mata-mata – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Macris, sobre a seleção: “Me firmar será uma consequência desse trabalho” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/08/macris-sobre-a-selecao-me-firmar-sera-uma-consequencia-desse-trabalho/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/08/macris-sobre-a-selecao-me-firmar-sera-uma-consequencia-desse-trabalho/#respond Mon, 08 Apr 2019 09:00:39 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16387

Cinco vezes eleita a melhor levantadora da Superliga, Macris acredita que sua afirmação na seleção brasileira será consequência do trabalho que vem fazendo (Foto: Orlando Bento/MTC)

Muito se comenta sobre a ótima fase vivida pelo Itambé Minas. Afinal, o tradicional clube de Belo Horizonte vem empilhando títulos ao longo da temporada. E, como se não bastasse, a equipe, apontada por muitos como aquela que joga o melhor voleibol feminino na atualidade, segue firme no propósito de levantar a taça da Superliga pela terceira vez.

Uma das grandes responsáveis por todo esse sucesso é justamente a levantadora Macris, eleita a melhor jogadora em quadra no triunfo do time em casa contra o Osasco Audax no primeiro jogo da semi.

Para a armadora, apesar de fundamental, a vitória diante do adversário na abertura da série melhor-de-três não é garantia de nada. A épica virada da equipe de Luizomar de Moura sobre o Hinode Barueri nas quartas de final do torneio, serve de alerta sobre aquilo que o rival é capaz de fazer, ainda mais jogando no José Liberatti, em Osasco (SP), local do segundo confronto da semi, nesta segunda-feira (8).

“Com certeza a primeira vitória foi muito importante, mas sabemos pelo histórico não só dos playoffs, mas também dos jogos que tivemos contra Osasco, que vai ser difícil. Nosso técnico [Stefano Lavarini] falou sobre o quanto elas dão esse bom exemplo, de lutar pelo jogo independente do que estiver acontecendo, dessa força de reação delas”, avisa a levantadora.

Segundo Macris, é preciso cautela e preparo para enfrentar as dificuldades que poderão aparecer na casa do rival. “Sabendo que elas têm essa capacidade, ainda mais jogando em casa, diante da torcida que sempre empurra o time, nós entendemos as dificuldades que podem surgir e precisamos saber bem o que deve ser feito para não deixar o jogo ‘incendiar'”.

Apesar de ter feito a melhor campanha do campeonato na fase classificatória e continuar como um dos favoritos ao título, ao lado do adversário regional Dentil Praia Clube, o Minas tem oscilado na recepção e vem cometendo erros bobos em alguns jogos. Para a jogadora, no entanto, o mais importante é não permitir que estas falhas se avolumem e determinem negativamente os rumos da equipe na competição.

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“(…) A gente sabe da importância de ter aprendido com os erros e oscilações durante o torneio. Agora tudo tem que ser colocado em prática da melhor maneira possível. Não somos máquinas e temos a possibilidade de cometer falhas, erros, mas quanto mais a gente puder minimizar isso, mais fácil será nossa caminhada nessa fase decisiva”, analisa a atleta que passou por São Bernardo, Pinheiros e Brasília antes de chegar ao Minas, onde está em sua segunda temporada.

Com cinco prêmios de melhor levantadora da competição no currículo, Macris vem sendo novamente elogiada como a principal jogadora de sua posição nesta 25ª edição da Superliga.

“Eu sempre busco a evolução a cada temporada. É uma maneira de me fortalecer como atleta e pessoa. E tento estar o mais preparada possível para as oportunidades que aparecerem. Apesar desse crescimento ao longo das temporadas, nesse ano ficou mais evidente principalmente por conta dos bons resultados, e o que o grupo pôde apresentar e me proporcionar. Sempre foco no presente e nos passos seguintes que estou fazendo para crescer”, comenta.

Diante de tal performance, muitos fãs torcem para que a talentosa levantadora seja convocada pelo técnico Zé Roberto Guimarães e possa ter mais espaço para se firmar na seleção brasileira. Concentrada, a jogadora, que acaba de renovar seu contrato com o Minas por mais um temporada, acredita que um lugar na seleção será resultado do trabalho que vem realizando.

