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Campeã aos 38, Walewska confirma aposentadoria na próxima temporada

Carolina Canossa

22/04/2018 17h53

Walewska diz que bem estar físico foi fundamental para ela decidir continuar nas quadras (Foto: Guilherme Cirino/Saída de Rede)

"Acho que ainda tenho uma lenhazinha para queimar". Foi assim que a central Walewska respondeu aos questionamentos sobre se deixaria ou não as quadras após a conquista inédita do Dentil/Praia Clube na Superliga feminina de vôlei. Aos 38 anos, a campeã olímpica em Pequim decidiu que vai atuar por mais um ano pela equipe de Uberlândia.

"Agora será mesmo minha última temporada", comentou a jogadora, que também foi parte da seleção brasileira que ficou com a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000. "Tinha planos de ter filhos, mas isso foi adiado (…) O que importa é que ainda estou bem fisicamente e sendo efetiva. Isso me fez repensar se ia parar ou não", explicou.

Com o anúncio de Walewska, o vôlei brasileiro deixa, ao menos temporariamente, de perder um outro grande nome. É que o fim de semana foi marcado pelas aposentadorias do ponteiro Dante, do oposto André Nascimento e da líbero Fabi, todos da mesma geração da central.

Outra atleta que continuará vestindo a camisa do Dentil/Praia Clube será Fernanda Garay. Repatriada para esta edição da Superliga após quatro temporadas no exterior, a jogadora já acertou a renovação do seu contrato, assim como o técnico Paulo Coco. "Continuo aqui. Estou muito feliz e grata a esse projeto que eu abracei e também me abraçou", revelou a ponteira, um dos destaques da decisão.

Além de Wal e Garay, o Praia também negocia as contratações da levantadora americana Carli Lloyd, que atuou pelo Hinode Barueri, da ponteira Rosamaria, do Camponesa/Minas e da central Carol, que estava vestindo as cores do Nilufer, da Turquia.

Jogadoras e comissão técnica do Praia celebram a conquista após virada na final

"VIEMOS PRA FICAR"

Ao analisar a conquista após uma vitória em quatro sets sobre o Sesc-RJ na grande decisão deste domingo (22), o técnico Paulo Coco relembrou as dificuldades enfrentadas ao longo dos últimos meses, como as lesões de Nicole Fawcett, Fernanda Garay e Walewska, além da quebra de tabus como nunca ter vencido o Sesc e bater Osasco no ginásio José Liberatti.

"Foi a coroação de um trabalho e, apesar das dificuldades, a equipe mostrou muito brio. Era uma pressão enorme em virtude do investimento e da qualidade da equipe", admitiu o treinador, aliviado. "Fizemos história no vôlei brasileiro acabando com essa hegemonia do Rio, que foi mérito deles. Mas o Praia veio pra ficar", avisou.

A central Fabiana explicou o que mudou em relação ao duelo da semana passada, vencido pelo Sesc por 3 a 1. "Viemos com uma postura diferente e colocando o nosso ritmo, o que não havíamos conseguido na primeira partida. Isso fez a diferença", analisou.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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