Seleção masculina é atropelada pela jovem equipe cubana na semifinal do Pan
A seleção brasileira masculina de vôlei não conseguiu a vaga na final dos Jogos Pan-Americanos de Lima, capital peruana. Liderada por Marcelo Fronckowiak, que substitui o técnico Renan Dal Zotto no comando da competição, a equipe foi completamente dominada pelo inexperiente e voluntarioso time cubano na primeira semifinal da noite deste sábado (3). Os caribenhos venceram por 3 sets a 0, com parciais de 16-25, 22-25 e 21-25.
Depois de um duelo dramático em que quase foi eliminada da competição na última partida da fase de grupos pelos norte-americanos – o time verde-amarelo acabou ganhando de virada por 3 a 2 (23-25, 21-25, 25-17, 25-19 e 15-9) -, a seleção chegou à semi para enfrentar um conjunto cubano extremamente promissor e ainda sem os atletas de peso que em breve serão repatriados e reincorporados após a realização de um acordo com a Federação local.
Entre eles, o central Simon, ex-Sada Cruzeiro atualmente no Civitanova, o oposto Michael Sanchez, que atuou pelo Vôlei Um Itapetininga na temporada passada, e Raydel Hierrezuelo, ex-levantador do argentino Bolívar.
Entretanto, a seleção B do Brasil iniciou o confronto muito mal, buscando driblar as deficiências na virada de bola que vinha enfrentando desde o começo do campeonato. Além da ineficiência no sideout, o grupo ainda apostou em uma estratégia de saque que não surtiu qualquer efeito na recepção adversária que, curiosamente, funcionou à feição não apenas no primeiro set, mas em todo o duelo.
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Soberanos na primeira parcial, os cubanos, por outro lado, apresentaram todo o poderio ofensivo que historicamente caracteriza o seu padrão de jogo, mostrando ótimo aproveitamento tanto no ataque quanto no saque (especificamente neste fundamento, os rivais fizeram 6 pontos diretos contra apenas 1 dos brasileiros). Apesar da baixa pontuação no bloqueio, os adversários amorteceram várias bolas, gerando contra-ataques bem aproveitados.
Depois do atropelamento inicial, a seleção brasileira esboçou uma reação no segundo set com um serviço flutuante mais agressivo, causando instabilidade à recepção caribenha. O ataque, até então refém do oposto Abouba – que não esteve bem e acabou substituído por Felipe Roque – melhorou um pouco, mas não foi suficiente para fazer frente ao volume de jogo cubano. Além disso, inconstante na distribuição das jogadas e impreciso em alguns levantamentos, o armador Thiaguinho pecou em momentos fundamentais da partida.
No último set, Fronckowiak fez algumas alterações no time tentando mudar o cenário da partida. A entrada do levantador Carísio e do ponteiro Honorato melhoraram o conjunto, alterando a dinâmica do jogo. No entanto, o excesso de erros (29 contra apenas 12 dos adversários) impediram o crescimento brasileiro. Desorganizada taticamente e com grandes problemas técnicos, a seleção masculina sucumbiu diante de um rival que ganhou com autoridade, demonstrando grande evolução em todos os fundamentos.
O maior destaque do confronto foi o ponteiro Osniel Melgarejo com 17 acertos. Do outro lado da quadra, o passador Kadu se sobressaiu, colocando por 12 bolas no chão. No domingo, o septeto brasileiro conquistou a medalha de bronze ao bater o Chile por 3 a 0, com parciais de 25-12, 25-19 e 25-21. A medalha de ouro ficou com a Argentina, que derrotou Cuba também em sets diretos: 25-20, 25-17 e 25-20.
*Atualizado em 05/08 às 11h
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