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Mais azeitado, Praia Clube vence o Itambé Minas e fatura o bi na Supercopa

Janaína Faustino

01/11/2019 23h16

Com o bi, o time de Paulo Coco mostrou que está em um estágio mais avançado neste começo de temporada (Foto: Mateus Gonçalves)

A temporada 2019/2020 feminina de clubes foi aberta de maneira oficial na noite desta sexta-feira (1) com a disputa do título da Supercopa na Arena Sabiazinho, em Uberlândia (MG). Tradicionalmente, participam da decisão o campeão da Copa Brasil e da Superliga.

Como o Itambé Minas fez uma temporada 2018/2019 praticamente perfeita, faturando quase todos os troféus – exceto o do Mundial de Clubes, em que ficou com a prata -, e o Dentil Praia Clube foi vice tanto na Copa Brasil quanto na Superliga, a Supercopa foi decidida com o grande clássico mineiro. E o time aurinegro, atual campeão, levou a melhor, superando a equipe de Belo Horizonte em sets diretos, com parciais de 25-22, 25-22 e 25-19.

Como esperado, as duas equipes apresentaram deficiências decorrentes da falta de ritmo e de entrosamento neste começo de temporada. Apesar disso, o selecionado uberlandense mostrou mais coesão ao longo do jogo.

O time de Paulo Coco dominou a maior parte da primeira parcial utilizando o saque como a principal arma para desmontar a recepção do grupo liderado por Nicola Negro, técnico italiano que substitui Stefano Lavarini no comando minastenista. O ataque praiano também funcionou muito bem principalmente com a ponta Pri Daroit e a dominicana Brayelin Martínez, que atuou na saída de rede.

Pelo lado do Minas, além da dificuldade na recepção e, por consequência, na construção das jogadas da levantadora Macris, o campeão brasileiro ainda pecou na virada de bola, especialmente com a ponteira Deja McClendon, que ainda busca o melhor entrosamento e adaptação, e com as opostas, uma vez que tanto Bruna Honório quanto Sheilla sofreram com o bloqueio e o sistema defensivo das arquirrivais. O desafogo, na reta final do set, acabou sendo as centrais Thaísa – que também se sobressaiu no bloqueio e no saque – e Carol Gattaz.

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Empolgada pelo poder de reação mostrado no final da primeira etapa, o Minas endureceu mais o jogo no começo da segunda parcial. Mais soltas, Bruna Honório e Deja McClendon – que depois acabou substituída por Lana – passaram a ter mais regularidade no ataque. Por outro lado, as visitantes cederam pontos em erros ao adversário em momentos cruciais do set, possibilitando o crescimento do time mandante.

As falhas do conjunto de Belo Horizonte, que não contou com a ponteira venezuelana Roslandy Acosta, contundida, se avolumaram no terceiro e último set do confronto. Do outro lado da quadra, o Praia apresentou mais consistência nas coberturas no fundo e, com um padrão de jogo mais "redondo", minou as ações ofensivas do oponente.

Ainda que tenha esboçado uma reação na reta final da parcial, sobretudo através do saque, o Minas não conseguiu fazer frente ao poderio ofensivo do adversário. Assim, cabe apontar a regularidade no sideout das praianas, que também tiveram "baixas" na decisão.

A meio de rede Carol, a líbero Suellen e a oposta Monique não estiveram à disposição do técnico Paulo Coco. Os maiores destaques do confronto foram a passadora Pri Daroit, que esteve em uma noite inspirada, e a dominicana Martínez, que já demonstra potencial para ser uma das grandes jogadoras da temporada.

O Praia Clube já havia batido o Minas por 3 sets a 0 no Desafio MG x RJ, torneio de pré-temporada disputado na cidade de Sete Lagoas (MG). Contudo, não se pode deixar de mencionar que se trata apenas da abertura da temporada e ambos os times ainda deverão evoluir bastante técnica e taticamente ao longo do ano.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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