Recepção volta a falhar e Brasil perde a semifinal para os EUA
A vitória sofrida conquistada "na marra" contra a equipe iraniana já tinha sido um teste de fogo para a seleção brasileira masculina de vôlei na fase final da Liga das Nações. Pois a semifinal deste sábado (14), em um dos maiores clássicos do vôlei mundial, não deixou por menos. Só que jogando na cidade de Chicago diante dos donos da casa, o time de Renan Dal Zotto voltou a cometer graves falhas na recepção e acabou superado pelos norte-americanos por 3 sets a 2 (parciais de 25-21, 17-25, 21-25, 25-20 e 15-9).
Bronze na Liga das Nações do ano passado, a seleção norte-americana começou o confronto procurando explorar justamente aquele que tem sido o maior problema do selecionado nacional em toda a competição: a recepção. Com um serviço variado entre o flutuante e o viagem, os donos da casa conseguiram desarrumar a linha de passe brasileira, que esteve oscilante especialmente na metade da primeira parcial. Com isso, o levantador Cachopa, escalado como titular no lugar de Bruno, teve dificuldades para armar suas jogadas.
A partir de metade do set, contudo, a recepção passou a se mostrar mais estável, mas os atacantes brasileiros demoraram a engrenar e cometeram erros importantes tanto na virada de bola quanto nos contra-ataques. Ao total, os comandados de Renan deram 11 pontos de presente em falhas de saque e de ataque aos adversários e receberam apenas 4.
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O Brasil, no entanto, começou a mudar os rumos do confronto a partir do segundo set. Com mais volume de jogo e intensidade, os campeões olímpicos cresceram na partida contando principalmente com a evolução de Wallace e Leal no ataque, além de ótimas coberturas na defesa tanto de Maique quanto de Lucarelli.
Com isso, chegaram a abrir 14 a 9 no placar. O técnico John Speraw ainda tentou, sem sucesso, mudar o jogo colocando o ponta Jaeschke no lugar de Russell. Assim, desestabilizados, os rivais tiveram uma queda expressiva no aproveitamento do serviço e no sideout.
Nitidamente pressionada e ansiosa para fazer um bom resultado em seus domínios como uma forma de promover o vôlei, um esporte tão pouco popular no país, a seleção americana também começou atrás no marcador na terceira etapa. Destaque para o armador Cachopa, que se mostrou novamente seguro na distribuição tanto pelas extremidades quanto pelo meio de rede. Além disso, os brasileiros também sacaram melhor nesta parcial, pondo a armação do levantador Christenson em dificuldades.
Contudo, cientes da fragilidade do Brasil na recepção, os americanos voltaram para o tudo ou nada no quarto set apostando no saque balanceado. Foi desta forma que a equipe de John Speraw conseguiu se recuperar emocionalmente na partida. Do outro lado da quadra, o septeto brasileiro voltou a sofrer no passe.
A equipe mandante ainda cresceu no sideout, diferentemente do Brasil, que se desconcentrou e cometeu erros bobos em momentos decisivos. Outro ponto negativo foi também o bloqueio, que teve um rendimento muito baixo em todo o confronto (foram 4 pontos de bloqueio dos brasileiros contra 11 dos rivais).
No set decisivo, a linha de passe voltou a fazer imensa diferença contra o Brasil. Desmontado emocionalmente, o time de Renan cometeu falhas ainda na virada de bola e no saque (somente no serviço, foram 5 erros no tie-break). Ao total, o Brasil deu 33 pontos em erros aos americanos e recebeu 31. O maior pontuador do jogo foi o ponta/oposto Matthew Anderson com 22 acertos, seguido de seu companheiro de equipe Sander, além de Wallace, com 17 cada.
Com o revés, os brasileiros buscarão o bronze contra a jovem equipe polonesa neste domingo às 17h. Os poloneses perderam a outra semi para os russos por 3 sets a 1, parciais de 19-25, 26-24, 22-25 e 21-25. Assim, em busca do bi na competição, os russos enfrentarão os americanos na grande final às 20h (ambos os jogos terão transmissão do SporTV2).
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