, os excelentes ponteiros Aaron Russell e Uros Kovacevic e o ótimo central Srecko Lisinac, a equipe de Trento virou o jogo e, fazendo jus à sua imensa tradição na competição, ganhou o pentacampeonato ao derrotar o badalado Lube Civitanova, de Leal, Bruninho, Simon e Juantorena, por 3 sets a 1.

Com isso, a equipe de Angelo Lorenzetti se tornou o maior vencedor de toda a história do torneio, mantendo a incrível marca de nunca ter perdido uma final. Em segundo lugar na tabela do Campeonato Italiano, o time também fecha muito bem o ano de 2018.

VakifBank

Mais uma vez, VakifBank teve um ano extraordinário (Foto: Divulgação/FIVB)

A mais temida equipe do voleibol mundial feminino na atualidade, se tornou quase “chover no molhado” falar sobre o poderoso VakifBank, da Turquia. Com uma imensa coleção de troféus que conta, entre outros, com 10 títulos da liga turca e 4 taças da Champions League, a mais prestigiosa competição de clubes da Europa, o grupo comandado pelo polêmico italiano Giovanni Guidetti fechou o ano com mais uma grande conquista: o Mundial de Clubes, pela terceira vez (a segunda consecutiva), ao vencer o brasileiro Minas Tênis Clube por 3 sets a 0 na final.

Uma máquina de produzir títulos, o time de Istambul tem em seu plantel algumas das melhores jogadoras do mundo em suas respectivas posições, entre elas, a espetacular ponteira chinesa Ting Zhu, a central sérvia Milena Rasic e a oposta holandesa Lonneke Slöetjes. Além disso, fazem parte do elenco as promissoras turcas Cansu Ozbay (levantadora), Ebrar Karakurt (oposta) e Zehra Gunes (meio-de-rede).

DESCE

Giba

Novo integrante do Hall da Fama do vôlei mundial, Giba teve um começo de ano difícil (Foto: Divulgação/FIVB)

Logo no início do ano, uma notícia surpreendeu os fãs do vôlei e do ex-ponteiro da seleção brasileira integrante do Hall da Fama como um dos maiores jogadores da história: a justiça decretou prisão de 60 dias para Giba pelo não pagamento de pensão dos seus filhos com a também ex-jogadora Cristina Pirv. A ordem, entretanto, não chegou a ser executada uma vez que, antes da expedição do mandado, seu advogado conseguiu uma liminar que suspendeu a decisão até a realização da audiência entre as partes envolvidas.

Giba se defendeu com uma nota oficial em suas redes sociais, alegando não ter recursos para pagar os valores estabelecidos pela Justiça. Sua ex-mulher também se pronunciou, negando os argumentos expostos pelo ex-jogador, em uma queda de braço que gerou muita polêmica e arranhou a imagem de um dos maiores astros da modalidade no mundo. Após o imbróglio, o atleta pagou o que devia e Cristina Pirv se mudou para a Europa com os filhos.

Polêmicas da seleção masculina fora de quadra

Imagem gerou muita polêmica entre os fãs brasileiros (Foto: Divulgação/FIVB)

Se dentro da quadra a seleção masculina conseguiu se destacar neste ano com o vice-campeonato mundial, fora das quatro linhas o grupo viveu algumas situações polêmicas. A primeira delas foi logo após as vitórias contra o Egito, na estreia do Mundial, e contra a França na segunda rodada da competição: em duas imagens publicadas no Instagram da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e no site da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), os jogadores Wallace e Maurício Souza apareceram fazendo sinais com as mãos que formavam o número do então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).

Nas redes sociais, as imagens causaram uma grande celeuma e os fãs do vôlei se dividiram entre os que defendiam o direito de manifestação política dos atletas e aqueles que acreditavam que na seleção não deveria existir espaço para isso. A CBV divulgou nota oficial afirmando que “não compactua com manifestações políticas” e que a “gestão da seleção [iria] tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas”.

