Mercado: mineiros saem frente, grande estrela é do Sesc e Bauru cresce
O mercado do vôlei é rápido: não faz nem um mês e meio desde que o Dentil/Praia Clube levantou pela primeira vez a taça da Superliga feminina e os principais elencos femininos do país para a temporada 18/19 já estão em fase final de estruturação. E as equipes mineiras largam na frente, com boas contratações e a manutenção de peças-chave em seus elencos.
O campeão Praia, por exemplo, manteve a base formada por Fabiana, Fernanda Garay, Nicole Fawcett e Suelen e ainda reforçou-se com a levantadora americana Carli Lloyd e com a central Carol. Ambas chegam respectivamente para os lugares de Claudinha e Walewska.
No primeiro caso, foi uma boa substituição, uma vez que, a despeito da ótima atuação na partida decisiva, Claudinha peca pela falta de regularidade. Por outro lado, a saída de Wal é a grande perda do time de Uberlândia nesta janela de mercado: aos 38 anos, a meio-de-rede ainda é capaz de jogar em alto nível, além de contribuir com sua experiência.
Michelle, ex-Fluminense, chega para tentar resolver os problemas de passe que quase derrubaram a equipe nesta temporada. Há ainda a expectativa pelo reforço de Rosamaria. Mas, independente de quem seja a parceira de Garay como titular na ponta, a recepção deve seguir como o ponto de atenção da comissão técnica chefiada por Paulo Coco.
De olho no Mundial de clubes no fim do ano, o Minas agiu de maneira agressiva na abertura da janela do mercado e trouxe Gabi, Natália e Bruna Honório para seu elenco – enquanto as duas primeiras são fortes candidatas a serem as principais ponteiras da seleção feminina no Campeonato Mundial de seleções, a oposta vem de duas excelentes temporadas por Bauru e Pinheiros, tendo agora a grande chance de estourar de vez no cenário nacional. É uma boa aposta para o lugar de Destinee Hooker, que voltou para Osasco, onde brilhou em sua primeira passagem pelo vôlei brasileiro.
O técnico Stefano Lavarini foi mantido pelo Minas, assim como Carol Gattaz, Macris, Leia e Mara. Trata-se de um time de ótimo nível, mas sobre o qual paira a sombra das lesões, que na última temporada afetaram seriamente Natália, Gabi e Gattaz. Manter o elenco fisicamente saudável será o grande desafio para a equipe de Belo Horizonte ser competitivo ao longo dos próximos meses.
Do Rio de Janeiro veio a grande contratação do mercado: aproveitando-se do momento de baixa de Tatyana Kosheleva, atualmente fora de combate devido a uma lesão no joelho, o Sesc-RJ conseguiu acertar com a ponteira russa, uma das estrelas do voleibol mundial, para o lugar de Gabizinha. "A possibilidade de contratá-la apareceu e, dentro de uma condição viável, já que se trata de uma jogadora de altíssimo nível, nós agarramos", comemorou o técnico Bernardinho.
A recuperação de Kosheleva é fundamental para as pretensões do clube carioca, que também perdeu um de seus ícones, a líbero Fabi, agora aposentada das quadras. Outro reforço importante vem do arquirrival Osasco: Bia, que com ótimas atuações no bloqueio se firmou como uma das principais centrais do Brasil nesta primeira metade do ciclo olímpico. Mantendo sua tradicional linha de trabalho, a equipe ainda aposta no entrosamento, já que renovou com cinco das titulares da Superliga recém-encerrada: Monique, Roberta, Mayhara, Juciely e Drussyla.
Osasco, por sua vez, corre contra o tempo para recuperar as oportunidades perdidas enquanto acertava uma parceria com o Audax para substituir a Nestlé. Mari Paraíba, Camila Brait e Carol Albuquerque seguem no time, que também contará com Hooker. Claudinha e Walewska, ex-Praia, devem ser anunciadas em breve. Dadas as turbulências vividas pela saída do patrocinador master, é um bom elenco, ainda que as ausências de Bia e Tandara, que preferiu migrar para o voleibol chinês, pesem muito.
Almejando um lugar entre os semifinalistas, o Hinode Barueri terá os reforços da levantadora Dani Lins, que não jogou a última temporada por estar grávida, e de Amanda, ex-Praia. A outra jogadora de seleção do elenco, Thaisa, busca uma rescisão amigável de contrato com o Eczacibasi, da Turquia. Se ficar, a central será importante para elevar o patamar da equipe, que ainda carece de atacantes de força para fazer frente aos rivais.
Atenção para o Sesi Bauru, parceria que não só renovou com Tifanny Abreu como também contará com a levantadora Fabíola, a líbero Tássia, ambas ex-Osasco, e a oposta italiana Valentina Diouf. É elenco para fazer estrago, especialmente considerando que o comando está com o ex-oposto Anderson Rodrigues, que há duas temporadas se destacou no Brasília Vôlei. Não se surpreenda se este time figurar no pódio na próxima Superliga.
Entre os demais times, Joycinha é o grande reforço de um esforçado Fluminense, enquanto o Pinheiros aposta em dois destaques do São Caetano, Lyara e Camila Paracatu, para continuar indo aos playoffs. O time do ABC Paulista, por sua vez, viu Mimi Sosa ir para Brasília junto do técnico Hairton Cabral, mas contará com o experiente técnico Antonio Rizola para voltar a ficar entre os oito primeiros: Sonaly e Fernanda Tomé seguem no elenco, que terá o reforço das colombianas Maria Alejandra e Dayana Segovia, além de Fernanda Isis, ex-Barueri. Dificilmente, porém, essas equipes conseguirão furar o favoritismo do sexteto Praia/Minas/Sesc/Osasco/Hinode/Bauru.
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