“Nesse momento, meu foco está no próximo jogo, para tentar chegar à final da Superliga. Sobre a seleção, sempre vou dar meu melhor, ficando preparada para contribuir da melhor maneira. Me firmar será uma consequência desse trabalho”, conclui.

Minas e Osasco Audax voltam a se enfrentar nesta segunda-feira (8), às 21h30, no José Liberatti, em Osasco. Mais cedo, às 19h, o Dentil Praia Clube receberá, em Uberlândia, o Sesi Bauru, buscando também vencer para encerrar a série e chegar à grande decisão pela segunda vez consecutiva.

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Semifinal da Superliga masculina será teste de fogo para Sesc-RJ e Taubaté http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/06/semifinal-da-superliga-masculina-sera-teste-de-fogo-para-sesc-rj-e-taubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/06/semifinal-da-superliga-masculina-sera-teste-de-fogo-para-sesc-rj-e-taubate/#respond Sat, 06 Apr 2019 09:00:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16372

Os opostos Wallace e Alan vão travar uma disputa particular na série que tem o Sesi-SP como favorito (Foto: Divulgação/Sesi-SP)

Após a definição e o início da disputa da fase semifinal da Superliga entre as mulheres, os duelos no naipe masculino começarão neste sábado (6). O vencedor será definido em uma série melhor de cinco.

É importante frisar que, como esperado, as quatro equipes de maior investimento conquistaram suas vagas nesta reta final. Contudo, Sesi-SP e Sada Cruzeiro, times que fizeram a final na temporada passada, chegam aos playoffs em um nível acima dos rivais Sesc-RJ e EMS Taubaté Funvic. Confira a análise do Saída de Rede.

Sesi-SP x Sesc-RJ

Chegou a hora da verdade para o Sesc-RJ. Uma das equipes de maior aporte financeiro na atual temporada, o time carioca começou a 25ª edição da Superliga de forma avassaladora, se mantendo na ponta da competição durante boa parte do primeiro turno. A partir do final do ano, contudo, o Sesc caiu drasticamente de rendimento e desandou.

Problemas físicos e técnicos passaram a assombrar a equipe do técnico Giovane Gávio. As contusões dos ponteiros Maurício Borges e Rozalin Penchev, aliadas à vulnerabilidade na linha de passe e à instabilidade emocional do grupo foram fatores que colaboraram para o declínio.

O grupo chegou a acumular cinco derrotas consecutivas no returno do campeonato. Além disso, caiu diante do arrojado (mas tecnicamente inferior) Fiat Minas nas quartas de final da Copa Brasil e perdeu a final da Copa Libertadores por incontestáveis 3 a 0 para o Bolívar-ARG. No entanto, com um plantel de selecionáveis, como o citado Maurício Borges, o oposto Wallace, o meio de rede Maurício Souza – melhor bloqueador da competição – e o líbero Thiago Brendle, a equipe indica que está novamente em uma curva ascendente no momento mais importante do torneio.

Apesar dos problemas, o Sesc se classificou de forma contundente para a semi, eliminando o próprio Minas. Para tanto, contou com grande atuação de Wallace, que segue como o maior destaque individual do time. Assim, nesta etapa, enfrentará o Sesi-SP, atual vice-campeão brasileiro que fez a campanha mais consistente da fase classificatória.

A equipe se apoia em uma robusta linha de passe formada por Murilo, Lucas Loh e Lipe (que aparece nas estatísticas como o quinto melhor na recepção ao lado de seu companheiro Renato, segundo colocado) para entregar todas as bolas nas mãos do habilidoso William. Neste sentido, para desestabilizar o passe paulista, o saque carioca precisará funcionar.

Na temporada, o retrospecto é favorável à equipe carioca. Foram duas vitórias – no primeiro turno e na semi da Copa Libertadores – contra uma dos paulistas no returno da Superliga. Outro ingrediente que promete apimentar esta disputa é o duelo dos opostos Wallace e Alan, os dois maiores pontuadores da competição. Enquanto o carioca mantém a liderança com larga vantagem (436 pontos), Alan, seu ex-companheiro dos tempos de Sada Cruzeiro que hoje brilha como um dos melhores atacantes do torneio, é o terceiro colocado, com 364 acertos.

