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Brasil joga melhor que na semifinal, mas perde bronze para os EUA

Carolina Canossa

08/07/2018 14h02

Excesso de erros prejudicou a seleção masculina na busca pelo pódio (Fotos: Divulgação/FIVB)

A atuação ruim contra a Rússia não se repetiu, mas ainda assim a melhora do jogo brasileiro não foi suficiente para conquistar o bronze na Liga das Nações masculina. Encarando os Estados Unidos neste domingo (8), a equipe liderada pelo técnico Renan Dal Zotto foi derrotada por 3 sets a 0, parciais de 25-21, 28-26 e 28-26.

Bola de segurança do Brasil, Wallace alcançou 15 pontos, só que mais uma vez a falta de um ponteiro que fosse consistente nas ações ofensivas prejudicou o desempenho verde-amarelo. Ainda que a chegada de Lucas Loh tenha melhorado o passe do time em relação à segunda metade da fase de classificação, o jogador teve claras dificuldades para virar bolas contra bloqueios muito altos de Rússia e Estados Unidos, assim como Douglas Souza e o jovem Victor Birigui – no total, o trio somou apenas 11 pontos contra os americanos. Vale lembrar que três dos principais ponteiros brasileiros na atualidade, Ricardo Lucarelli, Lipe e Maurício Borges, não estavam à disposição da comissão técnica devido a lesões.

Resultado da Liga das Nações acende o sinal de alerta da seleção feminina

Bruno, que também pecou com levantamentos imprecisos e esteve longe de mostrar sua melhor atuação, até tentou forçar bolas com os centrais mesmo quando precisou trabalhar com o passe B. Lucão, com 10 pontos de ataque (66,6% de aproveitamento), foi especialmente acionado. As tentativas até surtiram efeito, com o Brasil equilibrando o jogo em alguns momentos (chegou a ter 21-18 no segundo set e 23-23 no terceiro), mas as falhas no ataque impediram que a reação fosse além disto.

Pensando no Campeonato Mundial, em setembro, também será preciso fazer ajustes no sistema defensivo, que deixou muitas bolas "pegáveis" caírem, e também melhorar a consistência do saque, fundamento cujos erros estão proporcionando pontos de graça em excesso para os adversários.

Mikhaylov foi o destaque da campeã Rússia na final

Aos Estados Unidos, a terceira colocação significa a volta ao pódio depois de dois anos de ausência entre os três primeiros colocados na Liga Mundial, torneio que foi substituído pela Liga das Nações a partir de 2018. Individualmente falando, Aaron Russell foi o americano que mais colocou bolas no chão (14), seguido de Matthew Anderson (13) e Taylor Sander (11).

Na grande decisão da Liga das Nações, a Rússia surpreendeu a França e impôs uma vitória em sets diretos sobre os donos da casa, com parciais de 25-22, 25-20 e 25-23. O saque mais uma vez foi o ponto forte dos russos, que voltam a ganhar um título de primeira linha intercontinental pela primeira vez desde a Liga Mundial de 2013.  O oposto Maxim Mikhaylov foi o maior pontuador do jogo, com 19 acertos, três a mais que o francês Earvin Ngapeth.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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