Saque desequilibra para os paulistas na semifinal da Superliga masculina

Histórico positivo: Sesi venceu os três jogos que disputou contra o Sesc-RJ esta temporada (Foto: Helcio Nagamine/Fiesp)

As expectativas se confirmaram: Sada Cruzeiro x EMS Taubaté Funvic e Sesi x Sesc-RJ fizeram jogos bastante interessantes neste sábado (7) na abertura das semifinais da Superliga masculina de vôlei 2017/18. Os times paulistas se deram melhor, com a equipe de Daniel Castellani conquistando uma excelente vitória por 3 a 1 (23-25, 25-22, 25-17 e 29-27) fora de casa, ao passo que o time da Vila Leopoldina triunfou em uma batalha de cinco sets diante de sua torcida com parciais de 25-20, 30-32, 22-25, 25-19 e 15-11.

Os confrontos foram muito iguais, tendo como ponto de desequilíbrio foi o saque. E não estamos falando apenas de aces, mas sim em colocar a virada de bola do adversário em dificuldade. O Sesi, por exemplo, teve um serviço muito bom na primeira parcial, mas viu essa vantagem se esvair nos dois sets seguintes com a entrada de Japa no lugar de João Rafael na linha de passe e de Renan no lugar de PV – o gigante de 2,17 m esteve muito mais eficiente no ataque que o companheiro de Sesc-RJ. A solução encontrada pelo técnico Rubinho a partir do quarto set para devolver a virada foi alternar a força com um saque mais curto, o que garantiu o crescimento de seu bloqueio, fundamental para a vitória no tie-break.

Fundamental também foi Alan. Vivendo grande fase, o jovem oposto do Sesi teve outra atuação notória e chegou aos 29 pontos (dois aces e 27 pontos de ataque, com 66% de eficiência). Do outro lado da quadra, aplausos para Maurício Borges, que além dos 22 pontos de ataque, conseguiu três aces (inclusive o que fechou o segundo set) e executou muito bem seu papel quando solicitado na linha de recepção.

Horas antes, Taubaté havia apostado justamente no saque forçado para pressionar o atual campeão Sada Cruzeiro e vencer os rivais pela primeira vez na história em Minas Gerais. Em busca de seu sexto título nacional, o time de Marcelo Mendez até tentou usar a mesma tática, mas se viu prejudicado por uma noite abaixo da média de Simón e Leal, dois dos melhores sacadores da competição.

Rapha fez uma distribuição primorosa e foi fundamental para a vitória (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

Tal diferença foi refletida na quantidade de pontos cedidos em erros por cada equipe: 44 do Sada (28 no saque) contra 28 de Taubaté (23 de saque). Na tentativa de reverter a situação, Mendez tentou colocar Cachopa, levantador reserva, no lugar de Nico Uriarte, mas não teve jeito: a "cereja no bolo" da tática paulista foi justamente o match point ser convertido através de um ace de Wallace.

Com 22 pontos e 61% de aproveitamento no ataque, Wallace, aliás, foi um dos destaques de Taubaté ao lado do levantador Rapha, que fez uma distribuição primorosa e foi crucial para a equipe suportar a força da torcida adversária. O oposto cruzeirense Evandro também esteve bem, chegando a 21 pontos.

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O ponto baixo da noite ficou por conta da confusão entre Lipe e Renan, que trocaram provocações durante boa parte do jogo entre Sesi e Sesc. Irritado com o rival, o oposto passou da medida ao comemorar um ponto no terceiro set e foi prontamente respondido por Renato, que, assim como nas quartas contra o Corinthians, havia entrado no lugar de Douglas Souza. Um princípio de briga se estabeleceu e ambos acabaram punidos com o cartão vermelho pelo árbitro Silvio Silveira.

As semifinais da Superliga masculina continuam na próxima terça (10), com o Sada tentando devolver a vitória fora de casa contra Taubaté a partir das 19 horas no ginásio do Abaeté. Já o Sesc-RJ, que perdeu as três partidas contra o Sesi realizadas nesta Superliga, lutará contra este estigma a partir das 21h30 na Jeunesse Arena. Os dois duelos terão transmissão do SporTv.

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*Colaborou Sidronio Henrique