Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Um Feliz 2020 e até logo! http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/31/um-feliz-2020-e-ate-logo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/31/um-feliz-2020-e-ate-logo/#respond Tue, 31 Dec 2019 09:00:12 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19607
“Nada é fixo, nada é permanente. E apreciamos a vida”

Escolhi a frase dita certa vez pela Monja Coen, a quem admiro muito, para anunciar o fim de um ciclo. Depois de 1613 posts, três anos e oito meses, encerra-se junto com o ano de 2019 a parceria entre o UOL e o Saída de Rede.

Da minha parte, só tenho a agradecer aos amigos do UOL a oportunidade dada para falar sobre uma de minhas paixões nesta vitrine enorme que é o maior portal de notícias do Brasil. Aqui, pude fazer matérias que me darão orgulho eternamente, publicar furos de reportagens, contar histórias e ajudar o público a acompanhar o que estava acontecendo no vôlei. Sou grata também a todos profissionais que trabalharam aqui, assim como a cada entrevistado que nos atendeu, a cada assessor de imprensa que nos ajudou e, principalmente, a cada um que leu nossos textos aqui e acompanhou as redes sociais do blog. Alguns deles, inclusive, se tornaram amigos.

O Saída de Rede não acabará em definitivo, mas eu, Carol Canossa, e minha parceira de blog, Janaina Faustino, ainda não sabemos exatamente de que forma o projeto continuará. É preciso, primeiro, encaixá-lo novamente junto com as outras demandas de nossas vidas. Você pode continuar nos acompanhando através do nosso Twitter (@saidaderede), do Facebook (/saidaderede) e do Instagram (@voleicast), onde também estaremos abertas a sugestões.

Fecho este ciclo com a certeza de que fizemos um bom trabalho. Todo o arquivo produzido ao longo destes anos seguirá por mais um tempo à disposição aqui no UOL e, em breve, também em um domínio próprio.

É hora de seguir em frente. A todos, o nosso muito obrigado.

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Como foi o ano da seleção brasileira masculina de vôlei? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/30/como-foi-o-ano-da-selecao-brasileira-masculina-de-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/30/como-foi-o-ano-da-selecao-brasileira-masculina-de-volei/#respond Mon, 30 Dec 2019 09:00:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19624

O título invicto na Copa do Mundo coroou um ano que não começou tão bem para a seleção masculina (Foto: Divulgação/FIVB)

Se 2019 foi um ano repleto de indefinições para a seleção brasileira feminina de vôlei, o mesmo não se pode dizer sobre a equipe masculina. Isto não significa que o time comandado por Renan Dal Zotto tenha feito um ano inteiramente brilhante. Ao contrário, passou por perrengues que causaram desconfiança entre os torcedores. Na reta final, no entanto, a equipe mostrou evolução.

Assim como entre as mulheres, a exaustiva Liga das Nações foi o certame que abriu a temporada de seleções. Já com Leal como grande reforço na ponta, a seleção tricampeã olímpica fez uma fase classificatória muito boa, somando apenas um revés em quinze jogos. A partir dos mata-matas, no entanto, a equipe começou a padecer com problemas que já haviam aparecido antes.

O passe vacilante e a inconstância no ataque desmontaram completamente a seleção brasileira na fase final disputada em Chicago (EUA). Ao total, foram três revezes em quatro partidas disputadas, levando ao quarto lugar na competição – a mesma posição do ano passado. Com graves falhas táticas e técnicas, o time de Renan chegou a sofrer derrotas impressionantes para a equipe B/C da Polônia.

O drama se repetiu no Pré-Olímpico de agosto, quando o Brasil esteve, assim como no feminino, prestes a viver uma queda histórica. Em um verdadeiro teste para cardíaco, a seleção de Renan vinha sendo atropelada por 2 a 0 pela Bulgária na partida derradeira. Mas, em uma virada espantosa comandada por Leal, assegurou a vaga em Tóquio ao vencer o rival em casa no quinto set.

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Quais foram as melhores jogadoras de vôlei do ano?

Para o bem e para o mal: os fatos que marcaram o vôlei em 2019

Passado o sufoco, com um time B, o país ganhou a medalha de bronze no Pan disputado em Lima, no Peru. Já no Sul-Americano, com alguns titulares, a equipe teve que suar a camisa para levar o 32º título continental, batendo a Argentina de Marcelo Mendez de virada e somente no tie-break. Neste ínterim, a seleção aproveitou para intensificar os treinamentos em Saquarema em busca de mais consistência tática e confiança na execução dos fundamentos, especialmente a recepção.

O esforço foi recompensado. Com Lucarelli e Leal cada vez mais titulares na entrada de rede, além de Thales como líbero, o conjunto, ainda que tenha voltado a expor alguma instabilidade na linha de passe, melhorou bastante em todos os fundamentos na Copa do Mundo, última competição da temporada, em que ganhou o tricampeonato. O torneio ainda serviu para a afirmação do oposto Alan, uma das maiores surpresas da seleção masculina no ano.

Com um retrospecto excelente, o Brasil alcançou dez vitórias em dez jogos, vencendo, inclusive, Estados Unidos e Polônia, seleções que serão adversários diretos na disputa pelo ouro na Olimpíada de Tóquio. Com isso, diferentemente da seleção feminina, que se manteve no mesmo nível na reta final da temporada, o time de Renan deu um salto de qualidade, mostrando estar em curva ascendente na preparação para defender o ouro no Japão.

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Como foi o ano da seleção brasileira feminina de vôlei? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/29/como-foi-o-ano-da-selecao-brasileira-feminina-de-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/29/como-foi-o-ano-da-selecao-brasileira-feminina-de-volei/#respond Sun, 29 Dec 2019 09:00:07 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19618

Seleção feminina fecha o ano com mais dúvidas do que certezas (Foto: Divulgação/FIVB)

Faltando menos de sete meses para o começo da Olimpíada de Tóquio, a conclusão que se tira sobre a seleção brasileira feminina de vôlei é que ainda há muito trabalho pela frente a ser realizado. Isto porque a equipe liderada pelo técnico José Roberto Guimarães, que já anunciou a saída do cargo após os Jogos, fecha o ano da mesma maneira que iniciou: com muitos pontos de interrogação.

