seleção russa – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sob suspeita, vôlei russo poderá perder mais prestígio fora dos Jogos http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/10/sob-suspeita-volei-russo-podera-perder-mais-prestigio-fora-dos-jogos/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/10/sob-suspeita-volei-russo-podera-perder-mais-prestigio-fora-dos-jogos/#respond Tue, 10 Dec 2019 09:00:44 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19435

Uma das candidatas ao ouro olímpico no Japão, a seleção russa masculina de vôlei se vê, mais uma vez, atingida por um escandaloso caso de doping (Fotos: Divulgação/FIVB)

Qual será o impacto da exclusão da Rússia, uma das mais tradicionais e vencedoras escolas de vôlei da história – incluindo o período como União Soviética – dos Jogos de Tóquio? Fãs da modalidade e jornalistas vêm tentando dar uma resposta a esta pergunta desde a divulgação da bomba que abalou o mundo esportivo nesta segunda-feira (9).

Seguindo uma recomendação de seu Comitê de Revisão de Conformidade, a Agência Mundial Antidoping (WADA) baniu o país de competições internacionais pelos próximos quatro anos. A proibição exclui os atletas russos não apenas da Olimpíada do ano que vem, como também dos Jogos de Inverno de 2022, em Pequim, da Copa do Mundo de futebol, que será realizada no mesmo ano, no Qatar, e de Campeonatos Mundiais de todos os esportes.

Além dos atletas, funcionários do governo russo também estão banidos de tais eventos por fazerem parte daquilo que a WADA considera ser um vasto sistema de doping institucionalizado e financiado pelo Estado, que já teria envolvido mais de mil atletas. De acordo com a resolução, o país também está proibido de sediar ou mesmo se candidatar a receber grandes torneios esportivos, o que compromete diretamente a realização do Campeonato Mundial masculino de vôlei, que aconteceria no país em 2022.

E mais:

Campeão de tudo, Bruno diz: “Nem nos melhores sonhos imaginei isso”

Mais constante, Civitanova vence Cruzeiro se conquista título mundial pela primeira vez

Com brilho de Egonu, Conegliano, da Itália, se sagra campeão mundial feminino

A punição motivou reações. A lendária ponteira Lyubov Sokolova, bicampeã mundial com a Rússia e uma das maiores jogadoras de vôlei de todos os tempos, disse, em entrevista ao prestigiado site russo Sport-Express, que a decisão da WADA representa um duro golpe ao esporte no país.

“Isso é um horror, uma grande frustração. Não apenas para o atleta que está se preparando, mas também para os organizadores. Para treinadores e jogadores, para o marketing e a popularização do vôlei em geral. É uma tragédia. Nem consigo imaginar o que acontecerá daqui para frente, o que precisa ser alterado e corrigido. Sinto uma tristeza profunda”, lamentou.

Sokolova lamentou profundamente o banimento da Rússia dos Jogos

Mesmo antes do anúncio oficial da sanção imposta pela Agência, a oposta Nataliya Goncharova, uma das principais jogadoras da equipe russa na atualidade, já havia se manifestado no fim de semana questionando a indicação de exclusão de todos os atletas do país, o que acabou por se confirmar nesta segunda-feira.

“Há, em muitos países, atletas que testaram positivo, mas nem por isso puniram a delegação inteira. Se o atleta estiver limpo, ele deverá poder participar dos Jogos Olímpicos. Se for pego em doping, ele é desqualificado e não participa. É simples, você não pode banir todo mundo”, declarou a atacante ao mesmo Sport-Express, se referindo ao fato de que a tradição no Comitê Olímpico Internacional (COI) é impor a punição ao atleta envolvido no caso de doping, e não ao time.

Não é de hoje, entretanto, que o vôlei – e o esporte russo como um todo – é colocado sob grave suspeita. No final de 2016, por exemplo, a versão final do relatório da mesma WADA já incluía o nome do central Dmitriy Muserskiy – e de outros jogadores, que foram mantidos em sigilo – em uma lista com vários atletas de 30 modalidades diferentes que teriam feito uso de substâncias proibidas entre 2011 e 2015. Como ele foi pego duas vezes e as datas não foram divulgadas, não se sabe se alguma delas foi durante os Jogos de Londres, em 2012.

Para quem não lembra, o gigante de 2,18m foi um dos responsáveis pela histórica virada sobre a seleção brasileira na final daquela Olimpíada, o que acabou dando o ouro ao time russo. À época, a revelação motivou uma tentativa intempestiva de reivindicação da medalha por parte do ponteiro Giba, então capitão da seleção, junto à Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

Um dos mais importantes jogadores da seleção russa, Muserskiy já havia sido citado em antigo relatório da Wada

Desta vez, entretanto, a recomendação pela exclusão, aceita por unanimidade pela organização, se baseou na constatação de que houve uma falsificação dos dados de controle de doping fornecidos pelo laboratório da Agência Antidopagem local (RUSADA) aos investigadores da WADA no mês de janeiro. O COI já tinha se posicionado a favor do banimento do país da Rio 2016 e dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, de 2018, mas deixou que as federações nacionais resolvessem se executariam ou não a punição.

Assim, o COI manifestou total apoio à decisão tomada nesta segunda-feira, afirmando que dará pleno suporte às sanções impostas aos atletas. “Os representantes do Movimento Olímpico apoiam hoje a decisão unânime do Comitê Executivo da Wada, que está de acordo com a declaração feita pelo Comitê Executivo do COI e é endossada pela Cúpula Olímpica”, anunciou a entidade.

A resolução, no entanto, pondera que os competidores que estiverem comprovadamente “limpos” poderão atuar defendendo uma bandeira neutra, algo que contraria a solicitação da Comissão de Atletas da organização – o grupo havia pedido a eliminação total da Rússia de qualquer disputa. Mas o fato é que o país tem 21 dias para recorrer da decisão da Agência. Se optar pelo recurso, o caso será julgado em última instância pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês).

