Com tetra da Copa Brasil, Sada Cruzeiro manda recado para os rivais
Dominante no voleibol nacional ao longo desta década, o Sada Cruzeiro deu uma clara amostra que, em que pese a grande mudança sofrida em seu elenco na atual temporada, segue como o grande time a ser batido no Brasil. Neste domingo (27), a equipe comandada pelo técnico Marcelo Mendez faturou o título da Copa Brasil 2019 ao bater, em Lages (SC), o Fiat/Minas por 3 sets a 0, com parciais de 29-27, 25-22 e 25-22.
É a quarta conquista celeste em sete edições da competição (os títulos anteriores haviam sido em 2014, 2016 e 2018). Além do simbolismo de mais uma taça, a 33ª na era Mendez, o novo triunfo traz uma dose extra de confiança ao time, que sofreu no Mundial depois de substituir peças importantes na última abertura de mercado: saíram na ponta e no meio de rede os cubanos Yoandy Leal e Robertlandy Simon, que foram substituídos pelo americano Taylor Sander e pelo francês Kevin Le Roux, além do levantador argentino Nicolas Uriarte, cujo lugar foi ocupado pelo então reserva Fernando Cachopa.
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Diante de um entusiasmado Minas, que chegou à final depois de superar equipes com maior investimento, como o Sesc-RJ e a Funvic/Taubaté, o Sada se valeu de um saque flutuante que perturbou a linha de passe rival, obrigando o experiente levantador Marlon a correr demais e abusar das jogadas na saída, primeiro com Felipe Roque e depois com Davy. Sem a primeira bola, a marcação se acertou para cima dos opostos, proporcionando bloqueios importantes e erros de ataque.
Falando em erros, as falhas de saque também caracterizaram a final, com o "auge" no terceiro set, quando uma sequência de nove desperdícios no fundamento, transformando o placar de 17 a 13 em 22 a 17 para o Sada. A estratégia do Minas de serviço forçado quase deu certo no primeiro set, mas erros em contra-ataques impediram o time treinado por Nery Tambeiro de sair na frente no placar. Gradativamente, a tática foi se tornando ineficaz, impedindo qualquer tentativa de reação.
Apesar de sua segunda derrota em finais da Copa Brasil (o time havia sido derrotado em 2007 para a extinta Cimed), o Minas mostrou que será um adversário indesejado nos playoffs da Superliga, onde atualmente ocupa a sexta posição. Já o Sada provou que o espírito vencedor faz parte do DNA da equipe, para desespero dos rivais, que há anos tentam, sem sucesso, acabar com sua hegemonia no voleibol verde-amarelo.
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