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Rodada 7 da Superliga tem jovens opostos em alta e Taubaté em baixa

Carolina Canossa

05/12/2016 06h00

Luan Weber somou 50 pontos pelo Montes Claros nas duas últimas rodadas (Fotos: Divulgação)

Luan Weber somou 50 pontos pelo Montes Claros nas duas últimas rodadas (Foto: Divulgação)

Com mais da metade do primeiro turno das Superligas feminina e masculina de vôlei já jogados, as desculpas de falta de ritmo e pouco entrosamento não colam mais. Os pontos fortes e as deficiências de cada uma das 24 equipes da disputa estão escancarados, assim como os destaques individuais da competição.

Realizada entre quinta-feira (30) e o sábado (3), a sétima rodada da competição serviu para confirmar a ascensão de duas equipes de porte médio, uma de cada naipe: o Terracap/BRB/Brasília entre as mulheres e o Montes Claros Vôlei na disputa de homens. Já Dentil/Praia Clube e a Funvic/Taubaté vivem momento preocupante para seus torcedores. Baseado nos últimos resultados, fizemos o retrato do momento na principal competição de clubes do país:

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SOBE

Luan
Em teoria, o Montes Claros Vôlei viveria um momento complicado na tabela ao encarar dois dos favoritos ao pódio na sequência. Na prática, o que aconteceu foi o fim das invencibilidades de Funvic/Taubaté e do Vôlei Brasil Kirin. E o "culpado" disso atende pelo nome de Luan Weber. Figurinha frequente nas categorias de base da seleção brasileira, o oposto dá sinais de ter se encontrado na equipe do norte de Minas, o sétimo clube de sua carreira. Somente nas partidas contra os rivais do interior paulista, foram 50 pontos (26 contra o time do Vale do Paraíba e 24 contra Campinas), número que o fez subir meteoricamente na lista dos maiores pontuadores da competição, onde atualmente é o terceiro colocado. Resta saber como ele reagirá ao reforço na marcação individual que certamente virá nas próximas rodadas.

Lorenne
Se a jovem atacante já vinha se destacando nos resultados negativos da equipe feminina do Sesi, a história não poderia ser diferente quando a equipe do técnico Juba finalmente conseguiu sua primeira vitória na competição. Foram 32 bolas no chão, todas em ataques, na virada por 3 a 1 sobre o Renata Valinhos/Country. É verdade que o fraco rival não pode servir como único parâmetro, mas a mineira é um diamante a ser lapidado e, levando o time nas costas agora, vai ganhar experiência suficiente para encarar a responsabilidade de defender equipes com grandes investimentos na próxima temporada.

Cezar Douglas precisa melhorar urgentemente a linha de passe (Foto: Rafinha Oliveira/Funvic Taubaté)

Cezar Douglas precisa melhorar urgentemente a linha de passe (Foto: Rafinha Oliveira/Funvic Taubaté)

Campeões
É verdade que Rexona-Sesc e Sada Cruzeiro ainda não encararam seus grandes rivais na Superliga, mas os atuais campeões da Superliga não têm dado espaço para zebra: nos sete jogos que cada um realizou até agora, foram sete vitórias e apenas uma parcial perdida. Curiosamente, o próximo desafio de ambos será contra as duas forças ascendentes desta edição, o Brasília e o Montes Claros. Taí dois bons jogos pra ficar de olho nesta semana.

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DESCE

Dentil/Praia Clube
Apesar das importantes ausências de Alix Klineman (luxação no dedo anelar da mão direita) e Fabiana (desconforto na coxa), a derrota por 3 a 0 para o Brasília não deixa de ser um baque numa equipe que investiu alto para acabar com a hegemonia do Rexona na Superliga. Sim, o time candango tem seus méritos (e nós já falamos deles), mas lesões acontecem e é preciso ter alternativas caso a má sorte volte a acontecer nas fases decisivas da disputa.

Vôlei Nestlé caprichou na marcação sobre Rosamaria (Foto: João Pires/Fotojump)

Vôlei Nestlé caprichou na marcação sobre Rosamaria (Foto: João Pires/Fotojump)

Ataque do Camponesa/Minas
No reencontro entre as líberos Camila Brait e Léia, que disputaram até os últimos momentos uma vaga na Olimpíada do Rio, a líbero do Camponesa/Minas esteve muito bem em quadra, mas não foi acompanhada pelas companheiras. Bastou ao Vôlei Nestlé anular a ponteira Rosamaria que o time de Belo Horizonte virou presa fácil, sendo derrotado por contundentes 3 a 0 em Osasco. Em tarde medonha, nenhuma jogadora da equipe visitante fez mais que seis pontos nos três sets realizados. Pior: as recém-contratadas Destinee Hooker e Jaqueline sequer possuem previsão de estreia.

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Linha de passe da Funvic/Taubaté
Mario Junior, Ricardo Lucarelli e Lucas Loh. A linha de passe da Funvic/Taubaté tem qualidade para ser apontada como uma das melhores da Superliga, mas viveu um apagão contra o Sesi no último sábado: dez aces tomados em 74 saques recebidos. Em muitos deles, houve claras falhas de comunicação entre os recebedores. Sem somar nenhum dos seis possíveis nas duas últimas rodadas, Taubaté ao menos tem a "sorte" de, na próxima rodada, encarar o São Bernardo Vôlei, time com o pior aproveitamento em saques até o momento.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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