Goncharova criticou a Wada por banir o país das competições internacionais

A Federação Internacional de Vôlei, por sua vez, ainda não se posicionou oficialmente sobre a resolução, que, se for confirmada, causará mudanças nunca vistas na configuração da disputa dos Jogos. Segundo a TASS, agência russa de notícias, a entidade não comentará a sanção até que o julgamento seja totalmente concluído. Não se sabe, por exemplo, como serão preenchidas as vagas das seleções feminina e masculina caso a decisão seja de fato avalizada pelo Tribunal Arbitral.

As equipes conseguiram a classificação nos Pré-Olímpicos realizados em agosto. Jogando em casa, na cidade de São Petersburgo, a seleção masculina, tetracampeã olímpica e atual bicampeã da Liga das Nações, carimbou o passaporte vencendo México, Cuba e Irã sem grandes sobressaltos. Com um conjunto de jogadores que inclui o oposto Maxim Mikhaylov e os ponteiros Egor Kliuka e Dmitry Volkov, entre outros, o time era visto como um dos favoritos ao ouro no Japão e, inclusive, seria um dos adversários do Brasil no grupo da morte.

Já entre as mulheres, apesar da tradição, a Rússia, bicampeã mundial, não figura entre as principais potências da modalidade há algum tempo. A equipe não fatura um título internacional desde 2010, quando superou a seleção brasileira no tie-break na decisão do Campeonato Mundial. Além disso, foi a medalha de prata no antigo Grand Prix de 2015 e ficou com o bronze na esvaziada Copa do Mundo deste ano.

Em baixa no cenário internacional, seleção feminina busca recuperar prestígio

Apesar dos tropeços em torneios relevantes, com uma mescla de atletas jovens, como a ponta Irina Voronkova, com outras mais experientes, como a própria Goncharova e a levantadora Evgeniya Startseva, se classificou na cidade de Kaliningrado, batendo México, Canadá e Coreia do Sul. Na chave B dos Jogos, a Rússia teria pela frente China e Estados Unidos como alguns dos rivais.

Com a Rússia de fora, quem herdaria as vagas? Se o critério adotado for escolher pela ordem de colocação nas chaves dos Pré-Olímpicos, Irã e Coreia do Sul serão os classificados, já que ambos terminaram na segunda posição nos naipes masculino e feminino, respectivamente. Outra possibilidade, entretanto, é que a repescagem europeia de janeiro distribua duas vagas em cada naipe e não apenas uma como preconiza o atual regulamento.

Todas estas definições, contudo, deverão ficar em suspenso até que o Tribunal Arbitral do Esporte julgue o caso e determine se, de fato, a Rússia será banida dos Jogos Olímpicos.

Siga o Voleicast no Instagram: @voleicast

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Brasil vence Rússia B e mantém invencibilidade na Copa do Mundo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/05/brasil-vence-russia-b-e-mantem-invencibilidade-na-copa-do-mundo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/05/brasil-vence-russia-b-e-mantem-invencibilidade-na-copa-do-mundo/#respond Sat, 05 Oct 2019 06:52:52 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18627

Alan (à esquerda) mais uma vez foi o destaque brasileiro na partida (Foto: Divulgação/FIVB)

Com um placar de 3 sets a 0, a seleção brasileira masculina de vôlei bateu a Rússia em partida válida pela Copa do Mundo na madrugada deste sábado (05). O jogo, disputado na cidade japonesa de Nagano, teve parciais de 25-16, 25-22 e 25-22.

Trata-se da quarta vitória brasileira na competição – antes, os comandados do técnico Renan Dal Zotto já haviam batido o Canadá (3-0), a Austrália (3-0) e o Egito (3-1). Vale destacar, porém, que os russos, atuais bicampeões da Liga das Nações, jogaram com um time B, sem suas principais estrelas. Dentre os titulares desta partida, por exemplo, o nome mais famoso era o do experiente levantador Sergey Grankin, de 34 anos e campeão olímpico em Londres 2012.

 Participe do financiamento coletivo do Voleicast e ganhe prêmios!

 Siga o Voleicast no Instagram: @voleicast

Independente de quem estava vestindo a camisa russa, a tática para vencê-los é a mesma: quebrar o passe adversário, jogar com velocidade e, quando isso não for possível, evitar encarar os fortes bloqueios montados. Foi justamente atuando assim que a seleção brasileira construiu mais um resultado positivo, apesar de a falta de consistência no saque brasileiro ter equilibrado as ações ao longo do duelo. Equilíbrio que, ressalte-se, também é mérito do serviço russo, que alternou os tradicionais saques potentes com tentativas encurtadas que surpreendeu a recepção verde-amarela.

No fim, porém, valeu a capacidade reativa do Brasil quando esteve atrás no placar, principalmente no terceiro set, cuja virada aconteceu graças à excelente passagem de Alan no saque depois que o placar chegou a estar 18-20. O número de pontos cedidos ao adversário em erros também é importante para entender a partida: enquanto o Brasil recebeu 24 pontos “de graça”, cedeu apenas 15.

Individualmente falando, o destaque brasileiro foi, mais uma vez, Alan, substituto de Wallace, único grande desfalque brasileiro na competição: ao todo, o oposto marcou 18 pontos (13 no ataque, um no bloqueio e quatro no saque, fundamento no qual também tem se destacado). Na sequência, apareceu Leal, com 12, um a menos que Yaroslav Podlesnykh, maior pontuador russo.

O Brasil volta à quadra às 2 horas da manhã neste domingo (6) para encarar o Irã, que também poupa seus principais jogadores na competição.

Ouça no Voleicast: seleção feminina termina a Copa do Mundo na quarta posição e mostra que tem muito a evoluir até os Jogos de Tóquio

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Sérvia vence a Eslovênia e se sagra campeã europeia também no masculino http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/29/servia-vence-a-eslovenia-e-se-sagra-campea-europeia-tambem-no-masculino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/29/servia-vence-a-eslovenia-e-se-sagra-campea-europeia-tambem-no-masculino/#respond Sun, 29 Sep 2019 20:34:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18554

A Sérvia dominou a Europa em 2019 (Fotos: Divulgação/CEV)

O domínio sérvio na Europa é incontestável. Neste domingo (29), cerca de duas semanas após a conquista do título no naipe feminino, a seleção masculina pôs fim ao jejum de oito anos e se sagrou tricampeã continental – já havia vencido as edições de 2001 e 2011 – de forma invicta ao derrotar, em Paris, a ascendente Eslovênia de virada por 3 sets a 1, com parciais de 19-25, 25-16, 25-18 e 25-20.