Confrontos:

Sábado (6), às 19h, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Terça-feira (9), às 19h, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ)

Sábado (13), às 19h, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Terça-feira (16), às 19h, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ)

Sexta-feira (19), às 20h30, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Todos com transmissão do SporTV2

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Taubaté, de Renan Dal Zotto, tem feito uma campanha abaixo do esperado com um time repleto de estrelas (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

EMS Taubaté Funvic x Sada Cruzeiro

Assim como o Sesc, Taubaté também passou por um período bastante conturbado na temporada. Com um elenco estrelado formado por jogadores que dispensam maiores apresentações, casos de Lucarelli, Rapha, Leandro Vissoto, Conte e Lucão, entre outros, a equipe do Vale do Paraíba fez uma campanha para lá de irregular, acumulando performances inseguras e resultados negativos.

Como uma evidência do desencontro vivido pelo time do Vale do Paraíba, Renan Dal Zotto, treinador da seleção brasileira, é o terceiro a comandar a equipe que conquistou apenas o Campeonato Paulista na temporada (seu antecessor foi Ricardo Navajas, supervisor técnico do clube). Quando ainda estava sob o comando de Daniel Castellani, Taubaté foi eliminado na semifinal da Copa Brasil pelo Minas e terminou a Copa Libertadores na quarta colocação, jogando em casa, no ginásio do Abaeté.

A missão de Renan continua sendo, portanto, dar um padrão de jogo ao conjunto que precisa crescer e justificar todo o investimento realizado. A tarefa, entretanto, não será fácil. Depois de encerrar a série de quartas contra o destemido Campinas somente no último confronto, Taubaté terá que mostrar se de fato tem condições de chegar à final justamente diante do Cruzeiro, um adversário para lá de indigesto.

Após ter passado por um grande processo de reconstrução com a perda de algumas peças, a equipe celeste – atual campeã que busca o hepta no torneio – foi eliminada precocemente no último Campeonato Mundial de Clubes, mas voltou a mostrar sua força ao conquistar o tetra na Copa Brasil e o Sul-Americano, além de terminar a fase classificatória da Superliga na segunda posição, dois pontos atrás do líder Sesi.

Já nos confrontos da temporada, melhor para a Raposa, que cedeu apenas um set aos taubateanos. Deste modo, prestes atravessar outra reformulação motivada pela saída do ponteiro Taylor Sander, que atuará no Dínamo Moscou, o time mineiro, no entanto, sinaliza que está focado nesta fase final do campeonato.

Assim como o passador norte-americano (quinto maior pontuador e segundo melhor na recepção), outro poderoso artifício ofensivo do time de Marcelo Mendez é o meio de rede francês Le Roux, que lidera as estatísticas como o melhor sacador da competição. Aliás, vale lembrar que o central teve performance decisiva na primeira vitória sobre o organizado Maringá nas quartas de final.

Confrontos:

Sábado (6), às 21h30, no Riacho, em Contagem (MG)

Terça-feira (9), às 21h30, no Abaeté, em Taubaté (SP)

Sábado (13), às 21h30, no Riacho, em Contagem (MG)

Terça-feira (16), às 21h30, no Abaeté, em Taubaté (SP)

Sábado (24), às 19h30, no Riacho, em Contagem (MG)

Todos com transmissão do SporTV2

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Favoritos sofrem, mas largam na frente nos playoffs da Superliga masculina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/25/favoritos-sofrem-mas-largam-na-frente-nos-playoffs-da-superliga-masculina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/25/favoritos-sofrem-mas-largam-na-frente-nos-playoffs-da-superliga-masculina/#respond Mon, 25 Mar 2019 09:00:22 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16252

Em um confronto equilibrado contra o Vôlei Renata, time de Taubaté só conseguiu vencer no quinto set (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

Os candidatos ao título da Superliga masculina de vôlei não encontraram facilidade na estreia dos playoffs da competição. Exceto o Sesi-SP, que passou com relativa tranquilidade pelo Vôlei Um Itapetininga, impondo 3 a 0 (25-23, 25-19 e 25-19), os demais enfrentaram dificuldades diante de seus respectivos adversários.

