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Rússia atropela o Brasil e faz a final da Liga das Nações contra a França

Carolina Canossa

07/07/2018 13h41

Atacantes brasileiros tiveram diversas dificuldades contra o forte bloqueio russo (Fotos: Divulgação/FIVB)

O roteiro que aconteceu com a seleção brasileira na Liga das Nações feminina repetiu-se entre os homens: depois de duas boas partidas na fase final da competição, o desempenho da equipe de Renan Dal Zotto sofreu uma enorme queda na hora de jogar a semi. Resultado: diante de uma eficiente Rússia, o placar foi de 3 sets a 0, parciais de 25-17, 25-18 e 25-14.

Antes de falar dos problemas brasileiros, é preciso ressaltar a boa partida protagonizada pelos russos. Exceção feita ao começo do primeiro set, marcado por muitos erros de saque, os europeus se mostraram agressivos e focados o tempo inteiro, especialmente no ataque e no bloqueio, fundamento no qual conseguiram 10 pontos a 3. Não houve qualquer bobeada que permitisse ao Brasil respirar.

Desta forma, a Rússia quebra uma sequência de seis derrotas para os brasileiros e vai merecidamente à decisão da competição, programada para 15h45 (horário de Brasília) deste domingo (8). O adversário será a França, dona da casa, que mais cedo venceu uma ótima partida contra os Estados Unidos, encerrada somente no tie-break: 25-18, 25-17, 23-25, 24-26 e 15-13.

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Ao Brasil caberá a disputa do bronze ao meio-dia contra os Estados Unidos. Para subir ao pódio, porém, será preciso fazer uma apresentação completamente diferente da deste sábado (7), quando os atacantes brasileiros não conseguiram explorar o bloqueio russo. Para se ter uma ideia da ineficiência verde-amarela, os maiores pontuadores brasileiros foram Wallace (8 pontos), Douglas Souza (7) e Lucão (6). Do lado russo, a ótima atuação do levantador Kovalev fica evidente quando se olha as estatísticas individuais, com Mikhaylov com 12 pontos, seguido por Volkov (11), Muserskiy (10) e Kliuka (10).

Equipe terá que fazer uma apresentação completamente diferente se quiser conquistar o bronze contra os EUA

O sistema defensivo (saque e bloqueio) da seleção brasileira também apresentou diversas falhas, proporcionando poucos contra-ataques. Por fim, houve também uma série de erros de saque, fundamento que funcionou basicamente nos raros momentos em que o flutuante de Maurício Souza encontrou o líbero Kabeshov. Muito pouco para uma semifinal de Liga das Nações.

No banco de reservas, Renan Dal Zotto fez diversas tentativas de mudar o jogo, substituindo o levantador Bruno por William e alternando Wallace e Evandro na saída de rede. Na entrada, o novato Victor Birigui, grande aposta do treinador que sequer ainda disputou uma Superliga completa, substituiu Lucas Loh a partir do segundo set, em uma tentativa desesperada de arrumar um setor devastado pelas lesões de seus principais nomes, caso de Ricardo Lucarelli, Lipe e Maurício Borges. Não foi suficiente e agora a equipe tem menos de 24 horas para juntar os cacos e tentar superar o favoritismo americano na busca pelo terceiro lugar.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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