Comandado por Slobodan Kovac, que assumiu a comissão técnica no lugar de Nikola Grbic depois do torneio Pré-Olímpico, o time dos Bálcãs começou a partida sofrendo com a incrível intensidade do jogo esloveno, que já havia feito vítimas de respeito nas fases anteriores deste Campeonato Europeu.

Confira mais:

Ouça o episódio #7 do Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

Melhor líbero do mundo, Grebennikov fala com exclusividade sobre os desafios da seleção francesa

Para começar, nas quartas de final, a Eslovênia despachou ninguém mais do que a poderosa Rússia com uma vitória por 3 a 1 (25-23, 25-22, 21-25 e 25-21). Vale lembrar que a equipe do finlandês Tuomas Sammelvuo, detentora de 14 troféus no torneio, defendia o título com uma seleção que contava com suas grandes estrelas, entre elas, o oposto Mikhaylov e o central Muserskiy, além dos ponteiros Kliuka e Volkov.

Depois disso, em uma partida épica disputada em seus domínios, na capital Ljulbjana, a equipe liderada pelo italiano Alberto Giuliani garantiu a vaga na final ao impor outro 3 a 1 (25-23, 24-26, 25-22 e 25-23) sobre a atual bicampeã mundial Polônia com León, Kubiak e companhia em quadra.

Na final, contudo, os eslovenos se depararam com uma Sérvia que já chegou à decisão com a moral bastante elevada. Afinal, o time calou os 12 mil torcedores que lotaram a Accor Arena ao vencer na semi o badalado conjunto francês, dono da casa, em um duelo emocionante, decidido apenas no tie-break (23-25, 25-23, 25-21, 17-25 e 15-7).

Vice-campeã, Eslovênia mostrou que está crescendo no cenário internacional ao fazer uma campanha surpreendente

A ótima Eslovênia começou a partida melhor, se impondo na virada de bola e no bloqueio. No entanto, os sérvios assumiram o controle do jogo a partir do segundo set, quando minaram a recepção e a confiança adversárias com um saque extremamente agressivo. A relação bloqueio-defesa também foi estabelecida à risca pelos sérvios, que chegaram a fazer 8 pontos de bloqueio somente na segunda parcial (ao total, foram 14 acertos no fundamento).

Assim, com muito volume de jogo e autoridade, os sérvios alcançaram o terceiro título continental. O oposto Aleksandar Atanasijevic foi o grande destaque da partida com 22 pontos, seguido de perto por seu companheiro de equipe, o habilidoso ponteiro Uros Kovacevic, que anotou 20. Do outro lado, Klemen Cebulj colaborou com 15 bolas no chão. Com o resultado, a Eslovênia ganhou a segunda medalha de prata no torneio – já havia sido vice-campeã em 2015, quando perdeu a decisão para a França.

Seleção polonesa, de León e Kubiak, levaram o bronze para casa

A Polônia acabou ficando com o bronze ao superar novamente os franceses em sets diretos (26-24, 25-22 e 25-21). Nesta temporada, os representantes do Leste Europeu já haviam batido o adversário por este placar no Pré-Olímpico de agosto. Sem dúvida, o resultado negativo no Europeu aumenta ainda mais a agonia francesa, uma vez que a seleção vem acumulando fracassos ao longo das últimas competições.

Além disso, tanto os atletas quanto a Federação local alimentavam esperanças de que uma conquista, em casa (o torneio foi co-sediado por França, Bélgica, Holanda e Eslovênia, e Paris recebeu a fase final), poderia servir para alavancar o vôlei no país.

O drama francês, contudo, parece estar longe de acabar. Para carimbar o passaporte rumo aos Jogos Olímpicos de 2020, a seleção terá que competir em um pré-olímpico continental em janeiro que promete ser um dos mais difíceis dos últimos anos. Entre outras equipes, estarão na disputa por uma vaga em Tóquio a Sérvia, a Eslovênia e a Bulgária.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Brasil se recupera e fecha participação na Copa do Mundo com boa vitória  http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/29/brasil-se-recupera-e-fecha-participacao-na-copa-do-mundo-com-boa-vitoria/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/29/brasil-se-recupera-e-fecha-participacao-na-copa-do-mundo-com-boa-vitoria/#respond Sun, 29 Sep 2019 07:22:59 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18541

As brasileiras superaram a seleção russa na madrugada deste domingo (29) (Fotos: Divulgação/FIVB)

Depois dos quatro tropeços que tiraram a seleção brasileira feminina de vôlei da briga por medalhas, a expectativa era que a equipe pelo menos se despedisse da Copa do Mundo do Japão com uma boa atuação. O adversário foi a tradicional Rússia, velha conhecida que já entrou em quadra com o bronze garantido.

E as brasileiras corresponderam vencendo, neste domingo (29), na cidade de Osaka, um dos maiores clássicos do vôlei mundial por 3 a 1 (26-28, 20-25, 25-21 e 19-25). Com o triunfo, o Brasil encerrou sua participação na competição no quarto lugar.

O saque e o bloqueio foram os fundamentos mais decisivos para o Brasil não apenas no começo da primeira parcial, mas em todo o cotejo. Colocando imensa pressão na linha de passe russa, a seleção rapidamente abriu 16 a 10 no marcador. Sem as melhores opções de jogo, a armadora Startseva – que acabou substituída por Romanova – recorreu às costumeiras bolas altas pelas pontas, facilitando o trabalho do bloqueio verde e amarelo, responsável por 6 pontos somente neste set.

