Favorito, Praia fica de novo no quase enquanto Vôlei Nestlé volta ao topo
O cenário não poderia ser mais favorável para o Dentil/Praia Clube finalmente ganhar o primeiro título nacional de elite em sua história: na decisão da Copa Brasil, realizada na noite desta sexta (19) em Lages (SC), o time mineiro entrou em quadra como líder da Superliga, com apenas quatro sets perdidos em 14 jogos e uma invencibilidade de 16 partidas na temporada. A derrota para o Camponesa/Minas na final do Campeonato Mineiro, lá no começo de outubro, parecia um ponto fora da curva, um daqueles resultados que refletem apenas o desentrosamento momentâneo de um projeto que cujas peças foram bastante modificadas na última abertura de mercado.
Mas, na hora que a bola sobe, os únicos números que interessam são aqueles que aparecem no placar. E, menos de duas horas após o início da partida, eles não foram nada favoráveis ao time mineiro: parciais de 25-17, 25-17 e 25-19 que culminaram em um 3 sets a 0 para o Vôlei Nestlé, reflexo de uma péssima atuação das comandadas do técnico Paulo Coco.
Não se pode, de forma alguma, tirar os méritos da tradicional equipe de Osasco, que aparece no ponto mais alto do pódio de um torneio de elite organizado pela CBV pela primeira vez desde 2014. Agressivo no saque, o Vôlei Nestlé também contou com a inspiração da peruana Angela Leyva e Bia no ataque, além do competente trabalho da líbero Tássia no volume de jogo. Até Mari Paraíba, uma jogadora mais de preparação que de potência, fez seus estragos na defesa adversária com fortes cortadas. Tudo funcionou tão bem que o técnico Luizomar de Moura se deu ao luxo de manter sua melhor atleta, Tandara, no banco durante boa parte do terceiro set, graças a uma feliz inversão 5-1 que parou uma perigosa reação praiana (de 3-7 para 7-7).
Jogadora mais admirada do voleibol de clubes brasileiro na atualidade, Tandara também foi pouco exigida na primeira parcial, marcada pelo excessivo número de erros de saque (seis do Praia e cinco do Vôlei Nestlé). Teve que fazer a diferença apenas no segundo set, sufocando um adversário que lutava contra si mesmo para encontrar uma luz. Coco fez diversas substituições e, inclusive, colocou a oposta americana Nicole Fawcett, que se recupera de uma lesão na panturrilha direita, no sacrifício em quadra.
Não teve jeito. O desperdício de contra-ataques foi constante e o passe dificultou a vida das levantadoras Claudinha e Ananda. A ponteira Fernanda Garay e a central Fabiana tiveram alguns flashes de brilho individual, mas foi pouco. Resta agora saber o tamanho do abalo que essa derrota causará no restante da temporada da equipe de Uberlândia. Apesar de um investimento crescente, parece haver ali uma espécie de urucubaca que impede as jogadoras que vestem sua camisa, por mais talentosas que sejam, de atuar em seu melhor nível nas decisões.
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