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Cara nova na seleção, Flávio foca "jogo a jogo" para seguir se destacando

Carolina Canossa

11/07/2019 06h00

"Cria" do Minas, Flávio vai deixar o time de BH para defender o Sesc-RJ na próxima temporada (Foto: Guilherme Cirino/Saída de Rede)

Faz pelo menos quatro anos que o central Flávio Gualberto está no radar na seleção brasileira masculina de vôlei, mas a primeira grande oportunidade no time A nacional só veio agora, na Liga das Nações 2019. Chamado pelo técnico Renan Dal Zotto após mais uma boa temporada na Superliga pelo Minas, ele entrou na fase classificatória da competição como o sétimo melhor bloqueador, o único brasileiro no top 10 do fundamento.

Em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, Flávio, que começou no vôlei por acaso, contou quais foram suas primeiras impressões neste novo passo da carreira, o do alto nível internacional.

Prata da seleção feminina na Liga das Nações é o tema do terceiro episódio do nosso podcast: ouça!

"A característica dos centrais a nível internacional é um pouco diferente: no Brasil ainda tem muito a cultura do bloqueio e internacionalmente é menos bloqueio e mais saque e ataque. Tanto é que não há muito o central bloqueador. Os brasileiros, por exemplo, estão entre os que mais se destacam neste fundamento", observa o atleta.

Entrosamento com Bruno é um dos pontos que Flávio vê como a serem melhorados em seu jogo

E é justamente o saque, fundamento que há dois anos ele já definia como seu pior, que continua incomodando Flávio. "É algo que quero melhorar cada vez mais. Também preciso ganhar um pouco mais de entrosamento com o Bruno. É a primeira vez que jogo com ele efetivamente e essa parte do ataque depende muito desse entrosamento com o levantador. Neste sentido, sei que posso melhorar bastante", analisa.

Feliz por ter conseguido "aproveitar as oportunidades" que teve até Chicago, Flávio admite uma "sensação de ansiedade, um frio na barriga" na sua primeira disputa de título deste nível com a seleção principal. "Estou sentindo que tudo que estou vivendo está sendo especial", comenta o jogador. "Depois de uma infelicidade do Maurício Souza, caiu no meu colo mais uma responsabilidade. Tudo isso tem um gostinho muito especial. A minha preparação é focar jogo a jogo no que posso ajudar a seleção a cada partida. Não penso no final e sim no processo", finaliza.

O próximo grande desafio para Flávio já tem data e hora: sexta-feira (12), às 19 horas (horário de Brasília). Derrotada na primeira rodada da fase final da Liga das Nações pela Polônia, a seleção masculina precisa vencer se quiser continuar na disputa pelo título.

*Colaborou Janaina Faustino

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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