Lucarelli, sobre o título da Superliga: ““Sangramos” muito em quadra”
O primeiro troféu do EMS Taubaté Funvic, conquistado com o triunfo sobre o Sesi-SP na final da Superliga masculina de vôlei, representou a volta por cima de um time que, em alguns momentos da temporada, pareceu desacreditado em função dos altos e baixos. Mas, para um jogador, a conquista teve um sabor ainda mais especial.
Aos 27 anos de idade, o campeão olímpico Ricardo Lucarelli foi eleito o MVP da competição e também entrou para a seleção do torneio, uma recompensa e tanta para o ponteiro que ficou cerca de oito meses longe das quadras por ter sofrido uma lesão no tendão de Aquiles na temporada passada.
O atleta foi uma peça essencial em toda a campanha de Taubaté tanto no ataque quanto no saque, especialmente na série decisiva – ainda que não tenha feito uma exibição tão exuberante na quinta final, quando o oposto Leandro Vissotto e o ponta Facundo Conte foram mais eficientes. Mesmo assim, simbolicamente, foi ele quem marcou o último ponto que deu o título à equipe.
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Entretanto, para o atacante, a conquista do campeonato é mais importante do que o prêmio individual.
"Fico muito feliz, mas esse prêmio [de MVP] não significa tanto para mim. Prefiro muito mais o título. Não joguei na temporada passada por causa da lesão. Então, voltar esse ano, enfrentar essa dificuldade para entrar em ritmo e ser coroado com esse troféu… Não tem nada melhor", afirmou o jogador que, inclusive, deixou de participar do Campeonato Mundial com a seleção brasileira para se recuperar plenamente.
Lucarelli enfatizou que o apoio do clube do interior paulista foi fundamental para que ele retornasse à sua melhor forma física e técnica.
"Quando voltei a treinar, existia uma diferença muito grande. Eu sabia que iria demorar a entrar em ritmo, mas confiei no departamento médico de Taubaté. A equipe me passou uma confiança enorme e não me apressou para retornar. Logo que me machuquei, a gente renovou o contrato, o que deu bastante tranquilidade para eu me recuperar. Com o tempo, fui ganhando confiança e o respaldo deles ajudou muito também", explicou.
"Se for pegar pela temporada, em muitos momentos, ninguém colocava a equipe de Taubaté como uma candidata ao título. A gente teve muitos altos e baixos. Mas lutamos e passamos por cima de diversos momentos ruins. "Sangramos" muito em quadra para poder curtir esse título. O time como um todo está de parabéns", complementou, fazendo uma análise lúcida do desempenho do time na Superliga.
Ganhador do troféu Viva Vôlei de melhor em quadra na grande decisão, Leandro Vissotto exaltou a força emocional do grupo durante o jogo.
"Era o quinto e último jogo da final. Não tinha coisa mais importante do que o coração. Achei que o que iria fazer a diferença seria essa disposição de querer vencer, saber sofrer. E acredito que a gente soube fazer isso melhor do que o Sesi, porque os times são muito equilibrados. O Sesi é uma excelente equipe, preparada com grandes jogadores. Mas nós conseguimos ter esse algo a mais necessário em um momento como aquele", apontou.
Campeão nacional pela primeira vez, assim como Taubaté, Lucarelli concordou com o seu companheiro de equipe e fez questão de elogiar o planejamento do clube, além do carinho da torcida.
"Eu também nunca tinha ganhado uma Superliga. A cidade merece muito, investe bastante. A torcida lota o ginásio em todos os jogos, dando um show a parte como o sétimo jogador. (…) Os patrocinadores fazem um esforço incrível para manter esse time sempre em alto nível. Acho que o empenho dentro e fora da quadra foi recompensado. Tenho uma semana de folga antes de me apresentar à seleção e agora é só comemorar", concluiu Lucarelli, que bateu na trave duas vezes ainda como jogador do Sesi nas temporadas 2013/2014 e 2014/2015, além de também ter sido vice em 2016/2017 já com Taubaté.
*Colaborou Carolina Canossa
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