Inspirado em Bernardinho, Rodrigão faz cursos e cogita virar treinador
O primeiro foi o ex-oposto Anderson Rodrigues, cujo trabalho com o Terracap/BRB/Brasília Vôlei chamou a atenção na última temporada da Superliga. O próximo pode ser Rodrigão. Também integrante da geração brasileira que encantou o mundo nos anos 2000, o ex-central tem se preparado para virar técnico e, assim como o antigo companheiro de equipe, pode aparecer na beira de quadras pelo Brasil em breve.
No último mês de novembro, Rodrigão completou o nível II do curso de treinadores da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), que o habilita a treinar categorias de base. No começo de 2018, tem planos de cursar o próximo estágio, que dá autorização para preparação de times da Superliga. "Sempre participei da parte de esquema tático da seleção e tive a oportunidade de trabalhar com o Bernardo (Rezende) e o Chico (dos Santos), que são grandes estudiosos. Gostava muito e tinha vontade de fazer os cursos de treinadores. Desta vez, deu certo", comentou Rodrigão, em entrevista exclusiva ao Saída de Rede.
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Rodrigão ainda lembra que o litoral paulista tem vários locais com estrutura para receber a Superliga de vôlei, como o ginásio Falcão (capacidade para três mil espectadores), o ginásio Magic Paula (mil espectadores) e até um ginásio que leva seu próprio nome (também para mil espectadores): "Aqui é bem bacana em relação a isso. A Baixada Santista tem muito para oferecer em relação ao esporte".
Assim como o próprio Anderson, a inspiração de Rodrigão como técnico é Bernardinho. "Ele não é uma das minhas referências, ele é "a" referência", deixa claro o ex-central. "É um treinador que deu certo pela forma de trabalhar e conduzir o grupo", complementa.
A condução do grupo, aliás, é a maior dificuldade detectada pelo paulista na nova carreira. "É bem complicado administrar pessoas diferentes, com pensamentos diferentes e trazê-las para o mesmo objetivo. O técnico tem que ser muito psicólogo em relação a essa questão. As decisões e as opções dele estão mexendo diretamente com os sonhos de muitos atletas. Você tem que estar sempre se policiando para machucar o menos possível", afirmou.
Com a documentação na Federação Paulista regularizada, Rodrigão já tem auxiliado nos treinos de um time adulto na Praia Grande "para ver como é na parte prática". Esta, porém, é apenas mais uma das atividades do atleta de 38 anos, que, além do trabalho na Prefeitura, também defende a cidade em campeonatos menores de vôlei de praia e participa de torneios de pôquer. "Não dá é para ficar parado, né?".
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