Além disso, durante a disputa do Mundial, a FIVB suspendeu o técnico Renan Dal Zotto por aquilo que considerou “conduta inapropriada” na partida histórica do Brasil contra a Rússia na terceira fase. O lance que levou à punição do treinador aconteceu quando o Brasil vencia os europeus por 14 a 11 no tie-break. Enquanto o time russo detinha a posse de bola e construía o ataque, uma bola apareceu subitamente no lado verde-amarelo. A entidade alegou que Renan jogou a bola propositalmente na quadra para atrapalhar o ataque adversário. Com a suspensão, o treinador não pôde estar no banco de reservas na partida em que a seleção já entrou classificada contra os EUA.

Sada Cruzeiro e Zenit Kazan no Mundial

Sada Cruzeiro teve uma campanha decepcionante no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

Dois times que dominaram o Mundial de Clubes nos últimos anos, o brasileiro Sada Cruzeiro e o russo Zenit Kazan tiveram quedas estrondosas na última edição do torneio, saindo da disputa ainda na primeira fase ao somarem duas derrotas cada um. A equipe brasileira, que passa por um processo de reformulação com a incorporação de novas peças, sofreu uma desclassificação histórica, já que foi a primeira vez que a Raposa não conseguiu passar da primeira fase. Os brasileiros caíram diante do Asseco Resovia, modesto time polonês que vinha fazendo uma pífia campanha na competição local, e do Trentino, tradicional clube italiano que cresceu no torneio e acabou levando o troféu.

O Zenit, por outro lado, assim como o Cruzeiro, também sofreu uma baixa fundamental na temporada com a saída de Wilfredo León, talvez a sua maior estrela, para o Perugia, atual líder do Campeonato Italiano. Foram dois revezes do time na primeira fase do Mundial: para o também russo Fakel Urengoy e o italiano Lube Civitanova. Como se não bastasse o fiasco pela queda, inconformados com a derrota para o time de Bruninho e Leal, o técnico Vladimir Alekno, o ponteiro Ngapeth e o líbero Alexei Verbov ainda criaram confusão em quadra, culpando o árbitro brasileiro Rogério Espicalsky pela desclassificação.

Seleção feminina

Seleção feminina viveu o seu pior ano desde 2003, quando o técnico José Roberto assumiu o cargo. Com isso, 2019 promete ser um ano decisivo para as pretensões da equipe nos jogos de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

O pior ano desde 2003, quando o técnico José Roberto Guimarães assumiu a equipe. Este é o saldo da seleção feminina de vôlei em 2018. A queda desastrosa na segunda fase do Campeonato Mundial representou o ápice negativo de uma temporada onde nada deu certo. Além da eliminação prematura na mais importante competição do ano, em que terminou na sétima colocação, a equipe alcançou apenas o quarto lugar tanto na Liga das Nações quanto no Montreux.

Estes resultados aliados a um desempenho bastante aquém do esperado expuseram as enormes dificuldades que o vôlei nacional enfrenta para se renovar e lançar jovens valores. Vivendo uma grave crise na base, a seleção passa por um período de transição motivado pela saída/aposentadoria de jogadoras importantes, mas não consegue repor as peças com a mesma qualidade de outros tempos.

Prova disso é que o time vem sobrecarregando Tandara justamente por não ter uma oposta reserva à sua altura. Além disso, nesta temporada, a comissão técnica apostou em atletas (algumas já veteranas) que chegaram ao Mundial aos trancos e barrancos, ainda se recuperando de lesões e/ou vindo de um longo período sem atuar. Vale ressaltar, ainda, que não houve qualquer clamor por parte da torcida por algum nome que tenha ficado de fora na convocação.

Assim, enquanto vemos o crescimento de jovens seleções como a da Itália e da Turquia, que têm investido pesado nas categorias de base, a seleção brasileira segue patinando e apostando nas mesmas peças. Em suma, se Renan Dal Zotto terá um árduo trabalho pela frente em 2019, o de José Roberto Guimarães não deverá ser menor se quiser colocar o time de volta à rota de medalhas às quais nos acostumamos.

