Revelação, Maique reconhece surpresa por jogar Mundial: “Fiquei sem chão"
Quando o técnico Renan Dal Zotto fechou a lista dos 14 convocados para o Campeonato Mundial de vôlei masculino, um nome chamou a atenção: Maique Reis Nascimento. Aos 21 anos, o líbero do Fiat-Minas ainda buscava se consolidar no clube (alternou-se com Rogerinho ao longo da temporada) quando ganhou a maior chance de sua vida. Uma chance tão grande que surpreendeu o próprio jogador.
"Quando o Renan falou que eu iria para o Mundial, fiquei sem chão. Me vi realizando um sonho que, para mim, estava um pouco distante. Era uma meta de carreira, mas não para agora. Foi maravilhoso", confessa o jogador.
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Inicialmente, a convocação de Maique tinha como objetivo a Copa Pan-americana, ao lado do próprio Rogerinho e de Douglas Pureza. Os três também se alternariam nos treinamentos com a seleção principal. O insucesso da experiência com o badalado Murilo na Liga das Nações abriu a possibilidade para que um deles disputasse o Mundial. "Comecei a treinar, pediram para eu continuar fazer o treinamento na areia (pré-temporada) e aí eu fui começando a me integrar ao grupo. Até umas duas semanas ante,s eu ainda tinha dúvida se realmente iria para o Mundial, pois achava que eu estava lá só para compor e ganhar experiência", admite.
Pois oportunidade dada ao novato não foi apenas para compor elenco: Maique ganhou oportunidades reais de jogo, inclusive na grande final contra a Polônia, jogando na defesa enquanto Thales ficava com a recepção. Sua agilidade foi tema de elogios entre torcedores e imprensa. "Desde mais novo, sempre fui rápido. Tenho pernas um pouco grandes e bastante flexibilidade, o que me ajuda muito, pois eu consigo ter uma amplitude maior de passada e consigo chegar com mais facilidade nas bolas", explica o jogador de 1,87 m.
Questionado sobre as diferenças no vôlei de clubes e o alto nível internacional das seleções, o líbero citou a pressão. "Na seleção, está todo mundo se doando 100% e sendo testado a todo momento. Não que isso não aconteça também no clube, mas lá há uma certa flexibilidade e a garantia de um trabalho mais longo", avalia Maique, que se impressionou com o polonês Bartosz Kurek, destaque da final e MVP do Mundial. "Ele tem uma força tremenda. Consegui fazer umas duas defesas em ataques dele, mas é um cara realmente com um potencial e vigor físico absurdo", conta.
Como resultado da exposição no Mundial, o defensor também viu o assédio crescer: de anônimo, passou a eventualmente ser reconhecido nas ruas, ganhou fãs e até presentes de pessoas que nem conhece. "Minha vida mudou, não só a profissional, mas a pessoal também. Agora é concentrar, tentar seguir em frente e retribuir um pouco do carinho que me dão", comenta.
Após fazer uma boa avaliação de sua participação no Mundial, Maique ressalta o esforço para que o torneio não seja apenas um caso isolado. "Darei prosseguimento ao trabalho que pude apresentar na seleção e dizer que eles podem contar comigo a partir de agora quando quiserem. Estarei disposto a defender nosso país e trabalhando sempre para crescer e tentar ser o melhor possível", afirma.
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