Cuba acena com volta de jogadores expatriados à seleção
A perda de jogadores importantes para outros países e os maus resultados dos últimos anos no cenário internacional fizeram com que as autoridades esportivas do vôlei de Cuba mudassem uma de suas regras mais importantes: agora, quem decidir jogar fora do país poderá voltar a defender a seleção local desde que faça uma solicitação formal que pode ou não ser aprovada pelos dirigentes.
Até então, quem decidisse seguir carreira no exterior deveria cumprir um período de dois anos afastado do vôlei, além de abdicar de defender a seleção de Cuba. "Vamos analisar as circunstâncias em que o solicitante virou uma baixa, se foi uma deserção ou alguma outra indisciplina. Também avaliaremos a atitude da pessoa no período em que ficou longe do voleibol cubano", afirmou Ariel Saínz, presidente da Federação Cubana de Vôlei (FCV) ao jornal "Jit", deixando claro que não bastará ao atleta simplesmente querer voltar.
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A entidade também não pretende aceitar de volta jogadores que firmaram contratos com times estrangeiros de maneira independente, o que, ao menos por enquanto, torna inexistente a possibilidade de nomes como o do central Robertlandy Simón voltar a vestir a camisa de sua terra-natal. No caso de jogadores como o ponteiro Yoandy Leal, um retorno é impossível, visto que o atleta se naturalizou brasileiro e até já mudou de nacionalidade nos registros da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). O mesmo se aplica a Osmany Juantorena e Wilfredo León, respectivamente naturalizados italiano e polonês.
Desde 2013, o Instituto Nacional de Deportes de Cuba (Inder) permite que jogadores de vôlei fechem contratos com equipes estrangeiras, mas o acordo deve ser feito pelas autoridades do país.
Três vezes campeã olímpica e mundial no vôlei feminino, além de possuir duas pratas em Mundiais no masculino, Cuba vem sofrendo bastante com as deserções: entre os homens, por exemplo, foi apenas 18ª colocada no Mundial de 2018, dois anos depois de cair ainda na primeira fase da Olimpíada do Rio, ocasião em que encerrou uma ausência de três edições no principal torneio esportivo do mundo. Entre as mulheres, o país ficou em 22º lugar no Mundial 2018 e não participa da Olimpíada desde Pequim 2008.
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