EMS Taubaté Funvic, Sesc-RJ e Sada Cruzeiro sofreram para derrotar Vôlei Renata, Fiat Minas e Copel Telecom Maringá, respectivamente, em casa, diante de suas torcidas. As equipes jogaram contra times que, apesar do investimento menor, têm se mostrado competitivos e taticamente bastante organizados ao longo da temporada.

Os comandados de Renan Dal Zotto só conseguiram bater os campineiros no tie-break em um confronto muito disputado, com parciais de 25-14, 25-17, 25-27, 21-25 e 15-12. O time do Vale do Paraíba começou o jogo de forma extremamente agressiva, sobretudo no saque, quebrando a linha de passe rival e inibindo as ações ofensivas do oposto Daniel Cagliari e do ponteiro Gabriel Vaccari, referências do levantador Demian Gonzalez.

A partir do terceiro set, contudo, os donos da casa caíram de produção, principalmente no saque e no ataque, e começaram a cometer erros, permitindo a reação da perigosa equipe do argentino Horacio Dileo. Além disso, o jogo ainda foi marcado por polêmicas com a arbitragem.

Para o técnico Renan, a diferença no placar nas duas primeiras parciais não reflete o histórico de confrontos entre os times. “O Campinas é um time bastante competitivo, muito bem treinado já há alguns anos. Começamos muito bem os dois primeiros sets, quase impecáveis, com placares dilatados que não refletem o que realmente é o jogo entre Taubaté e Campinas. O terceiro, quarto e quinto sets, sim”, frisou. Prova disso é que na fase classificatória Taubaté chegou a perder por 3 a 0 para os campineiros.

Assim, o treinador acredita que o duelo da próxima quarta-feira (27), no Ginásio do Taquaral, será novamente equilibrado. “Esse é o jogo que nós temos que esperar na quarta-feira, em Campinas. Apesar de termos cometido muitos erros, como no terceiro set, a avaliação é que superamos as dificuldades e vencemos. Agora é partir para mais uma partida muito difícil na casa deles”, explicou o técnico.

O central Lucão, que marcou 18 pontos no cotejo, fez coro com Renan. “Acredito que nos dois primeiros sets ficou uma discrepância muito grande a nosso favor porque sacamos muito bem. Nos dois sets seguintes, eles equilibraram o serviço e nós não conseguimos manter o mesmo nível. (…) Nossos jogos contra eles são sempre complicados. Eles têm uma equipe muito bem treinada e com grandes jogadores”, destacou.

Sesc-RJ voltou a oscilar e mostrou dificuldades diante do aguerrido Fiat Minas (Foto: Erbs Jr.)

No outro duelo, o placar de 3 a 1 (26-24, 20-25, 28-26 e 25-22) a favor do Sesc diante dos mineiros pode transmitir a equivocada ideia de que a equipe de Giovane Gávio abriu a vantagem no mata-mata com tranquilidade. No entanto, como esperado, não foi isso o que aconteceu no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio.

Em um jogo repleto de erros, o Minas, mais uma vez, deu muito trabalho aos donos da casa. Vale lembrar que o time de Belo Horizonte venceu os cariocas por 3 sets a 1 no returno e ainda eliminou os rivais na semifinal da Copa Brasil. Neste sábado, os visitantes só não levaram a partida para o tie-break porque cederam uma quantidade enorme de pontos em falhas (32 ao total contra 30 dos adversários).

Na terceira parcial, por exemplo, os mineiros tiveram a oportunidade de fazer 2 a 1 no placar quando chegaram ao set point (24 a 22), mas não mantiveram a regularidade para fechar. O time de Nery Tambeiro poderia ter causado sérios problemas aos cariocas, uma vez que se saiu melhor no sideout (foram 61 pontos contra 51).

