Admirador de Bernardinho, Anderson minimiza feito histórico sobre o Sesc
As duas medalhas olímpicas (um ouro e uma prata), dois títulos mundiais e seis Ligas Mundiais conquistadas como jogador são difíceis de igualar como técnico, mas Anderson Rodrigues já tem bons motivos para se orgulhar na nova carreira. Ex-oposto da seleção brasileira masculina, ele levou o Sesi Vôlei Bauru pela primeira vez à semifinal de uma Superliga ao derrotar o Sesc-RJ nas quartas de final da atual edição, interrompendo uma sequência de 14 finais seguidas das rivais.
A classificação de Bauru significou também uma vitória do pupilo sobre o mestre. Admirador confesso de Bernardinho, por quem foi comandado na seleção, Anderson impediu seu antigo treinador de colocar uma equipe entre as quatro melhores da competição pela primeira vez na história. Mas, em entrevista ao Saída de Rede, fez questão de minimizar o feito.
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"Sempre tive admiração pelo Bernardo, mesmo antes de ter trabalhado com ele. Mas o fato de termos saído vencedores nas quartas não fez com que meu prazer e satisfação tenham sido maiores porque foi com o Bernardo, pois não escolhemos contra quem iremos jogar ou contra quem vai vencer", comentou o treinador, exaltando as qualidades de Bauru. "Fiquei muito feliz como o time se portou e como nós encaramos esse desafio, não por ter sido o Bernardo ou o Sesc-RJ. Foi muito importante termos vencido e merecido para nós como projeto", destacou.
Questionado se ficou incomodado com a crítica de Bernardinho aos gestos técnicos de Tiffany Abreu, Anderson preferiu não se envolver na polêmica. Mas, ao ser perguntado sobre qual o maior aprendizado que ganhou do antigo chefe, deu indícios de que, assim como a jogadora, relevou o que foi dito à beira da quadra.
"Formar pessoas, atletas e cidadãos e saber que ali você está lidando com seres humanos. O esporte nos ensina muitas coisas. Desde a base, ele nos ensina a ser uma pessoa melhor. Há dez anos, quando comecei como treinador, já tenho isso como filosofia, principalmente para as categorias de base porque nem todas as atletas da base vão se tornar atletas de alto rendimento e elas têm de entender que hoje o atleta constrói uma carreira e se torna uma pessoa melhor. Acredito que esse é o maior aprendizado. Creio que cada uma das atletas que já conviveram comigo puderam aprender alguma coisa nesse sentido, pois voleibol todo mundo sabe ensinar e conhece voleibol, mas é preciso entender que gerenciar pessoas é muito difícil. Além disso, outro aprendizado com ele foi o de sempre querer ser competitivo", comentou.
Anderson e o Vôlei Bauru voltam à quadra nesta segunda-feira (1) para disputar a primeira partida da série melhor-de-três da semifinal da Superliga. O adversário será o Dentil/Praia Clube, atual campeão da competição, em confronto marcado para 19 horas no ginásio Panela de Pressão em Bauru. A outra semi, cujo primeiro confronto será às 21h30 do mesmo dia, é composta pelo Itambé/Minas e pelo Vôlei Osasco-Audax.
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