Jogos Pan-Americanos – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pré-Olímpicos e não o Pan é que deveriam preocupar a torcida brasileira http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/pre-olimpico-e-nao-o-pan-e-que-deveria-preocupar-a-torcida-brasileira/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/pre-olimpico-e-nao-o-pan-e-que-deveria-preocupar-a-torcida-brasileira/#respond Fri, 16 Aug 2019 09:00:06 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18105
A ausência do Brasil nas finais dos Jogos Pan-americanos reverberaram nas redes sociais. Decepcionada com o resultado (bronze no masculino e quarto lugar no feminino), muita gente enxergou na competição um sinal claro da decadência do país na modalidade. Afinal, ainda que as principais estrelas nacionais da modalidade não tenham viajado a Lima, as seleções sofreram derrotas para rivais regionais que eram fregueses consolidados em um passado recente.

É preciso, porém, analisar estas derrotas com calma. Apesar de as atuações terem ficado abaixo do esperado pelas próprias comissões técnicas, não podemos ignorar o fato de que países como Cuba, Argentina e Colômbia participaram da disputa com seus principais elencos, o que significa maior entrosamento e ritmo de jogo (muitas destas equipes inclusive participaram/tinham participado do Pré-Olímpico de agosto com os mesmos atletas). Já o Brasil limitou-se a poucas semanas de treinos fechados em Saquarema. No caso do feminino, três titulares (Macris, Mara e Lorenne) só se uniram ao restante do grupo às vésperas do Pan, uma vez que estavam focadas na Liga das Nações.

Confira mais:

– Ouça o Voleicast, podcast do Saída de Rede

Pré-Olímpicos femininos: quem foi bem e quem está devendo rumo a Tóquio?

Pré-Olímpicos masculinos: que passou com tranquilidade e quem se deu mal?

A menos de um ano da Olimpíada de Tóquio, a preocupação da torcida brasileira não deveria estar no Pan, mas sim no sufoco que vivemos nos dois naipes do Pré-Olímpico. Para quem já esqueceu ou não acompanhou, as mulheres só conseguiram passar por Azerbaijão e República Dominicana no tie-break, enquanto os homens estiveram a um ponto de tomar um 3 a 0 diante da Bulgária antes de se acertarem e, sob o comando de Leal, conseguirem a virada. Enquanto isso, a maioria dos principais rivais assegurou suas respectivas vagas com tranquilidade.

Os próximos meses serão de muito trabalho tanto para José Roberto Guimarães quanto para Renan Dal Zotto. Sofrendo em um ciclo olímpico marcado por lesões e pedidos de dispensas, o técnico do feminino, por exemplo, sequer tem um time-base: exceção feita ao trio Gabi, Natália e Tandara, ninguém parece garantido nos Jogos até o momento – e mesmo as três praticamente não tiveram oportunidade de atuar juntas até agora por conta de uma série de problemas físicos. Tecnicamente falando, o passe tem sido um problema muito sério, uma péssima notícia para uma escola de bolas mais rápidas e jogadoras “baixas” para os padrões internacionais.

No masculino, o elenco tem sido mais estável, mas a recepção também é um problema, principalmente no saque flutuante. Mesmo contando com um quarteto de alto nível na ponta (Leal, Douglas Souza, Lucarelli e Maurício Borges) nenhuma dupla se mostrou confiável até o momento. Mas o problema mesmo está no sistema defensivo, com centrais bloqueando/amortecendo poucas bolas e a defesa deixando bolas defensáveis caírem. Para piorar, o oposto Wallace vem em clara queda de rendimento desde que foi uma das grandes estrelas do ouro conquistado na Rio 2016. Já o levantador Bruno não tem feito uma boa temporada de seleções.

Pode-se questionar a opção de ambas comissões técnicas em deixarem de lado o Pan, um torneio com muita mídia e que, justamente por isso, é uma ótima oportunidade de atrair interesse entre crianças e adolescentes, possíveis futuros jogadores. A seleção masculina da Argentina, inclusive, mostrou que era possível atuar bem tanto em Lima quanto no Pré-Olímpico. Mas, em termos técnicos, a competição em Lima foi irrelevante e nem mesmo pôde ser considerada um grande teste para jovens talentos. Diante disto, devemos focar no que interessa, a Olimpíada, onde os brasileiros claramente ainda se encontram abaixo das grandes seleções do mundo na atualidade.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Voleicast: Brasil passa sufoco nos Pré-Olímpicos e o nível fraco do Pan http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/13/voleicast-brasil-passa-sufoco-nos-pre-olimpicos-e-o-nivel-fraco-do-pan/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/13/voleicast-brasil-passa-sufoco-nos-pre-olimpicos-e-o-nivel-fraco-do-pan/#respond Tue, 13 Aug 2019 04:04:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18067

Wallace se esforça para salvar jogada contra a Bulgária: seleção masculina precisou virar um 0 a 2 para garantir vaga olímpica agora (Foto: Divulgação/FIVB)

Se o objetivo do Pré-Olímpico fosse testar como anda o coração dos torcedores brasileiros, ele teria sido alcançado com sucesso. Isso porque, tanto no feminino como no masculino, as seleções do país sofreram demais para garantir a vaga antecipada em Tóquio 2020. A equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães, por exemplo, quase perdeu do Azerbaijão e só venceu a República Dominicana no tie-break, enquanto o time liderado por Renan Dal Zotto teve que superar um 0 a 2 com direito a match-point contra a Bulgária na casa do adversário para se classificar.

