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Bloqueio evolui e Brasil encerra primeira etapa com vitória sobre a Rússia

Janaína Faustino

23/05/2019 21h47

Seleção brasileira demonstrou evolução na relação saque-bloqueio contra a Rússia (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Nesta quinta-feira (23), a seleção feminina de vôlei entrou pressionada na quadra do ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF). Depois da dura derrota para a República Dominicana, a equipe do técnico José Roberto Guimarães precisava se recuperar. E, encerrando a primeira semana de jogos da Liga das Nações diante da sua torcida, superou a seleção russa por 3 a 0, com parciais de 25-15, 25-17 e 25-14. Com isso, chegou aos 6 pontos na fase classificatória da competição.

Com a mesma formação inicial das duas primeiras partidas, a seleção brasileira teve um desempenho melhor em dois fundamentos nos quais falhou diante da República Dominicana: o saque e o bloqueio. Ao pressionar a recepção russa com um serviço mais regular, as brasileiras conseguiram tirar o passe da rede das mãos da levantadora Romanova, que precisou recorrer às tradicionais bolas altas pelas extremidades, facilitando o bloqueio verde e amarelo.

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Aliás, é importante destacar a eficácia do bloqueio brasileiro que, quando não se convertia em pontos diretos, conseguia amortecer bolas importantes, facilitando o trabalho do sistema defensivo. Ao total, foram 14 pontos marcados neste fundamento contra apenas 5 das europeias. Aparentando certa desconcentração em função da facilidade encontrada na primeira parcial, o Brasil oscilou um pouco no set seguinte principalmente na recepção, mas se recuperou.

Na última parcial, Zé Roberto fez algumas trocas pontuais e o time não teve qualquer trabalho. Apenas administrou a imensa vantagem que chegou a ser de 13 pontos – 19 a 6 – sobre a frágil equipe europeia que, sem suas principais jogadoras, não ofereceu nenhuma resistência.

Outro ponto positivo da equipe verde e amarela no confronto diz respeito à distribuição das bolas. Se na partida contra as dominicanas a armadora Macris concentrou muito o jogo em cima da ponteira Gabi, neste a levantadora prestigiou suas outras atacantes.

Responsável por 14 pontos no confronto, bloqueio brasileiro intimidou as atacantes russas (Foto: Divulgação/FIVB)

A maior pontuadora foi a oposta Paula Borgo, com 17 acertos. A jogadora não teve uma noite feliz contra a equipe caribenha, enfrentando demais o bloqueio e pecando na variação dos golpes. Entretanto, mostrou evolução contra as russas e foi a bola de segurança do time. Gabi e a meio de rede Mara colaboraram com 9 pontos cada. Do outro lado, destaque para a passadora Margarita Kurilo, que colocou 12 bolas no chão.

As comandadas de Zé Roberto ainda foram beneficiadas pelo excesso de erros da Rússia (somente na primeira parcial, foram 10 falhas das europeias, contabilizando 23 ao total contra 10 do Brasil).

A seleção feminina embarca agora para Apeldoorn, na Holanda, onde disputará a segunda fase da Liga das Nações, encarando de 28 a 30 de maio as donas da casa, a equipe polonesa – atual campeã do torneio de Montreux – e a desafiante Bulgária.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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