As ótimas defesas, especialmente da líbero Camila Brait, que atuou como titular e brilhou no fundo de quadra durante todo o confronto, também merecem destaque. No entanto, quando tudo se encaminhava para uma vitória tranquila no set, o time de José Roberto Guimarães voltou a se perder na recepção, permitindo a reação rival e o empate em 22 a 22. O Brasil precisou de 3 set points para largar em vantagem na partida.

Confira mais:

No Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede: Seleção feminina mantém hegemonia sul-americana

O duelo seguiu parelho e com ralis bem disputados no segundo set. Se valendo de uma recepção um pouco mais ajustada, a levantadora Macris teve novamente uma performance bastante segura, driblando o alto bloqueio russo com uma variação de jogadas aceleradas tanto pelo meio com Fabiana e Mara quanto pelas extremidades com Gabi e Amanda.

Lorenne também se saiu muito bem como o desafogo nas bolas mais complicadas. Mais solto e vibrante na partida, o selecionado nacional ampliou a vantagem no placar com bom aproveitamento no ataque. Os erros adversários nos momentos cruciais da parcial também colaboraram.

As europeias iniciaram o terceiro set tentando correr atrás do prejuízo. A armadora Romanova, com um passe mais estável, buscou imprimir um ritmo de jogo menos “quadrado” e mais veloz, utilizando as centrais Efimova e Koroleva. Assim, com maior eficiência na virada de bola e nos contra-ataques, elas assumiram a liderança no placar com 7 a 2. Foi através do saque, entretanto, que as brasileiras diminuíram a diferença, se recolocando na disputa na parcial.

Ainda assim, o Brasil permaneceu em desvantagem durante todo o set e não conseguiu conter o crescimento russo no sideout. Além do ataque, as comandadas do italiano Sergio Busato melhoraram bastante no bloqueio – foram 4 pontos marcados no fundamento nesta parcial contra nenhum das bicampeãs olímpicas.

Mais disposto em quadra, time brasileiro fez uma boa apresentação contra a Rússia

Em um quarto set também equilibrado, o Brasil conseguiu abrir margem (19 a 13) na reta final através do saque, que voltou a azucrinar a linha de passe russa, da virada de bola – a ponteira Amanda foi decisiva em momentos importantes – e do bloqueio (foram 13 pontos no fundamento ao total contra 12 das rivais), que reapareceu. Deste modo, a equipe garantiu a vitória.

Os maiores destaques do jogo foram as opostas. Lorenne e Goncharova marcaram 21 pontos cada. Pelo lado verde e amarelo, ainda se sobressaíram Amanda, Fabiana e Mara com 17 e 14 acertos (as centrais fizeram o mesmo número de pontos).

Mais cedo, o pódio da Copa do Mundo foi totalmente definido. Os Estados Unidos asseguraram a segunda medalha de prata de sua história no torneio ao vencerem a Coreia do Sul por 3 a 1, parciais de 21-25, 16-25, 25-16 e 22-25. A seleção russa ficou com o bronze, batendo o Quênia em sets diretos com uma rodada de antecedência. O mesmo aconteceu com a China, que garantiu o pentacampeonato ao superar, na sexta-feira (28), a Sérvia B também por 3 a 0.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
O que precisa acontecer para o Brasil subir ao pódio na Copa do Mundo? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/25/o-que-precisa-acontecer-para-o-brasil-subir-ao-podio-na-copa-do-mundo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/25/o-que-precisa-acontecer-para-o-brasil-subir-ao-podio-na-copa-do-mundo/#respond Wed, 25 Sep 2019 09:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18486

Técnico José Roberto Guimarães passa instruções às jogadoras da seleção (Fotos: Divulgação/FIVB)

A boa performance da seleção brasileira feminina de vôlei na passagem da Copa do Mundo por Sapporo (Japão) recolocou o time do técnico José Roberto Guimarães na briga por um lugar no pódio da competição. Apesar de matematicamente ainda haver chances de a equipe faturar a medalha de prata, ela depende de uma combinação tão improvável de resultados que é realista pensar somente no bronze.

Além de cumprir sua parte e vencer os três jogos restantes (Camarões, Coreia do Sul e Rússia), as brasileiras (atualmente em quinto lugar com cinco vitórias e três derrotas – 15 pontos) precisam torcer para que a Rússia (terceiro, com sete vitórias e uma derrota – 19 pontos) perca pelo menos outra partida, o que é perfeitamente possível de acontecer, já que as europeias terão um duelo contra os Estados Unidos (segundo, com sete vitórias e uma derrota – 20 pontos) no início da manhã de sexta-feira (6h, horário de Brasília). Caso, porém, elas vençam as americanas, seria necessário que o Quênia, que ainda não ganhou nenhum set na competição, protagonize uma zebra histórica ao enfrentar as comandadas de Sergio Busato no sábado.

Confira mais:

 Ouça o 7o episódio do Voleicast: Seleção masculina leva o 32o troféu no Sul-Americano

 No 6o programa do Voleicast: Seleção feminina mantém supremacia sul-americana

Mesmo que este cenário se confirme (três vitórias do Brasil e apenas uma da Rússia), os dois times ficariam com uma campanha semelhante (oito vitórias e três derrotas), o que levaria a decisão da medalha para os critérios de desempate. O primeiro deles são os pontos totais, onde atualmente as russas possuem uma vantagem: 19 a 15. Vale lembrar que cada vitória por 3-0 ou 3-1 dá três pontos, o 3-2 dá dois pontos e derrota por 2-3 dá um.

O critério de desempate seguinte é set average (divisão dos sets vencidos pelos perdidos (2,625 pra Rússia contra 1,416 pro Brasil no momento) e os points average (1,227 pra Rússia contra 1,092). Ou seja, a seleção feminina precisa ganhar com a maior folga possível seus confrontos, torcendo para que as rivais tenham muitas dificuldades.

É preciso ainda ficar de olho na Holanda (quarta colocada, com cinco vitórias e três derrotas – 16 pontos), que deve ter ao menos um tropeço contra China, República Dominicana ou Japão para o Brasil terminar em terceiro sem precisar olhar os critérios de desempate. Trata-se de uma possibilidade também bastante palpável, já que a China ainda está invicta na competição e o Japão joga com a força de sua barulhenta torcida.

