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Paulo Coco ignora pressão no Dentil/Praia: "Há equipes à nossa frente"

Carolina Canossa

25/10/2017 06h00

Depois de quase levar o Minas à final da última Superliga, Coco foi contratado para acabar com o jejum do Praia (Fotos: Divulgação/Dentil/Praia Clube)

As tentativas bateram na trave nas duas últimas temporadas, mas o Dentil/Praia Clube não desiste: de olho em um lugar no rol dos campeões da Superliga feminina, a equipe do Triângulo mineiro segue a edição 2017/2018 da disputa com um alto investimento. Além de manter as prestigiadas centrais Fabiana e Walewska, o time trouxe as ponteiras Fernanda Garay e Amanda, a líbero Suelen e a oposta americana Nicole Fawcett para tentar finalmente acabar com a supremacia do Sesc no cenário nacional.

Ao menos na teoria, tal elenco é suficientemente capacitado para que a meta seja atingida. Mas o técnico Paulo Coco, outro recém-chegado, garante que tantos nomes estrelados não significa uma pressão maior. Muito menos, favoritismo. "Há equipes que estão na nossa frente e vêm mostrando isso ao longo dos anos, como é o caso do Sesc RJ, do Vôlei Nestlé e do Camponesa/Minas. Também não podemos esquecer do Hinode Barueri, que é comandado pelo Zé Roberto Guimarães e foi muito bem no Campeonato Paulista, do Pinheiros… Será um grande campeonato e não temos mais pressão do que ninguém", avaliou o treinador, em entrevista exclusiva ao Saída de Rede.

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Americana Fawcett foi um dos reforços do time mineiro

O primeiro aviso foi dado: no Campeonato Mineiro, o Praia acabou derrotado pelo Minas por 3 a 0, terminando com o vice-campeonato. "(A derrota) É compreensível pelo fato de que nossas peças-chave nunca jogaram juntas antes desta temporada, mas sem dúvida eu esperava mais em função do que foi treinado. Ficamos abaixo, especialmente no volume de jogo. Desperdiçamos muitos contra-ataques e a equipe não teve a consistência esperada", analisou o técnico.

Na visão de Coco, que também é assistente técnico da seleção brasileira, o fato de o Praia ainda não ter conquistado um título nacional em sua história pesa negativamente.

"Talvez isso seja o mais difícil. Quantos anos nós não passamos com a seleção com o estigma de não chegar? Sabemos que a dificuldade de fazer essa transformação é grande. Nossos rivais já têm uma noção do caminho das pedras, algo que a gente não tem. Apesar de contarmos com jogadoras que já conquistaram muitas coisas na carreira, como equipe ainda temos muito a construir. Temos capacidade individualmente nas peças, mas falta transformar isso em uma coletividade intensa, que possa bater de frente com essas grandes potências", comentou.

Depois do começo oscilante de temporada, o Praia largou muito bem na Superliga 2017/2018, com vitórias por 3 a 0 sobre o Renata Valinhos/Country e o São Cristóvão Saúde/São Caetano. O próximo desafio do time é na sexta (27), contra o Pinheiros, fora de casa.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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