Depois de um 2018 muito ruim em que a seleção, pela primeira vez, desde 2003, quando Zé Roberto assumiu o comando, não subiu ao pódio em nenhum dos campeonatos de que participou, a temporada 2019 também chegou ao fim sem grandes avanços. Marcado por lesões, pedidos de dispensa e retorno de atletas veteranas, o ano começou com a Liga das Nações, torneio que o Brasil disputou com um conjunto mesclado.

Sem muitos predicados, o time teve uma performance insegura durante praticamente toda a fase classificatória da competição, mostrando, inclusive, dificuldades diante de adversários que ainda compõem o segundo escalão do vôlei internacional, como Polônia, República Dominicana e Alemanha. Apesar disso, se superou e cresceu na fase final, garantindo a medalha de prata.

Com o resultado surpreendente no antigo Grand Prix, criou-se a expectativa de que a seleção fosse evoluir ainda mais tática e tecnicamente no Pré-Olímpico, torneio que distribuiu vagas de forma antecipada para a Olimpíada do Japão. O que vimos, entretanto, foi um grupo com jogadoras longe da forma física ideal – casos de Natália, que se contundiu na final da Liga das Nações, e Tandara – e que expôs as mesmas falhas do começo da temporada.

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Quais foram os melhores jogadores do ano?

Quais foram as jogadoras que mais se destacaram em 2019?

Para o bem e para o mal: confira o sobe e desce do vôlei em 2019

O flerte com a possibilidade de eliminação no classificatório olímpico – e o consequente vexame internacional – em pleno ginásio do Sabiazinho, em Minas Gerais, ficou evidente pelo sofrimento diante do Azerbaijão e da República Dominicana.

A quarta colocação nos Jogos Pan-americanos, em que o Brasil jogou sem suas principais atletas, e o 21º troféu sul-americano antecederam a participação na Copa do Mundo, última competição de 2019, que acabou esvaziada por não classificar mais para a Olimpíada. Com uma campanha de muitos altos e baixos, o time de Zé Roberto ficou novamente em quarto lugar – China, Estados Unidos e Rússia compuseram o pódio. A Itália não jogou o torneio e a Sérvia, atual campeã mundial e bi europeia, poupou a maioria de suas titulares.

As adversidades vividas pelo time neste ano (e em todo o ciclo olímpico, vale sublinhar) indicam que será repleto de desafios o caminho rumo ao tri ou, pelo menos, a um lugar no pódio em Tóquio. Em um campeonato de tiro curto, por outro lado, tudo pode acontecer especialmente com uma equipe que tem tradição e camisa pesada. Contudo, neste momento, no mínimo três seleções estão em patamar bem mais avançado. Vejamos o que 2020 reserva à seleção feminina.

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Quais foram os melhores jogadores de vôlei de 2019? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/28/quais-foram-os-melhores-jogadores-de-volei-de-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/28/quais-foram-os-melhores-jogadores-de-volei-de-2019/#respond Sat, 28 Dec 2019 09:00:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19595

Debutante na seleção brasileira, Leal foi fundamental no Pré-Olímpico e na Copa do Mundo (Fotos: Divulgação/FIVB)

Assim como no feminino, chegou a vez de o Saída de Rede lembrar os grandes destaques do ano no naipe masculino. Dê uma olhada na lista em ordem alfabética:

Alan Souza

Jogador foi a maior surpresa da seleção masculina no ano

Um dos opostos em franca ascensão no vôlei brasileiro nas duas últimas temporadas, ele chegou de mansinho na seleção principal para ocupar o lugar do oposto Wallace, que ganhou merecidíssimo descanso após ter sido talvez o mais importante jogador do último ciclo que culminou no histórico tricampeonato olímpico na Rio 2016.

Assim, titular em boa parte da temporada de seleções, Alan não decepcionou. Ao contrário, teve um 2019 extraordinário. Na Superliga 2018/2019, apesar do vice-campeonato com o Sesi-SP, terminou como o maior pontuador com 395 acertos.

Na seleção, ele rapidamente mostrou a que veio e saiu com o prêmio de melhor jogador em duas competições: o Sul-Americano, em que o país confirmou sua supremacia ao vencer pela 32ª vez, e a Copa do Mundo, torneio onde ele brilhou, ajudando o Brasil a ganhar a sua terceira medalha de ouro.

Mais visado, Alan sabe que precisará trabalhar para driblar a marcação crescente dos rivais com o objetivo de manter o nível de atuação e garantir uma vaga nos Jogos de Tóquio. Potencial para tanto ele já provou que tem de sobra.

Osmany Juantorena

Juantorena ganhou tudo em 2019

Há tempos o ponteiro italiano Juantorena é considerado um dos mais fortes e técnicos jogadores de vôlei do mundo. Tanto que sua extensa galeria de troféus fala por si. Neste ano, no entanto, nada ficou restando ao jogador cubano que se naturalizou em 2010 e ganhou a medalha de prata com a Azzurra na Olimpíada do Rio.

Campeão italiano com o Lube Civitanova, de Bruno e Leal, ele ainda levou o prêmio de melhor jogador da final contra o Perugia, equipe que tem em seu plantel outro astro do vôlei na atualidade, o polonês Wilfredo León. Uma semana depois, outra taça para a coleção: a da Liga dos Campeões da Europa, em que o seu time destronou o Zenit Kazan, da Rússia, e Juantorena ganhou novamente o prêmio de MVP.

Com a camisa da Azzurra, demonstrou, mais uma vez, o quanto a equipe muda de patamar quando pode contar com ele e Ivan Zaytsev. Não é nenhum exagero afirmar que a Itália não teria se classificado no Pré-Olímpico se não tivesse os dois como desafogo no time titular. Para completar, Juantorena se sagrou tetracampeão mundial de clubes ao bater o brasileiro Sada Cruzeiro, em Betim (MG). Ele já havia vencido a competição em outras três oportunidades com o Trentino.

E mais:

Para o bem e para o mal: os fatos que marcaram o vôlei em 2019

O ano ruim do vôlei feminino brasileiro no Mundial de Clubes

Ricardo Lucarelli

Lucarelli teve um ano de redenção

O ano teve um significado especial para o campeão olímpico Lucarelli. Foi justamente na temporada 2018/2019 que ele voltou a jogar depois de ter ficado quase oito meses longe das quadras se recuperando da cirurgia no tendão de Aquiles. Com foco no pleno restabelecimento, chegou a abrir mão do Mundial do ano passado, em que o Brasil conseguiu o vice-campeonato. A acertada opção, contudo, gerou algumas críticas à época.