Seleção francesa

Repleta de talentos, seleção francesa coleciona fracassos (Foto: Divulgação/FIVB)

De todas as seleções do primeiro escalão, a francesa é vista como a que joga o voleibol mais bonito e técnico da atualidade. Fortíssima candidata a ganhar o título em qualquer torneio que dispute, a França tem, sem dúvida, a geração mais prodigiosa de sua história. No entanto, os ‘bleus’ não conseguem converter tanto talento em conquistas e, com isso, colecionam fracassos. Com nomes estrelados de capacidade incontestável, como o ponta Earvin Ngapeth, o meio-de-rede Kévin Le Roux, o líbero Jenia Grebennikov e o promissor oposto Stephen Boyer, entre outros, a equipe europeia decepcionou novamente em 2018.

O time de Laurent Tillie venceu a extinta Liga Mundial em 2015 e 2017. Contudo, neste intervalo, amargou a nona colocação na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, pois sequer conseguiu passar da primeira fase, e fracassou no Campeonato Europeu do ano passado ao ser eliminado nas oitavas-de-final. Além disso, perdeu, em casa, a final da Liga das Nações para a Rússia neste ano.

Como se não bastasse, mais um fiasco: foi eliminada do Mundial masculino na segunda fase, terminando a mais importante competição do ano em sétimo lugar. Vários aspectos são apontados como motivos para tantas quedas, mas os problemas físicos parecem fazer toda a diferença. Esperemos que a França sofra menos com as lesões e possa finalmente desencantar no ano que vem.

Concorda? Discorda? Se lembra de mais algum destaque positivo ou negativo do vôlei no ano que está acabando? Deixe seu recado na caixa de comentários!

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Boskovic e bloqueio garantem primeira final de Mundial da Sérvia http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/19/boskovic-e-bloqueio-garantem-primeira-final-de-mundial-da-servia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/19/boskovic-e-bloqueio-garantem-primeira-final-de-mundial-da-servia/#respond Fri, 19 Oct 2018 06:57:10 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14758

Boskovic (camisa 18) liderou vitória por 3 a 1, mesmo placar que a Sérvia já havia batido a Holanda na final do Europeu de 2017 (Foto: Divulgação/FIVB)

Vice-campeã na Olimpíada do Rio de Janeiro e atual campeã europeia, a seleção sérvia feminina de vôlei garantiu mais uma medalha de grande relevância ao seu rol de conquistas ao bater a Holanda na madrugada desta sexta-feira (19), em partida válida pela semifinal do Mundial feminino da modalidade, que está sendo disputado no Japão. O placar foi de 3 sets a 1, parciais de 25-22, 26-28, 25-19 e 25-23.

Será a primeira final de Campeonato Mundial na história do time do Leste Europeu, cujo melhor resultado até então havia sido o terceiro lugar em 2006, ocasião em que foi parado na semi pelo Brasil. O adversário será a Itália, em partida programada para às 7h40 (horário de Brasília) deste sábado (20).

Cinco erros que culminaram no fracasso do Brasil no Mundial feminino

Como era esperado, as opostas Tijana Boskovic e Lonneke Sloetjes foram os destaques individuais desta primeira semifinal, marcando respectivamente 29 e 23 pontos. Ambas, porém, contaram com o auxílio precioso de Brankica Mihajlovic e Anne Buijs, ponteiras de potência de suas seleções e que são bem conhecidas do público brasileiro, já que defenderam o time do Rio de Janeiro em Superligas recentes.

Fez então a diferença o bom bloqueio sérvio, comandado pela competente Milena Rasic – ao todo, o fundamento garantiu 11 pontos para o time, sendo de grande importância para frear o ímpeto de uma Holanda que vem ascendendo a olhos vistos no cenário internacional.

As holandesas, aliás, chegaram a complicar a vida das adversárias concentrando o saque em Bianka Busa, mas não foi suficiente, apesar da valentia mostrada pela equipe laranja. Na reta final do duelo o saque sérvio, que até então se alternava em erros e recepções tranquilas, encaixou melhor. Mihajlovic, em um contra-ataque, assegurou o ponto final e a classificação sérvia.

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