Rússia, de Goncharova, deve fazer duelo decisivo contra o Brasil na madrugada de domingo

Analisando-se a tabela da competição, são três os grandes jogos restantes:

1 – China x Holanda (sexta, às 3 horas da manhã): última grande chance das atuais campeãs olímpicas se complicarem na luta pelo título, já que depois enfrentam o time B da Sérvia e a Argentina. Apesar de as reservas da equipe do Leste Europeu terem um nível razoável de jogo, dificilmente elas conseguirão superar o time comandado por Lang Ping no sábado (3h da manhã);

2 – Rússia x Estados Unidos (sexta, às 6 horas da manhã): entrando em quadra já sabendo qual foi o resultado do jogo da China, russas e americanas farão um duelo direto que definirá quem vai secar as asiáticas nas rodadas finais pelo título ou ficará bem mais perto da prata. Não bastasse isso, trata-se de um confronto de muita rivalidade e que coloca frente a frente duas das grandes escolas do voleibol mundial;

3 – Brasil x Rússia (domingo, às 2 horas da manhã): jogo que muito provavelmente vai definir a presença de ambos os times no pódio (e a posição que ocupará, no caso da Rússia). Mesmo que o Brasil chegue à partida já sem chances de bronze, ganhar seria importante como uma amostra de força no fechamento da temporada, já que nesta Copa do Mundo a seleção acabou derrotada em todos os jogos que fez contra os principais rivais no cenário internacional (Holanda, EUA e China).

Além do jogo contra a Rússia, nesta Copa do Mundo o Brasil encara Camarões (2h da manhã de sexta) e Coreia do Sul (23h de sexta).

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Com força do elenco, seleção masculina se impõe e vence equipe russa http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/23/com-forca-do-elenco-selecao-masculina-se-impoe-e-vence-equipe-russa/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/23/com-forca-do-elenco-selecao-masculina-se-impoe-e-vence-equipe-russa/#respond Mon, 24 Jun 2019 02:09:52 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17345

Seleção masculina conquistou a 11a vitória na Liga das Nações (Fotos: Divulgação/FIVB)

Contra o adversário mais tradicional e qualificado desta etapa, a melhor performance. Depois do desempenho irregular diante da Bulgária e da vitória para lá de sofrida conquistada aos trancos e barrancos contra a esforçada Alemanha, a seleção masculina de vôlei encarou, neste domingo (23), no encerramento da penúltima semana da fase classificatória da Liga das Nações, a poderosa equipe russa, atual campeã do torneio, em um dos maiores clássicos do voleibol mundial.

No último encontro entre as equipes, contudo, a Rússia se deu melhor, vencendo o Brasil por 3 sets a 0 na semifinal da Liga das Nações do ano passado. Mas, desta vez, jogando diante de sua torcida, em Cuiabá (MT), o time de Renan Dal Zotto finalmente apresentou um voleibol bem mais convincente em casa, batendo a jovem equipe russa – que veio ao Brasil sem suas grandes estrelas, mas com uma equipe extremamente competitiva – por 3 sets a 0, parciais de 25-17, 25-21 e 28-26. Com o resultado, o time assumiu a liderança do torneio, somando 11 triunfos em 12 jogos.

Diferentemente do que aconteceu na partida contra os alemães, a seleção brasileira começou o duelo diante dos russos mostrando mais concentração e consistência no seu conjunto. Em que pese a quantidade de erros (8 somente na primeira parcial) e a instabilidade na linha de passe que, infelizmente, está se tornando costumeira, a equipe se saiu muito bem na estratégia de saque variado e principalmente na virada de bola. Os europeus anotaram apenas 6 pontos de ataque enquanto que os atuais campeões olímpicos fizeram 12. Nota positiva para o oposto Wallace, que teve um excelente aproveitamento no ataque, virando 5 das 7 bolas recebidas.

Wallace voltou a fazer um grande jogo com a camisa da seleção brasileira

Mesmo ainda desarticulado na recepção na segunda parcial, o time verde e amarelo continuou se sobressaindo no ataque. Para tanto, se valeu de uma boa distribuição do levantador Bruno, que voltou a ter uma performance segura acionando tanto as bolas de primeiro tempo com Maurício Souza e Lucão, quanto pelas extremidades com Wallace e Lucarelli. Douglas Souza, apagado, acabou substituído por Maurício Borges.

Os russos melhoraram nas ações ofensivas, mas seguiram cometendo erros, o que acabou freando qualquer reação na segunda etapa. É importante ressaltar também o volume de jogo da seleção brasileira, com o sistema defensivo bem ajustado e o consequente bom aproveitamento nos contra-ataques, além do desempenho satisfatório no bloqueio.

Buscando mudar o panorama, o técnico finlandês Tuomas Sammelvuo sacou o armador Kovalev e escalou Igor Kobzar, que equilibrou a partida com outra tática de distribuição. Assim, bem mais equilibrada, a Rússia cresceu no duelo. Mais ousado, Kobzar mudou o set, passando a utilizar mais as bolas rápidas de meio, sobretudo com o central Ilyas Kurkaev. Aliás, foi em uma passagem de saque do levantador que a Rússia conseguiu abrir 19 a 15 no marcador.

Leia mais:

Bruno, sobre a seleção brasileira: “O time tem muito a crescer ainda”

Leal e Lucarelli são trunfos de Renan para o começo da temporada

Fundamental em Taubaté, Renan responde críticos com título da Superliga

Contudo, apesar de terem feito 7 aces no confronto, os europeus, na dianteira do set, seguiram desperdiçando saques e falhando em momentos cruciais. Ao total, os russos deram 31 pontos de presente em falhas ao Brasil. Se compararmos com a performance contra a Alemanha, veremos que a seleção errou bem menos – 20 vezes.

