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Classificação do Sesc à semi é ofuscada por novo erro grave de arbitragem

Carolina Canossa

28/03/2018 23h16

Sesc-RJ se garante entre os quatro melhores em sua primeira temporada na Superliga (Foto: Luciano Claudino/ Vôlei Renata)

Queria apenas escrever sobre os pontos fundamentais para que o Sesc-RJ fizesse 24-26, 25-19, 25-23 e 25-20 e chegasse às semifinais da Superliga masculina de vôlei: saque explorando a fragilidade da recepção dos ponteiros do Vôlei Renata, a velocidade do levantador Thiaguinho, as boas jogadas pelo meio e o excelente tempo de bloqueio de Maurício Souza. Mas não será possível: é que, pela terceira partida seguida nos playoffs, um grave erro de arbitragem manchou o que aconteceu em quadra.

Na noite desta quarta (28), o lance polêmico se deu no encerramento do terceiro set: ao tentar defender com o pé uma bola atacada por Tiago Mão, o central Tiago Barth acabou deixando a bola resvalar no chão. O árbitro Luiz Henrique Coutinho, porém, não percebeu e permitiu que a jogada corresse até que o oposto PV conseguisse o 25º ponto da equipe carioca. Os jogadores do Vôlei Renata bem que tentaram protestar, mas sem sucesso.

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Ao contrário do que aconteceu nos duelos entre Sesi x Corinthians-Guarulhos e EMS Taubaté Funvic x Minas, desta vez o vídeo check (previsto apenas a partir das semifinais por questão de custos) não resolveria o problema, já que a possibilidade de verificar se uma bola bateu de fato no solo ainda não é contemplada pelo sistema Hawk-Eye. Pelas imagens do canal "SporTv", porém, é possível ver que isso aconteceu. Com base em sua experiência, o ex-jogador e comentarista Nalbert ainda acrescentou que a bola subiria mais e tomaria outra direção se tivesse batido somente no pé de Barth.

Confira abaixo, a partir de 1h56min56s:

O agravante do ocorrido esta noite é que o primeiro árbitro era Luiz Henrique Coutinho, o mesmo que já havia falhado no Sesi x Corinthians. Ou seja: além de ampliar o uso do sistema de vídeo check, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) precisa urgentemente reciclar seus juízes e afastar temporariamente aqueles que falharem gravemente. Não se trata de uma "caça às bruxas", mas sim de evitar que os problemas se tornem ainda maiores a ponto de afetar a credibilidade da competição, além de prezar os profissionais do apito, que são extremamente pressionados e quase nunca contam com o suporte adequado para o exercício da função. Esta noite, por exemplo, a tensão do duelo ainda foi aumentada pelo estranhamento entre Vini, do Vôlei Renata, e João Rafael, do Sesc.

Voltando ao jogo, a derrota marca ainda o fim da temporada para Leandro Vissotto, que voltou ao Brasil sonhando com uma nova oportunidade na seleção e encerra a Superliga como maior pontuador até o momento, a despeito das dificuldades na diagonal curta. O time comandado por Giovane Gávio, por sua vez, tem um alívio após viver péssima fase no fim do returno e agora aguarda o vencedor do confronto entre Sesi x Corinthians para tentar chegar à grande decisão logo em sua primeira participação na elite do vôlei nacional.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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