Com força do elenco, seleção masculina se impõe e vence equipe russa
Contra o adversário mais tradicional e qualificado desta etapa, a melhor performance. Depois do desempenho irregular diante da Bulgária e da vitória para lá de sofrida conquistada aos trancos e barrancos contra a esforçada Alemanha, a seleção masculina de vôlei encarou, neste domingo (23), no encerramento da penúltima semana da fase classificatória da Liga das Nações, a poderosa equipe russa, atual campeã do torneio, em um dos maiores clássicos do voleibol mundial.
No último encontro entre as equipes, contudo, a Rússia se deu melhor, vencendo o Brasil por 3 sets a 0 na semifinal da Liga das Nações do ano passado. Mas, desta vez, jogando diante de sua torcida, em Cuiabá (MT), o time de Renan Dal Zotto finalmente apresentou um voleibol bem mais convincente em casa, batendo a jovem equipe russa – que veio ao Brasil sem suas grandes estrelas, mas com uma equipe extremamente competitiva – por 3 sets a 0, parciais de 25-17, 25-21 e 28-26. Com o resultado, o time assumiu a liderança do torneio, somando 11 triunfos em 12 jogos.
Diferentemente do que aconteceu na partida contra os alemães, a seleção brasileira começou o duelo diante dos russos mostrando mais concentração e consistência no seu conjunto. Em que pese a quantidade de erros (8 somente na primeira parcial) e a instabilidade na linha de passe que, infelizmente, está se tornando costumeira, a equipe se saiu muito bem na estratégia de saque variado e principalmente na virada de bola. Os europeus anotaram apenas 6 pontos de ataque enquanto que os atuais campeões olímpicos fizeram 12. Nota positiva para o oposto Wallace, que teve um excelente aproveitamento no ataque, virando 5 das 7 bolas recebidas.
Mesmo ainda desarticulado na recepção na segunda parcial, o time verde e amarelo continuou se sobressaindo no ataque. Para tanto, se valeu de uma boa distribuição do levantador Bruno, que voltou a ter uma performance segura acionando tanto as bolas de primeiro tempo com Maurício Souza e Lucão, quanto pelas extremidades com Wallace e Lucarelli. Douglas Souza, apagado, acabou substituído por Maurício Borges.
Os russos melhoraram nas ações ofensivas, mas seguiram cometendo erros, o que acabou freando qualquer reação na segunda etapa. É importante ressaltar também o volume de jogo da seleção brasileira, com o sistema defensivo bem ajustado e o consequente bom aproveitamento nos contra-ataques, além do desempenho satisfatório no bloqueio.
Buscando mudar o panorama, o técnico finlandês Tuomas Sammelvuo sacou o armador Kovalev e escalou Igor Kobzar, que equilibrou a partida com outra tática de distribuição. Assim, bem mais equilibrada, a Rússia cresceu no duelo. Mais ousado, Kobzar mudou o set, passando a utilizar mais as bolas rápidas de meio, sobretudo com o central Ilyas Kurkaev. Aliás, foi em uma passagem de saque do levantador que a Rússia conseguiu abrir 19 a 15 no marcador.
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Contudo, apesar de terem feito 7 aces no confronto, os europeus, na dianteira do set, seguiram desperdiçando saques e falhando em momentos cruciais. Ao total, os russos deram 31 pontos de presente em falhas ao Brasil. Se compararmos com a performance contra a Alemanha, veremos que a seleção errou bem menos – 20 vezes.
Renan, então, apostou novamente no banco de reservas para virar o jogo. E foi justamente com um serviço de Alan – que entrou na inversão com Cachopa e repetiu o que já havia feito contra a Alemanha, se destacando no ataque em bolas importantes na reta final do set – que o Brasil conquistou a vitória. Os maiores pontuadores da seleção foram Wallace e Lucarelli, com 12 e 11 acertos, respectivamente.
Com o triunfo, a seleção brasileira praticamente carimbou o passaporte para a fase final, que ocorrerá em Chicago, nos EUA. Para perder a vaga, o Brasil precisaria sair derrotado de todas as partidas da próxima semana e teria que perder uma vantagem significativa de sets average para ser ultrapassada pela Polônia, que atualmente ocupa a sexta posição na tabela de classificação.
Assim, os comandados de Renan Dal Zotto fecharão a participação na fase classificatória da Liga das Nações em Brasília, onde enfrentará França, Canadá e Itália entre os dias 28 e 30 de junho.
Ouça o Voleicast, podcast de vôlei do Saída de Rede
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