Em jogo nervoso, seleção masculina erra muito e bate a Alemanha no sufoco
A seleção masculina de vôlei conquistou, na noite deste sábado (22), a sua 10a vitória em 11 jogos na Liga das Nações. Novamente atuando no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá (MT), a equipe, contudo, venceu com muita dificuldade o time alemão, 14o colocado na tabela da competição, por 3 a 2, parciais de 20-25, 25-18, 21-25, 25-17 e 15-12.
Em uma partida que começou equilibrada e tecnicamente abaixo do esperado em função dos erros de saque e de ataque, a seleção brasileira pouco agrediu a linha de passe alemã, facilitando a armação e a aceleração das jogadas do levantador Zimmermann. Assim, jogando sem responsabilidade, o conjunto liderado pelo italiano Andrea Giani cometeu vários erros na parcial, sobretudo de saque, mas conseguiu compensar nas ações ofensivas e no bloqueio que, embora não tenha se convertido em muitos pontos, amorteceu vários ataques brasileiros.
Por outro lado, o time de Renan Dal Zotto voltou a oscilar na recepção e também falhou bastante – foram 10 erros somente nesta parcial, 1 a menos do que os alemães -, mas não teve a mesma eficiência no sideout e no bloqueio. O oposto Wallace, por exemplo, passou em branco no primeiro set e acabou substituído por Alan.
E o atacante do Sesi-SP entrou muito bem na segunda etapa do duelo, se sobressaindo na defesa, no ataque e no saque – foi em uma passagem dele pelo serviço que a equipe verde e amarela conseguiu abrir 15 a 11 no marcador. A partir da evolução no saque, a seleção brasileira teve um aproveitamento melhor tanto na virada de bola pelo meio e pelas pontas quanto nos contra-ataques, contando, ainda, com a queda substancial de rendimento dos germânicos. Somente nesta parcial, o Brasil ganhou por 14 a 6 no sideout.
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Os alemães retornaram mais agressivos para a terceira parcial, forçando o saque e desestabilizando a linha de passe brasileira. Além disso, ainda cresceram nas ações ofensivas especialmente em função da boa distribuição do armador Zimmermann tanto pelas extremidades quanto pelo meio. Destaque para o oposto Hirsch e o ponteiro Schott.
Do outro lado da quadra, os atuais campeões olímpicos tiveram imensa dificuldade na virada de bola (foram apenas 9 pontos anotados no fundamento) e também no bloqueio, que falhou em vários momentos na marcação do ataque rival. Deste modo, com a confiança em alta, os europeus chegaram a abrir 18 a 12 no placar. O técnico Renan ainda fez trocas pontuais, colocando Lucarelli, Cachopa e Lucão em jogo, mas as mudanças não impediram a derrota na parcial.
Em um jogo de muitos erros e oscilações (ao total, a seleção brasileira cedeu incríveis 38 pontos em erros aos rivais e recebeu 37), os comandados de Renan chegaram a abrir 6 a 0 na quarta parcial com a passagem do meio de rede Maurício Souza pelo saque. E conseguiram administrar a vantagem até o final do set através do crescimento no bloqueio e da atuação do levantador Cachopa, que fez uma distribuição mais fluida das jogadas tanto pelo meio com o central Lucão quanto pela saída com o oposto Alan. Neste sentido, ponto para Dal Zotto, que utilizou vários jogadores, mostrando a força do elenco.
No quinto e último set, o time brasileiro fez valer a sua camisa e, "na marra", impôs o seu jogo. A passagem de Lucão pelo saque logo no começo da parcial foi fundamental para colocar uma margem no placar. Vale destacar também a força de Leal e Lucarelli nos momentos decisivos do ataque, além da consistência do oposto Alan, maior pontuador do Brasil com 17 acertos, seguido de Leal com 16. Entre os alemães, o oposto Hirsch e o ponta Schott pontuaram 19 e 15 vezes, respectivamente.
Encerrando a sua participação nesta penúltima etapa classificatória da Liga das Nações, a seleção brasileira enfrentará a equipe russa neste domingo (23). A partida está programada para as 21h e terá transmissão do SporTV2.
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