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Gabi decide mais uma vez e Brasil vence a seleção norte-americana

Janaína Faustino

06/06/2019 23h45

Seleção brasileira conquistou um ótimo resultado nesta quinta-feira diante das americanas (Fotos: Divulgação/FIVB)

A seleção feminina de vôlei terminou, na noite desta quinta-feira (6), a terceira semana de jogos na Liga das Nações conquistando um grande resultado. Depois do revés diante da Alemanha nesta fase, o septeto brasileiro encarou as atuais campeãs do torneio na casa das adversárias, em Lincoln, capital do estado norte-americano de Nebraska, e venceu por 3 sets a 1, com parciais de 19-25, 17-25, 25-22 e 20-25. Com o triunfo, a equipe alcançou o sexto lugar na tabela de classificação com seis vitórias e três derrotas.

Carregando o favoritismo em função da campanha realizada até então ao longo da competição – com apenas 1 derrota em 8 confrontos – o time norte-americano seria o grande teste das comandadas de José Roberto Guimarães nesta terceira fase. E, de forma até inesperada por causa do retrospecto de ambas as equipes, as brasileiras venceram com autoridade.

Em uma primeira parcial que começou equilibrada, o time verde-amarelo jogou de igual para igual com as comandadas de Karch Kiraly, investindo em um saque mais preciso e alternado, causando certa instabilidade à linha de passe norte-americana. Com isso, a armadora Jordyn Poulter, que atuou como titular no lugar de Carli Lloyd, teve problemas na sua distribuição.

A dificuldade da variação do jogo americano acabou favorecendo a leitura do bloqueio brasileiro, responsável por 4 pontos somente no primeiro set. Além disso, com uma boa variação de jogadas, a levantadora Macris acionou todas as suas atacantes, especialmente Natália, que vinha sendo a bola de segurança no primeiro set. No entanto, ela acabou saindo do jogo ainda na primeira parcial com 6 pontos marcados ao sentir uma lesão.

Gabi teve grande atuação diante das norte-americanas

As donas da casa aperfeiçoaram a recepção na segunda parte do jogo, entregando as bolas nas mãos da levantadora, que passou a jogar mais com a oposta Drews pela saída de rede. No entanto, a equipe visitante conseguiu se manter bem ajustada no bloqueio, inibindo as ações tanto da atacante pela saída quanto de Jordan Larson e Kelsey Robinson pela entrada. Tirando proveito das inúmeras falhas norte-americanas, as brasileiras chegaram a abrir 19-13 com a inversão 5-1 feita por José Roberto Guimarães.

As anfitriãs voltaram mais concentradas e motivadas para a terceira parcial, buscando impor seu padrão de jogo. Para tanto, contaram com o crescimento de Larson e o bom aproveitamento da ponteira Mikaela Foecke, escalada no lugar de Robinson, nos contra-ataques. Além disso, o técnico Kiraly também apostou na jovem central Chiara Ogbogu, que passou a dividir as ações com Dana Rettke, a outra revelação americana na posição. A equipe ainda foi beneficiada pela expressiva queda de rendimento do saque e da virada de bola do Brasil, que passou a depender excessivamente de Gabi.

É que a oposta Paula Borgo vinha se destacando bem na saída no começo do confronto. Contudo, assim como ocorreu na derrota brasileira diante das alemães, quando cometeu erros em momentos decisivos no quinto set, a atacante praticamente "sumiu" nas parciais subsequentes da partida contra o time norte-americano. Com isso, o jogo ficou mais concentrado em cima da ponteira, que teve que assumir novamente a responsabilidade na virada de bola.

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Como ponto de desequilíbrio, Gabi esbanjou categoria nos golpes em diversos ataques, anotando 26 pontos no total. Com bom volume de jogo na quarta parcial, a seleção ainda contou com ótimas defesas da líbero Léia. Em oposição, sofrendo na recepção – principalmente com a entrada de Roberta na reta final do set -, a equipe mandante voltou a oscilar e, pouco consistente, cometeu erros de saque e de ataque, o que acabou sendo determinante para a vitória brasileira. Ao total, as norte-americanas cederam 22 pontos em erros contra 13 das brasileiras.

Assim, Gabi terminou o cotejo como a maior pontuadora seguida de Paula Borgo com 13. Pelo outro lado, a oposta Drews e a meio de rede Rettke anotaram 19 e 17 pontos, respectivamente. A experiente Larson, uma das principais jogadoras do esquema de Karch Kiraly, teve uma atuação discreta com apenas 8 acertos.

Na quarta etapa do campeonato, a seleção brasileira estará no Japão para enfrentar as donas da casa, a Tailândia e a Sérvia, equipe que se sagrou campeã mundial em 2018. As partidas serão entre os dias 11 e 13 de junho.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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