Primeiro turno da Superliga masculina reforça equilíbrio entre favoritos
Em recesso para as festas de fim de ano, quando encerrou o primeiro turno com um grande duelo entre Sada Cruzeiro e Sesi-SP, dois dos candidatos ao título nacional, a Superliga masculina de vôlei retornará no ano que vem com a promessa de aperfeiçoamento do desempenho dos times e, consequentemente, uma disputa mais acirrada entre as equipes em busca de uma vaga nos playoffs. A competição será retomada no dia 11 de janeiro com o duelo entre Fiat Minas e Corinthians-Guarulhos.
Fazendo um balanço do primeiro turno, como esperado, o equilíbrio é maior entre os quatro primeiros colocados – Sesc-RJ, Sada Cruzeiro, Sesi-SP e EMS Taubaté Funvic. Dificilmente, o campeão não sairá deste quarteto formado pelas equipes com maior investimento. Com o oposto Wallace – que já aparece nas estatísticas como o maior pontuador da competição, com 186 acertos – e o búlgaro Rozalin Penchev como importantes reforços, a equipe carioca fez uma campanha com ótimo aproveitamento no primeiro turno e soma 27 pontos (com 2 revezes em 11 partidas).
O problema é que, além de ter sofrido para vencer o modesto Vôlei Ribeirão no tie-break, o time liderado por Giovane Gávio foi derrotado justamente por dois concorrentes diretos ao título: Taubaté, para quem perdeu por 3 sets a 2, e Cruzeiro por 3 a 1. Assim, para testar seu poderio, é fundamental que o Sesc confirme os bons resultados contra os rivais de mesmo peso neste returno.
Segunda colocada, a hexacampeã equipe cruzeirense iniciou a temporada em busca de uma nova identidade. Totalmente reformulado em função da saída de Yoandy Leal, Robertlandy Simon e Nico Uriarte, o time do argentino Marcelo Mendez contratou o ponteiro Taylor Sander, o central Kévin Le Roux e o oposto Luan Weber (que tem se destacado bastante quando entra no lugar do titular Evandro), dando ao levantador Fernando Cachopa a chance de atuar como titular. O começo, contudo, não foi nada empolgante: além de ter perdido a final da Supercopa para o Sesi-SP, a Raposa obteve o pior resultado em sua história nos Campeonatos Mundiais de clubes ao ser eliminado ainda na primeira fase. Tudo isso só fez aumentar ainda mais a desconfiança dos torcedores.
No entanto, se no cenário internacional o Cruzeiro sucumbiu, na competição doméstica o time manteve a regularidade neste primeiro turno. Apesar de ainda necessitar de uma sintonia bem mais apurada entre o armador e seus atacantes, sobretudo com o meio-de-rede Le Roux – o que poderá acontecer neste returno –, a Raposa já aparece em segundo lugar na classificação geral, com 26 pontos (1 a menos do que o Sesc-RJ). Além disso, a equipe de Belo Horizonte conseguiu derrotar times que, desde o começo da temporada, surgiram como candidatos a desbancar o seu favoritismo, caso de Taubaté, que foi massacrado em pleno Abaeté por 3 sets a 0, e do próprio Sesc, que perdeu por 3 sets a 1 no ginásio do Riacho.
Conforme mencionado, o time celeste, entretanto, não foi capaz de devolver a derrota sofrida na final da Supercopa, perdendo, mais uma vez, para o Sesi-SP, terceiro colocado na tabela. Com 24 pontos, o time do técnico Rubinho tem incomodado o multicampeão mineiro com muito volume de jogo e uma postura taticamente disciplinada. A despeito de ter sido batido pelos rivais diretos Sesc por 3 sets a 0 e Taubaté por 3 a 1, a equipe paulista também tem lastro para crescer na competição e, sob a batuta do experiente William Arjona, conta com um plantel extremamente rodado para tentar ganhar o título nacional pela segunda vez.
Por outro lado, dos principais candidatos ao troféu da Superliga masculina, o Taubaté, quarto colocado, talvez seja aquele que mais tem oscilado. Com um elenco estrelado – com nomes como Lucarelli, Rapha, Douglas Souza, Facundo Conte e Lucão, entre outros –, mas sem um time titular definido e, por conseguinte, sem um padrão de jogo bem entrosado, a equipe do Vale do Paraíba foi capaz de derrotar o líder do campeonato por 3 a 2 e o terceiro colocado paulista por 3 sets a 1.
Ao mesmo tempo, sofreu um acachapante 3 a 0 para o ascendente Vôlei Renata, de Campinas, e outro duro revés por 3 a 1 para o despretensioso Vôlei Um Itapetininga. Sem contar que o time de Daniel Castellani ainda teve uma performance tecnicamente muito ruim na derrota em casa para o Cruzeiro. Assim, mesmo tendo todas as condições para competir de igual para igual com todos os demais favoritos, ainda parece difícil imaginar o que Taubaté poderá render neste returno e nos playoffs com tantos revezamentos na equipe.
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Já a Superliga feminina não segue o mesmo calendário da competição masculina. Por causa do Mundial de Clubes, o primeiro turno irá terminar somente em 11 de janeiro, recomeçando no dia 17.
COPA BRASIL
Paralelamente ao recomeço do returno da Superliga masculina, os 8 primeiros colocados da competição disputarão a primeira fase da quinta edição da Copa Brasil nos dias 10 e 16 de janeiro. Atual campeão do torneio, o Cruzeiro irá enfrentar o Itapetininga.
Em formato de jogo único, assim foram definidos os duelos: Sesc-RJ x Fiat/Minas (MG), Sada Cruzeiro (MG) x Vôlei UM Itapetininga (SP), Sesi-SP x Copel Telecom Maringá Vôlei (PR) e EMS Funvic Taubaté (SP) x Vôlei Renata (SP).
A fase final será realizada em Lages, Santa Catarina, nos dias 26 e 27 de janeiro, reunindo as 4 equipes que vencerem seus respectivos confrontos.
Confira a tabela:
Quinta-feira (10) – Sesi-SP x Copel Telecom Maringá Vôlei (PR), às 19h, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)
Quinta-feira (10) – EMS Funvic Taubaté (SP) x Vôlei Renata (SP), às 20h, no ginásio Abaeté, em Taubaté (SP)
Quarta-feira (16) – Sesc-RJ x Fiat/Minas (MG), às 20h, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro (RJ)
Quarta-feira (16) – Sada Cruzeiro (MG) x Vôlei UM Itapetininga (SP), às 20h, no ginásio do Riacho, em Contagem (MG)
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