Recuperado, ele voltou voando. O ponteiro foi uma peça imprescindível tanto no ataque quanto no saque, dando uma colaboração preciosa na conquista do primeiro título nacional do EMS Taubaté Funvic. E acabou com o prêmio de MVP da Superliga.

Com o Brasil, logo no início da temporada, ele formou, ao lado de Leal e do líbero Thales, uma linha de passe instável especialmente na recepção do saque balanceado. Contudo, foi compensando os problemas na preparação com o bom desempenho na virada de bola, sendo o terceiro maior pontuador da Liga das Nações.

Já no Pré-Olímpico, em uma demonstração de desprendimento, passou a desempenhar uma função em que aparecia menos no ataque da seleção brasileira. Embora também tenha sido decisivo em alguns momentos na virada de bola, Lucarelli se destacou mais no fundo de quadra e na recepção (bem mais ajustada principalmente na vitoriosa campanha na Copa do Mundo). Tanto que na competição realizada no Japão, Alan e Leal foram os brasileiros que apareceram no top10 dos maiores pontuadores. De volta à Superliga, ele segue como um dos principais atacantes do atual campeão nacional neste ano pré-olímpico.

Yoandy Leal

Leal também ganhou os principais títulos do ano com o Civitanova

Outro que também tem muito que comemorar é o brasileiro Leal. Após quatro anos de espera, ele vestiu a camisa amarela pela primeira vez na Liga das Nações, torneio que abriu a temporada. E, para alegria de muitos e desespero de alguns, não teve grandes dificuldades para se adaptar ao padrão de jogo e ao ritmo intenso de treinamentos da equipe comandada por Renan Dal Zotto.

Apesar dos problemas enfrentados na recepção, o ponteiro logo se transformou em um dos motores do ataque verde e amarelo, sendo, inclusive, o principal responsável pela dramática classificação brasileira rumo aos Jogos do Japão no Pré-Olímpico de agosto. Vivendo a sua plenitude física e técnica, Leal ainda foi, ao lado de Alan, o maior destaque ofensivo da seleção na Copa do Mundo.

Se com a seleção ele viveu um ótimo 2019, no seu clube, o Civitanova, as alegrias não foram menores. Campeão italiano e da Champions League, Leal fechou o ano com o quarto título do Mundial de Clubes. Ele ganhou o ouro justamente em cima do multicampeão Cruzeiro, time em que jogou durante sete temporadas e onde venceu outras três vezes. Embora não tenha sido valorizado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), que o deixou de fora da seleção do campeonato, Leal acabou ficando com prêmio de MVP, dado pelo levantador Bruno.

Você concorda? Discorda? Na sua opinião, quem foram as melhores jogadoras do ano? Deixe seu recado na caixa de comentários!

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Quais foram as melhores jogadoras de 2019? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/27/quais-foram-as-melhores-jogadoras-de-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/27/quais-foram-as-melhores-jogadoras-de-2019/#respond Fri, 27 Dec 2019 09:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19584

Às vésperas da Olimpíada de Tóquio, o Saída de Rede aponta quais atletas se destacaram no ano (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com a Olimpíada de Tóquio logo ali, 2019 foi um período de incertezas para algumas jogadoras – especialmente em função das lesões e, ainda, do baixo rendimento nos clubes e/ou nas seleções – e de consolidação para outras. Na escolha das melhores, o Saída de Rede levou em consideração a incrível regularidade e o momento de afirmação destas atletas que vêm, ano a ano, dominando as competições que disputam no cenário mundial. Na opinião do blog, ninguém jogou tanto quanto ou mais do que elas neste ano. Confira:

Paola Egonu

Egonu foi um dos grandes nomes do vôlei neste ano de 2019 (Fotos: Divulgação/FIVB)

Um dos maiores fenômenos do vôlei mundial, a italiana Paola Egonu já teve um 2018 espetacular. Para quem não lembra, a jogadora se sagrou vice-campeã mundial com a Azzurra, levou o prêmio de melhor oposta do campeonato e, com os 45 pontos marcados na semifinal contra a campeã olímpica China, se tornou a maior pontuadora de todos os tempos nas competições da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

Em 2019, Egonu não deixou por menos. Com a camisa do italiano Novara, ganhou a Champions League na temporada 2018/2019, batendo na final o Conegliano, seu atual clube. Ela marcou 27 pontos e terminou como a MVP do torneio. Já na seleção, exerceu papel decisivo na classificação italiana para a Olimpíada do ano que vem, sendo, novamente, a maior pontuadora em todas as partidas do Pré-Olímpico – ela pontuou 25 vezes somente contra a Holanda.

Com os seus 21 anos recém-completados, voltou a brilhar no final do ano, sendo o maior destaque na conquista do título inédito de campeão mundial de clubes do Conegliano. Além de ter anotado 38 pontos na semifinal contra o tricampeão VakifBank, ela também teve uma atuação de gala na decisão diante do Eczacibasi, outra potência turca, ao colocar 33 bolas no chão. Terminou o campeonato como MVP e, seguramente, deverá ser uma das grandes estrelas dos Jogos de Tóquio.

E mais:

Para o bem e para o mal: os fatos que marcaram o vôlei em 2019

O ano ruim do vôlei feminino brasileiro no Mundial de Clubes

Tijana Boskovic

Boskovic é o maior nome da seleção sérvia na atualidade

Considerada uma das melhores jogadoras do planeta, a oposta Tijana Boskovic também não tem do que reclamar neste ano. Vice-campeã olímpica em 2016 e campeã mundial no ano passado, a atleta, que assustou o mundo ao desbancar, aos 17 anos, a talentosa Jovana Brakosevic na seleção sérvia, é outra que não cansa de derrubar recordes e acumular prêmios individuais.

Aos 22 anos, Boskovic é mais do que uma realidade. Eleita a melhor jogadora do campeonato turco na temporada 2018/2019, segue como uma peça indispensável no esquema do técnico Zoran Terzic. Com rendimento excepcional tanto no ataque quanto no saque, foi determinante no Pré-Olímpico para que sua equipe se garantisse nos Jogos, e ainda ajudou o time dos Bálcãs a se sagrar tricampeão europeu (bi consecutivo), vencendo a aguerrida Turquia na decisão.

Boskovic anotou 23 pontos na final, levou o troféu de MVP da competição pela segunda vez (já havia conquistado em 2017) e silenciou a multidão que empurrava a seleção da casa na capital Ancara. Já no Mundial de Clubes, o seu Eczacibasi terminou com o vice-campeonato, mas, ainda assim, ela pontuou 27 vezes contra o Conegliano. Como a rival Egonu, a oposta tem tudo para se consagrar na Olimpíada do Japão.