Renan, então, apostou novamente no banco de reservas para virar o jogo. E foi justamente com um serviço de Alan – que entrou na inversão com Cachopa e repetiu o que já havia feito contra a Alemanha, se destacando no ataque em bolas importantes na reta final do set – que o Brasil conquistou a vitória. Os maiores pontuadores da seleção foram Wallace e Lucarelli, com 12 e 11 acertos, respectivamente.

Com o triunfo, a seleção brasileira praticamente carimbou o passaporte para a fase final, que ocorrerá em Chicago, nos EUA. Para perder a vaga, o Brasil precisaria sair derrotado de todas as partidas da próxima semana e teria que perder uma vantagem significativa de sets average para ser ultrapassada pela Polônia, que atualmente ocupa a sexta posição na tabela de classificação.

Assim, os comandados de Renan Dal Zotto fecharão a participação na fase classificatória da Liga das Nações em Brasília, onde enfrentará França, Canadá e Itália entre os dias 28 e 30 de junho.

Ouça o Voleicast, podcast de vôlei do Saída de Rede

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter:@saidaderede

]]>
0
Bloqueio evolui e Brasil encerra primeira etapa com vitória sobre a Rússia http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/23/bloqueio-evolui-e-brasil-encerra-primeira-etapa-com-vitoria-sobre-a-russia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/23/bloqueio-evolui-e-brasil-encerra-primeira-etapa-com-vitoria-sobre-a-russia/#respond Fri, 24 May 2019 00:47:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16870

Seleção brasileira demonstrou evolução na relação saque-bloqueio contra a Rússia (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Nesta quinta-feira (23), a seleção feminina de vôlei entrou pressionada na quadra do ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF). Depois da dura derrota para a República Dominicana, a equipe do técnico José Roberto Guimarães precisava se recuperar. E, encerrando a primeira semana de jogos da Liga das Nações diante da sua torcida, superou a seleção russa por 3 a 0, com parciais de 25-15, 25-17 e 25-14. Com isso, chegou aos 6 pontos na fase classificatória da competição.

Com a mesma formação inicial das duas primeiras partidas, a seleção brasileira teve um desempenho melhor em dois fundamentos nos quais falhou diante da República Dominicana: o saque e o bloqueio. Ao pressionar a recepção russa com um serviço mais regular, as brasileiras conseguiram tirar o passe da rede das mãos da levantadora Romanova, que precisou recorrer às tradicionais bolas altas pelas extremidades, facilitando o bloqueio verde e amarelo.

Leia mais:

Ataque funciona e Brasil estreia na Liga das Nações com vitória diante da China

Por Tóquio-2020, seleção feminina inicia temporada com grupo renovado

Por que a seleção feminina tem acumulado tantos pedidos de dispensa?

Aliás, é importante destacar a eficácia do bloqueio brasileiro que, quando não se convertia em pontos diretos, conseguia amortecer bolas importantes, facilitando o trabalho do sistema defensivo. Ao total, foram 14 pontos marcados neste fundamento contra apenas 5 das europeias. Aparentando certa desconcentração em função da facilidade encontrada na primeira parcial, o Brasil oscilou um pouco no set seguinte principalmente na recepção, mas se recuperou.

Na última parcial, Zé Roberto fez algumas trocas pontuais e o time não teve qualquer trabalho. Apenas administrou a imensa vantagem que chegou a ser de 13 pontos – 19 a 6 – sobre a frágil equipe europeia que, sem suas principais jogadoras, não ofereceu nenhuma resistência.

Outro ponto positivo da equipe verde e amarela no confronto diz respeito à distribuição das bolas. Se na partida contra as dominicanas a armadora Macris concentrou muito o jogo em cima da ponteira Gabi, neste a levantadora prestigiou suas outras atacantes.

Responsável por 14 pontos no confronto, bloqueio brasileiro intimidou as atacantes russas (Foto: Divulgação/FIVB)

A maior pontuadora foi a oposta Paula Borgo, com 17 acertos. A jogadora não teve uma noite feliz contra a equipe caribenha, enfrentando demais o bloqueio e pecando na variação dos golpes. Entretanto, mostrou evolução contra as russas e foi a bola de segurança do time. Gabi e a meio de rede Mara colaboraram com 9 pontos cada. Do outro lado, destaque para a passadora Margarita Kurilo, que colocou 12 bolas no chão.

As comandadas de Zé Roberto ainda foram beneficiadas pelo excesso de erros da Rússia (somente na primeira parcial, foram 10 falhas das europeias, contabilizando 23 ao total contra 10 do Brasil).

A seleção feminina embarca agora para Apeldoorn, na Holanda, onde disputará a segunda fase da Liga das Nações, encarando de 28 a 30 de maio as donas da casa, a equipe polonesa – atual campeã do torneio de Montreux – e a desafiante Bulgária.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter:@saidaderede

]]>
0
Zenit Kazan perde hegemonia na Rússia em momento de reconstrução http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/10/zenit-kazan-perde-hegemonia-na-russia-em-momento-de-reconstrucao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/10/zenit-kazan-perde-hegemonia-na-russia-em-momento-de-reconstrucao/#respond Fri, 10 May 2019 09:00:50 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16699

Multicampeão russo perdeu o título nacional após cinco conquistas seguidas (Fotos: Roman Kruchinin/Zenit Kazan)

Chegou ao fim a “ditadura” do badalado Zenit Kazan no campeonato russo. Após conquistar cinco vezes o título nacional, dominando uma das principais ligas do vôlei mundial, a equipe de Vladimir Alekno perdeu o troféu desta temporada 2018/2019 para o valente Kuzbass Kemerovo, que encerrou a série final melhor-de-cinco em 3 a 1.

Curiosamente, o gigante russo foi vítima de “fogo amigo” na final. O jogador que mais se destacou, marcando 28 pontos na vitória do Keremovo por 3 sets a 1, com parciais de 21-25, 25-19, 25-22 e 25-23, foi o oposto Viktor Poletaev, que pertence ao Zenit e atuou por empréstimo no time rival. Pelo Kazan, os maiores pontuadores foram Maxim Mikhaylov, Matt Anderson e Earvin Ngapeth, com 19, 14 e 13 acertos, respectivamente.

