"Meu sonho é ser campeão olímpico com a seleção", diz Gabriel Vaccari
"O grande sonho da minha carreira é ser campeão olímpico com a seleção". A frase, curta e direta, foi dita com firmeza pelo ponteiro Gabriel Vaccari Kavalkievicz, um dos destaques do Vôlei Renata na Superliga masculina de vôlei. Em entrevista ao Saída de Rede, ele respondeu todas as perguntas com a mesma objetividade, falando sobre a lesão no tornozelo que o afastou das quadras, a (grande) expectativa com a equipe de Campinas na temporada e o desejo de chegar à seleção principal.
Aos 22 anos, Gabriel Vaccari, nascido em Curitiba, capital paranaense, e criado em Goiânia, conta que iniciou sua história no vôlei aos 11. "Comecei a jogar com 11, 12 anos com os amigos na escola e no clube. Eles praticavam vôlei, me convidaram e eu comecei a jogar junto", explica, ressaltando que se apaixonou rapidamente pela modalidade. Antes de chegar ao time de Campinas, entretanto, atuou no Clube Ferreira Pacheco, da capital goiana, e nas categorias de base do Sesi-SP, onde alcançou o profissional, mas teve poucas oportunidades para jogar.
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E, desde o início, Vaccari comenta que uma de suas maiores influências no vôlei foi o ponteiro Giba. "Ele é um dos meus maiores ídolos no vôlei. Sempre gostei muito dele e na época que comecei eu o achava incrível. Vi os vídeos dele nas Olimpíadas de 2004 [em Atenas, onde o Brasil se sagrou bicampeão olímpico] e depois 2008 [nos jogos de Pequim, em que a seleção perdeu o ouro para os EUA]. Ele era fantástico", diz, empolgado.
Sob o comando do argentino Horacio Dileo, ele assumiu a titularidade no Vôlei Renata e se destacou bastante no Campeonato Paulista – somente na partida contra o Corinthians-Guarulhos, ele anotou 29 pontos, um recorde em sua incipiente carreira – e vinha crescendo na Superliga. Até a entorse no tornozelo direito, ocorrida há duas semanas durante um treino de bloqueio logo após o retorno das férias, Vaccari era um dos principais atacantes da equipe campineira. O retorno, contudo, deve ocorrer em poucos dias. "Tive uma entorse de tornozelo quando estava bloqueando e caí no pé de outro jogador, mas acredito que dentro de mais uma semana eu comece a fazer quase todos os movimentos normais na quadra", afirma, confiante.
Na mais importante competição nacional, o time – que atualmente ocupa a quinta colocação, com 20 pontos e 7 vitórias em 13 jogos –, contava com ele e seus companheiros Luiz Sene, o central Luizinho, que tem o segundo melhor aproveitamento de ataque na Superliga (com 64%), o passador Bruno Temponi e o oposto Daniel Cagliari. Contudo, a contusão atrapalhou sua evolução, assim como a de toda a equipe, que ainda perdeu Luizinho, com uma fratura no dedo da mão, e o ponta Bruno Canuto, que também se machucou e está fora da temporada.
Sobre a sua evolução pessoal e o crescimento com o time, ele responde, novamente, sem rodeios e com otimismo: "A experiência que eu tive no Paulista jogando mesmo, já que no Sesi-SP eu atuava muito pouco, foi incrível para ganhar experiência, ter essa vivência… E a minha expectativa é que a gente cresça ainda mais. Apesar dos desfalques, acho que logo a nossa equipe estará praticamente completa. E torço para que a gente consiga progredir bem na Superliga, podendo chegar a uma semifinal e, quem sabe, a uma final. É um objetivo alto", destaca, ambicioso.
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Já pela seleção, Vaccari atuou nas categorias de base, conquistando um Campeonato Sul-americano e uma Copa Pan-Americana com a seleção sub-23. Além disso, já vinha participando dos treinamentos com a seleção adulta antes dos jogos do Rio. O grande sonho? Jogar efetivamente na equipe principal. "Já passei pelas categorias de base da seleção – da juvenil e da sub-23. Jogar na seleção principal é uma meta e um sonho de infância. Não tenho como descrever de outra maneira. (…) É um objetivo claro chegar lá", conclui, ressaltando que a experiência que vem adquirindo pode ser fundamental para atingir seu maior propósito na carreira.
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