No quinto episódio do Voleicast, as jornalistas Carolina Canossa e Janaina Faustino, do Saída de Rede, recebem uma convidada especial, Vanessa Kiyan, do site “Saque Viagem”, para discutir o que rolou nos dois torneios, que também teve sufoco e decepções de outras seleções importantes, como a Rússia feminina e a França masculina. E o trio não esqueceu dos Jogos Pan-americanos de Lima, marcado pelo baixo nível técnico dos jogos, inclusive aqueles envolvendo brasileiros, que pararam na semifinal em ambos os naipes. Aperte o play, fã de vôlei!

Também é possível ouvir o Voleicast no seu celular através dos principais agregadores de podcasts, caso do Spotify, Google Podcasts, Podcasts da AppleBreakerPocketCasts e RadioPublic. Assine nosso feed!

Ouça mais:

Voleicast, episódio 04: Queda do Brasil na VNL acende sinal amarelo para o Pré-Olímpico masculino

Voleicast episódio 03: Brasil supera expectativas e é prata na Liga das Nações feminina

O que você achou do desempenho dos Pré-Olímpicos? E do Pan de Lima? Deixe sua opinião através da caixa de comentários abaixo, de nossa fanpage no Facebook, do nosso Twitter ou do e-mail saidaderede@uol.com.br. Você também pode aproveitar esses contatos para dar sugestões, fazer críticas ou até mesmo elogiar o Voleicast.

]]>
0
Após tomar virada histórica, Brasil perde o bronze no Pan de Lima http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/10/brasil-medalhas-pan-volei-feminino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/10/brasil-medalhas-pan-volei-feminino/#respond Sun, 11 Aug 2019 02:17:29 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18029

Brasil, de Zé Roberto e Lorenne, vai disputar o bronze neste domingo (Foto: Divulgação/FIVB)

A exemplo do que aconteceu na disputa masculina, a seleção brasileira feminina de vôlei não conseguiu superar a semifinal dos Jogos Pan-americanos de 2019, que estão sendo disputados em Lima (Peru). Na noite deste sábado (10), a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães perdeu de virada para a Colômbia por 3 sets a 2, parciais de 22-25, 25-27, 25-14, 28-26 e 15-09.

O resultado é histórico para o voleibol colombiano, que desde 2017 é comandado por um técnico brasileiro, Antonio Rizola, cuja experiência abrange diversas Superligas e passagens pelas seleções de base do Brasil. O país jamais havia subido ao pódio na modalidade na história dos Jogos Pan-Americanos.

Na decisão, Rizola pode encontrar um compatriota, Marcos Kwiek, ex-assistente de Zé Roberto na seleção brasileira e atual treinador da República Dominicana, que enfrenta a Argentina na outra semifinal ainda esta noite. Vale destacar que, há poucos dias, as dominicanas quase aprontaram uma zebra histórica sobre o próprio time brasileiro no Pré-Olímpico do início do mês.

Abatido, o Brasil não conseguiu a medalha de bronze, sendo derrotado pela Argentina por 26-24, 25-20 e 25-21. Foi a segunda vez que a seleção foi derrotada pelas rivais na competição.

No geral, o torneio da seleção feminina marcado por altos e baixos, justamente o que aconteceu na semifinal: depois de, com uma atuação segura, abrir 2 a 0, o time nacional passou a errar demais e permitiu o crescimento das adversárias. Ainda assim, chegou a ter cinco pontos de vantagem e desperdiçou dois match points no quarto set antes de um tie-break para esquecer, repleto de falhas. Cabe ainda destacar a ótima atuação individual as colombianas Coneo e Martinez, responsáveis por 27 pontos cada.

Vale lembrar que a seleção feminina foi à Lima sem suas principais atletas, que ganharam folga após garantir a vaga em Tóquio 2020. A oposta Lorenne, que já vinha se destacando ao longo da temporada de seleções, foi a estrela do Brasil no Pan, ao lado da levantadora Macris.

*Atualizado às 15h00 de 11/08

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter:@saidaderede

]]>
0
Seleção masculina é atropelada pela jovem equipe cubana na semifinal do Pan http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/03/selecao-masculina-e-atropelada-pela-jovem-equipe-cubana-na-semifinal-do-pan/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/03/selecao-masculina-e-atropelada-pela-jovem-equipe-cubana-na-semifinal-do-pan/#respond Sun, 04 Aug 2019 01:09:35 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17923

Seleção masculina foi dominada na semifinal contra Cuba neste sábado (3) (Foto: Wander Roberto/COB)

A seleção brasileira masculina de vôlei não conseguiu a vaga na final dos Jogos Pan-Americanos de Lima, capital peruana. Liderada por Marcelo Fronckowiak, que substitui o técnico Renan Dal Zotto no comando da competição, a equipe foi completamente dominada pelo inexperiente e voluntarioso time cubano na primeira semifinal da noite deste sábado (3). Os caribenhos venceram por 3 sets a 0, com parciais de 16-25, 22-25 e 21-25.

Depois de um duelo dramático em que quase foi eliminada da competição na última partida da fase de grupos pelos norte-americanos – o time verde-amarelo acabou ganhando de virada por 3 a 2 (23-25, 21-25, 25-17, 25-19 e 15-9) -, a seleção chegou à semi para enfrentar um conjunto cubano extremamente promissor e ainda sem os atletas de peso que em breve serão repatriados e reincorporados após a realização de um acordo com a Federação local.

Entre eles, o central Simon, ex-Sada Cruzeiro atualmente no Civitanova, o oposto Michael Sanchez, que atuou pelo Vôlei Um Itapetininga na temporada passada, e Raydel Hierrezuelo, ex-levantador do argentino Bolívar.

