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Palmeirense por conta do bisavô, Camila Brait celebra título do Brasileirão

Carolina Canossa

28/11/2016 13h00

Líbero do Vôlei Nestlé usou o Instagram para homenagear o Palmeiras (Foto: Reprodução)

Líbero do Vôlei Nestlé usou o Instagram para homenagear o Palmeiras (Fotos: Reprodução/Instagram)

Na elite do voleibol no país, o novo campeão brasileiro de futebol não é dos times mais populares. Entre os 12 campeões olímpicos na Rio 2016, por exemplo, nenhum é palmeirense. Cabe então a uma mulher o posto de representar o Verdão nas quadras pelo mundo: Camila Brait, líbero do Vôlei Nestlé e, até o primeiro semestre deste ano, da seleção brasileira.

A influência do bisavô, um imigrante italiano, definiu as preferências futebolísticas da defensora. "Eu sempre passava férias na casa dele, que falava muito no Palestra Itália e era muito fanático. Então, eu e meu irmão viramos torcedores", contou Camila, em entrevista ao Saída de Rede.

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Reencontro entre Minas e Jaqueline gera ótimas perspectivas

Apesar de não ser tão intensa na paixão quanto o bisavô, Camila eventualmente vai ao Allianz Parque. Foi lá, inclusive, que viveu a melhor lembrança que tem do clube. "Eu fui ao estádio na final da Copa do Brasil 2015 (quando o Palmeiras derrotou o Santos nos pênaltis) e achei sensacional a alegria da torcida. Foi uma final emocionante", afirmou a jogadora. Difícil mesmo é só convencer o marido, Caio Conca, a acompanhá-la. "Ele é Corinthians, então não gosta muito (risos)", comentou.

Jaqueline foi homenageada pelo Palmeiras em 2011

Jaqueline foi homenageada pelo Palmeiras em 2011

Após a conquista do título brasileiro que não vinha há 22 anos, Brait lamenta apenas a despedida de um dos craques do Verdão, já vendido para o Manchester City (Inglaterra): "Pena que o Gabriel Jesus vai embora. Ele é, sem dúvidas, o melhor jogador hoje do Palmeiras".

Quem também tem o coração parcialmente verde no voleibol brasileiro é Jaqueline. Recifense de nascimento, a ponteira costuma dizer que o Sport é o time de futebol que conta com seu apoio, mas não esconde a simpatia pelo Palestra Itália. Tudo começou por uma coincidência: o time do colégio de Boa Viagem, onde começou a jogar, tinha um uniforme com listras verde e brancas e, por isso, ganhou o apelido de "equipe palmeirense". Em 2011, quando ainda se recuperava de uma grave lesão sofrida no Pan de Guadalajara, Jaque recebeu uma camisa personalizada do Palmeiras e ainda tirou fotos com o goleiro Marcos e o então técnico da equipe, Luiz Felipe Scolari.

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Enquanto o elenco palmeirense se prepara para curtir merecidas férias a partir da semana que vem, tanto Brait quanto Jaqueline terão muito trabalho pela frente. No Vôlei Nestlé, a líbero ocupa a quarta posição na Superliga, com cinco vitórias em seis jogos. A atacante, por sua vez, anunciou a assinatura na semana passada que irá defender o Camponesa/Minas (sexto, com três vitórias e três derrotas), mas ainda não tem data de estreia.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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