Confiante após Copa do Mundo, Thales ainda não se vê em Tóquio
Como um jogador que encarou a (difícil) missão de substituir – na maior parte deste ciclo olímpico – o icônico Serginho, considerado por muitos o melhor de todos os tempos, na seleção brasileira masculina de vôlei, o líbero Thales, titular do EMS Taubaté Funvic, acabou sendo, para o bem e para o mal, um dos principais alvos da torcida verde e amarela na temporada.
Nesta reta final de ciclo olímpico, o atleta, que encerrou o ano na seleção com chave de ouro ao se sagrar campeão da Copa do Mundo, sendo eleito o melhor líbero da competição, teve um começo de temporada conturbado. Na Liga das Nações, primeiro torneio do ano em que o Brasil terminou na quarta posição (a mesma do ano passado), Thales demonstrou enorme insegurança tanto na recepção – principalmente do saque balanceado – quanto na defesa. E foi muito contestado.
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"Para falar a verdade, eu nem sabia que estava sendo criticado. Não acompanho praticamente nada nas redes sociais e sites. Eu sei quando jogo mal e quando jogo bem. Mas procuro sempre ouvir as pessoas que estão ao meu redor, companheiros de time e técnicos para saber onde posso melhorar", respondeu em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, emendando que a evolução demonstrada na Copa do Mundo é fruto de muita dedicação.
"Isso é resultado da sequência de trabalho, bastante treinamento, confiança com o [Ricardo] Tabach, o Renan [Dal Zotto, técnico da seleção] e o [Renato] Bacchi. É muito tempo treinando. A minha família também foi importante, a minha esposa cuidando dos nossos filhos. O fato de estar tudo tranquilo na vida contribui para você jogar bem e ter um bom rendimento", ressaltou.
Para o jogador, o Brasil é um dos candidatos ao ouro na Olimpíada de Tóquio, em julho de 2020. Entretanto, Thales acredita que a competição será extremamente difícil, já que "há muitas boas seleções em condições de ganhar". Travando uma disputa direta pela titularidade com o líbero Maique, do Fiat Minas, ele destacou que a vaga para a participação na mais prestigiosa competição esportiva do planeta segue aberta.
"Nessa Copa do Mundo eu acabei jogando mais. O Renan vinha falando com a gente que para a Olimpíada vai só um líbero e que, então, não adiantava ficar revezando. Que ele iria ter que optar por alguém. Naquele momento, na Copa, ele optou por mim por achar que eu estava melhor. Mas isso não quer dizer nada. Para a Olimpíada vai ser outro momento. Tem bastante tempo até lá. Por isso eu vou ter que estar bem naquele momento para ser escolhido", frisou o líbero que trabalha com o treinador também em Taubaté, que acabou de ganhar o hexacampeonato paulista.
"Acho que preciso melhorar em todos os aspectos e fundamentos. Não adianta achar que está bom, é preciso evoluir sempre. Tenho que dar o meu melhor em todas as funções de um líbero", disse, ciente da concorrência e de que a temporada 2019/2020 de clubes será fundamental para o fechamento da lista com os nomes que representarão a seleção masculina em Tóquio.
Confiante, Thales acredita que a sua equipe é uma das favoritas na Superliga que começará no próximo sábado (9). O adversário da primeira rodada será o Apan Blumenau na quinta-feira (13), no ginásio do Abaeté. "Taubaté vem forte para essa temporada. Montou um grande time, contratou bastante gente, jogadores da seleção. Trouxe atletas de outras equipes. Sabemos do nosso potencial".
E a temporada masculina de clubes será oficialmente aberta nesta quinta-feira (7), no ginásio do Sabiazinho, em Uberlândia (MG), com a disputa da Supercopa. Atual campeão da Superliga, o time do Vale do Paraíba encara o Sada Cruzeiro, que levou o troféu da Copa Brasil.
"Acho que a gente tem condição de ganhar. Sabemos que o Sada Cruzeiro é uma grande equipe e tem ótimos jogadores. Todos, inclusive, a gente já conhece. Então sabemos sabe o que fazer para marcá-los. Tomara que Taubaté tenha sucesso nessa partida", finalizou.
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