Entretanto, a seleção B do Brasil iniciou o confronto muito mal, buscando driblar as deficiências na virada de bola que vinha enfrentando desde o começo do campeonato. Além da ineficiência no sideout, o grupo ainda apostou em uma estratégia de saque que não surtiu qualquer efeito na recepção adversária que, curiosamente, funcionou à feição não apenas no primeiro set, mas em todo o duelo.

Leia mais:

No primeiro Leal x León por seleções, Brasil vence a Polônia em amistoso

Seleção masculina vê no Pan chance de “preparar o futuro do voleibol”

Soberanos na primeira parcial, os cubanos, por outro lado, apresentaram todo o poderio ofensivo que historicamente caracteriza o seu padrão de jogo, mostrando ótimo aproveitamento tanto no ataque quanto no saque (especificamente neste fundamento, os rivais fizeram 6 pontos diretos contra apenas 1 dos brasileiros). Apesar da baixa pontuação no bloqueio, os adversários amorteceram várias bolas, gerando contra-ataques bem aproveitados.

Depois do atropelamento inicial, a seleção brasileira esboçou uma reação no segundo set com um serviço flutuante mais agressivo, causando instabilidade à recepção caribenha. O ataque, até então refém do oposto Abouba – que não esteve bem e acabou substituído por Felipe Roque – melhorou um pouco, mas não foi suficiente para fazer frente ao volume de jogo cubano. Além disso, inconstante na distribuição das jogadas e impreciso em alguns levantamentos, o armador Thiaguinho pecou em momentos fundamentais da partida.

No último set, Fronckowiak fez algumas alterações no time tentando mudar o cenário da partida. A entrada do levantador Carísio e do ponteiro Honorato melhoraram o conjunto, alterando a dinâmica do jogo. No entanto, o excesso de erros (29 contra apenas 12 dos adversários) impediram o crescimento brasileiro. Desorganizada taticamente e com grandes problemas técnicos, a seleção masculina sucumbiu diante de um rival que ganhou com autoridade, demonstrando grande evolução em todos os fundamentos.

O maior destaque do confronto foi o ponteiro Osniel Melgarejo com 17 acertos. Do outro lado da quadra, o passador Kadu se sobressaiu, colocando por 12 bolas no chão. No domingo, o septeto brasileiro conquistou a medalha de bronze ao bater o Chile por 3 a 0, com parciais de 25-12, 25-19 e 25-21. A medalha de ouro ficou com a Argentina, que derrotou Cuba também em sets diretos: 25-20, 25-17 e 25-20.

*Atualizado em 05/08 às 11h

Ouça o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Seleção B tem dificuldades, mas bate México na estreia do Pan http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/01/selecao-b-tem-dificuldades-mas-bate-mexico-na-estreia-do-pan/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/01/selecao-b-tem-dificuldades-mas-bate-mexico-na-estreia-do-pan/#respond Thu, 01 Aug 2019 04:09:05 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17844

Por conta do Pré-Olímpico, Brasil é comandado por Marcelo Fronckowiak no Pan (Foto: Divulgação/FIVB)

A seleção brasileira masculina de vôlei conquistou um resultado positivo em sua primeira partida nos Jogos Pan-Americanos de Lima ao bater o México na noite desta quarta-feira (31) por 3 sets a 1, parciais de 25-23, 25-19, 22-25 e 25-22. O duelo foi válido pelo grupo B da competição.

Sem o técnico Renan Dal Zotto e seus principais atletas, que estão na Europa para a disputa do Pré-Olímpico na Bulgária, o time nacional conta, no Peru, com um misto de jogadores da nova geração com atletas mais experientes como Éder e Lucas Loh. O comando ficou a cargo do assistente Marcelo Fronckowiak, que trabalhou o grupo nas últimas semanas no Centro de Treinamento em Saquarema especificamente para o Pan.

Leia mais:

– Seleção vê no Pan chance de “preparar o futuro do voleibol”

– Cachopa fala sobre pressão da torcida: “Minha maior crítica é comigo mesmo”

Mas, a despeito dos treinos, ficou evidente a falta de um maior ritmo de jogo. Contando com Abouba, Thiaguinho, Lucas Loh, Rodriguinho, Éder, Matheus Pinta e Rogerinho como titulares, o Brasil teve dificuldades na virada de bola, especialmente quando Thiaguinho tentava acionar os ponteiros. O jogo só não se complicou porque do outro lado da quadra havia um adversário inconstante, que errou demais, cedendo pontos “de graça”, especialmente no saque, para os brasileiros. Em especial a partir do terceiro set, com marcação reforçada em cima do oposto Abouba, os mexicanos ameaçaram crescer, mas no fim prevaleceu o talento individual verde-amarelo.

O destaque positivo ficou por conta dos bloqueios de Pinta e de Abouba, que não só foi o melhor atacante do Brasil esta noite como também foi o maior pontuador do jogo com 20 pontos.

O Brasil volta à quadra já nesta quinta-feira (1) às 22h30 (horário de Brasília), quando enfrenta o Chile, que surpreendeu mais cedo ao bater por 3 a 1 os Estados Unidos – apesar dos americanos terem ido a Lima com um time C, o resultado foi extrema e merecidamente comemorado pelos vencedores.