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Para o bem e para o mal: os fatos que marcaram o vôlei em 2019 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/23/para-o-bem-e-para-o-mal-os-fatos-que-marcaram-o-volei-em-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/23/para-o-bem-e-para-o-mal-os-fatos-que-marcaram-o-volei-em-2019/#respond Mon, 23 Dec 2019 09:00:20 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19562

O italiano Civitanova ganhou os títulos mais importantes em 2019 (Foto: Divulgação/FIVB)

Taubaté campeão da Superliga masculina pela primeira vez, Lube Civitanova no topo do mundo, França decepcionando de novo, Itambé Minas dominando o cenário nacional, Earvin Ngapeth preso, Sérvia triunfando na Europa…

Qual foi “o assunto” do vôlei em 2019? Sem dúvida, assim como em outros anos, foram vários os acontecimentos que movimentaram as redes sociais e mobilizaram os fãs da modalidade. O Saída de Rede fez uma seleção dos fatos mais relevantes.

Confira o sobe e desce do vôlei neste ano em ordem alfabética:

SOBE

Civitanova

Equipe do levantador Bruno fechou o ano com a conquista do Mundial de Clubes, em Betim (MG) (Foto: Divulgação/FIVB)

Considerado por muitos a melhor equipe de vôlei masculino da atualidade, o italiano Lube Civitanova soube angariar tamanho prestígio ao longo do ano. Afinal, não foi pouco o que o time comandado pelo experiente Ferdinando De Giorgi realizou em 2019. Com jogadores do naipe dos brasileiros Bruno e Leal, além de Juantorena e Simon em sua “linha de frente”, o Civitanova ganhou o Scudetto pela quinta vez em sua história e, uma semana depois, conquistou o segundo troféu da Liga dos Campeões da Europa, o mais importante torneio interclubes do continente.

Somando 11 vitórias em 11 jogos na competição, os italianos venceram o Zenit Kazan na final, equipe que se tornou o maior papa-títulos recente da Europa, interrompendo uma hegemonia de quatro anos da equipe russa. Foi uma façanha e tanta, uma vez que o último clube daquele país que conseguiu vencer a Champions League foi o Trentino nas temporadas 2008/2009, 2009/2010 e 2010/2011. Como se não bastasse, o Civitanova fechou o ano com chave de ouro ao colocar em sua galeria o único troféu que ainda faltava: o de campeão mundial.

Itambé Minas

A equipe mineira ganhou praticamente tudo na temporada 2018/2019 (Foto: Orlando Bento/FIVB)

A temporada 2018/2019 foi, seguramente, uma das mais vitoriosas da história do brasileiro Itambé Minas. Um dos nossos mais tradicionais clubes, o Minas sempre teve a sua importância valorizada no cenário nacional, mas, nos últimos anos, vinha sendo aquele time que apenas participava da mais relevante competição interclubes do país.

Com a chegada de reforços de peso, como as ponteiras Gabi e Natália, além da manutenção de outras jogadoras fundamentais, como Carol Gattaz e Macris, e do técnico italiano Stefano Lavarini, o grupo ganhou o Campeonato Mineiro, a Copa Brasil, o Sul-Americano e, depois de um jejum de 17 anos, a Superliga feminina.

O único título que restou foi o do Mundial de Clubes 2018, onde ficou com uma valorosa medalha de prata. A equipe perdeu algumas peças para a temporada 2019/2020 e está passando por um processo de reconstrução. No Mundial deste ano, alcançou o 5º lugar.

Já nesta Superliga pré-olímpica, o representante mineiro, hoje liderado por Nicola Negro, manteve a talentosa levantadora Macris e ainda conta com nomes, como a central bicampeã olímpica Thaísa, que vem retornando ao melhor de sua forma. A equipe está na vice-liderança do campeonato, somando 8 vitórias em 8 partidas.

Renan Dal Zotto

Renan teve um 2019 especial tanto no clube quanto na seleção (Foto: Divulgação/FIVB)

Homenageado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) pelo segundo ano consecutivo como o melhor técnico do país, Renan também teve um 2019 especial. Ele levou a seleção masculina de vôlei à conquista do 32º título do Campeonato Sul-Americano, classificou o Brasil para a Olimpíada de Tóquio no Pré-Olímpico – a competição mais importante da temporada, vencida de forma dramática em Varna, na Bulgária –, e, de quebra, ainda faturou a Copa do Mundo de maneira invicta.

Renan também brilhou na temporada de clubes 2018/2019. O treinador assumiu o EMS Taubaté Funvic, uma das mais prestigiadas equipes da Superliga masculina, em fevereiro. Repleto de estrelas e selecionáveis, o time patinava na competição e enfrentava uma crise interna motivada por discordâncias entre o plantel e o técnico argentino Daniel Castellani que, demitido, foi interinamente substituído por Ricardo Navajas, supervisor técnico do clube.

No comando, Renan não apenas mudou a forma da equipe atuar, construindo uma base titular e um padrão de jogo muito mais estável, como ainda levou o representante do Vale do Paraíba a ganhar um inédito título nacional.

Sérvia

Seleção sérvia chegará forte nos Jogos de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

A Sérvia dominou completamente a Europa neste ano de 2019. Campeã mundial em 2018 e medalhista de prata na Rio 2016, a seleção feminina já vem fazendo um ciclo olímpico de encher os olhos. Liderada por Zoran Terzic, se sagrou campeã europeia pela terceira vez ao vencer a perigosa Turquia, do técnico italiano Giovane Guidetti, na casa do rival.

Para tanto, contou com o brilho da oposta Tijana Boskovic, uma das melhores jogadoras do mundo, e de sua “coadjuvante de luxo”, a forte ponteira Brankica Mihajlovic, além da talentosa levantadora Maja Ognjenovic. Trata-se de mais uma demonstração de que a equipe é uma das fortes candidatas ao ouro na Olimpíada do ano que vem.

Equipe masculina se redimiu depois de ter caído no Pré-Olímpico diante da seleção italiana (Foto: Divulgação/FIVB)

A seleção masculina, usualmente instável, não decepcionou desta vez. Cerca de duas semanas após a conquista feminina, os homens também levaram o tri na competição, derrotando a ascendente Eslovênia na final em Paris (França). O grupo teve o auxílio de um novo comandante, o técnico Slobodan Kovac, que substituiu Nikola Grbic logo após o torneio Pré-Olímpico.

