Leal e Lucarelli são trunfos de Renan para o começo da temporada
Como sabemos, o começo da temporada 2018 foi bastante tumultuado para a seleção masculina de vôlei. Sem contar com Lucarelli, que se recuperava de lesão, e Maurício Borges, que se machucou durante a Liga das Nações (antiga Liga Mundial), o Brasil acabou tendo um desempenho instável na entrada de rede, amargando o quarto lugar na edição inaugural do torneio.
Com isso, a equipe comandada por Renan Dal Zotto chegou à Itália para a disputa do Campeonato Mundial, o mais importante compromisso daquele ano, sob a desconfiança da torcida e sem usufruir do favoritismo contumaz. O time, entretanto, soube se reinventar e chegou à quinta final consecutiva, conquistando um inesperado vice-campeonato diante da Polônia. Para tanto, se valeu da evolução de Douglas Souza, ponteiro que, até então, também tinha sua capacidade questionada.
Para a temporada 2019, contudo, o cenário é completamente diferente. Com o moral elevado por ter conduzido, com méritos, o EMS Taubaté Funvic à inédita conquista do título da Superliga neste ano, Renan estreia na Liga das Nações nesta sexta-feira (31), às 12h30 (horário de Brasília), em Katowice (Polônia), contra a seleção norte-americana – terceira colocada no ano passado –, com peças no elenco que prometem formar um dos ataques mais competitivos da temporada.
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A festejada chegada de Leal – campeão italiano e europeu pelo Civitanova ao lado do levantador Bruno –, o retorno de Lucarelli, ganhador da Superliga com Taubaté e MVP da competição, e o evidente crescimento de Douglas Souza, deverão gerar uma disputa acirrada pela titularidade na entrada de rede.
Correndo por fora estão Lucas Lóh, vice-campeão nacional pelo Sesi-SP que igualmente demonstrou crescimento físico e técnico na temporada, e Maurício Borges, que não foi convocado para esta primeira fase da Liga das Nações. O arsenal ofensivo ainda é incrementado pelo incontestável potencial de Wallace, um dos melhores do mundo na saída, e pelo seu reserva Alan, que ainda carece de rodagem internacional, mas teve, novamente, ótimo desempenho na Superliga com o time da capital paulista.
Nas primeiras etapas do torneio, a seleção brasileira ainda não contará com Bruno, que desfruta de alguns dias de descanso e deve voltar à equipe na terceira fase. Para o seu lugar, Renan convocou Thiaguinho e Cachopa, levantadores que poderão se revezar na posição.
No entanto, já nos amistosos preparatórios para a temporada, contra a seleção canadense, o armador do Sada Cruzeiro, criticado pelo desempenho irregular com a Raposa, se sobressaiu, mostrando ousadia e sintonia com seus atacantes especialmente com os centrais Lucão e Flávio Gualberto, e pela entrada com Douglas e Lucarelli. Cabe lembrar que Renan ainda tem Maurício Souza e Isac como opções pelo meio.
Deste modo, além dos EUA, a seleção brasileira encara nesta primeira etapa a Austrália no sábado (1), às 9h, e os anfitriões poloneses no domingo (2), às 12h. Logo em seguida, a equipe viaja para Tóquio, no Japão, onde enfrenta de 7 e 9 de junho o Irã, os donos da casa e a Argentina. Na sequência, os brasileiros aterrissam em terras portuguesas para enfrentar sérvios, chineses e o selecionado local entre 14 e 16 de junho.
Na quarta e quinta etapas do torneio, entre os dias 21 e 30 de junho, os comandados de Renan jogam em casa. Primeiro, na cidade de Cuiabá (MT), contra Bulgária, Alemanha e Rússia, atual campeã da competição. Em Brasília (DF), o time verde-amarelo terá pela frente franceses, canadenses e italianos. Os seis melhores colocados avançam para a fase final, que será sediada em Chicago, nos Estados Unidos, entre 10 e 14 de julho.
Além da Liga das Nações, a seleção masculina terá pela frente o Pré-Olímpico de agosto, torneio que dará ao vencedor uma vaga nos Jogos de Tóquio no ano que vem. O Brasil disputará a competição na Bulgária e terá Egito, Porto Rico e os donos da casa como adversários. Cabe lembrar que o cansativo calendário deste ano ainda prevê os Jogos Pan-Americanos, o Sul-Americano e a Copa do Mundo.
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