Curta o Saída de Rede no Facebook

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Seleção masculina vê no Pan chance de “preparar o futuro do voleibol” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/25/selecao-masculina-ve-no-pan-chance-de-preparar-o-futuro-do-voleibol/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/25/selecao-masculina-ve-no-pan-chance-de-preparar-o-futuro-do-voleibol/#respond Thu, 25 Jul 2019 09:00:10 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17780

Fronckowiak dá instruções ao levantador Thiaguinho, que também estará no Pan, durante a Liga das Nações (Foto: Divulgação/FIVB)

A proximidade de datas com o primeiro classificatório para a Olimpíada de Tóquio impedirá que os grandes nomes do voleibol do continente joguem os Jogos Pan-Americanos 2019, cujas primeiras disputas já estão sendo realizadas em Lima (Peru). Por estar focado no quadrangular contra Bulgária, Egito e Porto Rico entre os dias 9 e 11 de agosto em Varna (Bulgária), o Brasil, por exemplo, jogará o torneio com um time B, que será comandado pelo assistente técnico Marcelo Fronckowiak.

Trata-se de um time formado por jovens valores que já vêm se destacando na Superliga, mas ainda não são conhecidos do público em geral, acrescidos de nomes com mais experiência, com medalhas importantes no currículo e passagens relevantes pela seleção A, caso do central Éder e do ponteiro Lucas Loh. O próprio Fronckowiak tem cinco títulos no principal torneio de clubes do Brasil, sendo três como jogador e dois como treinador (Ulbra e RJX).

Leia mais:

– Venda de ingressos para o Pré-Olímpico feminino já está aberta

Voleicast: falhas na Liga das Nações acendem sinal de alerta para a seleção masculina

De acordo com Fronckowiak, o plano para o Pan é justamente dar rodagem aos novos talentos. “Temos vários jogadores de potencial que já estão mostrando seu valor na Superliga e que precisam de rodagem internacional, precisam jogar e competir em um nível de pressão de competições internacionais para, assim, continuar sua formação para representar o voleibol brasileiro”, comentou o técnico. “O que vai ficar de legado nesse Pan é que estamos preparando o futuro do voleibol brasileiro”, destacou.

O objetivo, claro, é o título, mas o treinador faz questão de afastar qualquer favoritismo. “A cultura do voleibol brasileiro e da escola brasileira de voleibol pressupõe que o Brasil sempre vai buscar o melhor resultado. De qualquer maneira, acho que seria uma sandice falar em ouro sem começar o campeonato. A grande questão diz respeito a maneira de abordar qualquer competição que o vôlei brasileiro participe. Vamos para fazer o nosso máximo”, comentou.

Treinador comanda última semana de treinos em Saquarema antes de viagem para Lima (Foto: Divulgação/CBV)

Para ele, mesmo com atenção voltada para o Pré-Olímpico, Argentina e Estados Unidos também chegarão a Lima com bons elencos, que entrarão na disputa por medalhas com países que farão do Pan um grande palco para mostrar sua força.

“Os países que têm tradição em voleibol conseguem formar equipes que aproveitam e unem jovens jogadores a outros experimentados que podem muito bem formar um bom time e representar essas escolas. Também haverá Cuba, que provavelmente vai com a principal equipe e recentemente disputou a classificatória para a Liga das Nações, assim como a Copa Pan-Americana. Temos que ter um cuidado grande, não só com essas equipes tradicionais, mas com Chile, que tem feito um bom trabalho, e o México, entre outras. Acho que o nível será interessante porque é uma oportunidade muito grande a quem busca seu espaço”, analisou.

PROGRAMAÇÃO

A estreia do Brasil no Pan 2019 será na quarta-feira (31) da semana que vem, contra o México, às 22h30 (horário de Brasília). Nos dois dias seguintes, 1 e 2 de agosto, a equipe nacional encara respectivamente Chile e Estados Unidos no mesmo horário. Os dois melhores do grupo avançam à semifinal. A outra chave é composta por Argentina, Cuba, Peru e Porto Rico.

A seleção brasileira B conta, neste momento, com 15 atletas em treinamento: os levantadores Thiaguinho e Carísio; os opostos Aboubacar e Felipe Roque; os centrais Otávio, Éder, Cledenilson e Matheus; os ponteiros Honorato, Lucas Lóh, Kadu, Rodriguinho e Vaccari, e os líberos Rogerinho e Douglas Pureza. No final da semana, antes da viagem à Lima, o treinador irá reduzir o grupo para 12.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Tifanny, sobre a seleção: “Que jogadora não quer ir?” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/26/tifanny-sobre-a-selecao-que-jogadora-nao-quer-ir/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/26/tifanny-sobre-a-selecao-que-jogadora-nao-quer-ir/#respond Fri, 26 Apr 2019 09:00:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16556

Tifanny será a entrevistada do Bola da Vez, da ESPN Brasil, deste domingo (28) (Foto: Erbs Jr)

“Que jogadora não quer ir para a seleção?”. Quem fez a pergunta foi a ponteira/oposta Tifanny, do Sesi Bauru, durante a entrevista concedida ao programa “Bola da Vez”, da “ESPN Brasil”, que irá ao ar 1h da madrugada deste domingo (28), do qual participou a editora Carolina Canossa, do Saída de Rede.

“Eu sempre quis muito ir para a seleção. Que jogadora não quer ir? Mas eu já estou com certa idade e sei também que a nossa seleção é muito forte. Do mesmo jeito que eu faço 39 pontos, a Tandara também faz. Então, talvez [a comissão técnica] vá trocar seis por meia dúzia, né?”, ressaltou a atacante, que fez a colocação durante a gravação do programa, na quinta-feira da semana passada (18), antes do início da polêmica com as dispensas que hoje preocupa o técnico José Roberto Guimarães.