Treinada pelo técnico finlandês Tuomas Sammelvuo, que será o comandante da seleção russa até Tóquio-2020, a equipe siberiana surpreendeu na temporada e chegou a disputar a semifinal da Copa CEV, que perde em prestígio na Europa apenas para a Champions League.

Leia mais:

Mãe aos 21, Rebecca supera dificuldades e vira destaque no vôlei de praia

– Estrela do vôlei, Earvin Ngapeth se aventura pelo mundo da música

León será capaz de manter a instável Polônia no topo do vôlei mundial?

Vale mencionar que a queda do Zenit na competição local se dá justamente em um momento em que o clube vive um processo de reconstrução. Depois da saída do astro polonês Wilfredo León para o italiano Perugia, o time está prestes a perder outra peça basilar na consolidação da sua recente supremacia local e continental. O ponteiro Anderson assinou contrato de dois anos com o Modena, onde atuará ao lado de seus compatriotas, o central Max Holt e o levantador Micah Christenson.

Será o retorno de Anderson ao vôlei italiano, uma vez que ele jogou no Vibo Valentia, em 2010/2011, e no próprio Modena, em 2011/2012. No Zenit, o norte-americano ultrapassou a marca dos 270 jogos disputados em 7 temporadas, atingindo a incrível soma de 18 troféus conquistados. Para homenageá-lo, o clube decidiu “aposentar” a camisa #1, usada pelo jogador.

Para o lugar de León, o time de Alekno investiu pesado, contratando o ídolo francês Ngapeth. No caso de Anderson, o clube ainda não anunciou oficialmente quem será o substituto, mas o fato é que a equipe deverá sentir novamente o golpe.

Enquanto o francês Ngapeth teve dificuldades para se adaptar ao voleibol russo, o norte-americano Anderson (1) deixará Kazan após fazer história

Afinal, assim como o polonês, o atacante da seleção americana é um dos melhores e mais experientes do mundo em sua posição (ele pode atuar como ponteiro e oposto). Além disso, não se repõe com tanta facilidade uma peça tão importante. Prova disso é que Ngapeth teve problemas de entrosamento e adaptação nesta segunda temporada no voleibol russo. Em 2013, ele já havia tido uma curtíssima passagem pelo mesmo Kemerovo, para onde se recusou a voltar no ano seguinte porque não queria ficar longe da mulher e do filho.

O título nacional, contudo, não foi a primeira perda da equipe nesta temporada. No Mundial de Clubes, na Polônia, o Zenit foi eliminado de forma inesperada ainda na fase grupos ao ser derrotado pelo rival local Fakel Urengoy e pelo italiano Lube Civitanova, de Bruno, Leal e Simon.

Os comandados de Vladimir Alekno, contudo, terão mais uma chance de salvar a temporada: no próximo dia 18, em Berlim, eles tentarão a sétima conquista (a quinta seguida) da Liga dos Campeões da Europa. O adversário será justamente o Civitanova.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Por Tóquio-2020, ponteiro Camejo busca cidadania esportiva russa http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/02/28/por-toquio-2020-ponteiro-camejo-busca-cidadania-esportiva-russa/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/02/28/por-toquio-2020-ponteiro-camejo-busca-cidadania-esportiva-russa/#respond Thu, 28 Feb 2019 09:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16009

Ponteiro naturalizado russo, Camejo espera pela decisão da FIVB, que deve sair em março (Foto: dm7sports)

O ponteiro cubano naturalizado russo Oreol Camejo apresentou recentemente toda a documentação necessária à Federação Internacional de Vôlei (FIVB), solicitando a mudança de sua cidadania esportiva. É o que informa Alexander Yaremenko, secretário geral da Federação Russa (RVF), à agência local TASS.

Ainda de acordo com a agência, a FIVB deverá responder ao pedido em março e, se a decisão for favorável, o atleta terá a cidadania esportiva russa, podendo atuar na equipe europeia.

Para Sergey Shlyapnikov, ex-técnico da seleção masculina, o ponteiro é um atleta de alto nível e pode dar uma enorme contribuição ao time. “Ter um jogador do nível de Camejo seria fantástico para a Rússia. Há uma carência de ponteiros com a sua capacidade e habilidade técnica”, avaliou o treinador, que deixou o cargo no início do mês para trabalhar novamente com a Federação local na formação de novos atletas com foco no Campeonato Mundial de 2022, que será disputado no país.

O atacante não joga por Cuba desde 2008 e teve que seguir as regras da FIVB, que exigem que o jogador espere por um período de dois anos até que possa defender outro país. Vale lembrar que Camejo está em sua quarta temporada na Rússia (a segunda no Zenit St. Petersburg). Antes, ele já havia atuado no Lokomotiv Novosibirsk em duas oportunidades. Assim, a expectativa do jogador e dos dirigentes da Federação Russa é que ele seja liberado a tempo de disputar a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

Em entrevista à TASS, o ponteiro de 32 anos se mostrou otimista em relação à possibilidade de disputar os Jogos Olímpicos pela equipe. “A seleção russa é uma das mais fortes do mundo e, para mim, será uma honra se a comissão técnica demonstrar interesse e quiser me convocar. Ficarei muito feliz se puder fazer parte do time”, ressaltou.

Leia mais:

 Wilfredo León deverá estrear oficialmente pela Polônia em agosto

Em busca do sonho olímpico, central Simon busca naturalização pela Bulgária

Provável estreia de Leal na seleção brasileira agita calendário do vôlei em 2019

Se for liberado, Oreol Camejo engrossará uma lista de grandes talentos cubanos que, após deixarem a ilha caribenha para jogar nos principais centros do mundo, acabaram impedidos de atuar em sua seleção e procuraram a naturalização por outros países.

Somente no naipe masculino, Juantorena já defende a Azzurra desde 2015, Leal estará livre a partir de abril para ser convocado pela seleção brasileira e León fará sua estreia pela Polônia em agosto. Sem falar no central Simon que, em busca do sonho olímpico, já tentou se naturalizar brasileiro, canadense e, por último, búlgaro.

