Semifinais da Superliga feminina começam com favoritismo dos mineiros
Sem a presença de Bernardinho e José Roberto Guimarães, considerados os dois mais importantes treinadores do Brasil, a fase semifinal da Superliga feminina de vôlei terá início nesta segunda-feira (1). Sem dúvida, o que se desenha é um cenário com uma nova configuração de forças.
Entretanto, apesar da (surpreendente para alguns, verossímil para outros) ausência do multicampeão Sesc-RJ entre os quatro semifinalistas, Itambé Minas e Dentil Praia Clube confirmam o favoritismo de toda a temporada e chegam à reta final como os grandes candidatos ao título do campeonato. O Saída de Rede fez uma análise dos duelos definidos, colocando quais são as possibilidades dos adversários diante dos mineiros na série que será decidida em melhor de três partidas.
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Praia Clube x Sesi Bauru
Não há dúvida de que a equipe do interior paulista chega com a moral elevada à semifinal do principal torneio do país. Isto porque o Sesi Bauru foi o responsável pela eliminação do poderoso Sesc-RJ nas quartas de final em pleno Ginásio do Tijuca, no Rio. Obviamente, o instável time carioca fez uma campanha muito abaixo do esperado, com um rendimento muito ruim tanto no passe quanto no ataque.
Contudo, a fragilidade do adversário não diminui o feito do conjunto bauruense liderado por Anderson Rodrigues. Afinal, o treinador conseguiu arrumar a sua vulnerável linha passe com a ponteira Vanessa Janke e a líbero Tássia, liberando a passadora improvisada Tifanny para comandar as ações ofensivas ao lado da oposta italiana Diouf.
Assim, com duas atacantes de força na rede e a levantadora Fabíola em grande fase, a equipe paulista tem potencial para incomodar o atual campeão Praia Clube. Um complicador para Bauru poderá ser a marcação ajustada que certamente o time de Uberlândia fará sobre Tifanny, que precisará variar seus golpes para não se tornar uma presa fácil diante do pesado bloqueio adversário. Para se ter uma ideia da capacidade das mineiras no fundamento, a meio de rede Carol aparece nas estatísticas como a melhor bloqueadora da competição.
O retrospecto na temporada, no entanto, é bastante favorável à equipe de Paulo Coco. Nos três encontros – as duas partidas na fase classificatória e a semifinal da Copa Brasil -, melhor para o Praia Clube, que venceu todos, cedendo três sets ao rival. Além disso, enquanto as paulistas precisaram de três jogos para ganhar a série de quartas de final, se apresentando mal, inclusive, no segundo duelo contra o Sesc, as mineiras "passearam" nos dois confrontos diante de um inofensivo Fluminense.
Vale ressaltar, ainda, que a armadora norte-americana Carli Lloyd dá sinais de que melhora cada vez mais o entrosamento com suas centrais Fabiana e Carol, o que pode ser fundamental para incrementar o poderio de ataque de Uberlândia, que já conta com a oposta Fawcett e a ponteira Fernanda Garay. Por outro lado, a levantadora Fabíola, melhor sacadora do torneio, terá a chance de explorar a recepção aurinegra, que continua demonstrando instabilidade em alguns momentos.
Confrontos:
Segunda-feira (1), às 19h, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP) – SPORTV2
Segunda-feira (8), às 19h, no Praia Clube, em Uberlândia (MG) – SPORTV2
Se necessário, o terceiro jogo será na quinta-feira (11), às 20h30, no Praia Clube, em Uberlândia (MG) – SPORTV2
Itambé Minas x Osasco Audax
Assim como o Sesi Bauru, o tradicional Osasco Audax também sofreu para avançar às semifinais. Após protagonizarem uma virada inesquecível na segunda partida da série de quartas de final, as comandadas de Luizomar de Moura conquistaram a vaga pelo 18º ano seguido, derrotando Hinode Barueri com autoridade.
Para tanto, o time contou com a força da sua camisa e de sua apaixonada torcida. Dentro da quadra, mesmo com uma linha de passe que inspira cuidados, se valeu de uma grande atuação da oposta norte-americana Destinee Hooker, que hoje aparece nas estatísticas como a segunda maior pontuadora do campeonato, com 385 bolas no chão. A jogadora, que retornou ao clube onde foi campeã na temporada 2011/2012, teve um desempenho apenas regular na fase classificatória.
No entanto, assim como todo o grupo, Hooker cresceu muito no momento mais importante do torneio. Somente na última partida das quartas contra Barueri, a atacante pontuou 34 vezes. Outra peça fundamental na engrenagem ofensiva de Osasco é a experiente meio de rede Walewska, responsável por 19 pontos na primeira rodada dos playoffs. Por isso, o crescimento da equipe paulista e a confiança adquirida com os resultados podem dificultar a vida do favorito Minas na série.
Se analisarmos, contudo, o retrospecto dos confrontos entre mineiras e paulistas na fase classificatória, notaremos que a vantagem é da equipe de Belo Horizonte. O time de Stefano Lavarini perdeu apenas um set para Osasco. Com uma campanha impecável ao longo da temporada, o atual campeão mineiro, sul-americano e da Copa Brasil, além de vice-campeão mundial, conta com a habilidade da levantadora Macris e a artilharia pesada no ataque das ponteiras, Natália e Gabi, da oposta Bruna Honório (5ª maior pontuadora da competição, com 323 acertos) e das centrais Carol Gattaz e Mara.
Mas, um aspecto merece atenção: diante do valente Curitiba, a equipe minastenista sofreu bastante no primeiro jogo de quartas de final. Oscilando muito na recepção, no ataque e cometendo erros em excesso, o time mostrou que tem deficiências que podem ser exploradas pelos rivais.
Confrontos:
Segunda-feira (1), às 21h30, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG) – SPORTV2
Segunda-feira (8), às 21h30, no José Liberatti, em Osasco (SP) – SPORTV2
Se necessário, o terceiro jogo será na sexta-feira (12), às 21h30, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG) – SPORTV2
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