Quais foram os melhores jogadores de 2018?
Como era de se esperar, 2018 foi um ano de fortes emoções para os fãs do vôlei. Afinal, foi ano de Campeonato Mundial, competição que, para a modalidade, só perde em relevância para os Jogos Olímpicos. Sua importância é tão grande que na escolha dos melhores jogadores nós levamos em consideração, entre outros critérios, não apenas o resultado, mas também o desempenho de cada atleta no torneio. O ponteiro Douglas Souza, por exemplo, que teve uma performance irregular na temporada 2017/2018 de clubes e na primeira edição da Liga das Nações, campeonato que abriu esta temporada de seleções, desencantou no Mundial e acabou entrando na lista como o único representante brasileiro.
Quer saber quem mais brilhou em 2018? Confira a lista do Saída de Rede em ordem alfabética nos naipes feminino e masculino.
Milena Rasic
Milena Rasic é uma das mais prestigiosas (e discretas) centrais da atualidade. Eficiente tanto no bloqueio quanto no ataque, a experiente sérvia de 28 anos está acostumada a frequentar os pódios e ganhar prêmios individuais nos torneios dos quais participa. Pela Sérvia, entre outras conquistas, ela levou a prata na Copa do Mundo de 2015, foi vice-campeã na Olimpíada do Rio, em 2016 – entrando para a seleção dos Jogos Olímpicos como melhor central –, e ganhou a medalha de ouro no Campeonato Europeu do ano passado.
Já pelo VakifBank, clube que defende desde a temporada 2014/2015, a central vem conquistando todos os títulos que disputa. Contudo, Rasic viveu, provavelmente, o melhor ano de sua segura carreira em 2018. Além de ter sido novamente campeã da liga turca, da Champions League e do Mundial de Clubes com o time turco, a meio-de-rede ganhou pela primeira vez o Mundial do Japão com sua seleção.
Paola Egonu
Vista como a grande sensação do Mundial do Japão, a oposta Paola Egonu já integra, com apenas 20 anos recém-completados, a lista das melhores atacantes do mundo. Principal estrela da renovada e talentosíssima seleção italiana, Egonu tem um ataque extraordinário e incrível potencial de crescimento em sua incipiente carreira. Com a Azzurra, fez uma campanha espantosa e faturou o vice-campeonato, um resultado inesperado até para os fãs italianos que imaginavam que a jovem equipe fosse "explodir" somente nos jogos de Tóquio.
A Itália, entretanto, mostrou a que veio já nesse ano, batendo seleções experimentadas, como EUA e a China, com Egonu chegando a anotar inacreditáveis 45 pontos somente na semifinal que eliminou a campeã olímpica e levou a Azzurra à final. Com a marca, a jogadora quebrou o recorde de pontuação de todos os tempos nas competições FIVB. Maior pontuadora do Mundial, com 324 acertos, Paola Egonu ainda saiu do torneio com o prêmio de melhor atacante da saída de rede.
Ting Zhu
Apontada por muitos como a melhor atleta do vôlei mundial, a chinesa Ting Zhu teve, novamente, um grande ano. Aos 24 anos, a ponta campeã olímpica foi o grande destaque de sua seleção na conquista do bronze no Mundial feminino. Com um ataque implacável – foi a terceira maior pontuadora do torneio, com 227 acertos, e ainda recebeu um dos prêmios de melhor ponteira –, Zhu também vem demonstrado evolução no passe, se tornando uma jogadora cada vez mais completa.
Já pelo seu clube, o multicampeão VakifBank, ela se destacou mais uma vez ao faturar outra Champions League e, no fim de 2018, o Mundial de Clubes batendo o brasileiro Minas Tênis Clube na final. Ignorando bloqueios e defesas adversárias, a atacante saiu do torneio como MVP e maior pontuadora (com 98 anotações).
Os fatos que marcaram o vôlei brasileiro e mundial em 2018
Aaron Russell
Um dos mais técnicos ponteiros da atualidade, o norte-americano Aaron Russell, de 25 anos, vê o seu prestígio crescer a cada nova temporada. Titular absoluto de sua seleção, o atacante da entrada de rede mostrou este ano grande evolução tanto no passe, fundamento em que costumava deixar a desejar, quanto no ataque onde sempre demonstrou um arsenal de golpes que vem sendo cada vez mais aprimorado.
Russell terminou sua participação no Mundial como o quarto maior pontuador, com 153 acertos. Todo o esforço, contudo, não foi suficiente para levar os EUA ao lugar mais alto do pódio, já que, mais uma vez, a equipe fracassou ganhando apenas a medalha de bronze. No entanto, pelo Trentino, sua mais nova "casa", o norte-americano chegou e já justificou a contratação. Além de ter levado o prêmio de MVP, ele foi o jogador com melhor aproveitamento de ataque (59.62%) no Mundial de Clubes, tendo participação essencial na conquista do penta da equipe de Trento.
Bartosz Kurek
Podemos afirmar que 2018 foi um ano de consolidação da carreira do experiente oposto polonês Bartosz Kurek. Grande estrela de sua seleção, ele nunca desfrutou de um prestígio irrefutável no cenário internacional. É que apesar de bom atacante, Kurek era considerado instável e pouco confiável. Assim como a sua equipe, o atacante teve uma trajetória marcada por oscilações, falhando em momentos decisivos tanto nas competições de clube quanto de seleção. No campeonato polonês, por exemplo, quando foi anunciado como o mais importante reforço do Resovia Rzeszow na temporada 2015/2016, terminou na segunda colocação. Já na Liga dos Campeões da Europa, levou o time a um quarto lugar com uma fraca atuação na fase final.
Pela Polônia, o retrospecto era o mesmo: nas duas Olimpíadas das quais participou (Londres 2012 e Rio 2016), jamais chegou sequer a uma semifinal. Além disso, foi cortado do Mundial de 2014 por indisciplina pelo então técnico da seleção, o francês Stephane Antiga, perdendo a chance de se tornar campeão em casa. Neste ano, entretanto, Kurek não titubeou. Aos 30 anos, ele não apenas assumiu o protagonismo na conquista do tri mundial da Polônia ao terminar o torneio como o maior pontuador – com 171 acertos –, como ainda levou o prêmio de MVP da competição.
Douglas Souza
Único representante brasileiro na lista do Saída de Rede dos atletas que mais se destacaram no ano, Douglas Souza viveu, aos 23 anos, um ano de afirmação. Ou, como ele mesmo ressalta, o melhor ano de sua carreira. Justamente criticado pelo seu fraco desempenho na temporada 2017/2018 de clubes, quando ainda atuava pelo Sesi-SP, e na seleção durante a Liga das Nações, o hoje ponteiro do EMS Taubaté Funvic superou toda a pressão e desencantou no Campeonato Mundial.
Foi o quinto maior pontuador da competição – com 150 anotações – e se tornou um dos grandes responsáveis pela conquista do surpreendente vice-campeonato mundial da seleção brasileira. Para coroar seu amadurecimento, o jogador campeão olímpico em 2016 foi escolhido o melhor atacante da entrada de rede do Mundial, ao lado do polonês Michal Kubiak, e foi eleito pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) o destaque do vôlei nesse ano, recebendo o Prêmio Brasil Olímpico.
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