O oposto Aleksandar Atanasijevic, que costuma “pipocar” nos grandes torneios com a Sérvia, foi o grande destaque ao lado do habilidoso ponteiro Uros Kovacevic. O título, sem sombra de dúvida, dá mais confiança e credencia o representante dos Bálcãs entre os favoritos à conquista da vaga olímpica na concorrida repescagem continental de janeiro.

Taubaté

Taubaté venceu a mais importante competição interclubes do país pela primeira vez (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)

A temporada 2018/2019 da Superliga masculina ficou marcada pelo aparecimento de um novo campeão. Mas, o começo dos trabalhos em Taubaté foi bastante alvoroçado. Com orçamento alto, a equipe formada por jogadores da categoria de Lucarelli, Conte, Rapha e Lucão, entre outros, não engrenava e os títulos não apareciam.

O Campeonato Paulista parecia muito pouco para um elenco tão poderoso. Por isso, a quarta colocação na experimental Libertadores do vôlei, disputada em casa, acabou sendo o estopim para a demissão do argentino Castellani.

A vinda de Renan Dal Zotto, entretanto, mudou tudo. Para ganhar a Superliga pela primeira vez, o grupo do Vale do Paraíba interrompeu uma sequência de seis títulos do multicampeão Sada Cruzeiro, batendo o time celeste na semifinal, e ainda venceu o disciplinado Sesi na decisão inédita.

O título acabou representando ainda uma espécie de redenção para o campeão olímpico Lucarelli, que depois de permanecer cerca de oito meses parado se recuperando de uma lesão no tendão da Aquiles, voltou a jogar e foi uma peça indispensável na exitosa temporada taubateana. Tanto que saiu como MVP do torneio.

DESCE

Earvin Ngapeth

Ngapeth foi preso em Minas Gerais após flagrante por importunação sexual (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos melhores jogadores do mundo na atualidade, o ponteiro Earvin Ngapeth não cansa de se envolver em confusões e polêmicas fora das quatro linhas. Após a final do Mundial de Clubes masculino, disputado em Betim (MG), o atleta, uma das estrelas da seleção francesa e do time russo Zenit Kazan, foi a uma boate de Belo Horizonte acompanhado de outros colegas e, após dar um tapa nas nádegas de uma frequentadora do local, acabou preso em flagrante pelo crime de importunação sexual.

Detido durante quase dois dias no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, Ngapeth foi solto após pagamento de fiança no valor de R$50 mil e responderá ao processo em liberdade. Cabe lembrar que não é a primeira vez que o nome do ponteiro é destaque nas páginas policiais.

Entre outros eventos, ele foi preso em 2015 ao agredir um funcionário de uma estação de trem de Marselha, na França, e perdeu a carteira de habilitação em 2017 por dirigir alcoolizado e provocar um acidente em Modena, na Itália.

Seleção francesa

Seleção francesa não consegue ganhar um título de grande expressão (Foto: Divulgação/FIVB)

Enquanto o seu principal astro não para de causar problemas fora das quadras, a seleção francesa de vôlei, uma das mais técnicas do mundo, segue colecionando fracassos. Assim como na Rio 2016, no Europeu de 2017 e no Campeonato Mundial de 2018, os “bleus” voltaram a decepcionar.

A primeira queda foi no torneio Pré-Olímpico, quando a equipe foi facilmente batida pela campeã mundial Polônia e perdeu a chance de se garantir antecipadamente na Olimpíada de Tóquio.

O segundo tombo no ano foi ainda mais doloroso. Disputando a fase final do Campeonato Europeu em casa, algo que a Federação local via como uma oportunidade para promover o vôlei no país, a seleção foi eliminada na semifinal pela equipe sérvia, que se sagraria campeã posteriormente, calando os 12 mil torcedores que lotaram a Arena Paris, na capital francesa.

Em baixa no cenário internacional, o grupo, que tem atletas para lá de respeitáveis, como o central Le Roux e o líbero Jenia Grebennikov, precisará buscar forças para se reconstruir e encarar o duríssimo classificatório continental para os Jogos de Tóquio.

Vôlei russo

Rússia corre o risco de não participar da Olimpíada de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

Há tempos sob suspeita – e perdendo credibilidade em função disso –, o esporte russo sofreu um baque neste final de ano. O país foi banido pela Agência Mundial Antidoping (WADA) das competições internacionais pelos próximos quatro anos, incluindo a Olimpíada do ano que vem. A decisão, obviamente, afetou diretamente o tradicional e vitorioso vôlei russo, detentor de inúmeros títulos, incluindo quatro medalhas de ouro olímpicas com os homens.

A propósito, o atual time composto por jogadores do naipe de Maxim Mikhaylov, Egor Kliuka e Dmitry Volkov, era considerado um dos candidatos ao pódio em Tóquio. Não é de hoje, entretanto, que atletas da seleção masculina vêm sendo citados em relatórios da WADA sob a suspeita de terem feito uso de substâncias proibidas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) manifestou pleno apoio à Agência, mas o caso ainda será julgado em última instância pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês). Já a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) se pronunciará apenas ao final do processo.

Zenit Kazan

Zenit Kazan teve um desempenho muito ruim no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos clubes mais vencedores do voleibol mundial, o russo Zenit Kazan não viveu uma boa jornada neste 2019. Os problemas, entretanto, não começaram este ano. A queda precoce no Mundial de Clubes do ano passado foi um indicativo de que a equipe estava passando por turbulências.

Vale lembrar que o clube perdeu o astro polonês Wilfredo León e o norte-americano Matt Anderson, jogadores que formavam a espinha dorsal do time e que ajudaram a transformá-lo em uma potência mundial.

A perda do título nacional (após cinco conquistas) para o surpreendente Kuzbass Kemerovo e da Champions League para o Civitanova foi a confirmação de que o grupo precisaria se reconstruir. Com Ngapeth e Sokolov como titulares, além de Mikhaylov improvisado na ponta, o conjunto, no entanto, ainda parece buscar a identidade perdida.

O fiasco da participação no Mundial de Clubes, em Betim, é uma demonstração disso. A equipe teve atuações tecnicamente muito ruins, desinteressadas e preguiçosas. Mas, ainda assim, garantiu a medalha de bronze, sendo beneficiado pelo formato do campeonato formulado pela Federação Internacional, que teve apenas quatro competidores. O brasileiro Sada Cruzeiro ficou com o vice e o catari Al-Rayyan em quarto.