“Se eu for convocada e estiver apta a ir, porque eu também tenho a minha vida, faço as minhas coisas. Eu quero estar mais bonita, fazer uma cirurgia nova (…) Estou sempre buscando a minha felicidade. Então, se eu for para a seleção, eu prefiro saber antes para não assumir estes compromissos. Porque nós, jogadoras, não temos férias, né?”, acrescentou a oposta, que está se preparando para fazer um procedimento cirúrgico.

Curiosamente, Tifanny acabou antecipando uma questão bastante sensível a muitas atletas que abriram mão de disputar a temporada 2019 pela seleção brasileira. Conforme o “SdR” apontou, o calendário extenuante e a busca por mais tempo para dedicação à vida pessoal são alguns fatores que têm motivado esta série de desistências.

Leia mais:

Por que a seleção brasileira tem acumulado pedidos de dispensa?

Macris, sobre a seleção: “Me firmar será uma consequência desse trabalho”

Provável estreia de Leal e Pré-Olímpicos agitam calendário do vôlei em 2019

Base feminina de vôlei: por que não estão surgindo novos talentos?

A jogadora não está na lista de convocadas para a Liga das Nações, que será disputada a partir de maio. De acordo com resolução do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atletas trans, Tifanny poderia atuar em competições oficiais, como o Pan-Americano e a Olimpíada.

Por outro lado, Federação Internacional de Vôlei (FIVB) afirma que ainda está realizando estudos sobre o caso e não autoriza a participação de transexuais em torneios, como a própria Liga das Nações ou o Pré-Olímpico, que são organizados pela entidade. Tifanny, contudo, sustenta que nunca foi procurada pela Federação para colaborar nas pesquisas.

“Eu sou estudada, mas ninguém nunca veio me procurar. A Federação Internacional [de Vôlei] nunca me procurou. Quem são as trans que eles estão levando para estudar? Que estudo é esse? Alguém já viu? Porque o único estudo que a gente sabe que está sendo feito é o do Comitê Olímpico Internacional”, questionou a atleta.

O “Bola da Vez” terá reprises na terça-feira (31), às 21h30 e na quarta-feira (1), às 22h20.

*Colaborou Carolina Canossa

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Discreto, “cubano-russo” é o segundo maior pontuador da Superliga de vôlei http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/22/discreto-cubano-russo-e-o-segundo-maior-pontuador-da-superliga-de-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/22/discreto-cubano-russo-e-o-segundo-maior-pontuador-da-superliga-de-volei/#respond Fri, 22 Mar 2019 09:00:13 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16226

Sanchez: recordista mundial de pontos em um só set (Foto: Divulgação/Vôlei Um Itapetininga)

Leal, León, Simon, Juantorena… entre tantos craques cubanos brilhando atualmente em todo o planeta, o discreto Michael Bozhulev Sanchez passa quase despercebido. Uma olhada, porém, nas estatísticas  dele ao longo da carreira escancara o tamanho do talento do oposto de 2,06m.

Filho de mãe russa e pai cubano, Sanchez foi o principal reforço do Vôlei Um Itapetininga nesta temporada. O investimento deu certo: com 352 pontos, o atacante foi o segundo maior pontuador da fase classificatória da Superliga, atrás apenas de Wallace, do Sesc-RJ. Com passagens por equipes da Rússia, Catar, Coreia do Sul, Argentina e Turquia, ele também é o detentor do recorde mundial de pontos em um só set: 31, em uma partida do Korean Air Jumbo onde uma das parciais terminou em incríveis 56 a 54.

Leia mais:

– Na busca do sonho olímpico, Simon diz ainda esperar resposta da Bulgária

– Quem tem mais chances de chegar aos playoffs da Superliga masculina?

“Sempre soube que o Brasil é um campeonato forte, com grandes jogadores, campeões olímpicos, preparação forte e bons times. É preciso jogar muito forte, no máximo. E, graças a Deus, o que está saindo até agora é bom, pois o vôlei daqui é muito parecido com o que eu gosto de jogar”, comentou Sanchez ao Saída de Rede, referindo-se ao “jogo rápido, onde defende-se e passa-se muito, com bons centrais”.

As boas atuações de Sanchez foram decisivas para que, logo em sua primeira temporada na elite do vôlei brasileiro, o Vôlei Um Itapetininga alcançasse os playoffs. O cubano de 32 anos, porém, faz questão de dividir os méritos com os companheiros de equipe. “Somos um bom grupo, com muitos moleques, uma galera jovem que tenta aprender a cada dia com a gente, os mais velhos. Também nos falamos muito, estamos jogando bem coletivamente”, destacou.

No mata-mata, o desafio será contra o primeiro colocado Sesi, com primeira partida neste sábado (23). Uma missão bastante complicada, mas Sanchez deixa claro que Itapetininga pode complicar a vida dos rivais: “Sempre falo que os playoffs são uma coisa distinta da temporada regular. Nosso time vai entrar solto e a pressão é deles, não nossa”.

Sanchez chegou a ser adversário do Brasil quando ainda defendia a seleção de Cuba (Foto: Divulgação/FIVB)

LESÃO GRAVE PÔS CARREIRA EM RISCO

Até assinar com Itapetininga, o maior contato profissional de Sanchez com o Brasil havia sido os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, quando a seleção de Cuba ficou em terceiro lugar. Além da medalha, o torneio ficou marcado pelo agravamento de uma fratura por stress na coluna vertebral que quase o afastou em definitivo do vôlei.

“No fim dos Jogos, comecei a sentir mais e mais dor. Voltei para Cuba, fiz exames e ficou constatada a fratura nas costas. Fiquei uns três meses de cama com um gesso tentando curar, mas não deu certo. Precisei fazer cirurgia, onde, segundo o médico, era pra melhorar a minha vida diária e não como atleta”, relembrou o atacante. Para o profissional, era o fim da carreira dele, mas Sanchez insistiu. “Eu pensava: ‘Não estou incapacitado, deve haver alguma coisa a fazer’. Aí a cirurgia deu certo e em 2009 eu já pude jogar de novo”, complementou.

