Brasil se recupera e fecha participação na Copa do Mundo com boa vitória
Depois dos quatro tropeços que tiraram a seleção brasileira feminina de vôlei da briga por medalhas, a expectativa era que a equipe pelo menos se despedisse da Copa do Mundo do Japão com uma boa atuação. O adversário foi a tradicional Rússia, velha conhecida que já entrou em quadra com o bronze garantido.
E as brasileiras corresponderam vencendo, neste domingo (29), na cidade de Osaka, um dos maiores clássicos do vôlei mundial por 3 a 1 (26-28, 20-25, 25-21 e 19-25). Com o triunfo, o Brasil encerrou sua participação na competição no quarto lugar.
O saque e o bloqueio foram os fundamentos mais decisivos para o Brasil não apenas no começo da primeira parcial, mas em todo o cotejo. Colocando imensa pressão na linha de passe russa, a seleção rapidamente abriu 16 a 10 no marcador. Sem as melhores opções de jogo, a armadora Startseva – que acabou substituída por Romanova – recorreu às costumeiras bolas altas pelas pontas, facilitando o trabalho do bloqueio verde e amarelo, responsável por 6 pontos somente neste set.
As ótimas defesas, especialmente da líbero Camila Brait, que atuou como titular e brilhou no fundo de quadra durante todo o confronto, também merecem destaque. No entanto, quando tudo se encaminhava para uma vitória tranquila no set, o time de José Roberto Guimarães voltou a se perder na recepção, permitindo a reação rival e o empate em 22 a 22. O Brasil precisou de 3 set points para largar em vantagem na partida.
Confira mais:
– No Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede: Seleção feminina mantém hegemonia sul-americana
O duelo seguiu parelho e com ralis bem disputados no segundo set. Se valendo de uma recepção um pouco mais ajustada, a levantadora Macris teve novamente uma performance bastante segura, driblando o alto bloqueio russo com uma variação de jogadas aceleradas tanto pelo meio com Fabiana e Mara quanto pelas extremidades com Gabi e Amanda.
Lorenne também se saiu muito bem como o desafogo nas bolas mais complicadas. Mais solto e vibrante na partida, o selecionado nacional ampliou a vantagem no placar com bom aproveitamento no ataque. Os erros adversários nos momentos cruciais da parcial também colaboraram.
As europeias iniciaram o terceiro set tentando correr atrás do prejuízo. A armadora Romanova, com um passe mais estável, buscou imprimir um ritmo de jogo menos "quadrado" e mais veloz, utilizando as centrais Efimova e Koroleva. Assim, com maior eficiência na virada de bola e nos contra-ataques, elas assumiram a liderança no placar com 7 a 2. Foi através do saque, entretanto, que as brasileiras diminuíram a diferença, se recolocando na disputa na parcial.
Ainda assim, o Brasil permaneceu em desvantagem durante todo o set e não conseguiu conter o crescimento russo no sideout. Além do ataque, as comandadas do italiano Sergio Busato melhoraram bastante no bloqueio – foram 4 pontos marcados no fundamento nesta parcial contra nenhum das bicampeãs olímpicas.
Em um quarto set também equilibrado, o Brasil conseguiu abrir margem (19 a 13) na reta final através do saque, que voltou a azucrinar a linha de passe russa, da virada de bola – a ponteira Amanda foi decisiva em momentos importantes – e do bloqueio (foram 13 pontos no fundamento ao total contra 12 das rivais), que reapareceu. Deste modo, a equipe garantiu a vitória.
Os maiores destaques do jogo foram as opostas. Lorenne e Goncharova marcaram 21 pontos cada. Pelo lado verde e amarelo, ainda se sobressaíram Amanda, Fabiana e Mara com 17 e 14 acertos (as centrais fizeram o mesmo número de pontos).
Mais cedo, o pódio da Copa do Mundo foi totalmente definido. Os Estados Unidos asseguraram a segunda medalha de prata de sua história no torneio ao vencerem a Coreia do Sul por 3 a 1, parciais de 21-25, 16-25, 25-16 e 22-25. A seleção russa ficou com o bronze, batendo o Quênia em sets diretos com uma rodada de antecedência. O mesmo aconteceu com a China, que garantiu o pentacampeonato ao superar, na sexta-feira (28), a Sérvia B também por 3 a 0.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.