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O ano ruim do vôlei feminino brasileiro no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/22/o-ano-ruim-do-volei-feminino-brasileiro-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/22/o-ano-ruim-do-volei-feminino-brasileiro-no-mundial-de-clubes/#respond Sun, 22 Dec 2019 09:00:58 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19550

Vice-campeão na temporada passada, o Minas terminou este Mundial na 5a colocação (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com boas recordações e algumas frustrações, 2019 está chegando ao fim. Por isso, o Saída de Rede realizará, a partir deste domingo (22), a tradicional retrospectiva dos principais fatos que marcaram o mundo do vôlei no ano.

Para começar, analisaremos a participação do Itambé Minas e do Dentil Praia Clube, representantes brasileiros no Campeonato Mundial de Clubes feminino. O atual campeão nacional e o vice terminaram o torneio em 5º e 6º, respectivamente. A competição foi realizada em Shaoxing, na China, e deu o primeiro título de sua história ao italiano Conegliano.

A quinta posição do time de Belo Horizonte, contudo, não chegou a ser uma surpresa. Depois de passar várias temporadas como uma equipe de meio de tabela na Superliga feminina, o tradicional clube mineiro fez um dos maiores investimentos para 2018/2019 ao contratar Natália e Gabi, a dupla titular na entrada de rede da seleção brasileira.

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O investimento não poderia ter sido mais acertado. Sob a batuta do talentoso treinador italiano Stefano Lavarini, o Minas viveu uma temporada gloriosa, ganhando todos os campeonatos de que participou (exceto o próprio Mundial, em que foi vice-campeão).

Neste ano, no entanto, o cenário se alterou drasticamente. O time perdeu a poderosa dupla de ponteiras para os gigantes turcos Eczacibasi e VakifBank (segundo e terceiro colocados neste Mundial) e, ainda, o técnico italiano para o Busto Arsizio. Para a delicada reposição, o clube apostou no compatriota Nicola Negro como comandante e nas atacantes Roslandy Acosta (venezuelana) e Deja McClendon (norte-americana).

O conjunto, contudo, ficou desequilibrado. Com performances bastante inseguras na recepção, ou seja, na construção do jogo, e, ainda, na virada de bola, as estrangeiras, que buscavam uma adaptação ao estilo imprevisível da levantadora Macris, pouco fizeram.

Minas apresentou muitas dificuldades na recepção durante o Mundial

Por outro lado, a veterana bicampeã olímpica Thaísa, recém-chegada para esta temporada, se mostrou muito decisiva pelo meio de rede ao lado de Carol Gattaz, um dos principais nomes do plantel, que acabou se machucando na reta final do torneio. Já a também experiente Sheilla, contratada para dividir a saída de rede com Bruna Honório, voltou a jogar neste ano depois de um longo período de inatividade, mas ainda luta para recuperar o voleibol que a consagrou.

Com isso, em outro patamar técnico e tático, a equipe precisou lidar esta imensa reformulação interna. Some-se a isto o nível desta edição do Campeonato Mundial. Com oito equipes em busca do troféu, o torneio, o mais forte dos últimos anos, reuniu alguns dos maiores times do mundo, verdadeiras seleções mundiais que, com enorme aporte financeiro, montaram seus elencos com as melhores jogadoras da atualidade. Assim, com adversários desta categoria, as chances de pódio ficaram ainda mais reduzidas.

Não podemos esquecer, entretanto, que o Minas não enfrentou apenas pedreiras. As derrotas na fase classificatória para o chinês Guandong Evergrande, um dos mais fracos times do campeonato, e para as reservas do Conegliano, equipes que o grupo minastenista, em tese, teria plenas condições de vencer, acabaram sendo um demonstrativo da fragilidade do campeão brasileiro na competição.

Com grande potencial ofensivo, time do Praia Clube não conseguiu render o esperado

Se a posição do Minas não causou tanta estranheza, do seu rival regional se esperava mais. Além de não ter vivido uma reconstrução tão radical – é verdade que perdeu a central bicampeã olímpica Fabiana, um dos pilares do time, e a levantadora norte-americana Lloyd, que não teve uma passagem muito feliz por Uberlândia –, o clube ainda preservou atletas, como a oposta Nicole Fawcett e a ponteira campeã olímpica Fernanda Garay.

Sem falar que o Praia assinou com a dominicana Brayelin Martínez, jogadora que não teve problemas para se adaptar ao vôlei brasileiro e que vem sendo o grande destaque ofensivo da equipe. Trouxe, ainda, a meio de rede Walewska, central campeã olímpica bastante regular que foi uma das figuras mais importantes para o título inédito da Superliga na temporada 2017/2018.

Desta maneira, a equipe teve um começo de temporada bem menos conturbado, batendo, inclusive, o grande rival em duas competições domésticas, o Campeonato Mineiro e a Supercopa. Claro que a expectativa não era que o conjunto aurinegro ganhasse o ouro no Mundial, mas que oferecesse mais resistência aos rivais em função de seu poder de fogo e, quem sabe, até pudesse beliscar um lugar no pódio.

Fernanda Garay sofreu uma fratura no torneio e só voltará a jogar no ano que vem

O grupo comandado pelo técnico Paulo Coco, contudo, não fluiu bem. Ao contrário, enfrentou dificuldades na linha de passe, no sistema defensivo e, especialmente, no ataque. Jogadoras tarimbadas como Garay e Fawcett renderam bem menos do que podiam, sobrecarregando Martínez pelas pontas.

A hesitação da equipe para “matar” os jogos nos momentos-chave em que teve a oportunidade – a partida decisiva contra o chinês Tianjin, ainda na primeira fase, é um exemplo disso – foi outro entrave na difícil campanha do vice-campeão brasileiro na competição. A levantadora Claudinha também passou por instantes de desequilíbrio, fazendo escolhas equivocadas durante as partidas e cometendo erros técnicos que comprometeram a virada de bola.

Neste sentido, o desempenho – e não exatamente a colocação final – tanto do Minas, que esboçou uma melhora no fim da competição, quanto do Praia Clube, acabou sendo mais frustrante, dando uma ideia da posição atual do voleibol feminino brasileiro de clubes no cenário internacional.

