Brasil supera falhas no passe, vence Irã e vai à semi da Liga das Nações
O cenário era de pressão para Brasil e Irã: quem perdesse, daria adeus à Liga das Nações, ao passo que o vencedor avançaria à semifinal da competição. E os times reagiram de acordo com o histórico dos últimos anos: enquanto os brasileiros superaram o cenário adverso, os asiáticos mais uma vez sucumbiram no momento decisivo. O placar foi de 3 sets a 2, parciais de 25-20, 25-23, 24-26, 20-25 e 15-10.
Não que a seleção masculina tenha feito uma apresentação de encher os olhos: principal problema da equipe até o momento, as falhas na recepção voltaram a aparecer tanto no saque flutuante quanto no viagem, num filme parecido ao visto na derrota diante do time B da Polônia, há dois dias. Esteve, inclusive, muito perto de tomar uma virada que seria histórica, mas, por sorte, o Irã voltou a falhar quando não podia: além dos 33 pontos cedidos em erros, o time asiático desperdiçou uma vantagem de 8-5 no último set, para decepção de uma barulhenta torcida em Chicago (EUA).
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O espírito combativo, de não desistir diante das dificuldades, foi essencial para a sobrevivência do Brasil na competição. Do outro lado da quadra, os iranianos demonstraram um enorme descontrole mental, reclamando em excesso de decisões da arbitragem na segunda metade do tie-break, catimbando o jogo e cometendo erros juvenis na hora mais importante do confronto.
Na semifinal, o Brasil vai enfrentar os Estados Unidos, que bateram a Rússia já no início da madrugada de sábado (13) por 3 a 0 (25-21, 25-17 e 25-20), em duelo programado para 18h45 (horário de Brasília). Na sequência, os russos encaram a Polônia pela outra vaga na decisão.
PASSE VOLTA A COMPROMETER
Ciente das dificuldades de seus comandados na recepção, o técnico Renan Dal Zotto logo de cara optou por Douglas Souza como titular no lugar de Yoandy Leal. O ponteiro campeão da Superliga da EMS Taubaté Funvic, porém, não correspondeu e acabou substituído por Maurício Borges, que conseguiu dar um mínimo de estabilidade no passe para o levantador Fernando Cachopa, este também alçado à equipe principal desde o início no lugar de Bruno.
A tática deu certo até o terceiro set, muito por conta também de boas passagens no saque de jogadores brasileiros. Uma excelente sequência de Ricardo Lucarelli ainda no começo da partida, por exemplo, foi responsável pela construção de uma vantagem no placar que, minutos depois, se revelaria fundamental para a vitória na primeira parcial. O mesmo aconteceu na reta final do segundo set, quando duas boas passagens de Lucão e Wallace no serviço desequilibraram um jogo que tendia para o empate iraniano
Parecia que a história iria se repetir no terceiro set: com dificuldades no passe, o Brasil viu o Irã tomar a frente até que Bruno foi para o saque recolocou o time no jogo. Também com o auxílio de belas defesas, o sul-americanos empataram um placar que chegou a ser de 18-22. Mas, às portas da eliminação, os iranianos foram valentes e tiveram concentração suficiente para forçar os erros da linha de passe verde-amarela, forçando o quarto set.
WALLACE MAL EM QUADRA
Uma premissa básica do vôlei é que, quando o passe não funciona, o oposto precisa aparecer. Mas Wallace desta vez decepcionou e não conseguiu ser a bola de segurança do Brasil, fechando o duelo com apenas 10 pontos e apenas 30% de aproveitamento no ataque.
Renan então optou pelo reserva Alan nos momentos decisivos da partida, mas a rede travou no meio do quarto set e um placar de 15-11 virou 15-17. A virada empolgou os iranianos, que cresceram demais especialmente através do levantador Saeid Marouf e do ponteiro Milad Ebadipour, que terminou com 22 pontos. O jogo então foi para o tie-break, quando eles deram toda a pinta que conseguiriam um resultado histórico, não fosse a perda de controle mental, que deixou o time no quase mais uma vez, para alegria dos brasileiros, que agora vão tentar superar a quarta colocação da Liga das Nações 2018.
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