Foco, ajustes e torcida: as armas do Praia Clube para buscar título inédito
Domingo passado foi aquele baque. Embora jogasse na casa do adversário, o Dentil/Praia Clube não esperava cair daquela forma diante do Sesc-RJ, na derrota por 1-3 na primeira partida da decisão da Superliga feminina 2017/2018. "Desperdiçamos algumas oportunidades no contra-ataque que nos custaram o primeiro set e a equipe se sentiu um pouco insegura a partir dali. Nossas oscilações ocorreram muito em função da falta de consistência do sistema defensivo em determinados momentos da partida. O bloqueio e a defesa poderiam ter trabalhado melhor. Às vezes funcionava, mas aí não conseguíamos transformar os contra-ataques em pontos. Isso foi algo que o Sesc fez muito bem", avaliou Paulo Coco, técnico do time de Uberlândia.
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Neste domingo (22), a partir das 9h10, diante da sua torcida, no ginásio Sabiazinho, o Praia Clube vai para o tudo ou nada. Mesmo jogando como equipe local, a situação é complicada: precisa vencer quatro sets diante de um oponente que, se não é brilhante, compensa na tática, sob a batuta de um dos treinadores mais vitoriosos da história da modalidade, Bernardinho. O time da casa tem que vencer o jogo e provocar o golden set – parcial extra, de 25 pontos, para decidir o campeonato. O Praia busca uma conquista inédita. O Sesc tenta seu 13º título de Superliga – venceu as últimas cinco edições e disputa a 14ª final consecutiva, de um total de 17.
Recuperação
"Não há muito o que inventar nesse momento, mas fazer da melhor maneira possível o que treinamos durante a temporada. Claro, um ajuste aqui, outro ali, mas em cima do que já estabelecemos ou para neutralizar a estratégia deles", comentou Coco, que tenta seu primeiro título de Superliga como treinador – foi campeão três vezes como assistente de José Roberto Guimarães, na época do Finasa/Osasco.
O técnico do Praia Clube quer o time mais concentrado. "Do outro lado da quadra haverá uma equipe qualificada, que vai nos criar muita dificuldade. Por isso temos que estar mais focados, pensar no nosso desempenho, além de se preocupar com o adversário. Só assim você cria a possibilidade de vitória".
Caldeirão
A levantadora Claudinha aposta na força da torcida uberlandense. "Nosso torcedor sempre foi o sétimo jogador, aquela força a mais quando jogamos em casa, sentimos dentro de quadra. Pode ser clichê dizer isso, mas a nossa arena vira um caldeirão e nos deixa muito empolgadas. Sabemos que no Sabiazinho (ginásio com capacidade para 6 mil pessoas) não vai ser diferente. Temos que ganhar quatro sets, não vai ser fácil, mas temos time para isso e a torcida é importante", afirmou.
A armadora analisou a derrota na primeira partida da final. "Falhamos no nosso sistema defensivo e elas estavam mais preparadas. Além disso, nas situações mais difíceis no ataque, elas apresentaram soluções muito boas. Senti isso logo depois da partida e ficou ainda mais evidente na sessão de vídeo. Nós não jogamos como havíamos planejado. Mas não tem nada perdido, trabalhamos esta semana para corrigir nossas falhas, melhorar nosso saque".
Falando em serviço, a líbero Suelen lamentou o mau desempenho da linha de passe da equipe no domingo passado, no Rio de Janeiro. "Eu já esperava aquele saque bastante forçado do Sesc, todos os adversários entram assim contra a gente, para tentar tirar nossas centrais do ataque. Não nos surpreendeu, porém causou estrago. Espero a mesma intensidade delas no saque, mas que desta vez a gente receba melhor".
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Jogo 2 da final da Superliga 2017/2018 (com golden set, se necessário)
Dia 22 (domingo) – Dentil/Praia Clube vs. Sesc-RJ, às 9h10, no ginásio Sabiazinho, em Uberlândia (MG) – TV Globo e SporTV
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