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De olho na Olimpíada, Drussyla põe placa na canela para diminuir incômodo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/de-olho-na-olimpiada-drussyla-poe-placa-na-canela-para-diminuir-incomodo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/de-olho-na-olimpiada-drussyla-poe-placa-na-canela-para-diminuir-incomodo/#respond Fri, 20 Dec 2019 19:12:28 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19542

Drussyla deve voltar a jogar pelo Sesc ainda em janeiro (Fotos: Marcio Rodrigues/ACE)

Considerada um dos melhores nomes da nova geração do voleibol brasileiro, a ponteira Drussyla Costa tem, há mais de um ano, enfrentado dificuldades para render seu melhor em quadra devido a uma fratura por estresse na canela direita. Perdeu, por exemplo, a maior parte da temporada 2018/2019 de clubes e, ainda que o tratamento realizado junto à equipe médica do Sesc-RJ a tenha permitido voltar a jogar regularmente, a permanência de um incômodo na região a fez optar pela colocação de uma placa neste sábado (21), no Rio de Janeiro.

De acordo com Ney Pecegueiro, médico do Sesc e responsável pelo procedimento, a intervenção dará à atleta mais segurança em treinos e jogos. Por se tratar de algo simples, a expectativa é que ela volte a se exercitar em duas semanas e consiga jogar ainda em janeiro – como no período a Superliga fará uma pausa de fim de ano, ela pouco desfalcará à equipe desta forma.

“A Drussyla teve uma fratura por estresse na última temporada, iniciou tratamento, teve uma cicatrização e ficou bem. No entanto, constatamos que ficou um tecido de cicatrização no local da lesão, e isso gera um incômodo quando ela é muito exigida em treinos e jogos. Temos acompanhado sempre de perto a atleta, e é bom que fique claro que não é nada que a incapacite. Mas conversamos, todos, comissão técnica, atleta e área médica, e chegamos a conclusão que seria benéfico fazer esse procedimento no recesso de final de ano. Ela joga e treina normalmente, mas o procedimento visa deixar a atleta sem nenhum incômodo”, explicou Ney.

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Drussyla, por sua vez, afirmou que a decisão pela pequena cirurgia se deu porque ela quer “voltar a jogar zerada” – além dos compromissos profissionais com o Sesc, a jogadora também almeja estar na lista de 12 convocadas para a Olimpíada de Tóquio, no meio do ano que vem.

“Será muito bom e ainda previne qualquer tipo de nova lesão no mesmo local. Confio demais no trabalho da comissão técnica e no Dr. Ney. Ele sempre me tratou como paciente mesmo, não como uma jogadora do time. Sempre vi o cuidado com que ele tratou muitas outras atletas e comigo não tem sido diferente. Vai dar tudo certo, logo estarei de volta e espero seguir ajudando o time nesta Superliga”, comentou.

Jogadora, que começou na praia, sonha em defender a seleção na Olimpíada de Tóquio

Técnico do Sesc-RJ, Bernardinho ressaltou o cuidado com a integridade física e o respeito aos anseios olímpicos de Drussyla. “Decidimos utilizar esse recesso, que será maior para nós por termos adiantado algumas partidas, para dar à atleta a possibilidade de mostrar seu potencial pleno. É claro que é ótimo para o Sesc RJ contar com ela, mas existe o sonho pessoal, dela eventualmente vir a defender o Brasil nos Jogos Olímpicos. Queremos, obviamente, equilibrar isso tudo, deixá-la íntegra, confortável e com plenas condições de trabalho. Esse é nosso papel”, afirmou.

Com o procedimento realizado no sábado (21), Drussyla não estará em quadra no domingo (22), quando o Sesc-RJ enfrentará o Valinhos, no Tijuca Tênis Clube, às 11 horas. Será o último compromisso do ano da equipe carioca. O retorno à competição será no dia 17 de janeiro, quando o Sesc receberá o Curitiba Vôlei.

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Praia Clube repete na Superliga falhas que mostrou no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/praia-clube-repete-na-superliga-falhas-que-mostrou-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/praia-clube-repete-na-superliga-falhas-que-mostrou-no-mundial-de-clubes/#respond Fri, 20 Dec 2019 09:00:09 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19521

Equipe de Paulo Coco teve um desempenho oscilante no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

O placar de 3 a 0 (parciais de 25-21, 25-14 e 26-24) decepcionou o torcedor que esteve presente na Arena Praia, em Uberlândia (MG), para acompanhar o clássico entre Dentil Praia Clube, o time da casa, e Sesc-RJ nesta semana. O confronto, válido ainda pela sétima rodada da Superliga feminina de vôlei em função da participação mineira no Mundial de Clubes, acabou decretando o primeiro revés da equipe de Paulo Coco na competição.

Com o resultado, o grupo, que começou a temporada de forma assertiva, ganhando a Supercopa e o Campeonato Mineiro 2019, caiu para a quarta colocação na tabela da Superliga, somando 18 pontos em sete partidas disputadas (seis vitórias e uma derrota).

No primeiro duelo pós-Mundial, a equipe de Paulo Coco chegou a vencer com desenvoltura o Sesi Bauru em sets diretos. A dominicana Brayelin Martínez, recém-chegada, e a norte-americana Nicole Fawcett foram as maiores pontuadoras com 16 e 15 acertos, respectivamente. Contudo, a vulnerabilidade, a quantidade de erros (21 contra apenas 12 do Praia) e as falhas na recepção bauruense acabaram colaborando para o resultado.

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Já contra o Sesc, um adversário que tem apresentado campanha bem mais sólida do que Bauru, o que surpreendeu os torcedores do Praia não foi exatamente a derrota, algo natural diante de uma equipe que, apesar das mudanças para este ano, permanece entre os candidatos ao título. O que causou espanto foi a maneira como o time foi derrotado em casa.

Obviamente, esperava-se que o Sesc jogasse a partida em Uberlândia com “a faca entre os dentes”, uma vez que o grupo vinha de uma derrota também dolorosa em sets diretos para o Itambé Minas dentro da casa do rival. Apesar desta expectativa, o Praia, sem continuidade e poder de reação, pouco produziu e foi facilmente batido pelas cariocas.

Um dos aspectos que mais evidenciaram a fragilidade mineira no jogo foi o rendimento na virada de bola. Enquanto o time vice-campeão brasileiro anotou apenas 34 pontos no ataque, a equipe de Bernardinho fez 47. A maior pontuadora do duelo foi a oposta Tandara Caixeta com 17 acertos. Pelo lado praiano, Fawcett anotou 14.

