Carol Solberg não desiste: "Difícil, mas vamos até a última oportunidade”
"O Circuito Mundial não nos permite muito tempo nem para comemorações nem para frustrações". A frase de Carol Solberg é bastante elucidativa acerca da montanha-russa de emoções vivida por ela e sua parceira Maria Elisa no Circuito Mundial de vôlei de praia e, consequentemente, na corrida olímpica brasileira.
Depois de conquistar no domingo retrasado o vice-campeonato na etapa cinco estrelas de Gstaad, na Suíça – sendo derrotada na final pelas norte-americanas vice-campeãs mundiais Klineman e Ross –, a dupla foi eliminada pelas compatriotas Talita e Taiana no country-cota da etapa quatro estrelas de Espinho, em Portugal. Ou seja, o time caiu antes mesmo de chegar à primeira fase. Para Carol, contudo, o foco deve ser na disputa.
"O Circuito Mundial não nos permite muito tempo nem para comemorações nem para frustrações. Assim como tivemos que virar rápido a chave de Gstaad, também viramos com Espinho. Claro que fica uma tristeza e um desapontamento, mas o mais importante é que tiramos lições disso. Desde então já estamos focadas aqui em Tóquio", afirma a atleta, que jogará a etapa quatro estrelas da capital japonesa, um evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2020, a partir desta quarta-feira (24).
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"Nossa missão é difícil, não tivemos um bom início, mas a disputa está aberta e vamos buscar esse objetivo até a última oportunidade. Mais do que ninguém a gente sabe que o jogo é jogado. Então vamos olhar para frente e buscar construir o que desejamos", complementa.
Com o resultado negativo, as cariocas saíram zeradas do torneio – permaneceram com 3.370 –, perdendo a chance de se aproximar das rivais Ágatha e Duda, que abriram grande vantagem na disputa por um lugar na Olimpíada do ano que vem. Ao terminar em quarto lugar na competição, a dupla levou 560 pontos, somando 4.390. Com os 640 pontos obtidos com o bronze em Espinho, Ana Patrícia e Rebecca seguem na ponta da corrida olímpica com 4.900.
Fazendo coro com sua parceira, Maria Elisa ainda chamou a atenção para as dificuldades da logística com o calendário apertado.
"Com certeza não é uma situação muito tranquila jogar o country-cota depois de sair de uma final em que a gente teve que pegar as malas e descer três horas de carro de Gstaad, ir direto para o aeroporto e chegar à noite no dia seguinte. Era o nosso único dia de descanso. Não tinha como bater uma bola porque a areia lá é muito diferente, tem muito vento. Então a gente já chegou muito cansada para jogar praticamente na terça-feira [dia da eliminação]. A situação do country-cota é muito difícil para todo mundo porque os times do Brasil são muito bons. Você tem que estar muito bem e depois de uma final fica difícil, né?", destaca.
No entanto, apesar da desvantagem na corrida, Maria Elisa também mantém o otimismo. "O nosso time ainda tem algumas etapas esse ano para se recuperar e talvez mais uma no ano que vem. A gente está embalada para isso. Queremos muito essa vaga. Dependendo desses resultados, temos grandes chances sim. Mesmo elas estando à frente, continuamos com possibilidades. Vamos tentar agarrar essa oportunidade de fazer bons resultados com toda a nossa força", finaliza.
O critério da corrida olímpica brasileira definido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) preconiza que cada dupla pode somar os dez melhores resultados obtidos nas etapas quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial e no Campeonato Mundial. Até o momento, foram disputadas oito etapas femininas. Cada país poderá ser representado em Tóquio somente por 4 duplas (duas femininas e duas masculinas).
VEJA COMO ESTÁ A CORRIDA OLÍMPICA BRASILEIRA:
FEMININO
1) Ana Patrícia/Rebecca – 4.900 pontos
2) Ágatha/Duda – 4.390 pontos
3) Carol Solberg/Maria Elisa – 3.370 pontos
4) Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 2.970 pontos
5) Talita/Taiana – 2.530 pontos
MASCULINO
1) Evandro/Bruno Schmdit – 4.640 pontos
2) Alison/Álvaro Filho – 3.830 pontos
3) André Stein/George – 3.520 pontos
4) Pedro Solberg/Vitor Felipe – 2.800 pontos
5) Guto/Saymon – 1.900 pontos
Colaborou Carolina Canossa
Ouça o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede
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