Títulos do Brasil e ano ruim da Rússia marcam 2017 das seleções femininas
Com o término do Campeonato Europeu no último domingo (1º), a temporada 2017 chegou ao fim para as principais seleções femininas de vôlei. O Brasil, que conquistou três ouros e uma prata em quatro torneios disputados, aparece como uma das equipes mais destacadas no ano. O mesmo não se pode dizer da seleção da Rússia, que passou a temporada em branco.
As jovens atacantes Ting Zhu e Tijana Boskovic têm bons motivos para celebrar o ano que tiveram com suas respectivas seleções, enquanto Kim Yeon Koung, de longe, viu suas compatriotas fazerem feio num torneio para o qual a Coreia do Sul fora convidada.
Veja o sobe e desce das seleções femininas em 2017:
Siga o @saidaderede no Twitter
Curta a página do Saida de Rede no Facebook
SOBE
Brasil
No ano seguinte à frustração de uma precoce eliminação em casa nos Jogos Olímpicos, dava para dizer que José Roberto Guimarães estava numa bifurcação: escalar as melhores jogadoras do país para retomar o caminho dos títulos ou pensar a médio e longo prazo, apostando na renovação?
Pois com um plantel que contou com apenas quatro jogadoras com experiência olímpica, a seleção brasileira feminina conquistou o Torneio de Montreux, levantou o troféu do Grand Prix, venceu o sul-americano com a folga habitual e foi prata na Copa dos Campeões.
E se o time terminou o ano com uma latente dificuldade para confrontar seleções asiáticas, registre-se que levou vantagem contra os times principais da Rússia, dos EUA e da Sérvia.
China
Após três anos de ótimos resultados – vice-campeã mundial em 2014, vencedora da Copa do Mundo em 2015 e campeã olímpica ano passado –, a seleção da China mesclou bons e maus momentos em 2017, mas quem tem Ting Zhu em quadra sabe que vai sempre brigar por medalha.
No Grand Prix, depois de uma campanha preguiçosa na fase classificatória, quando já sabia que estava nas finais do torneio, a torcida chinesa vibrou com grandes atuações da ponteira do VakifBank diante do Brasil e da Holanda – sua lesão durante a semifinal contra a Itália foi crucial para a eliminação da China.
Já na Copa dos Campeões, foi o voleibol da atacante que deu graça ao pálido torneio promovido pela FIVB. Zhu chegou a marcar 33 pontos contra o Brasil, vítima recorrente da ponteira, e, não à toa, foi escolhida a MVP da competição.
Sérvia
Melhor seleção europeia no ciclo olímpico passado, faltava à Sérvia um título que confirmasse esse status. Faltava.
Prata na Copa do Mundo 2015 e na Rio 2016, as sérvias ganharam o campeonato europeu perdendo apenas dois sets em toda a campanha. De quebra, a oposta Tijana Boskovic foi agraciada com o prêmio de MVP da competição.
DESCE
Rússia
Nas últimas temporadas, torneio a torneio, o vôlei da seleção feminina da Rússia parece cada vez mais distante da estatura que tinha há pouco tempo – leia-se: que tinha até quando Gamova e Sokolova impunham medo.
Com ótimas atacantes definidoras, como Goncharova e Kosheleva, mas sem uma linha de passe decente, a equipe passou mais um ano fora do pódio internacional: nono colocado no GP, quando poupou algumas titulares, o time – completo – foi quarto colocado na Copa dos Campeões e eliminado nas quartas de final do Europeu.
EUA
Se o 2017 do time masculino dos EUA não foi grande coisa, o da equipe feminina também foi dos mais sem graça.
Com um time misto, a equipe norte-americana até fez uma boa campanha na fase classificatória do GP, porém caiu antes das semifinais do torneio. Na Copa dos Campeões, com o time completo, perdeu por 3-1 para a China, tomou um 3-0 do Brasil e teve de se contentar com uma medalha de bronze.
Coreia do Sul
Direto ao ponto: a Coreia do Sul termina o ano em baixa pelo papelão que protagonizou na Copa dos Campeões.
Vice-campeã este ano da segunda divisão do Grand Prix, a seleção sul-coreana até conseguiu vaga para o Mundial do Japão 2018 – o feito deve ser mencionado, já que o time não se classificou para a edição 2014 do torneio. Nada mal para uma equipe mediana.
Mas quando a comissão técnica da seleção, para dar prioridade às eliminatórias, poupou as principais jogadoras (em especial, a ponteira Kim Yeon Koung) na Copa dos Campeões, assumiu o risco de passar vergonha no torneio para a qual o time havia sido convidado. E acabou dando vexame mesmo.
Não bastasse perder as cinco partidas por 3-0, a Coreia do Sul sofreu um revés no segundo set contra a China de 25-4, depois de ter visto o time adversário largar com 15-0 no marcador.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.