Ocorre que a falta de consistência no fundamento e as falhas nas tomadas de decisão em momentos-chave são problemas que já tinham aparecido no Mundial, torneio em que as mineiras terminaram na 6ª posição. Apenas para exemplificar, a ponteira Fernanda Garay anotou 3 pontos no jogo de estreia contra o turco VakifBank. A oposta Fawcett fez 8. O mesmo aconteceu diante do italiano Novara.

Equipe sucumbiu em casa diante do Sesc (Foto: Divulgação/Dentil Praia Clube)

Garay, que vinha recuperando a melhor forma física após lesão, acabou sofrendo uma fratura no nariz durante a competição na China, passou por cirurgia aqui no Brasil e só retornará à equipe no ano que vem. Com isso, sem ter com quem dividir a responsabilidade pela virada de bola, a dominicana Martínez foi – durante o Mundial – e continua sendo a atleta mais decisiva de modo geral, mesmo improvisada na entrada de rede.

Tanto que entre as atacantes de ponta do time, ela é a que tem maior percentual de aproveitamento de ataque nas estatísticas da Superliga (está em 5º lugar com 54%, tendo pontuado 85 vezes em 158 tentativas). A outra representante é a central Carol, que colocou 44 bolas no chão das 74 recebidas e está na 3ª posição.

Apesar da melhora esboçada na reta final do Mundial, quando a chance de pódio já havia escapado, a irregularidade nos fundamentos – o bloqueio, a recepção e a defesa também têm deixado a desejar – segue comprometendo o padrão de jogo da equipe do Triângulo Mineiro. Fato é que o time de Paulo Coco tem enorme potencial a ser desenvolvido no decorrer desta Superliga. A expectativa, portanto, é que o conjunto retome o caminho das boas apresentações, “dê liga” e faça jus ao investimento feito para esta temporada.

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Em jogo de erros, Sesc cresce no ataque e quebra invencibilidade de Taubaté http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/#respond Thu, 19 Dec 2019 03:22:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19504

Sesc se reabilita na Superliga e derrota o líder Taubaté (Foto: Orlando Bento/MTC)

O atropelamento diante do Sesi-SP, no último domingo (15), em partida válida pela 8a rodada da Superliga masculina, exigia uma reação. E foi em busca desta recuperação que o Sesc-RJ recebeu, na noite desta quarta-feira (19), no Tijuca Tênis Clube (RJ), a equipe do EMS Taubaté Funvic, líder do torneio.

E em uma partida tecnicamente abaixo do esperado, o time comandado por Giovane Gávio se reabilitou e conquistou uma vitória importante no tie-break (25-18, 26-28, 25-19, 23-25 e 15-13), impondo a primeira derrota ao atual campeão da competição.

Em um começo de jogo disputado ponto a ponto até a metade da primeira parcial, o time mandante mostrou uma postura bem diferente daquela diante do Sesi. Mais concentrada e disciplinada em termos táticos, apresentou bom volume de jogo e melhorou em praticamente todos os fundamentos. E o bom rendimento no bloqueio, na virada de bola e principalmente no saque acabou dando a vitória ao Sesc.

Por outro lado, enfrentando grandes dificuldades na linha de passe com Lucarelli, Douglas Souza e Thales, Taubaté não conseguiu manter o padrão de jogo habitual na competição, prejudicando a distribuição das jogadas do levantador Rapha, que precisou recorrer às previsíveis bolas empinadas pelas extremidades. Além disso, a impressionante quantidade de erros de ataque e de saque (12 ao total contra apenas 5 do adversário) foi determinante para a derrota do campeão paulista na parcial.

O time comandado por Giovane Gávio manteve a pressão no saque e a consistência tanto na recepção quanto no sideout na etapa subsequente. Já os comandados de Renan Dal Zotto, apesar das falhas em demasia (10 no total), conseguiram equilibrar o confronto na parte final do set através do ataque e da potência do serviço.

O representante paulista, contudo, acabou empatando o jogo com o crescimento dos dois ponteiros: Lucarelli, que liderou a reação do time a partir do saque e da virada de bola, e Douglas Souza, que marcou três bloqueios seguidos no fim da parcial.

Desconcentradas, as equipes se perderam um pouco no terceiro set. Os erros de saque e de ataque se avolumaram, gerando grande queda na qualidade técnica do confronto. Entretanto, o bloqueio e a virada de bola do septeto carioca fizeram a diferença na reta final. Destaque para meio de rede Flávio Gualberto e o oposto Wallace. O oponente, por outro lado, seguiu cometendo erros em série, tanto que o set acabou definido em duas bolas para fora de Lucarelli.

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Apesar do equilíbrio entre as equipes na quarta parcial (e da diminuição dos erros), o Sesc seguiu dando trabalho ao sistema defensivo do interior paulista com muita eficiência no ataque. Diferentemente do ocorrido no duelo anterior, em que apenas o oposto Wallace segurou o time na virada de bola, o ponta argentino Martínez e o campeão olímpico Maurício Borges também estiveram muito mais compromissados e regulares no sideout. Eles também mostraram serviço no fundo de quadra.

Mantendo uma diferença de dois pontos até o final, o campeão carioca, no entanto, permitiu novamente o empate de Taubaté em 23 a 23 e a consequente virada a partir de um falha do levantador Marlon em uma tentativa de bola de segunda e de uma bola de Wallace para fora no ataque.

Em um tie-break lá e cá, o jogo acabou decidido no detalhe. As falhas de Taubaté voltaram a aparecer – sobretudo no saque -, colocando o time da casa em vantagem no momento crucial do set. E foi justamente em um erro de comunicação entre os comandados de Renan que a partida acabou: Douglas Souza e Maurício Souza tocaram, juntos, na mesma bola. Ao total, os paulistas cederam incríveis 47 pontos em falhas ao rival e receberam 29. Deste modo, caiu o único invicto na Superliga masculina.

Os maiores pontuadores do jogo foram Wallace e Lucarelli com 21 acertos. Pelo Sesc, se sobressaíram, ainda, Maurício Borges, Flávio e Martínez, que pontuaram 13, 12 e 11 vezes, respectivamente. Por Taubaté, o meio de rede Maurício Souza fez 15 seguido do marroquino Mohamed Alhachdadi, que pôs 13 bolas no chão. Lucão e Douglas Souza colaboraram com 11 cada.

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