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O líbero Rogerinho, que atuou tanto no passe quanto na defesa, já que Maique, seu companheiro de posição, está com dengue, enfatizou que as falhas do Minas foram determinantes para a derrota. “Cometemos muitos erros de saque. E a gente não pode errar tanto em um jogo equilibrado como esse. O Sesc teve mais tranquilidade para administrar esses erros e venceu a partida. Agora, vamos jogar em casa, o que é sempre bom, e precisamos ganhar”, ressaltou.

O oposto Wallace, maior pontuador do confronto, com 25 acertos, enalteceu o equilíbrio da equipe e destacou a importância da vantagem construída em casa na série que definirá o semifinalista em melhor de três. Para ele, o confronto na Arena Minas, na quarta-feira (27), poderá ser ainda mais complicado.

“Erramos muitos saques. Eles também erraram, mas conseguimos fazer um bom jogo e saímos daqui com um resultado importante. Esse era o nosso objetivo e a equipe se comportou bem. Tivemos calma para manter o equilíbrio nos momentos mais difíceis. Sabíamos que seria duro porque o time do Minas joga certinho e nos obriga a ter muita paciência. Era fundamental sair na frente e agora temos outro jogo muito difícil na casa deles”, disse o jogador, que ultrapassou a marca de 400 pontos na Superliga.

Organizada e eficiente, equipe de Maringá por pouco não derrotou o Cruzeiro no ginásio do Riacho (Foto: Agênciai7/Sada Cruzeiro)

Neste domingo (24), em pleno ginásio do Riacho, em Contagem (MG), foi a vez do atual campeão Sada Cruzeiro suar a camisa para superar o brigador e eficiente Maringá por 3 sets a 2, com parciais apertadas de 21-25, 25-18, 25-23, 25-27 e 17-15, no jogo mais emocionante da rodada que também teve problemas com a arbitragem.

Tensa e abatida emocionalmente desde o primeiro set pela força do variado saque paranaense, a Raposa, que já havia sofrido para vencer o rival no primeiro turno, também última parcial, não conseguiu se encontrar em boa parte do confronto. Com um desempenho aquém do esperado na linha de passe e no sistema defensivo, a equipe de Marcelo Mendez ainda cometeu muitos erros (35 contra 29 do adversário) e, por pouco, não deixou escapar a vitória.

O time de Maringá, impondo um volume de jogo que incomodou bastante, chegou a ter 9 a 5 no tie-break, mas, curiosamente, o fundamento utilizado ao longo de toda a partida pelos visitantes para desmobilizar a equipe adversária foi justamente a arma cruzeirense para virar o jogo.

A reação veio a partir do serviço do meio de rede Le Roux, que desafogou o time em vários momentos com ótimas sequências (o francês fez 6 aces ao total). O saque do ponteiro Rodriguinho também foi fundamental na última parcial. Outro destaque foi o norte-americano Taylor Sander, maior pontuador do jogo, com 27 bolas no chão.

Em entrevista ao SporTV, o técnico Alessandro Fadul mostrou descontentamento com a derrota após um duelo tão equilibrado, mas exaltou a performance de seus comandados.

“É claro que satisfeito a gente nunca fica com uma derrota, independentemente de quem tenha sido o nosso adversário. Mas ficamos contentes com o desempenho. Nosso compromisso era manter o nível que tivemos em toda a temporada. Deixamos escapar algumas oportunidades de decidir a partida, mas não podemos tirar o mérito da equipe do Cruzeiro”, salientou, lembrando que as passagens de Le Roux e Rodriguinho pelo saque fizeram toda a diferença.

O treinador ainda deixou claro que o time azul terá que se desdobrar novamente na quinta-feira (28), no Ginásio Chico Neto, em Maringá (PR), se quiser vencer o próximo confronto, se classificando para as semifinais.

