Com Ngapeth machucado, França vive momento de incerteza na Euro 2019
A maré anda realmente difícil para a seleção francesa masculina de vôlei. Eliminada no torneio Pré-Olímpico de agosto que classificou as seis seleções que estarão nos Jogos de Tóquio do ano que vem, a equipe – uma das anfitriãs do Campeonato Europeu 2019 ao lado de Eslovênia, Holanda e Bélgica – vive um momento de pressão nos bastidores às vésperas da competição.
No grupo A, a equipe liderada por Laurent Tillie estreia nesta quinta-feira (12), na cidade francesa de Montpellier, contra a Romênia, com uma enorme dor de cabeça: o ponteiro Earvin Ngapeth, maior estrela do time e um dos melhores jogadores do mundo, corre o risco de ficar de fora de toda a fase classificatória por causa de uma lesão muscular nas costelas. O atleta se contundiu no último sábado (7) durante um aquecimento antes do amistoso preparatório contra a Alemanha.
De acordo com a Federação Francesa, há uma pequena possibilidade de Ngapeth entrar em quadra no terceiro jogo contra a Bulgária, programado para segunda-feira (16). O grupo A ainda é composto por Itália, Portugal e Grécia. Contudo, a comissão técnica prega cautela para que ele possa estar plenamente recuperado para jogar a segunda fase.
Cabe ressaltar que esta não é a primeira vez que o atleta sofre com lesões. Tanto que no Mundial do ano passado e na Liga das Nações ele também não esteve em suas melhores condições físicas, perdendo algumas partidas.
Este, no entanto, parece não ser o único problema da seleção francesa no Campeonato Europeu. Segundo a imprensa italiana, o time usará uniformes sem patrocinadores em função de divergências internas entre alguns atletas e a Federação, que cobra um título de expressão dos "Bleus" para que o vôlei local seja fortalecido e popularizado.
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É que esta geração, vista por muitos como uma das melhores seleções do mundo, com atletas do nível do próprio Ngapeth, do líbero Jenia Grebbenikov e do central Kevin Le Roux, foi campeã apenas da extinta Liga Mundial em 2015 e 2017. Em competições mais prestigiosas, por outro lado, a equipe acumula fiascos. Foi desta forma na Rio 2016, quando nem mesmo passou da primeira fase, no Europeu de 2017, onde foi eliminada nas oitavas, e no Mundial do ano passado, em que caiu na segunda etapa.
Por isso, a expectativa é enorme para que a seleção desencante e deixe para trás o passado de frustrações, confirmando o favoritismo – ainda mais atuando em casa. Os próprios jornalistas franceses enaltecem o fato de a França voltar a organizar um grande torneio internacional após o Mundial de 1986, em que, com um time amador do qual o técnico Tillie fazia parte, chegou a uma honrosa 6ª colocação – os Estados Unidos se sagraram campeões naquela oportunidade. Vejamos, portanto, se os "Bleus" serão capazes de quebrar esta escrita, subindo ao lugar mais alto do pódio diante de seus torcedores.
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