O que precisa acontecer para o Brasil subir ao pódio na Copa do Mundo?
A boa performance da seleção brasileira feminina de vôlei na passagem da Copa do Mundo por Sapporo (Japão) recolocou o time do técnico José Roberto Guimarães na briga por um lugar no pódio da competição. Apesar de matematicamente ainda haver chances de a equipe faturar a medalha de prata, ela depende de uma combinação tão improvável de resultados que é realista pensar somente no bronze.
Além de cumprir sua parte e vencer os três jogos restantes (Camarões, Coreia do Sul e Rússia), as brasileiras (atualmente em quinto lugar com cinco vitórias e três derrotas – 15 pontos) precisam torcer para que a Rússia (terceiro, com sete vitórias e uma derrota – 19 pontos) perca pelo menos outra partida, o que é perfeitamente possível de acontecer, já que as europeias terão um duelo contra os Estados Unidos (segundo, com sete vitórias e uma derrota – 20 pontos) no início da manhã de sexta-feira (6h, horário de Brasília). Caso, porém, elas vençam as americanas, seria necessário que o Quênia, que ainda não ganhou nenhum set na competição, protagonize uma zebra histórica ao enfrentar as comandadas de Sergio Busato no sábado.
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Mesmo que este cenário se confirme (três vitórias do Brasil e apenas uma da Rússia), os dois times ficariam com uma campanha semelhante (oito vitórias e três derrotas), o que levaria a decisão da medalha para os critérios de desempate. O primeiro deles são os pontos totais, onde atualmente as russas possuem uma vantagem: 19 a 15. Vale lembrar que cada vitória por 3-0 ou 3-1 dá três pontos, o 3-2 dá dois pontos e derrota por 2-3 dá um.
O critério de desempate seguinte é set average (divisão dos sets vencidos pelos perdidos (2,625 pra Rússia contra 1,416 pro Brasil no momento) e os points average (1,227 pra Rússia contra 1,092). Ou seja, a seleção feminina precisa ganhar com a maior folga possível seus confrontos, torcendo para que as rivais tenham muitas dificuldades.
É preciso ainda ficar de olho na Holanda (quarta colocada, com cinco vitórias e três derrotas – 16 pontos), que deve ter ao menos um tropeço contra China, República Dominicana ou Japão para o Brasil terminar em terceiro sem precisar olhar os critérios de desempate. Trata-se de uma possibilidade também bastante palpável, já que a China ainda está invicta na competição e o Japão joga com a força de sua barulhenta torcida.
Analisando-se a tabela da competição, são três os grandes jogos restantes:
1 – China x Holanda (sexta, às 3 horas da manhã): última grande chance das atuais campeãs olímpicas se complicarem na luta pelo título, já que depois enfrentam o time B da Sérvia e a Argentina. Apesar de as reservas da equipe do Leste Europeu terem um nível razoável de jogo, dificilmente elas conseguirão superar o time comandado por Lang Ping no sábado (3h da manhã);
2 – Rússia x Estados Unidos (sexta, às 6 horas da manhã): entrando em quadra já sabendo qual foi o resultado do jogo da China, russas e americanas farão um duelo direto que definirá quem vai secar as asiáticas nas rodadas finais pelo título ou ficará bem mais perto da prata. Não bastasse isso, trata-se de um confronto de muita rivalidade e que coloca frente a frente duas das grandes escolas do voleibol mundial;
3 – Brasil x Rússia (domingo, às 2 horas da manhã): jogo que muito provavelmente vai definir a presença de ambos os times no pódio (e a posição que ocupará, no caso da Rússia). Mesmo que o Brasil chegue à partida já sem chances de bronze, ganhar seria importante como uma amostra de força no fechamento da temporada, já que nesta Copa do Mundo a seleção acabou derrotada em todos os jogos que fez contra os principais rivais no cenário internacional (Holanda, EUA e China).
Além do jogo contra a Rússia, nesta Copa do Mundo o Brasil encara Camarões (2h da manhã de sexta) e Coreia do Sul (23h de sexta).
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