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Brasil sofre com altos e baixos, mas consegue revanche contra a Sérvia na Liga Mundial

Carolina Canossa

18/06/2017 18h07

Brasil, de Lucão, começou bem, mas queda de rendimento quase propiciou o tie break (Fotos: FIVB)

Os fãs que se animaram em ver a reedição da final da Liga Mundial 2016 neste domingo (18) acabaram decepcionados: apesar de terem entrado em quadra com os mesmos titulares da decisão do ano passado, Brasil e Sérvia fizeram uma partida sonolenta em quadra, reflexo da preparação de ambas as equipes para a fase final da competição. Ainda assim, os comandados do técnico Renan Dal Zotto alcançaram o objetivo principal e venceram por 3 sets a 1, parciais de 25-22, 25-16, 17-25 e 25-23.

Com o resultado, os campeões olímpicos não só conseguiram a revanche como também se recuperaram da inesperada derrota para a Argentina no sábado, no mesmo Orfeo Superdomo, em Córdoba. Há de se comemorar ainda o fato de o time ter errado bem menos desta vez que contra os rivais sul-americanos (20 a 33).

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Ponto forte da Sérvia, o saque teve altos e baixos ao longo da partida – aliás, o melhor em quadra no fundamento foi um brasileiro, Maurício Souza, que não se caracteriza por pancadas, mas sim por um flutuante bastante venenoso que lhe rendeu nada menos que seis aces. No segundo set, o central fez uma extensa passagem pelo serviço que praticamente definiu a parcial.

A virada de bola também foi um ponto que deixou a desejar: entre os sérvios, somente Ivovic (que jogará pela Funvic Taubaté na próxima temporada) foi uma peça de confiança do levantador Jovovic, enquanto pelo lado verde-amarelo os jogadores tiveram um "apagão" a partir da terceira etapa, complicando um jogo que caminhava para ser tranquilo.

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Como se não bastasse, a defesa brasileira também caiu de rendimento, passou a propiciar menos contra-ataques e fez com que o tie-break se tornasse uma possibilidade real, algo que por pouco não aconteceu. Presente em quase todas as partidas da equipe na Liga, a instabilidade do jogo coletivo é um aspecto a ser trabalhado pela comissão técnica nos treinamentos dos próximos dias – caso contrário, será difícil quebrar o jejum de títulos da Liga Mundial, iniciado em 2010.

Em termos individuais, Wallace foi o brasileiro que mais contribuiu em pontos no duelo, com 19.

Com o resultado, o Brasil acumula seis vitórias em nove partidas na era Renan Dal Zotto, que se iniciou juntamente com a Liga Mundial 2017. Classificados, os dois times podem voltar a se encontrar na fase final da competição, que será disputada de 4 a 8 de julho no estádio da Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Além de Brasil e Sérvia, estarão também no Paraná as seleções da França, Rússia, Canadá e Estados Unidos.

A última vaga foi definida com a vitória da Argentina sobre a Bulgária por 3-1. Os americanos, que mais cedo haviam vencido a Polônia por 3-1, dependiam do resultado desta partida para avançar às finais. A seleção búlgara precisava vencer por qualquer placar para seguir no torneio. Com a vitória sul-americana, os EUA se classificaram. Se a divisão dos grupos das finais for feita pelo método serpentina, utilizado há anos na competição, então teremos Brasil, Rússia e Canadá numa chave, enquanto França, Sérvia e EUA se enfrentam na outra. Os dois primeiros de cada grupo vão às semifinais.

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Matéria atualizada às 21h05

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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