A decisão de deixar a seleção de Cuba se deu por conta da estrita política esportiva do país, que impede jogadores que atuam no exterior de defender o time nacional. Nascido em uma cidade da antiga União Soviética que hoje pertence à Ucrânia, ele chegou a cogitar a possibilidade de se naturalizar russo para defender o país nos torneios internacionais, mas as propostas que vieram de diversos cantos do mundo o fizeram abandonar o projeto.

Sobre as origens divididas, ele não tem dúvidas: “Fiquei quase toda a minha vida morando em Cuba, então é muito fácil, cresci como um cubano. Só que minha mãe é russa”, ressaltou.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Provável estreia de Leal e Pré-Olímpicos agitam calendário do vôlei em 2019 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/03/provavel-estreia-de-leal-e-pre-olimpicos-agitam-calendario-do-volei-em-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/03/provavel-estreia-de-leal-e-pre-olimpicos-agitam-calendario-do-volei-em-2019/#respond Thu, 03 Jan 2019 08:00:06 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15506

Ponteiro do Lube Civitanova, Leal poderá ser convocado para a seleção brasileira a partir de abril (Foto: Divulgação/FIVB)

Mesmo sem Campeonato Mundial ou Olimpíada, os fãs do vôlei terão diversas competições para acompanhar em 2019. Ainda que a contragosto de muitos atletas, o ano deverá ter um calendário novamente apertado e cansativo com direito a Pré-Olímpico, torneio mais importante da temporada que carimbará o passaporte das seleções para os jogos de Tóquio, em 2020.

Além disso, a notícia que está animando os torcedores brasileiros e que promete agitar a seleção masculina neste ano é a provável convocação do ponteiro naturalizado brasileiro Yoandy Leal, já que o atleta estará liberado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) a partir de abril. Pelos clubes, além da Superliga em andamento, a temporada ainda contará com o Sul-Americano e a Libertadores, entre outros torneios.

Confira o que está a caminho na temporada de seleções e de clubes no vôlei em 2019:

SELEÇÕES

A competição mais importante do ano para as seleções feminina e masculina será o Pré-Olímpico, com novo formato de classificação para Tóquio 2020. Entretanto, antes disso, teremos a segunda edição da Liga das Nações, entre maio e julho, e o Pan-Americano, que ocorrerá de julho a agosto.

No naipe feminino, a primeira fase da Liga das Nações será entre os dias 21 de maio e 20 de junho. Já a fase final será entre 3 e 7 de julho, na China. No masculino, os confrontos da fase classificatória serão de 31 de maio a 30 de junho com as finais entre 10 e 14 de julho, nos EUA.

2019 será um ano decisivo para a seleção feminina (Foto: Divulgação/FIVB)

Já os Jogos Pan-Americanos, torneio continental que ocorre a cada quatro anos, acontecerão em Lima, no Peru, entre 26 de julho e 11 de agosto com a participação de oito seleções de cada naipe na disputa, incluindo o Peru, que já tem vaga garantida por ser o país-sede. Apesar de sua importância para o COB, o Pan tem peso secundário no calendário, além de emendar a Liga das Nações e o Pré-Olímpico. Em termos de logística, será mais uma complicação para a já desgastante rotina de viagens das seleções.

É importante mencionar que estas competições poderão ser ótimas oportunidades para os técnicos Renan e José Roberto oferecerem um merecido descanso a boa parte dos titulares, testando caras novas com o objetivo de dar rodagem e, assim, implementar a tão esperada renovação nos grupos. Principalmente para a seleção feminina, que teve um 2018 tão ruim e com sérios problemas de lesões, estes torneios poderão servir de laboratório para observação de peças que tenham potencial para servir à equipe principal.

Em tese, tanto a seleção feminina quanto a masculina deverão entrar como favoritos em seus respectivos grupos no Pré-Olímpico (Foto: Divulgação/FIVB)

Já o classificatório para os Jogos Olímpicos de 2020, em agosto, será o compromisso mais importante das seleções. Com a atualização do ranking da FIVB, os grupos do Pré-Olímpico ficaram praticamente definidos (eles serão oficialmente divulgados às vésperas do torneio). De acordo com o regulamento, os 24 primeiros colocados do ranking (exceto o Japão, país-sede dos Jogos) foram divididos em 6 grupos de 4 seleções.

Desta forma, no campeonato feminino, o Brasil entraria na chave D com República Dominicana, Camarões e Azerbaijão como prováveis adversários. No naipe masculino, o Brasil teria, no grupo A, Egito, Bulgária e Porto Rico. O vencedor de cada chave estará classificado para a Olimpíada. Quem não conseguir terá que disputar o Pré-Olímpico continental, que dará mais uma vaga.

Encerrando a temporada de seleções, teremos a Copa do Mundo no Japão. Antigo certame classificatório para a Olimpíada, acabou se esvaziando em 2019, o que dará mais margem às reclamações dos atletas em relação ao excesso de jogos. A disputa feminina está programada para 14 a 29 de setembro enquanto a masculina ocorrerá entre os dias 1 e 15 de outubro.

CLUBES

Em uma das Superligas mais equilibradas dos últimos anos – tanto a feminina quanto a masculina – os líderes Dentil Praia Clube, atual campeão, e Sesc RJ, que almeja conquistar o primeiro título, buscam crescer ainda mais na competição para chegar aos playoffs no seu melhor nível técnico.

