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Eliminada do Europeu em casa, França lida com outra decepção no vôlei

Carolina Canossa

28/09/2019 08h50

Levantador Benjamin Toniutti lamenta derrota na semifinal do Campeonato Europeu (Foto: Divulgação/CEV)

(Entrevistas concedidas a Euclides Bonfim Neto, em Paris)

Mais uma vez, eles falharam. A exemplo do que aconteceu na Olimpíada, no Campeonato Mundial e na edição 2017 do Campeonato Europeu, a seleção francesa masculina de vôlei não conseguiu confirmar seu favoritismo e foi eliminada da disputa continental nesta sexta-feira (27) antes do que planejava. Desta vez, a decepção foi um pouco maior porque a derrota para a Sérvia por 3 sets a 2 na semifinal ocorreu em casa, diante de 12 mil pessoas que lotaram a Arena Paris.

"A Sérvia conseguiu usar sua principal arma, um saque poderoso, e isso desestabilizou nosso passe em alguns momentos. Em outros, os demais setores também não funcionaram", lamentou o líbero Jenia Grebennikov, um dos principais astros da equipe. "Infelizmente, a gente não esperava a derrota em casa e agora é encarar essa frustração para lutar pela medalha de bronze contra a Polônia", complementou.

O duelo contra os atuais bicampeões mundiais pela terceira posição no pódio está marcado para meio-dia (horário de Brasília) deste sábado (28). Já a grande decisão, entre a Sérvia e a surpreendente Eslovênia, será neste domingo (29), às 11h30. Ambos os jogos serão em Paris.

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Outro dos poucos franceses a falar depois de mais um resultado negativo foi o central Barthélémy Chinenyeze (a estrela principal da equipe, o ponteiro Earvin Ngapeth, chegou a pular para uma área proibida do ginásio pela organização para cortar caminho rumo ao vestiário e, assim, evitar os jornalistas). Segundo o meio de rede, é preciso tomar o novo fracasso como lição para a equipe não ficar fora da Olimpíada de Tóquio – depois de apanhar da própria Polônia por 3 a 0 no Pré-Olímpico Mundial de agosto, a França disputará um fortíssimo Pré-Olímpico continental em janeiro, onde lutará por uma só vaga no Japão justamente contra Sérvia e Eslovênia, entre outros times.

"O jogo foi muito instável para os dois lados e ganhava o set quem conseguia abrir alguma margem. Assim foi no tie-break", analisou o jogador. "Fica a lição: nosso conjunto precisa estar um pouco mais forte para conseguir a classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio", reconheceu.

Já o ponteiro sérvio Marko Ivovic, que teve recente passagem pelo voleibol brasileiro na equipe da EMS Taubaté Funvic, revelou qual foi a tática utilizada para ignorar a imensa torcida a favor da França.
"Havia muita gente, mas, como não entendíamos o que falavam, encarei como se fosse a nosso favor e aproveitamos as chances que nos foram dadas. Já eles sentiram muito essa pressão", sorriu o jogador, que também comemorou a oportunidade de tentar repetir os títulos europeus de 2001 e 2011. "Agora é a Eslovênia, que ninguém esperava que estivesse nesse Final Four, mas vem jogando muito bem. Espero que a gente consiga fazer o nosso melhor na final", afirmou.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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