“Viemos aqui e enfrentamos uma forte equipe de igual para igual. A série está aberta. Temos mais um jogo em casa, onde a gente sempre vai bem. Eu espero que a gente continue pressionando a equipe do Cruzeiro. Ninguém vai ganhar uma partida só com o peso da camisa ou com os títulos que teve na história. Se eles quiserem a segunda vitória vão ter que se impor novamente como fizeram hoje”, completou.

O central Isac elogiou o adversário, mas reconheceu que o time precisa corrigir falhas importantes. “Acho que devemos comemorar primeiro a vitória. Muitas coisas não fizemos bem, não cumprimos o que foi determinado na reunião e o que a gente treinou. Foi um jogo difícil. Maringá vem jogando bem e, mais uma vez, demonstrou isso. Nosso time tem que melhorar, seguir numa crescente porque estamos falhando em momentos cruciais”, concluiu.

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Mesmo derrotados, Pinheiros e Bauru se destacam na abertura dos playoffs http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/19/mesmo-derrotados-pinheiros-e-bauru-se-destacam-na-abertura-dos-playoffs/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/19/mesmo-derrotados-pinheiros-e-bauru-se-destacam-na-abertura-dos-playoffs/#respond Sun, 19 Mar 2017 11:55:39 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5761

Bárbara deu muito trabalho para as jogadoras do Rexona (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Atual campeão, o Rexona-Sesc é favoritíssimo para conquistar um lugar na semifinal da Superliga feminina de vôlei. O mesmo acontece com o Camponesa/Minas, que investiu alto nesta temporada para voltar a uma decisão que não disputa desde 2004. Ambos os times, porém, por pouco não foram surpreendidos respectivamente por Pinheiros e Genter Vôlei Bauru na primeira rodada dos playoffs das quartas de final da disputa.

Mas por que não tivemos duas zebras logo no primeiro mata-mata do torneio? Em poucas palavras, faltou tranquilidade e resistência à pressão por parte das atletas dos times paulistas. Pinheiros e Bauru viveram noites inspiradas, de suas melhores na competição diante de adversários que jogaram abaixo do que sabem, mas cometeram erros individuais em excesso e/ou quando não podiam. Pagaram caro por isso.

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Mari: “Acho difícil surgirem tantas jogadoras boas como na minha geração”

Técnico de Bauru, Marcos Kwiek reage a jogada em BH (Foto: Orlando Bento/MTC)

O caso do Bauru é o mais emblemático: foram 35 pontos cedidos ao Minas, cujas ponteiras estiveram mal tanto no ataque quanto no passe – sendo assim, as centrais Carol Gattaz e Mara foram pouco acionadas em ações ofensivas e o Minas perdeu uma de suas principais armas. A virada e o placar de 3 a 2 tiveram que ser construídos em cima do talento de Destinee Hooker. A americana atacou de todas as posições e terminou o duelo com incríveis 32 pontos, beirando os 50% de eficiência no ataque em um jogo no qual foi muito marcada. A oposta foi a maior beneficiada pela saída de Naiane e a entrada da levantadora reserva Karine, com quem joga muito melhor. Reflexo dos tempos em que ambas estiveram juntas em Osasco?

E, quando Hooker está inspirada, não se pode vacilar. Apesar do bom sistema defensivo comandado pela dominicana Brenda Castillo, Bauru ainda peca demais com falhas individuais, o que minou as pretensões da equipe em Belo Horizonte e ajudou a consagrar Mara, um monstro nos bloqueios. Será dura a tarefa de esquecer a enorme chance desperdiçada e focar em melhorar até terça (21) à noite, quando o ginásio Panela de Pressão, no interior paulista, recebe o segundo jogo da série melhor-de-três.

Bernardinho tranquiliza torcida do Rexona após fim do patrocínio

Hooker jogou muito após a entrada de Karine em quadra (Foto: Orlando Vento/MTC)

Confirmado: Vôlei Nestlé estará no Mundial de clubes

O Pinheiros, por sua vez, não esteve tanto perto da vitória quanto Bauru. Ainda assim, dentro das limitações que possui, fez uma de suas melhores partidas nos últimos meses. Apostando em uma estratégia agressiva de saque viagem, colocou até mesmo a experiente líbero Fabi em apuros. O problema, no caso, nem foram os erros individuais em si, mas quando eles ocorreram: na reta final de três das quatro parciais disputadas, algo fatal diante de um time tão consistente como o Rexona. Não se engane pelo 3 a 1: se fosse contra algum outro adversário, é muito possível que o time paulistano tivesse vencido o jogo.