No feminino, que terá o primeiro turno encerrado apenas no dia 11 de janeiro, Praia Clube e Minas Tênis Clube, invictos, assumiram a ponta com 23 e 20 pontos, respectivamente. Vale lembrar que o time de Belo Horizonte tem um jogo a menos que o seu rival do Triângulo Mineiro.

Reformulado, Sada Cruzeiro vem se ajustando na Superliga e deverá dar trabalho nas outras competições (Agênciai7/Sada Cruzeiro)

Já no campeonato masculino, que iniciará o returno no dia 11 de janeiro com a partida entre Minas e Corinthians-Guarulhos, Sesc-RJ, Sada Cruzeiro, Sesi-SP e EMS Taubaté Funvic, equipes com maior investimento, são os 4 primeiros colocados que provavelmente chegarão com força aos playoffs em busca do troféu nacional.

Outra taça em disputa no país será a da Copa Brasil. Os 8 primeiros colocados da Superliga masculina jogarão a fase classificatória da 5ª edição do torneio entre os dias 10 e 16 de janeiro. Nos dias 26 e 27, a cidade de Lages, em Santa Catarina, receberá o Final Four. As mesmas regras serão aplicadas à competição feminina, que terá a fase final disputada em Gramado, no Rio Grande do Sul, entre os dias 1 e 2 de fevereiro.

Praia Clube deseja conquistar o segundo título consecutivo da Superliga (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Além disso, o calendário de clubes ganhou a Libertadores, nova competição da qual participam Sesc-RJ, Cruzeiro, Sesi-SP e Taubaté. Com o certame ainda na fase classificatória, as equipes nacionais terão seus jogos de volta neste mês de janeiro. As semifinais e a final serão disputadas nos dias 12 e 13 de fevereiro, respectivamente. O campeonato foi criado com o objetivo de, no futuro, substituir o Sul-Americano, que ocorrerá entre 19 e 23 de fevereiro na Arena Minas, tendo as donas da casa como o representante brasileiro. O Cruzeiro representará o Brasil no masculino de 26 de fevereiro a 2 de março.

Na Europa, a Champions League 2018/2019 termina em maio e as semifinais serão disputadas entre os dias 2 e 11 de abril em ambos os naipes. A sede das finais será divulgada ao final da fase de grupos já em andamento.

Em relação ao Mundial de Clubes, o torneio será realizado em cidades e datas a serem confirmadas.

 Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Dante, André e Fabi: o adeus de três ídolos que engrandeceram o Brasil http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/23/dante-andre-e-fabi-o-adeus-de-tres-idolos-que-engrandeceram-o-brasil/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/23/dante-andre-e-fabi-o-adeus-de-tres-idolos-que-engrandeceram-o-brasil/#respond Mon, 23 Apr 2018 09:00:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12945

Dante, André Nascimento e Fabi: craques anunciaram aposentadoria neste fim de semana (fotos: FIVB)

Ver um ídolo deixar as quadras é inevitável com a passagem do tempo. Quando três deles dizem adeus no mesmo fim de semana, é impossível não lamentar a despedida ou lembrar suas conquistas, mas também perceber a grandiosidade do voleibol brasileiro. O ponta Dante Amaral, 37 anos, o oposto André Nascimento, 39, e a líbero Fabi Alvim, 38, encerraram a carreira de atleta. Cada um ressaltou o quanto a modalidade proporcionou a eles. A recíproca é verdadeira: os três deram muito ao vôlei, ajudando o Brasil a tornar-se ainda maior no cenário internacional.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

Em comum entre eles, além do talento e das conquistas, o perfil discreto. Mesmo vivendo parte da carreira em meio ao furor das redes sociais, jamais pediram atenção. Não precisavam. Craques, reluziam dentro de quadra. A torcida certamente não os esquecerá. Não há como.

Fãs poloneses dizem que Dante é o melhor. Alguém discorda?

Dante: uma joia lapidada
Quando aquele menino magrelo, de 19 anos, chegou à seleção brasileira adulta, em 1999, era improvável pensar que estava ali alguém que seria um dos melhores ponteiros de todos os tempos. Central na época de infantojuvenil, havia se tornado oposto. No ano seguinte, na Olimpíada de Sydney, era titular da equipe comandada por Radamés Lattari.

O Brasil perdeu nas quartas de final – uma inesperada derrota para a Argentina – e o treinador caiu. Mas estava ali a base de uma geração que seria uma das mais vencedoras de todos os tempos. Dante era um deles.

Quando o técnico Bernardinho assumiu a seleção masculina em 2001, tratou de deslocar o jogador de 2,01m para a entrada de rede. Via nele muito potencial como ponteiro. Dante não sabia passar. Veio o ultimato: “Aprende ou não fica”. E como ele aprendeu. Virou exímio passador. Tinhas deficiências no bloqueio, a ponto de Bernardinho brincar, dizendo que o atacante tinha medo de levar bolada. Com a ajuda do assistente Chico dos Santos, tornou-se um excelente bloqueador.

O ponteiro no ataque contra a Rússia na Liga Mundial 2013

Dante parecia jogar sem esforço. Sua pipe era uma pintura. Na hora de passar, sequer dobrava direito os joelhos, mas a bola quase sempre ia até o levantador. Não era muito fã de treinos, assim como outro gênio das quadras, a russa Lioubov Sokolova. Coisa de quem esbanja talento.

