Sérvia vence a Eslovênia e se sagra campeã europeia também no masculino
O domínio sérvio na Europa é incontestável. Neste domingo (29), cerca de duas semanas após a conquista do título no naipe feminino, a seleção masculina pôs fim ao jejum de oito anos e se sagrou tricampeã continental – já havia vencido as edições de 2001 e 2011 – de forma invicta ao derrotar, em Paris, a ascendente Eslovênia de virada por 3 sets a 1, com parciais de 19-25, 25-16, 25-18 e 25-20.
Comandado por Slobodan Kovac, que assumiu a comissão técnica no lugar de Nikola Grbic depois do torneio Pré-Olímpico, o time dos Bálcãs começou a partida sofrendo com a incrível intensidade do jogo esloveno, que já havia feito vítimas de respeito nas fases anteriores deste Campeonato Europeu.
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Para começar, nas quartas de final, a Eslovênia despachou ninguém mais do que a poderosa Rússia com uma vitória por 3 a 1 (25-23, 25-22, 21-25 e 25-21). Vale lembrar que a equipe do finlandês Tuomas Sammelvuo, detentora de 14 troféus no torneio, defendia o título com uma seleção que contava com suas grandes estrelas, entre elas, o oposto Mikhaylov e o central Muserskiy, além dos ponteiros Kliuka e Volkov.
Depois disso, em uma partida épica disputada em seus domínios, na capital Ljulbjana, a equipe liderada pelo italiano Alberto Giuliani garantiu a vaga na final ao impor outro 3 a 1 (25-23, 24-26, 25-22 e 25-23) sobre a atual bicampeã mundial Polônia com León, Kubiak e companhia em quadra.
Na final, contudo, os eslovenos se depararam com uma Sérvia que já chegou à decisão com a moral bastante elevada. Afinal, o time calou os 12 mil torcedores que lotaram a Accor Arena ao vencer na semi o badalado conjunto francês, dono da casa, em um duelo emocionante, decidido apenas no tie-break (23-25, 25-23, 25-21, 17-25 e 15-7).
A ótima Eslovênia começou a partida melhor, se impondo na virada de bola e no bloqueio. No entanto, os sérvios assumiram o controle do jogo a partir do segundo set, quando minaram a recepção e a confiança adversárias com um saque extremamente agressivo. A relação bloqueio-defesa também foi estabelecida à risca pelos sérvios, que chegaram a fazer 8 pontos de bloqueio somente na segunda parcial (ao total, foram 14 acertos no fundamento).
Assim, com muito volume de jogo e autoridade, os sérvios alcançaram o terceiro título continental. O oposto Aleksandar Atanasijevic foi o grande destaque da partida com 22 pontos, seguido de perto por seu companheiro de equipe, o habilidoso ponteiro Uros Kovacevic, que anotou 20. Do outro lado, Klemen Cebulj colaborou com 15 bolas no chão. Com o resultado, a Eslovênia ganhou a segunda medalha de prata no torneio – já havia sido vice-campeã em 2015, quando perdeu a decisão para a França.
A Polônia acabou ficando com o bronze ao superar novamente os franceses em sets diretos (26-24, 25-22 e 25-21). Nesta temporada, os representantes do Leste Europeu já haviam batido o adversário por este placar no Pré-Olímpico de agosto. Sem dúvida, o resultado negativo no Europeu aumenta ainda mais a agonia francesa, uma vez que a seleção vem acumulando fracassos ao longo das últimas competições.
Além disso, tanto os atletas quanto a Federação local alimentavam esperanças de que uma conquista, em casa (o torneio foi co-sediado por França, Bélgica, Holanda e Eslovênia, e Paris recebeu a fase final), poderia servir para alavancar o vôlei no país.
O drama francês, contudo, parece estar longe de acabar. Para carimbar o passaporte rumo aos Jogos Olímpicos de 2020, a seleção terá que competir em um pré-olímpico continental em janeiro que promete ser um dos mais difíceis dos últimos anos. Entre outras equipes, estarão na disputa por uma vaga em Tóquio a Sérvia, a Eslovênia e a Bulgária.
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