Com tie-break arrasador, Sesc bate Osasco no clássico e segue invicto
No grande clássico do vôlei brasileiro, válido pela sexta rodada da Superliga feminina, o Sesc-RJ visitou o Osasco Audax na noite desta sexta-feira (29). Até então invictas, as duas equipes fizeram um jogo igual até o quarto set. Mesmo empurrado pela entusiasmada torcida que lotou o José Liberatti, o time de Luizomar de Moura, contudo, viveu um apagão na quinta e última parcial e acabou superado por parciais de 23-25, 25-21, 22-25, 25-21 e 5-15.
A partida ainda marcou o reencontro da levantadora Roberta, hoje titular em Osasco, com o Sesc, clube onde ela atuou durante nove anos. As maiores pontuadoras do jogo foram Tandara e Ana Bjelica, com 22 e 21 acertos, respectivamente.
O saque foi o fundamento mais utilizado como arma ofensiva por ambas as equipes desde o começo do duelo. Em um primeiro set bastante disputado, as donas da casa, entretanto, arriscaram mais e acabaram mostrando maior eficiência, quebrando a recepção carioca. Deste modo, explorando a fragilidade do passe de Drussyla e Amanda, o selecionado osasquense abriu 12 a 6.
As comandadas de Bernardinho, no entanto, não esmoreceram e reagiram a partir da metade do set. As representantes do Rio diminuíram a quantidade de erros, investiram em um serviço mais direcionado e apostaram principalmente nas boas coberturas de defesa que geraram contra-ataques bem aproveitados. A virada de bola também cresceu no fim da parcial, propiciando a reviravolta.
Assim como na etapa anterior, Osasco começou melhor. Mais regular na recepção e no ataque – sobretudo com as ponteira Jaqueline e Ellen -, as paulistas impuseram logo 17 a 10 no marcador. Do outro lado da quadra, o Sesc não se encontrava a fim de reverter novamente a situação.
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Passando por momentos de instabilidade na sua virada de bola com a central Juciely e a oposta Tandara, o grupo visitante também não contou com uma boa performance de Drussyla, que seguiu pecando tanto no passe quanto no sideout ao enfrentar excessivamente o bloqueio – somente neste fundamento, Osasco fez 7 pontos contra 3 do adversário no set.
Em um terceiro set mais equilibrado, o Sesc melhorou o aproveitamento no sistema ofensivo. Os dois times continuaram se sobressaindo na defesa, gerando ralis muito bem disputados. O Rio, contudo, contou com um desempenho mais regular de Tandara e Juciely no ataque. O saque e o bloqueio também acabaram fazendo a diferença a favor da equipe de Bernardinho.
Com tanta rivalidade, a temperatura subiu um pouco na quarta etapa. Em um jogo de alternâncias e muitas provocações de parte a parte, além da tensão com a arbitragem, o Sesc voltou a cometer erros bobos e a sofrer com a virada de bola, parando diversas vezes no bloqueio osasquense. Em oposição, destaque para a sérvia Ana Bjelica, que atuou em sua função de origem – na saída de rede – e foi a bola de segurança de Roberta a partir do terceiro set.
Diante de tanto equilíbrio, esperava-se uma última parcial também bastante parelha. No entanto, iniciando o tie-break de forma espetacular, o Sesc colocou rapidamente 10 a 3 no placar e não deu qualquer chance ao arquirrival no José Liberatti.
Com um saque mais regular e se valendo da performance de uma Juciely inspirada no sideout, as visitantes passaram a tocar em todas as bolas, imprimindo ótimo volume de jogo, o que desestabilizou completamente o ataque osasquense. Com o triunfo, a equipe quebrou a invencibilidade do adversário e manteve a ponta na Superliga feminina.
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