Exemplo no Sul: Maringá faz transmissões web de qualidade com baixo custo
A preocupação em ter uma transmissão profissional, sem erros que possam comprometer a imagem do campeonato e de patrocinadores, foi o principal argumento usado pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) para impedir as transmissões online disponibilizadas pelos próprios times que disputam as atuais edições da Superligas. Trata-se de cuidado válido, mas vem do Paraná o exemplo de que é possível agradar todos os lados interessados no assunto.
Presidido pelo craque Ricardinho, o Copel Telecom Maringá disponibilizou ao vivo no YouTube os jogos de um torneio amistoso que promoveu em outubro. A transmissão impressiona pelo profissionalismo: placar na tela, narrador e até um comentarista ilustre, o campeão olímpico Gustavo Endres. No terceiro e último dia de disputas, houve até vinheta, além de três câmeras que mostravam os lances em quadra com maiores detalhes (clique aqui para ver o vídeo completo).
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"Para quem estava assistindo, parecia uma televisão. Foi maravilhoso", comentou Carmem Panza, diretora do time. "O patrocinador ficou feliz da vida e, em função desta retransmissão, tivemos até patrocinadores ligando querendo saber como funcionava", contou.
A ideia e a viabilidade da transmissão ficou por conta de Leandro Lacar da Silva, assessor de comunicação da equipe. Nutricionista de formação, ele usou a experiência adquirida no desenvolvimento de um software na sua área para viabilizar um sistema de baixo custo para transmissão de jogos online. "Foi um sucesso. Tivemos um pico de 1760 pessoas ao vivo em jogos que aconteceram no meio da tarde em dias de semana", afirmou.
O projeto foi tão bem sucedido que a loja de artigos esportivos "Mundo Vôlei", que ajudou a bancar a transmissões na Copa Copel Telecom, decidiu ajudar Maringá na compra de uma estrutura mais adequada, como computadores, placas de capturas e até câmeras Go Pro. O custo total ficou em cerca de R$ 35 mil, mas, por enquanto, esses equipamentos estão parados devido ao trecho do regulamento da Superliga que só permite aos clubes transmitirem seus próprios jogos através de canais da própria CBV.
"Tentamos fazer no nosso primeiro jogo da Superliga, mas, quando colocamos a transmissão em um documento que enviamos para a CBV chamado "Minuto a Minuto" e que descreve tudo o que vai acontecer, eles disseram 'não'. Alegaram que a proibição está no regulamento, o que é verdade", relatou Carmem, lembrando que durante a Copa amistosa as normas da Superliga 2016/2017 ainda não estavam prontas. "A gente respeitou e não fez mais. Mandamos ainda vários e-mails solicitando (a liberação), mas a resposta foi categórica. Acatamos, deixamos o projeto guardado e o prejuízo na gaveta para ver no que dá na temporada que vem", explicou.
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A dirigente diz entender a posição da CBV, mas acredita que a situação possa se resolver com mais diálogo. "A preocupação deles com a qualidade é justificável, pois senão qualquer um poderia fazer de qualquer jeito, mas a CBV é uma empresa com um marketing muito bom e poderia desenvolver regras novas e específicas", destacou.
As transmissões de torneios da modalidade via YouTube não são novidade nos canais oficiais. A própria Federação Internacional de Vôlei (FIVB) utiliza o recurso desde o ano passado – foi assim com os pré-olímpicos mundiais masculino e feminino, com a Liga Mundial e o Grand Prix. Por aqui na América do Sul, a Associação de Clubes Liga
Argentina de Voleibol (Aclav) já o faz há alguns anos, no canal da emissora TyC Sports no YouTube. A maioria das partidas que não são transmitidas pela TV, migram para a internet, todas elas com narradores e algumas até com comentaristas.
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