Resta saber se as paulistanas conseguirão manter o nível de atuação no primeiro jogo fora de casa, na segunda-feira (20), nem que seja para sair da Superliga deixando uma boa impressão. O primeiro passo para isso é manter a levantadora Bruninha e a ponteira Lana entre as titulares ao lado de Barbara e Vanessa.

E os demais duelos?

Playoffs: desafio dos favoritos é manter o foco na Superliga

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Protagonistas de diversos altos e baixos ao longo da fase classificatória, Vôlei Nestlé e Dentil/Praia Clube superaram com relativa tranquilidade os desafios que tiveram nesta primeira rodada. Com a dupla formada por Dani Lins e Tandara afinada, o time de Osasco fez do ataque sua principal arma contra o Fluminense, que é um time perigoso, mas extremamente dependente de Renatinha. Nati Martins e Bjelica foram outras boas opções para a levantadora. As equipes voltam a se encontrar já nesta segunda (20).

Fluminense depende demais de Renatinha no ataque (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)

Já o Praia brincou com o fogo diante do Terracap/Brasília, que fez um excelente primeiro set e mandou 25-20 logo de cara. Acontece que é difícil ir longe sem uma jogadora de definição: a oposta Andreia, por exemplo, marcou apenas dois pontos em três sets. Apesar de ainda se virar bem no ataque, Paula Pequeno não é mais aquela “matadora” de outros tempos, e Amanda faz o que está ao seu alcance. É uma situação bem diferente da equipe de Uberlândia, que tem nomes como Alix Klineman, Ramirez, Michelle e Walewska, apesar de muitas vezes não jogar como um conjunto. Agora, o time mineiro terá a chance de matar a série já na terça-feira (21).

Resultados da 1ª rodada dos playoffs da Superliga feminina:

Vôlei Nestlé 3 x 0 Fluminense (25-23, 25-23 e 25-14)
Pinheiros 1 x 3 Rexona-Sesc (25-21, 25-20, 16-25 e 25-23)
Dentil/Praia Clube 3 x 1 Terracap/BRB/Brasília (20-25, 25-19, 25-20 e 25-15)
Camponesa/Minas 3 x 2 Genter Vôlei Bauru (23-25, 21-25, 25-16, 25-22 e 15-10)

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Se jogar como franco-atiradora, boa geração argentina pode vencer o Brasil http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2016/08/17/se-jogar-como-franco-atiradora-boa-geracao-argentina-pode-vencer-o-brasil/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2016/08/17/se-jogar-como-franco-atiradora-boa-geracao-argentina-pode-vencer-o-brasil/#respond Wed, 17 Aug 2016 18:00:56 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=2076 Argentina já bateu a Rússia na Rio 2016 (Fotos: FIVB)

Argentina já bateu a Rússia, já semifinalista, na Rio 2016 (Fotos: FIVB)

Brasil x Argentina nas quartas era um confronto que muita gente imaginou quando foram confirmados os grupos da primeira fase da Rio 2016. De fato, é esse o jogo que teremos na noite desta quarta (17), às 22h15 (horário de Brasília), mas curiosamente ele aconteceu “por linhas tortas”: quem passou em primeiro na chave foram os hermanos, enquanto os donos da casa ficaram com a última vaga de seu grupo, com direito a vitória dramática diante da França para conseguir a classificação.

Isso, por si só, é motivo mais que suficiente para termos cuidado com os argentinos, apesar de eles atualmente ainda lutarem para se estabelecer na elite do voleibol masculino mundial. As quedas e dificuldades de vários favoritos nessa Rio 2016, como a própria seleção brasileira feminina, é outro fator que seguramente preocupa Bernardinho. Mas não sejamos hipócritas: depois de tudo o que passou, a Argentina é o adversário “menos pior” que os brasileiros poderiam encarar nessas quartas.

