Com péssima atuação contra a Holanda, Brasil se complica no Mundial
Dois dias depois da importante vitória sobre a França no Campeonato Mundial de vôlei, um balde de água fria: neste sábado (15), a seleção brasileira masculina de vôlei foi surpreendida pela Holanda por 3 sets a 1, parciais de 21-25, 25-20, 25-20 e 25-21.
Com o resultado, o time do técnico Renan Dal Zotto não só perde sua invencibilidade no torneio como também vê ficarem complicadas as chances de passar em primeiro lugar para a segunda fase do Mundial. Passados três jogos, o time soma cinco pontos de nove possíveis, estando atrás de Canadá (9), França (7) e a própria Holanda (6) – avançam justamente os quatro primeiros colocados. Restam ainda duas partidas, contra canadenses, na segunda (17), e contra a China, na terça (18).
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"Jogamos no lixo uma oportunidade muito grande que criamos de passar em primeiro, acho que vai ser muito difícil conseguir isso agora", admitiu o ponteiro Lipe, em entrevista para o "SporTV" após a partida. "Parece que a gente gosta de dificuldades, mas é levantar a cabeça e trabalhar", complementou.
Apesar de ter um rica história no vôlei, com direito a títulos olímpico e europeu, além do vice-mundial nos anos 90, a Holanda há tempos deixou de ser um time de força no cenário internacional masculino. Até a atual edição, por exemplo, a última participação do país em Mundiais havia sido em 2002 – aliás, há 52 anos o Brasil não perdia em jogos da competição para o time laranja, que foi apenas a 14ª colocada no Europeu do ano passado.
Contra o Brasil, uma das armas utilizadas foi o fator surpresa: foram quatro modificações em relação à partida anterior, com Abdel-Aziz, Diefenbach, Koelewijn e Jorna dando lugar a Smit, Van Garderen, Parkinson e Ter Maat.
Julgando inicialmente ser um duelo tranquilo, Renan havia optado por deixar Lipe fora do time titular, uma vez que o jogador ainda não está totalmente recuperado de uma lesão no cotovelo. De fato, no primeiro set, a dupla de ponteiros formada por Douglas Souza e Kadu deu conta do recado, mas ainda assim a Holanda mostrou sinais de que poderia complicar o jogo, como um bom volume de jogo e ótimos saques.
A partir daí, nada mais funcionou para o Brasil: a recepção passou a ter diversas dificuldades, os levantadores se equivocavam na distribuição das jogadas e os atacantes pararam de definir. Para se ter uma ideia, a lista de maiores pontuadores dos atuais campeões olímpicos teve Douglas Souza e Lucão na ponta, com 13 pontos cada, enquanto Wallace, com um desempenho bem abaixo do normal, fez apenas 10.
Destaque contra a França, o bloqueio repetiu o duelo contra o fraco Egito e se mostrou apagado. A Holanda só não conseguiu uma vitória com mais facilidade devido ao excesso de erros: foram 27 pontos cedidos "gratuitamente" para os brasileiros. Renan tentou tudo o que estava ao seu alcance, modificando a dupla de ponteiros com a entrada de Lipe e Lucas Lóh em diferentes momentos do jogo, assim como Maurício Souza no lugar de Isac e Evandro/William nas inversões 5-1. Nada adiantou e agora a equipe verde-amarela terá que correr atrás do prejuízo para não complicar ainda mais o seu caminho no Mundial.
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