Pela seleção, foi campeão olímpico (Atenas 2004) e conquistou três mundiais (2002, 2006 e 2010). Foi ainda prata nas Olimpíadas de 2008 e 2012. Tinha vários admiradores nas seleções adversárias, entre eles o levantador americano Lloy Ball, o técnico russo Vladimir Alekno e o ponta polonês Michal Kubiak. Este último, em entrevista ao Saída de Rede, disse que o brasileiro foi uma de suas referências. “O Dante era aquele cara que fazia tudo muito bem”, afirmou Kubiak.

Disputou sua última temporada pela seleção em 2013, despedindo-se como vice-campeão da Liga Mundial. No ano seguinte, logo após a derrota para a Polônia na final do Campeonato Mundial, ainda no ginásio, Bernardinho lamentava não poder contar com o ponteiro, às voltas com uma lesão no joelho direito. O treinador até cogitou seu retorno, porém isso não ocorreu.

Dante brilhou, além do Brasil, nos campeonatos da Itália, da Rússia, do Japão e da Grécia. Encerrou a carreira no EMS Taubaté Funvic, na sexta-feira (20), após a derrota para o Sada Cruzeiro no quinto e último jogo da série semifinal da Superliga. Havia sido contratado para ser o primeiro reserva na entrada de rede. Com a lesão de Lucarelli, virou titular e correspondeu à altura.

O canhoto André Nascimento se prepara para decolar

André Nascimento: velocidade na saída de rede
O oposto canhoto André Nascimento foi mais uma cria do Minas Tênis Clube, agremiação que há décadas alimenta o voleibol brasileiro com talentos.

Quando em 2001 Bernardinho chamou para a seleção aquele oposto, de 1,95m, houve quem torcesse o nariz. “Quem é esse?”, perguntavam os céticos. Canha, como é chamado pelos colegas, respondeu logo – na bola.

Seu entrosamento com o então levantador titular Maurício Lima ocorreu rapidamente. Mas foi a partir de 2003 que o mundo viu uma das duplas mais fantásticas num esporte disputado por seis de cada lado. A sintonia entre André e o levantador Ricardinho (que virou titular na reta final do Mundial 2002) era estupenda – como você pode conferir no vídeo abaixo.

Canha fugia do perfil tradicional do oposto. Tinha explosão, claro, mas a velocidade era sua grande arma. Seu saque potente era citado como exemplo por Bernardinho às vésperas da Rio 2016 – oito anos depois de André ter deixado a seleção.

No entanto, havia quem desdenhasse, mesmo na década passada, quando o brasileiro estava no auge da forma. Foi o caso do central americano Ryan Millar: “O Brasil tem um grande time, os resultados comprovam, mas não tem atacante definidor na saída de rede”. Anota aí, Millar: Canha foi melhor atacante em diversas competições, incluindo a Liga Mundial 2001 e o Campeonato Mundial 2002, além de MVP na Copa dos Campeões 2005.

Com passagens pelas ligas da Itália, da Grécia e do Japão, André Nascimento despediu-se sábado (21) das quadras na Superliga B, como vice-campeão pelo Vôlei UM Itapetininga, ajudando o clube a ascender à elite para a próxima temporada.

Fabi em lance memorável contra a Coreia do Sul na Olimpíada de Londres, em 2012

Fabi: gigante em quadra
Fabiana Alvim de Oliveira foi peça fundamental nas duas maiores conquistas do vôlei feminino brasileiro: o bicampeonato olímpico (Pequim 2008 e Londres 2012). Muitos atletas sonham em participar dos Jogos Olímpicos. Fabi pertence ao seleto grupo dos que foram mais de uma vez e só conheceram o sabor do ouro.

Seu minguado 1,69m jamais foi empecilho para se destacar como uma gigante numa modalidade cada vez mais dominada por mulheres altas. Líbero, ela pertence ao nicho em que os pequenos (ou não tão grandes) comandam.

Surgiu na seleção adulta na conturbada passagem de Marco Aurélio Motta. Disputou o Mundial 2002, numa equipe boicotada pelas antigas estrelas e que, recheada de jovens talentos, ficou em um modesto sétimo lugar. José Roberto Guimarães assumiu o time em 2003 e Fabi seguiu sendo convocada, mas como segunda opção, depois de Arlene, que foi a Atenas 2004. A partir de 2005, ela se consolidou como dona da posição na seleção e se acostumou a ficar no pódio.

A líbero em quadra pelo então Rexona Sesc na Superliga 2016/2017 (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Numa posição cogitada a partir de meados dos anos 1980, testada em 1996 e oficializada em 1998, Fabi é menção obrigatória. Uma das melhores da história, ela pode até não ter tido a técnica mais refinada, mas carregava um componente que conquista qualquer treinador, seja qual for a modalidade: autoconfiança. Nos momentos mais críticos, Fabi nunca se apequenou. Isso fez a diferença muitas vezes na seleção e nos clubes.

Além de bicampeã olímpica, foi cinco vezes campeã do Grand Prix, duas vezes da Copa dos Campeões e ainda ouro nos Jogos Pan-Americanos, entre outros títulos. Vestiu a camisa da seleção pela última vez na Copa dos Campeões 2013. A partir de 2005 foi contratada pela equipe de Bernardinho (atual Sesc), onde somou dez títulos de Superliga e quatro sul-americanos.

Fabi fez sua despedida neste domingo (22), na derrota do Sesc para o Dentil/Praia Clube na final da Superliga. A exemplo de Dante e André Nascimento, ela não disse adeus com uma vitória, mas o resultado da derradeira partida desses craques pouco importa diante do muito que fizeram pelo voleibol. Todos eles têm lugar garantido na história da modalidade e na memória do torcedor.

Nós, que tivemos o privilégio de vê-los em ação, dizemos muito obrigado.

]]>
0