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Brasil busca a primeira medalha da temporada no Mundial Feminino

Carolina Canossa

28/09/2018 06h00

Crédito: Divulgação/FIVB

Por Daniel Rodrigues

O torneio mais importante da temporada de seleções começa na madrugada deste sábado (29) no Japão. São quatro grupos, formados por seis times, totalizando 24 países participantes. A disputa pelas primeiras colocações do Campeonato Mundial de vôlei feminino promete ser bastante acirrada. O primeiro duelo do torneio acontecerá em Yokohama, reunindo os azarões México e Camarões, integrantes do Grupo A. Pela chave D, também no sábado, a seleção brasileira fará sua estréia na competição contra as porto-riquenhas, às 01h40 (horário de Brasília).

A grande final do Mundial será realizada no dia 20 de outubro, também em Yokohama e alguns times são cotados como favoritos para lutarem pelo tão sonhado ouro. De acordo com os resultados e desempenhos dos últimos campeonatos, Estados Unidos, atual campeão da Liga das Nações, e China, campeã olímpica no Rio de Janeiro (2016), estão um passo a frente das demais equipes. Em seguida, chegam Sérvia, Brasil, Rússia, Holanda e as promissoras Itália e Turquia com boas chances de estarem presentes nas semifinais e com possibilidades de participarem da decisão.

Diferente dos últimos anos, quando esteve no pódio na maioria dos torneio que disputou, a seleção brasileira vem protagonizando uma temporada bastante instável. Nas duas principais competições de 2018, Liga das Nações e Montreux Volley Masters, terminou na quarta colocação, demonstrando atuações abaixo do esperado, especialmente nas fases finais.

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As contusões e o retorno de jogadoras que estiveram afastadas da equipe prejudicaram de fato a preparação para o Mundial. Dani Lins e Thaisa voltaram à vestir a camisa seleção somente em julho, na Copa Pan-Americana, e ainda buscam suas melhores condições físicas. A ponteira Fernanda Garay, após conversa com o técnico José Roberto Guimarães, decidiu retornar ao grupo e teve sua primeira participação do ano em Montreux (Suíça), pouco menos de um mês atrás. A líbero Suelen precisou realizar uma cirurgia na mão e também voltou às quadras no torneio disputado na Europa, diferente da central Bia e da oposta Tandara que ficaram no Brasil, recuperando-se fisicamente, após problemas nos ombros.

Crédito: Divulgação/FIVB

Natália, MVP do Grand Prix 2016 e 2017, ainda é uma incógnita. A jogadora, de extrema relevância para o esquema tático do técnico brasileiro, esteve tratando uma tendinite em seu joelho durante toda a temporada de seleções e voltou a saltar há poucos dias. Nesta sexta (28) o técnico José Roberto Guimarães optou pelo corte de Amanda, que estava com o grupo no Japão, apostando em Natália para representar o país.

Diante destas incertezas, o time azul e amarelo chega ao Campeonato Mundial sem o favoritismo habitual. No entanto, a tradição da camisa brasileira e a experiência das jogadoras pode ser um diferencial no desenrolar do torneio. Outro ponto positivo é o grupo em que o Brasil foi sorteado, junto com Sérvia, República Dominicana, Porto Rico, Cazaquistão e Quênia. Dos cinco adversários, a equipe européia deve ser a mais complicada e as dominicanas podem oferecer alguma resistência. Os outros três rivais, sem tradição no cenário mundial, servirão como uma boa oportunidade de testar jogadas, dar ritmo às atletas e faturar pontos importantes para a fase seguinte. A partir da segunda etapa, possivelmente poderá se ter uma melhor convicção das reais condições e chances das brasileiras na competição.

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O regulamento do Mundial dividiu os 24 times em quatro grupos de seis, no qual os quatro melhores avançam à segunda fase. Neste momento, os classificados são divididos em outros dois grupos de oito times, carregando
os resultados da etapa anterior. Os três melhores de cada chave avançam à terceira fase e serão divididos em dois grupos de três, onde mais duas seleções serão eliminadas. Os quatro sobreviventes disputam a semifinal e, quem vencer, avança à grande decisão. A equipe norte-americana é a atual campeã.

No Mundial feminino do Japão, o SporTV 2 transmitirá os seguintes jogos:

Sábado (29)
1h40 – Porto Rico x Brasil

Domingo (30)
1h40 – Brasil x República Dominicana
7h20 – Turquia x China

Segunda (1)
7h20 – Sérvia x Brasil

Terça (2)
7h20 – EUA x Coreia do Sul

Quarta (3)
7h20 – Quênia x Brasil

Quinta (4)
7h20 – Brasil x Cazaquistão

 

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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