Não por acaso, são frequentes as discussões entre os amantes do vôlei sobre qual seleção seria capaz de bater Cuba se o time pudesse contar com todas estas estrelas. Contudo, apesar de a Federação Cubana de Vôlei (FCV) ter sugerido a possibilidade de retorno de atletas expatriados à seleção – o que não se aplica aos jogadores mencionados acima, uma vez que estes já mudaram de nacionalidade nos registros da FIVB –, a realidade é que a “diáspora cubana” acaba fortalecendo outras equipes no cenário internacional, enquanto que a seleção local coleciona fracassos em competições oficiais.

Tricampeã olímpica e mundial entre as mulheres, Cuba ainda possui duas medalhas de prata em Campeonatos Mundiais no naipe masculino. Entretanto, a grande potência da modalidade, que produziu alguns dos maiores jogadores da história do esporte, se tornou mera figurante.

Depois de ter ficado fora dos Jogos Olímpicos em três edições, foi eliminada ainda na primeira fase na Rio 2016 e saiu do último Mundial masculino na 18ª colocação. Com as mulheres, além de não participar de uma Olimpíada desde 2008, o país terminou o Mundial de 2018 em 22º lugar.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Definidos os grupos do Campeonato Europeu masculino de 2019 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/18/definidos-os-grupos-do-campeonato-europeu-masculino-de-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/18/definidos-os-grupos-do-campeonato-europeu-masculino-de-2019/#respond Fri, 18 Jan 2019 08:00:40 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15658

Atual campeã, seleção russa tentará o décimo quinto título no Europeu 2019 (Fotos: Divulgação/FIVB)

Em sorteio realizado em Bruxelas, na Bélgica, foram definidas as quatro chaves com as 24 seleções que participarão do Campeonato Europeu masculino de vôlei nas 4 sedes – França, Eslovênia, Bélgica e Holanda – entre 12 e 29 de setembro.

As seleções participantes foram divididas em 4 grupos de 6 cada. Pelo grupo A jogarão França, Itália, Bulgária, Portugal, Grécia e Romênia. As partidas serão realizadas em Montpellier, cidade francesa. A capital belga Bruxelas receberá os confrontos da chave B, contando com os donos da casa, sérvios, alemães, eslovacos, espanhóis e austríacos.

Já o C terá como sede a cidade de Ljubljana, na Eslovênia. Além dos anfitriões, competirão neste grupo Rússia, Finlândia, Turquia, Macedônia e Bielorrússia. Finalizando, na chave D a Holanda receberá Polônia, República Tcheca, Estônia, Ucrânia e Montenegro em Roterdã e na capital Amsterdã.

Uma das mais tradicionais do vôlei mundial, Itália muda de patamar quando pode contar com Ivan Zaytsev e Osmany Juantorena

Na fase classificatória, todas as equipes se enfrentarão dentro de cada chave e os quatro primeiros colocados avançarão para a etapa eliminatória. De acordo com os cruzamentos, o grupo A jogará contra o C e o B terá pela frente os representantes do D. As semifinais serão disputadas na França e na Eslovênia, enquanto que a grande final acontecerá em Montpellier.

Fazendo uma avaliação preliminar, alguns confrontos bastante interessantes, portanto, já estão programados para a fase de grupos. O duelo entre França e Itália, válido pelo grupo A, certamente será um dos mais aguardados pela rivalidade e por todos os ingredientes que envolvem a seleção francesa, uma das melhores do mundo na atualidade, e a tradicional e atual vice-campeã olímpica Itália.

Liderados pelo fantástico Earvin Ngapeth, os “Bleus” ainda estão devendo nas grandes competições e necessitam conquistar um título de peso que consagre aquela que já é considerada por muitos a mais talentosa geração da história do voleibol francês.

Repleta de estrelas e sempre favorita, seleção francesa luta para quebrar série de fracassos em grandes torneios

Por outro lado, não há dúvida de que a tradicional Itália, com Ivan Zaytsev e Osmany Juantorena à frente, muda de patamar e se torna uma equipe bastante perigosa que concilia bem força física e qualidade técnica. Vale lembrar que a Bulgária, de Tsvetan Sokolov e Rozalin Penchev, é uma equipe que não deve ser menosprezada e, como avançam os quatro primeiros, não deverá ter problemas para também alcançar a classificação.

Pela chave B, destaque para o cotejo entre a talentosa (e instável) Sérvia, de Uros Kovacevic e Aleksandar Atanasijevic, contra a seleção belga, repetindo o jogo que deu a medalha de bronze aos representantes dos Bálcãs no Europeu de 2017. Ainda neste grupo, aparece a jovem Alemanha, treinada pelo ícone italiano Andrea Giani que levou a seleção à inédita conquista da prata na última edição do torneio.

Tricampeã mundial, a Polônia poderá contar com o polonês naturalizado Wilfredo León, estrela que aumentará ainda mais o poder de ataque da equipe

A atual campeã Rússia é a grande favorita do grupo C ao lado da emergente Eslovênia. Comandada pelo técnico Sergey Shlyapnikov, que acumula grande experiência com as equipes de base, a seleção russa vem se renovando e, aos poucos, tem transformado sua forma de jogar voleibol, investindo em um jogo mais acelerado e técnico. A equipe, que conta com nomes do naipe de Maxim Mikhaylov e Dmitriy Muserskiy, além dos promissores Egor Kliuka e Dmitry Volkov, seguirá em busca de seu 15º título na competição – considerando as 11 conquistas da extinta União Soviética e uma da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).

Na última chave da fase de grupos, a tricampeã mundial Polônia não deverá encontrar grandes dificuldades para se classificar. Além do poderio de ataque de Bartosz Kurek, Michal Kubiak e do jovem Artur Szalpuk, o time do Leste Europeu poderá contar já com a força do astro Wilfredo León, o que certamente agitará o cenário internacional do vôlei masculino.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0