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A sorte parece ter virado, mas de forma alguma isso significa que a vaga na semi esteja quase garantida. Será preciso fazer um bom jogo contra o melhor time argentino desde a saída do excepcional Marcos Milinkovic do time – Milinkovic, aliás, foi um dos destaques e o responsável pelo ponto final na última vez que o Brasil ficou pelas quartas na Olimpíada, em Sidney 2000. Não há remanescentes do time brasileiro na ocasião (nem mesmo Bernardinho era o técnico e sim Radamés Lattari), mas a base que se consagraria com o ouro em Atenas 2004 estava lá, com Maurício, Giba, Dante, Gustavo, Giovane e Nalbert.

Julio Velasco foi eleito o melhor treinador do século XX

Julio Velasco foi eleito o melhor treinador do século XX

Ponto forte
O grande nome da Argentina está fora da quadra: o técnico Julio Velasco. Não é exagero falar que ele é uma das pessoas que mais entende de voleibol no mundo, com excelentes trabalhos no voleibol italiano (foi bicampeão mundial e prata nos anos 90), além de Espanha e Irã. Eleito pela FIVB o melhor treinador do século XX, assumiu a seleção de seu país em 2014 após até a então presidenta Cristina Kirchner participar das negociações. É um gênio que tem em mãos uma mescla de jogadores bem estabelecidos na Europa (como o ponteiro Facundo Conte, o central Sebastian Solé e o levantador Luciano De Cecco) com jovens promissores (caso do oposto Bruno Lima).

Ponto fraco
Falta experiência aos argentinos em jogos tão importantes como este e isso pode pesar. Além disso, a recepção costuma falhar com constância maior que a aceitável. É verdade que o líbero Alexis González está fazendo uma grande Olimpíada, mas ele nunca foi uma unanimidade na posição. Por fim, o time também sofre no bloqueio contra adversários que atacam bolas rápidas.

Qual a chance de ganhar do Brasil?
Apesar de os números da Rio 2016 dizerem o contrário, o Brasil é favorito: no último confronto entre os times, durante a Liga Mundial, a equipe de Bernardinho foi superior e conseguiu um 3 a 0. Porém, a Argentina não teve Conte e, se assumir a condição de franco-atiradora sabendo jogar com a pressão de resultados em cima da seleção brasileira, pode sair do Maracanãzinho com a vitória.

Conte está fazendo uma grande Olimpíada após sofrer lesão no ombro

Conte está fazendo uma grande Olimpíada após sofrer lesão no ombro

Fique de olho
O ponteiro Facundo Conte tem apenas 26 anos, mas já é um veterano com pasagens por clubes do gabarito de Macerata, Dínamo Krasnodar e PGE Skra Belchatów. Sofreu com uma lesão no ombro recentemente, mas voltou muito bem e está entre os melhores atacantes e sacadores da Liga Mundial. É perigosíssimo.

Elenco (em negrito, o provável time titular)
Levantadores: Luciano de Cecco (camisa 15) e Demian Gonzalez (8)
Opostos: Bruno Lima (12) e Jose Luis Gonzalez (10)
Centrais: Pablo Crer (14), Sebastian Sole (11) e Martin Ramos (4)
Ponteiros: Facundo Conte (7), Cristian Poglajen (6), Nicolas Bruno (1) e Ezequiel Palacios (13)
Líbero: Alexis Gonzalez (16)

Desempenho no ciclo olímpico
Os últimos quatro anos da Argentina podem ser divididos em duas partes: antes e depois do Mundial 2014, justamente a época em que Velasco assumiu o time após uma crise entre os jogadores e o antigo técnico, Javier Weber. Sem ter muito o que fazer por falta de tempo, Velasco não conseguiu levar os argentinos além da 11ª posição, mas depois chegou a um interessante quinto lugar na Copa do Mundo, engrossando jogos com equipes mais fortes. Também levou o ouro no Pan de 2015 (ocasião em que enfrentou o time C do Brasil na final).

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